Cenário Econômico Nacional – 12/06/2023

Cenário Econômico Nacional – 12/06/2023

Cenário Econômico Nacional – 12/06/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas elevam projeção para crescimento econômico em 2023

Economistas esperam inflação e dólar menores e crescimento da economia maior em 2023, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (05).

Os economistas consultados pelo BC reduziram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 de 5,71% para 5,69%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.

As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, caíram de 4,13% para 4,12%. Para 2025, as perspectivas ficaram iguais, em 4%.

Os economistas elevaram a expectativa do crescimento da economia brasileira em 2023 de 1,26% para 1,68%. Para 2024, as projeções do PIB foram reduzidas de 1,30% para 1,28%, enquanto para 2025 ficaram em 1,70%.

Queda de núcleos de inflação é bastante lenta, precisamos insistir, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na segunda-feira (05) que a inflação está melhorando, mas ainda de forma lenta, principalmente no caso dos núcleos, que mede os preços menos voláteis e ele destacou terem queda “bastante lenta”.

“Precisamos insistir”, disse Campos Neto em seminário a cooperativas na cidade de Guaxupé (MG).

Ele afirmou ainda que há um “problema de expectativas de inflação de longo prazo, que estão altas”.

“Pela primeira vez na história, o Brasil tem uma média de inflação muito menor que a do mundo desenvolvido”, afirmou. “A autonomia do BC se mostrou eficiente. O principal objetivo do BC é fazer com que inflação fique na meta.”

Durante sua apresentação, Campos Neto ponderou que em grande parte do mundo a inflação “cheia” está caindo, assim como a inflação de energia. Ao mesmo tempo, qualificou como “bastante lenta” a queda dos núcleos de inflação, algo que ele vem pontuando em falas recentes ao avaliar a situação brasileira.

Campos Neto também voltou a dizer que o Brasil foi um dos primeiros países a elevar sua taxa de juros durante a pandemia, para combater a inflação.

“Neste processo de luta contra a inflação, quanto mais rápido você faz, melhor”, afirmou, ao abordar o custo social da alta de juros. “A percepção, o ‘timing’ (momento) e a eficiência são super importantes”, acrescentou.

No encerramento de sua apresentação, Campos Neto voltou a tratar da inflação e fez menção às críticas que o BC está recebendo por manter a taxa básica Selic em 13,75% ao ano.

“O BC subiu juros para combater a inflação, mas o BC não é só juros. Se não fosse o BC, não teríamos o PIX”, disse Campos Neto, citando ainda outras ações desenvolvidas pela autarquia, como as voltadas para o cooperativismo de crédito.

“Às vezes, ficamos sentidos de ver tantas críticas ao BC, que é um órgão técnico que faz entregas importantes à sociedade”, completou.

IGP-DI cai mais de 2% em maio e taxa em 12 meses renova maior queda histórica

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu mais de 2% em maio com deflação dos preços de diesel e grandes commodities ao produtor, renovando no acumulado em 12 meses a maior queda na série histórica.

O IGP-DI recuou 2,33% em maio, intensificando o recuo de 1,01% visto no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira (06).

O recuo foi bem mais intenso do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 1,81% no mês.

O resultado levou o índice a acumular em 12 meses deflação de 5,49%, de queda de 2,57% em abril, renovando a taxa negativa mais forte desde o início da série histórica desse dado em janeiro de 1998.

No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, caiu 3,37%, de queda de 1,56% no mês anterior.

De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços, esse resultado se deveu principalmente à queda dos preços do diesel (de -3,85% para -14,82%) e de grandes commodities, especialmente do minério de ferro (de -7,94% para -11,89%) e do milho (de -8,06% para -16,85%).

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, mostrou que a pressão aos consumidores diminuiu bastante ao desacelerar a alta a 0,08% no período, de 0,50% em abril.

Nesse caso, as maiores contribuições para a desaceleração do índice partiram de passagens aéreas (de -3,67% para -17,91%) e gasolina (de -0,38% para -1,97%).

O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou aceleração da alta a 0,59% em maio, de 0,14% antes.

O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Atual sistema tributário impede o Brasil de ser mais competitivo, diz especialista

A discussão sobre a reforma tributária é um tema de “suma importância para toda a sociedade”, segundo o especialista em contas públicas Murilo Viana. À CNN Rádio, ele afirmou que o texto, que deve ter o relatório apresentado na Câmara na terça-feira (06), impactará positivamente tanto o consumidor, quanto os empresários.

“Hoje, o sistema tributário vem aprofundando os problemas estruturais que ocorrem há décadas”, disse.

Segundo Murilo, esse sistema é “anacrônico em relação a práticas internacionais, e distancia muito o Brasil de integrar cadeias produtivas globais e ganhar competitividade nas exportações.”

A reforma tributária é, então, “uma das principais agendas para garantir competitividade ao Brasil.”

Murilo Viana acredita que o anúncio do governo do programa de incentivo automotivo terá “impacto temporário”, já que terá duração de 4 meses.

