Cenário Econômico Internacional – 23/06/2023

Cenário Econômico Internacional – 23/06/2023

Cenário Econômico Internacional – 23/06/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

À espera de alívio na inflação, Bancos Centrais inclinam-se a taxas mais altas

Dois anos enfrentando uma inflação crescente, os principais Bancos Centrais do mundo ainda esperam por uma virada decisiva a seu favor, com a política monetária tornando-se ainda mais rígida e autoridades mantendo a busca por uma meta comum de inflação de 2%.

O Banco Central Europeu elevou suas principais taxas de juros em mais 0,25 ponto percentual e, ainda mais notavelmente, elevou suas estimativas de inflação para mostrar que os preços ainda sobem até 2025, no que a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse ser um “nível inaceitável”.

Mais aumentos de juros estão por vir, disse ela.

“Salvo uma mudança material em nossa linha de base, é muito provável que continuemos a aumentar as taxas em julho”, disse Lagarde em coletiva de imprensa após a decisão do BCE.

Seus comentários foram mais fortes do que os do Federal Reserve na quarta-feira, quando os formuladores de política monetária optaram por manter os juros estáveis ​​após 10 altas consecutivas que empurraram sua taxa overnight para a faixa de 5% a 5,25%.

As novas projeções das autoridades do Fed mostraram que a luta contra a inflação está durando mais do que o esperado e exigindo um caminho mais apertado do que o previsto para o avanço da política monetária à frente.

“Se você olhar para toda a gama de dados de inflação, particularmente os dados básicos, você simplesmente não verá muito progresso no ano passado”, disse o presidente do Fed, Jerome Powell, após a reunião de política monetária de dois dias desta semana na qual, como o BCE, as autoridades elevaram suas estimativas para a inflação este ano.

“Talvez seja necessária uma contenção maior do que pensávamos na última reunião”, disse Powell sobre as projeções das autoridades de que mais dois aumentos de juros de 0,25 percentual serão necessários até o final deste ano.

O Banco da Inglaterra se reúne na próxima semana e também deve continuar aumentando as taxas em meio a uma inflação maior do que o esperado. O Reserve Bank of Australia e o Bank of Canada retomaram recentemente os aumentos das taxas depois de os terem interrompido no início deste ano.

O Banco do Japão seguiu destoando ao manter as taxas de juros ultrabaixas e a orientação de queda nesta sexta-feira, enquanto espera cautelosamente por mais sinais de aumentos de preços duradouros e impulsionados pela demanda.

Mas o presidente do BOJ, Kazuo Ueda, disse estar vendo mudanças notáveis ​​no comportamento de definição de preços das empresas e ciente do risco de uma superação da inflação.

“Atualmente, a inflação supera 2% há 13 meses seguidos, mas pode cair abaixo desse patamar daqui para frente. Por isso não estamos normalizando a política monetária. Mas se essa visão mudar drasticamente, teremos que mudar de política”, afirmou.

FMI está trabalhando para criar plataforma global de CDBCs, diz Georgieva

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está trabalhando em uma plataforma para moedas digitais de Bancos Centrais (CDBCs, na sigla em inglês) para permitir transações entre países, disse a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, na segunda-feira (19).

“CBDCs não devem ser propostas nacionais fragmentadas… Para ter transações mais eficientes e justas, precisamos de sistemas que conectem os países: precisamos de interoperabilidade”, disse Georgieva em uma conferência com a presença de Bancos Centrais africanos em Rabat, no Marrocos.

“Por esse motivo, no FMI, estamos trabalhando no conceito de uma plataforma CBDC global”, disse ela.

O FMI quer que os Bancos Centrais cheguem a um acordo sobre uma estrutura regulatória comum para moedas digitais que permita a interoperabilidade global. O fracasso em chegar a um acordo sobre uma plataforma comum poderá criar um vácuo que provavelmente será preenchido por criptomoedas, disse ela.

Uma CBDC é uma moeda digital controlada por Banco Central, enquanto as criptomoedas são quase sempre descentralizadas.

Já há 114 Bancos Centrais em algum estágio de exploração de CBDCs, “com cerca de dez já cruzando a linha de chegada”, disse ela.

“Se os países desenvolverem CDBCs apenas para implantação doméstica, estaremos subutilizando sua capacidade”, acrescentou.

CBDCs também podem ajudar a promover a inclusão financeira e tornar as transferências mais baratas, disse ela, observando que o custo médio das transações é de 6,3%, totalizando 44 bilhões de dólares anualmente.

Georgieva enfatizou que CBDCs devem ser lastreadas em ativos e acrescentou que as criptomoedas são uma oportunidade de investimento quando lastreadas em ativos, mas, quando não são, são um “investimento especulativo”

Bancos Centrais são forçados a manter restrição, alerta BlackRock

A BlackRock reconheceu em seu mais recente comentário semanal sobre os mercados que os Bancos Centrais precisarão manter uma postura conservadora por mais tempo. A maior gestora de recursos do mundo afirmou que a inflação persistente está levando os Bancos Centrais dos mercados desenvolvidos a apertar a política monetária e mantê-la restritiva por mais tempo. Enquanto o Federal Reserve pausou o ciclo de elevações de juros na semana passada, indicando possíveis aumentos futuros, o Banco Central Europeu (BCE) elevou as taxas e deixou claro que o trabalho ainda não foi concluído.