“Devido ao custo fiscal, há dificuldade de implementar um programa mais ousado porque não há espaço fiscal”, completou.

O setor automobilístico, segundo o especialista em contas públicas, “houve mudança do perfil de carros, que subiram de patamar de preço, incorporaram tecnologia, mas a renda do brasileiro não acompanhou o movimento.”

“A venda de carros hoje é semelhante ao patamar dos anos 90”, analisou.

Por esse motivo, é “difícil imaginar que programa de curtíssimo prazo, com desconto limitado vai ter impacto muito significativo”.

Banco Mundial eleva para 1,2% previsão de crescimento do Brasil

Num cenário que classificou de “resiliência da economia global”, o Banco Mundial elevou de 0,8% para 1,2% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) do Brasil em 2023. A projeção consta do relatório Perspectivas Econômicas Globais, divulgado pela instituição financeira.

Apesar da melhora em 2023, o Banco Mundial reduziu, de 2% para 1,4%, as projeções de crescimento para a economia brasileira em 2024, na comparação com o relatório anterior, divulgado em janeiro. Para 2025, o organismo multilateral estima expansão de 2,4%.

Divulgado duas vezes por ano, o relatório lista as estimativas para o desempenho das economias em todo o planeta feitas pelo Banco Mundial. Segundo o organismo multilateral, apesar da melhora em alguns países latino-americanos, o crescimento econômico deste ano será sustentado principalmente pelas exportações, num cenário de dificuldades provocadas por inflações domésticas persistentemente altas e de aumento de juros.

Para a economia global, o documento elevou, de 1,7% para 2,1% a estimativa de crescimento econômico. Segundo o Banco Mundial, os Estados Unidos e outras grandes economias estão se revelando resilientes diante do aumento de juros decididos pelos principais Bancos Centrais.

Mesmo com a melhoria, a estimativa do Banco Mundial representa desaceleração em relação a 2022, quando a economia global cresceu 3,1%. Para 2024, o relatório diminuiu a previsão de crescimento de 2,7% para 2,4%. Segundo o organismo internacional, os juros altos terão efeitos no próximo ano, por meio da queda de investimentos comerciais e residenciais.

Poupança tem retirada líquida recorde de R$ 11,75 bilhões em maio

A financeira mais tradicional dos brasileiros continua a registrar retiradas recordes de recursos. Em maio, os brasileiros sacaram R$ 11,75 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança, informou o Banco Central (BC).

Essa é a maior retirada líquida (saques menos depósitos) para meses de maio desde o início da série histórica, em 1995. O desempenho contrasta com maio do ano passado, quanto os correntistas tinham depositado R$ 3,51 bilhões a mais do que tinham sacado.

Com o desempenho de maio, a poupança acumula retirada líquida de R$ 69,23 bilhões no acumulado do ano. A aplicação registra a maior retirada acumulada para o período desde 1995. Nos cinco primeiros meses do ano passado, os saques superavam os depósitos em R$ 46,73 bilhões.

Em 2022, a caderneta registrou fuga líquida (mais saques que depósitos) recorde de R$ 103,24 bilhões, num cenário de inflação e endividamento altos. Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), mas outras aplicações de renda fixa continuam mais atraentes que a poupança.

Em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida (depósitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuiu para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.

Em 2021, a poupança teve retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. A aplicação foi pressionada pelo fim do auxílio emergencial, pelos rendimentos baixos e pelo endividamento maior dos brasileiros.

IPCA sobe 0,23% em maio, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,23 por cento em maio, após alta de 0,61 por cento no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (07).

No acumulado de 12 meses até maio, o IPCA teve alta de 3,94%, contra alta 4,18% do mês anterior.

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,33% em maio, acumulando em 12 meses alta de 4,04%.

Brasileiros ainda não sacaram R$ 7,08 bilhões de valores a receber

Os brasileiros ainda não sacaram R$ 7,08 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, divulgou o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 3,93 bilhões, de um total de R$ 11,01 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

Em relação ao número de beneficiários, 13.970.528 correntistas resgataram valores. Isso representa apenas 35,93% do total de 38.876.360 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro do ano passado.

Entre os que já retiraram valores, 13.477.382 são pessoas físicas e 493.146, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 36.120.242 são pessoas físicas e 2.756.118, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 62,68% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,24% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10,31% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em março, informou o BC, foram resgatados R$ 505 milhões esquecidos. Em abril, o valor caiu para R$ 259 milhões.

Governo federal paga R$ 1,4 bilhão em dívidas atrasadas a estados e municípios

O governo federal pagou, em maio, R$ 1,4 bilhão em dívidas atrasadas de estados e municípios, informou, em Brasília, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Os números abrangem dívidas garantidas pela União e não honradas por cinco estados e constam do Relatório de Garantias Honradas pela União em operações de crédito.

Foram R$ 721,93 milhões relativos à inadimplência do Rio de Janeiro, R$ 352,76 milhões de Pernambuco, R$ 216,25 milhões do Rio Grande do Sul, R$ 75,01 milhões de Goiás e R$ 38,44 milhões de Minas Gerais.

No total, desde 2016 a União desembolsou R$ 56,98 bilhões para honrar garantias concedidas a operações de crédito em dívidas garantidas de entes subnacionais.

As garantias representam os ativos oferecidos pela União, representada pelo Tesouro Nacional, para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), Banco Mundial e Banco Credit Suisse, entre outros.

Como garantidor das operações, o Tesouro é comunicado pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.

Subsídios tributários alcançam R$ 461 bilhões e comprometem mais de 4% do PIB

Alvo de críticas do Ministério da Fazenda, a renúncia tributária no Brasil alcançou R$ 461 bilhões em 2022, o equivalente a 4,65% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Os dados foram divulgados pelo Ministério do Planejamento. Em 2021, eram concedidos R$ 372 bilhões em isenção tributária. Segundo o balanço, a principal razão para a elevação da renúncia fiscal foi a desoneração dos combustíveis em R$ 30 bilhões.

O governo federal pagou, em maio, R$ 1,4 bilhão em dívidas atrasadas de estados e municípios, informou, em Brasília, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Já o total de renúncia fiscal atingiu R$ 581,49 bilhões, ou 5,86% do PIB. Na comparação com 2021, foram gastos R$ 156 bilhões a mais com a concessão de subsídios.

Do total da renúncia fiscal, cerca R$ 120 bilhões correspondem a gastos de subsídios financeiros com subvenções, transmissão de créditos da dívida pública, além de despesas adicionais do governo federal com programas públicos de crédito.

Nas últimas duas décadas, o comprometimento do PIB com renúncias tributárias saltou de 1,96% para 4,65%, correspondendo a 80% do total de renúncia de receita.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já falou em abrir o que chama de “caixa preta” dos benefícios tributários.

O secretário de Monitoramento e Avaliação para o Aperfeiçoamento de Políticas Públicas, Sérgio Firpo, vê uma solução na aprovação da nova regra fiscal.

“Com base no novo regime fiscal, a gente tem de ser capaz de avaliar a qualidade desses gastos. Vários desses subsídios, em especial gastos tributários, o que se podia conceder, era renúncia fiscal, pois com o teto de gastos não havia espaço para gastar mais. Com o novo regime fiscal, talvez isso não seja necessário”, disse o secretário.

Em cinco meses, governo federal liberou apenas 13,6% de emendas previstas para 2023

O governo federal liberou um total de R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares nos primeiros cinco meses de 2023. Entretanto, o valor corresponde a apenas 13,6% do montante previsto para o ano.

Segundo a plataforma Siga Brasil, um total de R$ 36,5 bilhões foram autorizados para emendas em 2023.

O montante liberado no atual exercício corresponde, em média, a um pagamento de R$ 980 milhões por mês, entre emendas de bancada estadual, de comissão e individual.

Em conversas reservadas, relatadas à CNN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou que o ritmo de liberação deve ser agilizado nas próximas semanas. A ideia é liberar cerca de R$ 1 bilhão na primeira quinzena deste mês.

O valor liberado de janeiro a maio deste ano é menos da metade do montante disponibilizado em 2022. No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro (PL) já havia autorizado o empenho de R$ 11,9 bilhões, no mesmo intervalo de meses.

Além disso, o orçamento anual das emendas em 2022 era de R$ 25,4 bilhões. Ou seja, de janeiro a maio de 2022, o antigo governo já havia liberado 46,8% das emendas autorizadas para o ano.

Nas últimas semanas, a não liberação de emendas foi a principal reclamação de parlamentares em relação à articulação política do Palácio do Planalto.

A insatisfação quase gerou um revés político ao Planalto na Câmara dos Deputados, que se indispôs a votar a medida provisória de reestruturação dos ministérios.

Lula se reúne com Lira para discutir entraves na articulação política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na segunda-feira (05) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

O encontro foi pela manhã, com o objetivo de discutir os entraves na articulação política do Palácio do Planalto com a Casa Legislativa.

Na semana passada, Lira criticou a falta de apoio do governo petista na Casa Legislativa diante das dificuldades em aprovação da medida provisória da reestruturação ministerial.

Os partidos do centrão têm reclamado de três entraves: a demora na liberação de emendas parlamentares empenhadas, a falta de inclusão de obras dos redutos eleitorais dos congressistas em programas do governo e a ausência de parlamentares em comitivas ministeriais de inaugurações de projetos.

Em conversas reservadas com a base aliada, Lula reconhece os problemas e tem admitido a necessidade de mudanças. Ele tem ressaltado, contudo, que não atropelará o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política.

Sob pressão para melhorar a articulação política, o presidente decidiu fazer um raio-x dos entraves políticos e administrativos que têm atrapalhado a relação entre o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados.