Ao analisar a situação nos Estados Unidos, a BlackRock observa que o mercado de trabalho apertado está pressionando os custos de mão de obra, mantendo a inflação básica elevada. Isso levou o Banco Central do país a adotar uma postura de “whatever it takes” (“faremos o que for necessário”) para combater a inflação.

Em relação à Europa, a BlackRock adverte que a determinação do BCE de elevar os juros está fazendo com que as taxas dos títulos soberanos na região subam. Além disso, a precificação que o mercado está fazendo das elevações de juros do BCE e do Banco da Inglaterra é mais extremada do que a visão da BlackRock. A expectativa é que as taxas desses Bancos Centrais permaneçam mais altas por um período mais longo do que as do Federal Reserve, diante da aderência da inflação.

“Acreditamos, portanto, que a política monetária restritiva provavelmente veio para ficar, na medida em que a inflação mais renitente obriga os Bancos Centrais a apertar os juros, o que deve se acentuar ainda mais”, concluiu a BlackRock.

G7 afirma unidade e necessidade de estreita coordenação na China, diz Departamento de Estado

Os países do G7 afirmaram sua unidade e enfatizaram a necessidade de uma coordenação estreita ao lidar com a China, disse o Departamento de Estado dos Estados Unidos, depois que o secretário de Estado, Antony Blinken, se reuniu com representantes do G7 em Londres.

“O G7 observou a importância de uma estreita coordenação na RPC (República Popular da China) e reafirmou que o G7 está mais unido do que nunca”, disse o Departamento de Estado em um comunicado.

Blinken se reuniu com representantes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia nos bastidores de uma conferência em Londres e os informou sobre suas reuniões com líderes na China em uma viagem recente, disse o Departamento de Estado.

A reunião do G7 de Blinken ocorreu um dia depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, se referiu ao presidente chinês, Xi Jinping, como um “ditador”. A China disse que os comentários de Biden, feitos em uma arrecadação de fundos, eram absurdos e uma provocação.

Blinken concluiu recentemente uma visita à China com o objetivo de estabilizar as relações entre os EUA e a China, que Pequim diz estarem em seu ponto mais baixo desde que os laços formais foram estabelecidos em 1979.

Blinken conheceu Xi durante sua viagem à China, e ambos concordaram na segunda-feira em estabilizar a rivalidade EUA-China para que não se transforme em conflito. Embora a visita não tenha produzido avanços, ambos os lados concordaram em continuar o envolvimento diplomático com mais visitas de autoridades americanas nas próximas semanas e meses.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (19), as bolsas de valores de Nova York não tiveram operações devido ao feriado.

Na terça-feira (20), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, conforme investidores começaram a semana encurtada pelo feriado na véspera realizando lucros após um rali sustentado em meio a sinais de enfraquecimento da demanda global. O índice Dow Jones teve queda de 0,72%, a 34.053,87 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,47%, a 4.388,71 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,16%, a 13.667,29 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar retomada do aperto monetário adiante. O índice Dow Jones teve queda de 0,30%, a 33.951,52 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,52%, a 4.365,69 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,21%, a 13.502,20 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, com os investidores retomando a compra de ações de tecnologia. O cabo de guerra entre os campos de alta e baixa do mercado está equilibrado, o que implica incerteza e maior volatilidade no futuro previsível. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,14%, a 33.902,98 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,071%, a 4.368,81 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,49%, a 13.568,13 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 16.06.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (16) cotado a R$ 4,8196 com alta de 0,36%. Com investidores realizando os lucros mais recentes e com as cotações seguindo a tendência mais ampla do exterior, onde a moeda norte-americana também subia ante várias outras divisas.

Na segunda-feira (19) – O dólar à vista registrou queda de 0,91%, cotado a R$ 4,7755 na venda. Em meio a uma visão positiva dos investidores sobre o Brasil, que passa por processo de queda da inflação, aceleração do crescimento, perspectiva de corte de juros e de mais controle na área fiscal. O dólar oscilou entre R$ 4,8299 na máxima e R$ 4,7600 na mínima.

Na terça-feira (20) – O dólar à vista registrou alta de 0,43%, cotado a R$ 4,7961 na venda. Em sessão marcada pela aversão a ativos de maior risco, como o real brasileiro, após a China anunciar um corte nas taxas de juros menor que o esperado pelo mercado, lançando dúvidas sobre a recuperação econômica do gigante asiático. O dólar oscilou entre R$ 4,8087 na máxima e R$ 4,7750 na mínima.

Na quarta-feira (21) – O dólar à vista registrou queda de 0,60%, cotado a R$ 4,7678 na venda. Em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana também cedia após comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a inflação nos EUA. O dólar oscilou entre R$ 4,8158 na máxima e R$ 4,7628 na mínima.

Na quinta-feira (22) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,029% cotado a R$ 4,7692 na venda. Rondando os menores patamares em mais de um ano, depois de na véspera o Banco Central ter mantido a Selic sem sinalizar intenção de cortar os juros em agosto, como esperava boa parte dos mercados.

Argentina enfrenta negociações cruciais com FMI para desativar bomba da dívida

A Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI) têm um dilema de 44 bilhões de dólares, com os dois lados prestes a se reunirem para negociações cruciais para renovar o enorme e instável acordo de dívida do país, fundamental para evitar a inadimplência de bilhões em pagamentos de dívidas iminentes.