Segundo relatos feitos à CNN por auxiliares do governo, o petista deve pedir à equipe ministerial um diagnóstico dos problemas e pretende fazer uma rodada de encontros com líderes partidários para identificar os obstáculos.

Comissão de Ética da Presidência abre novo processo contra Ricardo Salles

A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República abriu um procedimento contra o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) por suposta interferência na atuação da Polícia Federal (PF) na época em que ele era ministro do Meio Ambiente.

Salles foi alvo da operação Akuanduba em maio de 2021 por supostamente ter atuado em favor de madeireiros ilegais. Um mês antes, o delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva foi afastado da chefia da Superintendência do Amazonas após acusar o então ministro do Meio Ambiente de obstruir uma investigação que resultou em uma apreensão histórica de madeira ilegal.

A partir da instauração do Processo de Apuração Ética (PAE) contra Salles, a Comissão vai ouvir a defesa, produzir provas documentais e, por fim, emitir um relatório com o parecer do colegiado. Uma vez que não é mais ministro de Estado, ele só poderá ser punido com uma censura ética, que funciona como uma mancha no currículo.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Salles era um dos principais nomes para disputar a Prefeitura de São Paulo em 2024. Também estão na corrida o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e os deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB). Nesta segunda-feira (5), Salles anunciou que desistiu da disputa.

À CNN, Ricardo Salles disse que o assunto já foi tratado no inquérito e negou ter interferido na Polícia Federal. Ele ainda afirmou que apresentará a defesa “na hora certa” e que a Comissão de Ética se tornou um local de “atacar bolsonaristas”.

Reforma tributária tem que ser votada na Câmara ainda no 1º semestre, diz Lira à CNN

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse em entrevista à CNN ter alinhado com o governo a necessidade de a reforma tributária ser votada no plenário da Casa ainda no primeiro semestre.

“Nós combinamos que ela [reforma] tem que ir ao plenário da Câmara ainda neste semestre, antes do recesso [parlamentar]”, disse.

“Precisamos agora focar na reforma tributária. Eu pedi o envolvimento do governo, e o presidente tem realmente interesse nessa matéria, porque sabe que isso é importante para o país”, completou.

Lira ainda cobrou que o governo, junto de seus líderes, construa uma “base cristalina” de apoio no Congresso Nacional, a fim de possibilitar o avanço da matéria.

Segundo o parlamentar, hoje o governo conta com a “boa vontade” de partidos que não compõem sua base formal para aprovar matérias de seu interesse. Como exemplo, Lira mencionou a votação do marco fiscal.

O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), confirmou que apresentará o relatório da reforma na terça-feira (6). O texto será um relatório das atividades do Grupo de Trabalho (GT).

Câmara declara perda de mandato de Dallagnol após condenação pelo TSE

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados declarou, por unanimidade, a perda de mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos), ex-procurador-chefe da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba, três semanas após ele ter sido cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo uma fonte ligada ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a cúpula da Câmara não se movimentou para fazer algum movimento para tentar salvar Dallagnol, que era tido como desafeto da classe política em razão dos trabalhos da Lava Jato.

Segundo a Agência Câmara, a nomeação do suplente que vai ocupar a vaga de Dallagnol na Casa pelo Paraná ainda depende de decisão judicial, pois há uma disputa entre Itamar Paim (PL) e Luiz Carlos Hauly (Podemos).

Em nota oficial, a Câmara dos Deputados explicou que no caso da perda de mandato determinada pela Justiça Eleitoral “não há decisão de mérito ou julgamento pelo plenário da Casa”.

Pelo entendimento do TSE, Dallagnol estaria inelegível no momento do pedido de registro de candidatura para a eleição do ano passado segundo a Lei da Ficha Limpa.

A legislação determina que membros do Ministério Público e do Poder Judiciário que tenham sido aposentados compulsoriamente, tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração na pendência de processo administrativo disciplinar fiquem inelegíveis por 8 anos.

“Eu fui caçado pelo o que eu fiz dentro do Ministério Público”, disse Dallagnol a repórteres após a decisão da Mesa. “O meu crime foi ter defendido os meus valores, ter defendido a verdade, e ter buscado colocar políticos corruptos na cadeia na primeira vez na história do Brasil.”

Lula volta a criticar juros elevados em meio a sinais de recuo da inflação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a alta taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano, acrescentando que o país voltará a ter crédito barato, em meio a divulgação de uma série de índices que têm dado sinais de arrefecimento da pressão dos preços.

“Não há nenhuma explicação histórica de a gente ter o juro mais alto do mundo”, disse Lula em visita a um polo automotivo em Pernambuco, destacando um índice preliminar de inflação em 12 meses de 4,07%.

“Para que esse juro tão alto? Quem ganha com isso? E quem é que perde?”, questionou.

No mês passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,51% em maio, depois de uma alta de 0,57% em abril, em 12 meses, o índice acumulava alta de 4,07%.

Alguns índices de inflação têm mostrado até queda dos preços.

Divulgado nesta terça-feira, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou recuo de 2,33% em maio, a queda mais forte do índice desde abril de 1947.

Anteriormente, outro indicador da FGV, o Índice Geral de Preços–Mercado (IGP-M), registrou deflação de 1,84% em maio, após ter recuado 0,95% em abril, na maior queda mensal da série histórica do indicador, iniciada em 1989.

“Esse país vai voltar a ter crédito barato”, acrescentou Lula, reforçando a intenção de ampliar a oferta de crédito por valores mais acessíveis.

Governo anuncia reforço de R$ 7,6 bilhões para crédito rural, diz Ministério

Produtores rurais do Brasil poderão contar com um reforço de aproximadamente R$ 7,6 bilhões em crédito nos próximos dias, afirmou o Ministério da Agricultura, em comunicado detalhando anúncio realizado na abertura da Bahia Farm Show.

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, uma parte se refere ao complemento de R$ 3,6 bilhões para o Plano Safra 2022/2023, que termina ao final deste mês.

Conforme a nota, esses recursos disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) englobarão todos os programas agropecuários do governo federal, permitindo investimentos em custeio, inovação, maquinário e comercialização.

O ministério também citou que uma parte do montante anunciado no evento, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será destinada à chamada linha de financiamento em dólar do BNDES, que terá R$ 4 bilhões para financiamento de construção e ampliação de armazéns, irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição de energias de fontes renováveis e regularização ambiental da propriedade.

Câmara aprova MP do Minha Casa, Minha Vida e texto vai ao Senado

A Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que recria o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e o texto será agora encaminhado ao Senado, que precisa aprová-lo até a próxima semana para que a MP não perca a validade.

O texto da MP, relatado pelo deputado Fernando Marangoni, foi aprovado em votação simbólica no plenário da Câmara após acordo entre as lideranças partidárias.

A retomada do programa habitacional foi uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nova versão prevê a construção de moradias para pessoas de baixa renda, a chamada Faixa 1 do programa.

Os senadores terão agora até a quarta-feira da próxima semana para aprovar a MP que recria o programa habitacional, caso contrário a medida perderá validade.

Comissão do Senado marca sabatina de indicados de Lula ao Banco Central

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal marcou as sabatinas de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino para duas diretorias do Banco Central (BC) para o dia 27 de junho.

A informação foi confirmada à CNN pelo presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

A decisão foi tomada, e indica que Galípolo e Aquino terão duas semanas para intensificar a aproximação com as bancadas no Senado antes de suas sabatinas.

Fontes ouvidas pela CNN dizem que os dois têm reuniões marcadas com alguns senadores na semana que vem justamente para buscar apoio em para aprovação no fim do mês.

A indicação de Galipolo para a diretoria de Política Monetária do BC será relatada pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). Líder do PSD no Senado, ele já indicou à CNN que recomendará a aprovação de Galipolo para o cargo.

A indicação de Ailton Aquino para a diretoria de Fiscalização do BC será relatada pelo senador Irajá (PSD-TO).

Pesquisa Ipec: avaliação positiva do governo Lula atinge 37% de “ótimo” e “bom”

Pesquisa Ipec divulgada na sexta-feira (9) mostra que a avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou para baixo. A parcela dos eleitores que consideram a gestão do atual presidente como “boa” ou “ótima” passou de 39% para 37% em relação a abril.

O número está dentro da margem de erro do levantamento, que é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Já as avaliações de “ruim” ou “péssima” aumentaram de 26% para 28%. Os que consideram o atual mandato do petista como “regular” também aumentou, saindo de 30% para 32%.

Ambos os dados também estão dentro da margem de erro considerada pelo instituto de pesquisa.

A pesquisa Ipec mostra, ainda, que 53% aprovam a maneira como Lula está governando, enquanto 40% disseram desaprovar. Em março, 57% diziam aprovar o jeito que o atual chefe do Executivo administra o país.

A pesquisa Ipec, contratada pelo jornal “O Globo”, tem intervalo de confiança de 95% e entrevistou presencialmente 2 mil pessoas entre os dias 1° e 5 de junho.

Nos primeiros quatro meses do ano, Brasil recebe 75% dos turistas internacionais de 2022

Um levantamento mensal da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) apontou que 2,7 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil nos quatro primeiros meses de 2023.

Esse número representa 75% dos 3,6 milhões de visitantes internacionais que entraram no país durante todo o ano de 2022.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou os números do primeiro quadrimestre, e afirmou que eles apontam para a recuperação do turismo brasileiro.

“Herdamos um país que estava entre os piores do mundo nos patamares de retomada do turismo internacional pós-pandemia, atrás da média de nosso continente, e nossa meta para esse ano é retomar a média histórica de cerca de 6 milhões de turistas que nos visitavam a cada ano. Isso vai nos dar condições de gerar milhares de empregos neste ano”, disse Freixo.

De acordo com o Relatório Anual de Impacto Econômico, do Conselho Mundial de Viagens e Turismo, a expectativa para 2023 é que a participação do turismo na economia brasileira atingirá um total de 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, com receita de US$ 145,7 bilhões na economia nacional e gerando 8 milhões de empregos.