O país sul-americano, um inadimplente em série que vem lutando há anos com a inflação e crises cambiais, fechou um acordo de empréstimo de 57 bilhões de dólares com o FMI em 2018, que fracassou e foi substituído no ano passado por um novo programa de 44 bilhões de dólares.

Mas com reservas internacionais negativas e atingida por uma grande seca que afundou as principais colheitas de soja e milho, a Argentina corre o risco novamente de não pagar vencimentos da dívida, com 2,7 bilhões de dólares devidos ao Fundo somente neste mês.

O Ministro da Economia, Sergio Massa, é esperado em Washington já nesta semana para tentar desbloquear as negociações visando acelerar os desembolsos do FMI e aliviar as metas econômicas associadas ao acordo, em processo que será acompanhado de perto por investidores.

“O Fundo sabe que a Argentina é um problema, é seu principal devedor, mas me parece que a negociação estagnou. Não se vê um progresso significativo”, disse Ricardo Delgado, da empresa argentina de serviços financeiros Analytica.

Em um sinal de possíveis dificuldades, uma fonte do Ministério da Economia disse que a viagem de Massa, anteriormente prevista para acontecer nos próximos dias, poderia ser adiada, dependendo do progresso das negociações virtuais.

“Até que tudo esteja fechado, ninguém viaja. Quando tudo estiver pronto, eles viajarão para colocar as coisas no papel. E quando tudo estiver escrito, Massa viajará”, disse a fonte.

Nas ruas de Buenos Aires, a pressão está aumentando. A inflação chegou a 114%, corroendo salários e o poder aquisitivo, as reservas caíram e uma em cada quatro pessoas está na pobreza, com muitos culpando, não pela primeira vez, a austeridade ligada ao FMI.

“Precisamos mudar essas políticas econômicas, precisamos romper com a dependência do FMI”, disse Hugo Godoy, um líder sindical que marchou na sexta-feira em Buenos Aires em protestos contra a forma como o governo lida com a economia e a austeridade.

“Cerca de 43% dos argentinos vivem abaixo da linha da pobreza e 4,5 milhões, 10% da população, passam fome”, disse ele.

Goldman Sachs adverte que os investidores estão muito otimistas com a inflação

Em uma nota publicada, os analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) alertaram que os investidores podem estar otimistas demais em relação à inflação.

Os analistas do banco acreditam que a inflação nos Estados Unidos não cairá tão rapidamente quanto os mercados esperam atualmente.

“Embora esperemos novas quedas na inflação no futuro, os mercados parecem estar consideravelmente mais otimistas do que nós quanto ao ritmo de resfriamento”, escreveram os estrategistas do Goldman Sachs na nota, que foi citada pela Bloomberg.

Eles também acreditam que os mercados estão ignorando o potencial de “inflação atrasada” em setores como o de saúde.

O banco também alertou que os investidores podem presumir que uma desaceleração acentuada no crescimento econômico dos EUA levará a uma diminuição mais rápida das pressões sobre os preços, quando eles consideram que esses fatores provavelmente não trarão a inflação para baixo.

A propósito, o Federal Reserve dos EUA deixou as taxas de juros inalteradas na última quarta-feira (14), mas indicou em suas novas projeções que talvez tenha que aumentar as taxas mais duas vezes até o final do ano.

Inflação mexicana no nível mais baixo em mais de dois anos, diz pesquisa da Reuters

A inflação global do México provavelmente atingiu seu nível mais baixo em mais de dois anos durante a primeira quinzena de junho, mas permaneceu acima da meta do Banco Central, mostrou uma pesquisa da Reuters, reforçando as apostas de que o banco manterá a taxa chave estável por mais tempo.

A previsão mediana de 11 analistas vê a inflação anual em 5,30%, seu nível mais baixo desde a segunda quinzena de março de 2021, embora ainda seja significativamente superior à meta oficial de 3%, mais ou menos um ponto percentual.

Em seu mais recente anúncio de política monetária, o Banco do México manteve sua taxa básica de juros inalterada em 11,25%, encerrando um ciclo de alta de quase dois anos, e prometeu mantê-la nesse nível por um período prolongado para que a inflação diminua, convergem para o alvo.

Prevê-se que o índice principal, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, tenha caído para 7,02% em relação ao ano anterior, seu nível mais baixo desde março de 2022.

Na primeira quinzena de junho, os preços ao consumidor deveriam ter subido 0,15% em relação à quinzena anterior, enquanto o núcleo deve ter crescido 0,22%.

Canadá investe C$ 350 milhões para impulsionar a indústria aeroespacial sustentável

O Canadá está investindo C$ 350 milhões (US$ 265 milhões) para ajudar a financiar esforços para tornar a indústria aeroespacial mais ambientalmente sustentável, disse o ministro da Inovação, François-Philippe Champagne.

O foco será em propulsão híbrida e alternativa, sistemas de aeronaves, transição para combustíveis alternativos e infraestrutura de suporte a aeronaves, disse ele em comunicado.

“(Isso) … ajudará a impulsionar e acelerar a transformação industrial verde da indústria aeroespacial do Canadá, gerando empregos de alto valor enquanto fortalece as cadeias de suprimentos e apoia a transição para uma economia líquida zero”, disse ele.