O bom desempenho das viagens internacionais para o Brasil foi impulsionado pela visita de argentinos, com 1,2 milhão de visitantes entre janeiro e abril deste ano, aumento de 166% em relação ao ano passado.

Produtividade na indústria cai quase 1% ao ano há 3 décadas

Nos últimos 27 anos, a produtividade da indústria de transformação brasileira caiu quase 1% ao ano, em média. Isso significa que, se em 1995 cada hora trabalhada no Brasil gerava R$ 45,50 em produtos, no final do ano passado eram apenas R$ 36,50 por hora trabalhada. E, segundo especialistas, não há, à vista, nenhuma medida em discussão para mudar esse quadro.

Ao longo desse período, em 11 anos ocorreram melhoras em relação ao ano anterior, mas a média durante essas quase três décadas é negativa em 0,9%. “Para um país se tornar competitivo, ganhar mercado interno e exportar, tem de melhorar sua produtividade”, diz o economista Fernando Veloso, coordenador do Observatório da Produtividade Regis Bonelli, do FGV Ibre.

Responsável pelo estudo que mostra a produtividade por horas trabalhadas na indústria de transformação, Veloso ressalta que uma maior produtividade eleva a competitividade da empresa, os trabalhadores produzem mais, os preços dos produtos caem seguindo a redução dos custos, e as vendas e as exportações aumentam.

Analistas e empresários lamentam que esse importante termômetro de desenvolvimento econômico de um país praticamente não apareça em recente artigo do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin publicado no Estadão.

No texto, eles introduzem a visão do governo para a neoindustrialização e afirmam que “a indústria será o fio condutor de uma política econômica voltada para a geração de renda e de empregos mais intensivos em conhecimento e de uma política social que investe nas famílias”.

A indústria de transformação é responsável pela produção de roupas, alimentos, eletroeletrônicos, metais, aviões, veículos e máquinas industriais, entre vários outros bens de consumo.

Apesar do alento em verem que o novo governo demonstra preocupação com o setor, empresários e analistas dizem que é urgente a criação de uma política votada à produtividade industrial para brecar a “desidratação do setor”, conforme diz o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro.

Vendas devem crescer 5,2% no Dia dos Namorados, prevê associação dos shoppings

As vendas em comemoração ao Dia dos Namorados devem crescer 5,2% este ano na comparação com 2022, aponta Pesquisa de Expectativas de Vendas para o Dia dos Namorados, da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). A previsão é de que os shoppings devem movimentar cerca de R$ 4,6 bilhões em vendas durante os dias 6 e 12 de junho.

O levantamento foi realizado entre os dias 24 a 31 de maio de 2023, com o objetivo de entender as expectativas do setor em relação à comercialização, fluxo de visitantes, ticket médio, entre outros indicadores para a data. Para os shoppings ouvidos na pesquisa, 85% têm expectativas positivas para a data.

A estimativa é que, neste ano, o ticket médio seja de R$ 190,00. Entre os produtos que devem se destacar na data comemorativa, estão chocolates, doces e joalheria para o público feminino e relógios e acessórios, calçados e artigos esportivos para o público masculino. Para ambos, espera-se ainda a busca por perfumaria e vestuário.

Sobre o fluxo de visitantes, 66% dos respondentes disseram que será superior em relação à 2022. Para os que esperam um aumento do fluxo, o incremento será em média de 6,8%.

Para o presidente da Abrasce, Glauco Humai, mesmo diante do cenário macroeconômico atual, os shoppings estão otimistas em relação à data. “A inflação e o momento econômico foram citados como fatores externos que podem limitar o consumo na data, mas, mesmo com essa percepção, os shoppings já constatam a melhoria contínua de vendas e de fluxo de frequentadores e esse termômetro positivo reforça a expectativa de bons resultados para o período”, comenta em nota.

Com expectativa por incentivo, produção de veículos sobe 10,7% em maio, diz Anfavea

Na contramão da paralisia das vendas provocada pela espera dos consumidores dos descontos prometidos pelo governo, a produção de veículos subiu 10,7% no mês passado frente a maio de 2022. No total, 227,9 mil veículos foram montados no País na soma dos carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Na comparação com abril, maio mostrou crescimento de 27,4% na produção, com a variação neste caso impulsionada também pelos quatro dias úteis a mais do mês passado.

O balanço foi divulgado na terça-feira (06), pela Anfavea, a associação que representa as montadoras. A produção desde o início do ano passou a mostrar crescimento de 6,2%, com 942,8 mil veículos montados de janeiro a maio.

Além dos efeitos do crédito mais caro e restrito, combinados ao maior comprometimento de renda das famílias com dívidas, o comércio de automóveis sentiu em maio o adiamento da compra pelo consumidor, que aguardou até ontem o anúncio das medidas do governo para baratear os preços dos carros.

As vendas diárias, que estavam perto de 9 mil em abril, caíram para a média de 8 mil veículos. Após uma semana de expectativa, em 25 de maio, no Dia da Indústria, o vice-presidente Geraldo Alckmin confirmou que os automóveis teriam descontos, porém só ontem os detalhes foram divulgados e hoje foi publicada a medida provisória.

CVM torna ex-presidentes da Americanas réus em processo

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tornou Sergio Rial e João Guerra, dois ex-presidentes da Americanas, réus em processo ligado à comunicação ao mercado das inconsistências contábeis reveladas pela varejista, conforme informações no site do órgão regulador.

As informações públicas revelam apenas quais artigos legais ou de resoluções da CVM que ambos são acusados de infringir.

A Americanas não respondeu imediatamente a pedido de comentário sobre a acusação a Guerra, que ainda é diretor da companhia. Rial também não respondeu de imediato à consulta via LinkedIn.

Os dois são acusados de infringir determinações da Lei das S.A. Rial é acusado de descumprir trecho sobre guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado. Já Guerra é acusado de infringir artigo sobre a obrigação de administradores de uma companhia de comunicar qualquer fato relevante ocorrido nos seus negócios.

Além disso, Rial é acusado de infringir um total de três artigos de duas resoluções da CVM, enquanto Guerra é acusado de descumprir dois artigos de uma resolução.

A Americanas revelou a descoberta de inconsistências contábeis da ordem de cerca de R$ 20 bilhões na noite de 11 de janeiro deste ano, por meio de fato relevante. O documento também trazia, entre outros pontos, a renúncia de Sergio Rial ao comando da varejista, posição que tinha assumido dias antes.

Varejo recua 0,3% em maio, segundo índice da Cielo

As vendas do varejo apresentaram queda de 0,3% em maio deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022. É o que mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA).

De acordo com divulgação da Cielo, essa foi a primeira queda mensal registrada neste ano.

O resultado negativo foi puxado pelo macrossetor de bens duráveis e semiduráveis, que recuou 4,9% no período.

Enquanto o macrossetor de serviços não apresentou variação em maio, bens não duráveis avançou 1,8%, puxado especialmente por supermercados e drogarias.

No recorte por regiões, o Nordeste apresentou o maior recuo (-1,2%), seguido pelo Sudeste (-0,6%) e Centro-Oeste (-0,2%). O Sul (1,9%) e o Norte (0,2%) avançaram no período.

O ICVA acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, conforme as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas.

Eles respondem por 1,1 milhão de varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.

Já o ICVA nominal é um recorte do índice geral visando informar ainda nos primeiros dias de cada mês a performance do varejo no Brasil em termos nominais (sem descontar a inflação).

Juros são principal entrave para acessar crédito, apontam indústrias

Em uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 71% dos industriais apontaram que as taxas de juros são o principal obstáculo para contratar financiamentos em curto e médio prazo. Foram ouvidos 2.022 empresários sobre as condições de crédito entre setembro de 2022 e fevereiro de 2023.

Outros 25% criticaram a exigência de garantias reais e 16% citaram a ausência de linhas adequadas às necessidades da empresa.

Sobre contratação e renovação dos financiamentos de curto e médio prazo, 47% informaram que não contrataram ou renovaram, 6% não conseguiram e 28% contrataram ou renovaram o financiamento. No caso de crédito de longo prazo, os resultados foram: 58% não procuraram e 14% contrataram.

Conforme a pesquisa, 69% das indústrias conseguiram valor igual ao que necessitavam e 21% receberam valor menor que o solicitado, sendo as de pequeno e médio porte as mais afetadas. Cerca de um terço das indústrias renovou o crédito em condições piores, como taxa de juros, carência e número de parcelas.

Segundo a CNI, os resultados mostram que as instituições financeiras estão mais seletivas e exigentes na concessão de crédito, tornando-o mais caro e restrito para as indústrias. Em razão desse cenário, parcela significativa dos empresários desistiu de buscar financiamento.

A maior parte das empresas (36%) aponta a redução de tributos incidentes ao crédito, entre eles o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), como caminho para solucionar o problema. Outras sugestões são ampliar as linhas de crédito, simplificar as exigências impostas pelos bancos e alavancar o mercado de capitais e a atuação de fintechs na concessão de crédito.

Renner abre cinco lojas em maio, com investimentos de R$ 35 milhões

A Lojas Renner abriu cinco novas lojas em maio, em um total de sete inaugurações neste ano, que somaram investimentos de R$ 35 milhões, conforme dados divulgados pela varejista de moda, dando algum fôlego ao plano de abrir até o fim do ano aproximadamente 40 estabelecimentos.

De acordo com os números no balanço da companhia do primeiro trimestre, a previsão de abertura de lojas para 2023 do grupo contempla cerca de 15 a 20 lojas Renner, sendo 75% em novas praças, 10 a 15 Youcom e 5 Ashua.