No início deste mês, as companhias aéreas globais pediram ampla cooperação para atingir metas de emissão “muito duras”. A aviação, que produz cerca de 2% das emissões mundiais, é considerada um dos setores mais difíceis de descarbonizar.

Os C$ 350 milhões incluem um investimento em inovação aeroespacial de C$ 49 milhões anunciado em 2019.

A Airbus disse em 2021 que estava trabalhando na propulsão híbrida-elétrica entre as opções para reduzir as emissões de aviões a jato. Ela se comprometeu a apresentar o primeiro avião comercial movido a hidrogênio em 2035.

Início de construção de moradias nos EUA tem pico de 13 meses em maio

A construção de residências unifamiliares nos Estados Unidos saltou em maio para o nível mais alto em mais de um ano e as licenças emitidas para construções futuras também subiram, sugerindo que o mercado imobiliário pode estar melhorando depois de sofrer com aumentos dos juros pelo Federal Reserve.

O início de construção de moradias unifamiliares, que representam a maior parte da construção residencial, aumentou 21,7% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 1,631 milhão de unidades, ante 1,34 milhão em abril, informou o Departamento de Comércio.

A taxa de maio foi a mais alta desde abril de 2022, que havia sido maior desde 2006.

O mercado imobiliário sofreu o maior impacto da campanha de aperto monetário mais rápida do Fed desde a década de 1980, mas dados recentes sugerem que o pior já pode ter passado.

A taxa média da popular hipoteca fixa de 30 anos caiu um pouco desde a máxima de novembro passado acima de 7%. Ela ficou em média em 6,77% na última semana, de acordo com dados da Mortgage Bankers Association. Mas o aperto das condições de crédito pode dificultar o acesso dos construtores a financiamento para novos projetos.

Depois de elevar os juros em 5 pontos percentuais desde março de 2022, o Fed fez uma pausa neste mês para avaliar os efeitos de suas ações tomadas até agora, mas os aumentos devem ser retomados no próximo mês com a inflação ainda muito alta.

Indicados do Fed dizem que foco é vencer inflação

Duas autoridades de política monetária do Federal Reserve e um economista indicado para se juntar a eles no conselho do Fed, sediado em Washington, disseram que seu foco está em reduzir a inflação excessivamente alta para que a economia dos EUA possa retomar um crescimento sustentável.

A inflação “começou a diminuir”, mas o Fed continuará focado em retorná-la para a meta de 2%, disse o diretor e indicado a vice-chair, Philip Jefferson, em depoimento preparado para sua audiência de confirmação nesta quarta-feira, diante do Comitê Bancário do Senado.

“A economia passa por vários desafios, como inflação, estresse do setor bancário e instabilidade geopolítica. O Federal Reserve precisa continuar atento a todos eles”, disse Jefferson, em seus breves comentários. “A inflação começou a diminuir e continuo focado em retorná-la para nossa meta de 2%.”

A diretora do Fed, Lisa Cook, renomeada para um novo mandato de 14 anos quando o atual terminar, em janeiro, adotou um tom mais severo, classificando o momento atual como “crítico” para a economia norte-americana, observando que “será essencial que o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) aja da maneira necessária” para reduzir a inflação.

“Como disse ao comitê ano passado, a alta inflação é uma grave ameaça à sustentação da expansão da economia americana”, disse Cook, acrescentando que “se confirmada, continuarei focada na inflação até que o nosso trabalho esteja completo”.

Cook e Jefferson juntaram-se à votação unânime do Fed semana passada para manter a taxa básica de juros estável na faixa de 5% a 5,25%, uma decisão que, segundo Jefferson havia dito anteriormente, não deveria ser tomada como uma sinalização de que a campanha de aumento de juros havia terminado, mas como uma pausa para permitir que os formuladores de política vissem mais dados antes de decidir sobre a extensão de firmes políticas adicionais.

Ele não repetiu esses comentários em depoimento preparado. Nem ele e nem Cook disseram alguma coisa sobre o quanto o Fed ainda precisará aumentar a taxa de juros para reduzir a inflação, agora em um patamar mais do que duas vezes superior à meta do Fed.

Banco do Canadá avaliará a necessidade de novos aumentos de taxas com base em dados econômicos

O Banco do Canadá concordou que a necessidade de novos aumentos de juros seria determinada por novos dados econômicos depois de elevar as taxas para uma alta de 22 anos no início deste mês, mostraram atas de suas reuniões de política monetária divulgadas.

Em 7 de junho, o Banco Central, que estava inativo desde janeiro, elevou sua taxa overnight para 4,75%. Em seu resumo das deliberações, ou atas, das reuniões de política que precederam a decisão, o conselho de governo de seis membros disse que o crescimento e a inflação foram mais fortes do que o esperado.

“Os membros são da opinião de que, com o ressurgimento do crescimento dos gastos das famílias, a recuperação da confiança do consumidor e a desaceleração do impulso desinflacionário, a política monetária não parece ser suficientemente restritiva”, disse a ata.

O conselho administrativo discutiu se deveria ou não sinalizar um aumento de tarifa e executá-lo em julho, mas decidiu que havia dados suficientes para agir imediatamente, segundo a ata.