No ano até agora, foram abertas três unidades da Renner, duas da Youcom e duas da Ashua. Para os próximos meses, são esperadas oito inaugurações (seis da Renner e duas da Youcom).

“Localizadas, sobretudo, em cidades no interior do Brasil, essas novas unidades integram o plano de expansão da Lojas Renner S.A., em linha com sua estratégia de apostar na crescente integração dos canais físicos e digitais”, afirmou a empresa em comunicado à imprensa.

No primeiro trimestre, a companhia fechou 20 unidades, sendo 13 da Camicado, quatro da Renner e três da Youcom. Na ocasião, disse que, passado o período da pandemia, que impactou o fluxo e custos de algumas localidades, retomou de forma mais dinâmica o processo de avaliação da rentabilidade das suas operações.

Nesse contexto, varejista acrescentou que “decidiu fechar algumas unidades, principalmente as que poderiam ser absorvidas pelo parque de lojas, resultando em maior eficiência, com aumento de venda por m² e redução de custos”.

SELIC

O diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central (BC), Mauricio Moura, explicou na segunda-feira (05), em live semanal da autarquia, que a função básica de qualquer Banco Central no mundo é a política monetária, que é o conjunto de instrumentos usados para colocar a inflação na meta. Moura destacou que a meta de inflação não é escolhida pelo próprio BC, mas sim pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e chegou a compará-la com as metas de vendas estabelecidas no comércio.

Questionado sobre o nível atual da taxa básica de juros, o diretor do BC disse que a Selic “vai voltar a cair em algum momento”, assim que as condições permitirem. De acordo com Moura, a decisão de política monetária não é tomada com base apenas em modelos. “Nós recebemos informações e cada membro define um pensamento e apresenta um voto”, afirmou, na live da autarquia.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (12), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,50%, ante 12,50% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços — Mercado (IGPM) apresentou nova queda em maio. Desta vez, o indicador medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou deflação de 1,84%, se comparado com o mês anterior. Com isso, o índice já acumula queda de 2,58% somente em 2023, e de 4,47% nos últimos 12 meses.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (12), a projeção para o IGP-M ficou em -0,20%, ante -0,08% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — índice oficial da inflação do país, desacelerou para 0,23% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (07). Em abril o IPCA marcou alta de 0,61%, desacelerando em relação ao 0,71% de março. Em maio de 2022, a variação da inflação havia sido de 0,47%.

Nos cinco meses de 2023 a alta acumulada do IPCA é de 2,95% e de 3,94% nos últimos 12 meses.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (12), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 5,42%, ante 5,69% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — índice oficial da inflação do país, desacelerou para 0,23% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (07). Em abril o IPCA marcou alta de 0,61%, desacelerando em relação ao 0,71% de março. Em maio de 2022, a variação da inflação havia sido de 0,47%. Nos cinco meses de 2023 a alta acumulada do IPCA é de 2,95% e de 3,94% nos últimos 12 meses.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (12), a projeção para o PIB ficou em 1,84%, ante 1,68% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (05), o Ibovespa fechou em alta, com as altas de Petrobras e Bradesco prevalecendo sobre recuo de Vale, enquanto CVC Brasil disparou quase 11% após anúncio de novo presidente-executivo e acordo com fundador para potencial aporte de recursos. O índice Ibovespa teve alta de 0,12%, a 112.696,32 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,8 bilhões.

Na terça-feira (06), o Ibovespa fechou em alta, com a quarta alta diária consecutiva, após novo dado de inflação reiterar apostas de queda dos juros no segundo semestre, o que gerou reposicionamento de investidores para ações de setores mais ligados à economia interna. O índice Ibovespa teve alta de 1,70%, a 114.610,10 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,5 bilhões.

Na quarta-feira (07), o Ibovespa fechou em alta, partindo para o feriado na máxima em sete meses, após números de inflação reforçarem apostas de que a data de início de cortes da taxa básica de juros no Brasil pode ser antecipada. O índice Ibovespa teve alta de 0,77%, a 115.488,16 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,7 bilhões.

Na quinta-feira (08), feriado, sem operações na bolsa.

Na sexta-feira (09), por volta das 11h30, o índice Ibovespa operava em alta de 1,52%, a 117.242,81 pontos. Em retorno de feriado de Corpus Christi, com suporte de Vale e ajudado por expectativa de queda de juros no Brasil no segundo semestre e de interrupção nas altas da taxa pelo Federal Reserve (Fed) semana que vem. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 1,33%, a 117.019,48 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,3 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (09), por volta das 11h30, o dólar registrava queda de 1,14%, cotado a R$ 4,8677 na venda. Em sessão de volumes reduzidos na volta do feriado de Corpus Christi, enquanto o mercado aguarda a decisão de política monetária do Federal Reserve da semana que vem.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (09) cotado a R$ 4,8763, e atingiu o menor valor em um ano, após dados negativos da China elevarem a perspectiva de que o governo chinês poderá dar suporte à sua economia, o que é positivo para divisas de países como o Brasil.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
12/06/2023