O conselho então concordou em “avaliar a necessidade de novos aumentos nas taxas de juros com base nos dados recebidos”, disse a ata. O conselho estava preocupado que “a inflação pudesse ficar parada em um nível materialmente acima da meta de 2%”.

Argentina fará pagamento de US$ 1,9 bilhão ao FMI conforme programado, diz fonte do Ministério da Economia

A Argentina fará pagamentos programados totalizando cerca de 1,9 bilhão de dólares ao Fundo Monetário Internacional (FMI), disse uma fonte do Ministério da Economia.

O país sul-americano está em negociações com o FMI para renovar seu programa de empréstimos de US$ 44 bilhões com o credor, enquanto luta contra a diminuição das reservas em moeda estrangeira, uma moeda fraca do peso e uma inflação anual acima de 100%.

A Argentina tem US$ 2,7 bilhões devidos ao fundo apenas neste mês.

O governo espera adiantar mais de US$ 10 bilhões em desembolsos do FMI este ano, embora tenha relutado em concordar com duras medidas de austeridade à medida que as próximas eleições gerais marcadas para outubro se aproximam.

O ministro da Economia, Sergio Massa, deve viajar a Washington assim que um acordo para aliviar as metas econômicas for elaborado com autoridades do FMI.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (19), as bolsas europeias fecharam em queda, enquanto investidores aguardam mais medidas de estímulo da China para reanimar a demanda e esperam o pronunciamento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta semana, em busca de mais pistas sobre a trajetória de juros do Banco Central norte-americano. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,02%, a 462,04 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,01%, a 7.314,05 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,96%, a 16.201,20 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,51%, a 6.045,10 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,66%, a 9.431,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,71%, a 7.588,48 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, com cautela pelo cenário da economia global. Diante da desaceleração da China, maiores estímulos eram esperados no país, o que vem sendo frustrado nos últimos dias. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,56%, a 459,44 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,27%, a 7.294,17 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,55%, a 16.111,32 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,06%, a 6.041,44 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,13%, a 9.444,50 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,25%, a 7.569,31 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, em uma sessão atenta às perspectivas para o aperto monetário pelos Bancos Centrais de economias desenvolvidas. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,47%, a 457,18 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,46%, a 7.260,97 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,55%, a 16.023,13 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,66%, a 6.001,51 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,03%, a 9.436,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,13%, a 7.559,18 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas europeias fecharam em queda, com o Banco da Inglaterra optando por uma alta mais agressiva de 50 pontos-base nas taxas. Os analistas ficaram divididos sobre se o BOE subiria 25 ou 50 pontos-base, embora a maioria favorecesse o primeiro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,54%, a 454,52 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,79%, a 7.203,28 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,22%, a 15.988,16 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,92%, a 5.946,18 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,76%, a 9.365,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,76%, a 7.502,03 pontos.

Autoridades do BCE defendem mais altas nos juros apesar do risco

A inflação da zona do euro pode superar até mesmo as previsões recentemente elevadas, de modo que o Banco Central Europeu deve errar ao aumentar demais os juros para conter o crescimento dos preços, em vez de interromper as altas cedo demais, disseram autoridades do BCE na segunda-feira (19).

O BCE elevou os juros em quatro pontos percentuais combinados no ano passado para conter um aumento histórico da inflação, mas disse que provavelmente aumentará novamente em julho, depois que suas novas previsões colocam o crescimento dos preços acima da meta de 2% até 2025.

“Precisamos permanecer altamente dependentes de dados e errar pelo lado de fazer muito, em vez pelo de fazer pouco”, disse Isabel Schnabel, membro do conselho do BCE, uma autoridade “hawkish” (agressiva contra a inflação), em um discurso.

“Os riscos de uma desancoragem das expectativas de inflação e uma transmissão mais fraca da política monetária sugerem que há um limite para quanto tempo a inflação pode ficar acima da nossa meta de 2%”, acrescentou.

O medo é que, se o BCE não conseguir erradicar a inflação agora, ela possa se entrincheirar na economia, forçando a política monetária a permanecer rígida por ainda mais tempo, causando dificuldades para os consumidores da zona do euro além do que seria necessário.

O chefe do Banco Central eslovaco, Peter Kazimir, outra autoridade hawkish, que costuma ficar do lado de Schnabel, fez declarações semelhantes nesta segunda-feira.

“A continuação do aperto da política monetária é o único caminho razoável a seguir”, disse Kazimir em um post de blog. “Não fazer o que é necessário representa um risco muito mais significativo do que o risco de apertar demais.”

Partido conservador PP da Espanha amplia liderança antes das eleições nacionais, mostra pesquisa

O conservador Partido Popular da Espanha deve conquistar o maior número de assentos na câmara baixa do Parlamento nas eleições nacionais do próximo mês, muito à frente do Partido Socialista dos Trabalhadores (PSOE), uma pesquisa divulgada pelo El País jornal mostrou na segunda-feira (19).

A pesquisa, realizada entre 12 e 14 de junho, mostrou o PP ampliando sua vantagem sobre o PSOE do primeiro-ministro Pedro Sanchez, disse a pesquisa 40DB.

A pesquisa, encomendada pelo jornal El País, estimou que o PP obteria entre 128 e 142 assentos na Câmara dos 350 deputados, ante 131 na votação anterior, realizada entre 31 de maio e 1º de junho. O PSOE obteria entre 99 e 109 cadeiras, mostrou, em comparação com 107 na pesquisa anterior.

Uma aliança entre o PP e o partido de extrema-direita Vox, com 37 a 41 assentos, ultrapassaria a maioria absoluta de 176 assentos necessária para governar.

Sanchez em 29 de maio convocou uma eleição surpresa depois que seu partido e seu parceiro de coalizão Podemos foram derrotados nas cédulas regionais e municipais. Sanchez disse que lideraria seu partido e tentaria permanecer como primeiro-ministro.

A eleição de 23 de julho está se transformando em uma escolha binária entre os que se opõem a um governo que incluiria o Vox, de extrema-direita, e os que se opõem à atual coalizão minoritária que inclui o Podemos, de extrema-esquerda.

Cúpula de Macron em Paris busca novo fôlego para agenda financeira global

O presidente francês, Emmanuel Macron, realiza uma cúpula na quinta (22) e na sexta-feira (23) para definir um roteiro para aliviar o peso da dívida de países de baixa renda e, ao mesmo tempo, liberar mais fundos para o financiamento climático.

A cúpula reúne dezenas de líderes na capital francesa para forjar um consenso de alto nível sobre como progredir em uma série de iniciativas atualmente lutando em órgãos como o G20, FMI-Banco Mundial e Nações Unidas.

Variando do alívio da dívida ao financiamento climático, muitos dos tópicos da agenda seguem sugestões de um grupo de países em desenvolvimento, liderado pela primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, apelidado de ‘ Iniciativa de Bridgetown’.

“Estamos nos mudando para um mundo, eu o chamaria de sistema financeiro de Bridgetown, (que) reconhece que temos que melhorar massivamente o setor público e focar isso na construção de resiliência e adaptação, porque é difícil para isso ser financiado de outra maneira”, disse Avinash Persaud, enviado especial de Mottley para financiamento climático.

Embora não sejam esperadas decisões obrigatórias, as autoridades envolvidas no planejamento da cúpula disseram que alguns compromissos fortes devem ser feitos sobre o financiamento dos países pobres.

Em particular, deve haver um anúncio de que uma meta de US$ 100 bilhões foi atingida, que será disponibilizada por meio do Fundo Monetário Internacional para países vulneráveis, disseram autoridades.

O plano, acordado pela primeira vez há dois anos em uma cúpula financeira africana em Paris, pede aos governos ricos que emprestem direitos de saque especiais não utilizados ao FMI para, por sua vez, emprestar aos países pobres.

Inflação ao produtor na Alemanha tem forte desaceleração em maio, para 1% na comparação anual

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha teve forte desaceleração em maio em termos anualizados, recuando de 4,1% em abril para 1% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou na terça-feira (20) o Destatis, o departamento oficial de estatísticas do país. Essa foi a menor variação observada desde janeiro de 2021 (+0,9%). Na comparação mensal com abril o índice geral caiu 1,4% em maio.

A dado surpreendeu o consenso de analistas, que previa uma deflação de 0,7% no mês e uma taxa anualizada de 1,4%.

Segundo o Destatis, os preços da energia caíram 3,3% em maio ante o mesmo mês do ano passado e 3,5% em relação a abril de 2023, puxados pela diminuição dos preços eletricidade. Os preços dos derivados de petróleo recuaram 4,7% na comparação mensal e 21,0% na anual.

O índice geral desconsiderando energia subiu 3,2% em maio ante maio de 2022, mas teve queda de 0,4% em relação a abril de 2023.

Segundo o Destatis, houve alta altas de preços de bens de capital e de bens de consumo não duráveis. Os preços dos equipamentos subiram 6,5% na comparação anula, induzidos pela evolução dos preços das máquinas (+8,2%) e de veículos e peças (+5,6%). Em relação ao mês anterior, os preços dos bens de capital subiram 0,2%.

Já os preços dos bens de consumo não duráveis aumentaram 10,1% em maio de 2023 em relação a maio de 2022 e subiram 0,1% ante abril de 2023. Os preços dos alimentos subiram 11,9% na comparação anula, puxado pelo açúcar (+92,0%).

Inflação no Reino Unido não desacelera e aumenta pressão sobre Banco Central britânico

A inflação no Reino Unido frustrou as previsões de desaceleração e se manteve em 8,7% em maio, colocando ainda mais pressão sobre o Banco da Inglaterra um dia antes da reunião de política monetária em que se espera que o Banco Central aumente os juros pela 13ª vez consecutiva para conter o crescimento dos preços.

Os mercados aumentaram suas apostas em novas altas de juros após os números oficiais de quarta-feira (21), que também mostraram que a inflação subjacente atingiu seu nível mais alto desde 1992 no mês passado.

Os números significam que inflação britânica é mais uma vez a mais forte entre qualquer grande economia avançada.

Os números são desconfortáveis ​​para o primeiro-ministro Rishi Sunak – que prometeu reduzir a inflação pela metade ao longo deste ano antes de uma provável eleição em 2024, e provavelmente elevarão os custos das hipotecas para milhões de proprietários.

Economistas consultados pela Reuters previam que a taxa anual de inflação dos preços ao consumidor cairia para 8,4% em maio, afastando-se ainda mais da máxima de 41 anos de 11,1% atingida em outubro.

A libra saltou brevemente em relação ao dólar e ao euro depois que os números foram divulgados e os rendimentos do título governamental de dois anos, sensível às expectativas de juros, subiram para o nível mais alto desde julho de 2008.

Os mercados agora veem uma chance de 40% de que o Banco da Inglaterra eleve os juros em 0,5 ponto percentual na quinta-feira, para 5%, em vez do movimento de 0,25 ponto esperado anteriormente. Eles veem uma chance de 60% de os juros chegarem a 6% até dezembro.

“Os números de hoje reforçam as justificativas para o governo continuar com suas armas”, disse o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, a repórteres.

“Se você observar o que está acontecendo em outros países, verá que aumentos nas taxas de juros reduzem a inflação ao longo do tempo, isso acontecerá aqui”, acrescentou.

Recessão alemã será mais acentuada do que esperado, diz Ifo

A economia alemã vai contrair neste ano mais do que o esperado anteriormente, com a inflação alta afetando o consumo privado, disse o Instituto Ifo na quarta-feira (21) ao apresentar suas previsões.

“A economia alemã está lentamente saindo da recessão”, disse o chefe de previsões econômicas do Ifo, Timo Wollmershaeuser.

O Produto Interno Bruto (PIB) alemão deve cair 0,4% neste ano, mais do que a previsão de 0,1% do Instituto Ifo em março.

“Quando comparamos a Alemanha com nossos principais parceiros comerciais, espera-se que pelo menos esses países apresentem crescimento”, disse Wollmershaeuser. O Ifo prevê que o PIB da zona do euro crescerá 0,6% em 2023 e o que o dos EUA avance 0,9%.

O instituto econômico também reduziu as previsões para a Alemanha em 2024 para 1,5% de crescimento, de 1,7% esperado anteriormente.

A inflação deve diminuir lentamente de 6,9% em 2022 para 5,8% neste ano, caindo para 2,1% em 2024. Em relação ao núcleo da inflação, o Instituto Ifo prevê que ela aumentará para 6% neste ano, de 4,9% no ano anterior, antes de cair para 3% em 2024.

Devido à inflação, o consumo privado vai recuar 1,7% neste ano e não voltará a subir até 2024, quando se espera um aumento de 2,2%.

UE aprova 11º pacote de sanções contra a Rússia por causa da Ucrânia

Os governos da União Europeia concordaram com um 11º pacote de sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, com o objetivo de impedir que outros países e empresas contornem as medidas existentes.

O novo pacote, tuitado pela Suécia como presidente da UE, proíbe o trânsito via Rússia de uma lista ampliada de bens e tecnologia que podem ajudar o setor militar ou de segurança da Rússia.

A maior novidade, disseram os diplomatas, foi permitir restrições à venda de bens e tecnologias sensíveis de uso duplo a terceiros países que poderiam vendê-los à Rússia. Os nomes desses países podem ser adicionados a um anexo do regulamento de sanções da UE com o acordo unânime de todos os 27 membros.

As autoridades da UE há muito se preocupam com o aumento da demanda por produtos da UE por parte dos vizinhos da Rússia, como Armênia, Cazaquistão ou Quirguistão, e dos Emirados Árabes Unidos, Turquia ou China.

Moscou justifica a guerra contra a Ucrânia como uma batalha existencial por sua própria segurança e diz que o Ocidente está fracassando em uma tentativa agressiva de estrangular sua economia e esmagar seu poder.

O pacote da UE estende a suspensão das licenças de transmissão da UE de cinco meios de comunicação estatais russos.

Para coibir a prática de navios que carregam petróleo bruto ou produtos petrolíferos russos no mar, o pacote proíbe o acesso aos portos da UE para navios que realizam transferências de navio para navio se houver motivos para suspeitar que a carga seja de origem russa.

Banco Central britânico eleva juros para 5% em aperto maior que o esperado para combater a inflação

O Banco da Inglaterra elevou a taxas de juros em 0,5 ponto percentual na quinta-feira (22), mais do que o esperado, depois de dizer que havia notícias “significativas” sugerindo que a inflação britânica levará mais tempo para cair.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central votou por 7 a 2 para aumentar sua principal taxa de juros de 4,5% para 5%, a mais alta desde 2008 e o maior aumento desde fevereiro, diante de uma inflação mais persistente e aumento salarial desde que as autoridades se reuniram em maio.

“Houve notícias significativas de alta em dados recentes que indicam mais persistência no processo de inflação”, disse o comitê.

“Efeitos de segunda ordem na evolução dos preços domésticos e salários gerados por choques de custos externos provavelmente levarão mais tempo para se dissipar”, acrescentou.

Economistas consultados pela Reuters esperavam um movimento para 4,75%, embora os mercados financeiros vissem nesta quinta-feira uma chance de quase 50% de um aumento para 5%, após dados de inflação acima do esperado divulgados.

As autoridades do Banco da Inglaterra deram poucas indicações de que um aumento de 0,5 ponto estava sendo considerado antes do anúncio de quinta-feira (22).

Os membros Silvana Tenreyro e Swati Dhingra se opuseram à decisão, dizendo que grande parte do impacto do aperto monetário passado ainda não foi sentido, e que indicadores antecedentes apontam para quedas acentuadas na inflação e crescimento salarial à frente.

O presidente da autoridade monetária, Andrew Bailey, em uma carta regular ao ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, reiterou a maior parte da declaração do comitê.

“O Comitê fará o que for necessário para devolver a inflação à meta de 2% de forma sustentável no médio prazo”, afirmou.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em meio à decepção com a falta de novos estímulos econômicos na China. O índice Xangai teve queda de 0,54%, a 3.255,81 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,00%, a 33.370,42 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,64%, a 19.912,89 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,82%, a 3.930,91 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após a China decepcionar com uma redução de juros mais modesta do que se previa. O Banco Central chinês (PBoC) cortou suas principais taxas de juros em 10 pontos-base, após reduzir juros secundários ao longo da semana passada. O índice Xangai teve queda de 0,47%, a 3.240,36 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,06%, a 33.388,91 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,54%, a 19.607,08 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,17%, a 3.924,24 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, as bolsas da China e de Hong Kong tiveram perdas consideráveis, antes de feriados, em meio ainda à decepção com a falta de medidas mais concretas para estimular a economia chinesa. O índice Xangai teve queda de 1,31%, a 3.197,90 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,56%, a 33.575,14 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,98%, a 19.218,35 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,53%, a 3.864,03 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizar a retomada da alta dos juros americanos mais adiante. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,92%, a 33.264,88 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações devido ao feriado. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado.

Índia avalia acordo com Egito para garantir fertilizantes e gás, dizem fontes

A Índia está avaliando uma proposta para começar o comércio de mercadorias como fertilizantes e gás com o Egito, como parte de um acordo mais amplo que pode levar Nova Délhi a estender uma linha de crédito de vários bilhões de dólares ao Cairo, disseram fontes à Reuters.

É provável que um acordo seja anunciado no final deste mês, durante a primeira visita do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, ao Egito, que enfrenta uma escassez prolongada de moeda estrangeira, disse uma fonte com conhecimento do assunto.

“O acordo permitiria ao Egito fazer compras em rúpias e a troca está sendo considerada como um meio de saldar essa dívida por meio da venda de produtos egípcios que possam ser úteis para a Índia”, disse a fonte.

O Ministério das Relações Exteriores da Índia está consultando departamentos sobre o apetite por fertilizantes e gás do Cairo como parte do pagamento da linha de crédito, disse uma autoridade indiana.

Nova Délhi está empenhada em diversificar suas importações de fertilizantes, especialmente depois de 2021, quando alguns Estados indianos enfrentaram escassez devido a restrições de exportação chinesas e um aumento recorde de preços.

Como parte acordo, o Egito deseja receber suprimentos de trigo, entre outros itens, mas é improvável que Nova Délhi envie o grão devido à proibição de exportação do cereal, acrescentou o funcionário indiano.

A Índia, segundo maior produtor mundial de trigo, proibiu as exportações de trigo em maio de 2022 para ajudar a controlar o aumento dos preços domésticos, rescindindo um plano de exportar 3 milhões de toneladas de trigo para o Egito no ano 2022/23.

O Egito agora depende principalmente da Rússia para o grão.

“É uma negociação. Quais empresas estarão envolvidas e em quais commodities? Tudo isso ainda está em discussão”, disse o ministro do Abastecimento do Egito, Ali Moselhy, à Reuters.

Governo da China discute maneiras de melhorar economia, diz mídia estatal

Os ministros do governo chinês se reuniram para discutir medidas para melhorar o estado da economia, informou a mídia estatal, apresentando planos para intensificar o apoio financeiro a empresas de tecnologia e elaborar regras para supervisionar fundos privados.

A situação econômica geral do país está se recuperando, acrescentou a mídia estatal, ao mesmo tempo em que aponta que uma desaceleração no comércio e impacto direto nos investimentos globais na recuperação da segunda maior economia do mundo.

Os formuladores de políticas se comprometeram a implementar políticas em tempo hábil quando as condições forem adequadas e a tomar medidas mais enérgicas em resposta a mudanças na situação econômica, disse a reportagem.

As propostas incluem acelerar a introdução de políticas específicas para promover o desenvolvimento de fundos de capital de risco, fornecer mais apoio a startups de tecnologia e introduzir medidas contra o financiamento ilegal.

Cingapura encabeça a lista das cidades mais caras para bens e serviços voltados para os ricos

Cingapura se tornou pela primeira vez a cidade mais cara para bens e serviços para pessoas ricas, ultrapassando Hong Kong, Londres e Nova York, de acordo com um relatório divulgado na terça-feira (20).

Carros e seguros de saúde essenciais em Cingapura são 133% e 109% mais caros que a média global, entre 12 bens de consumo e oito serviços que refletem os padrões de gastos de indivíduos com alto patrimônio líquido, de acordo com o relatório Global Wealth and Lifestyle de Julius Baer.

A cidade-estado politicamente estável e favorável aos impostos foi uma das primeiras cidades asiáticas a diminuir significativamente as restrições à pandemia e começou a ver um influxo de riqueza.

A demanda por acomodação é alta, as vagas nas escolas são caras e o custo de vida geral para todos é alto em Cingapura, acrescentou o relatório.

Xangai, que ocupava o primeiro lugar no ano passado, caiu para o segundo lugar. Possíveis fatores incluem restrições pandêmicas mais longas do que em outras cidades, disse o relatório. Hong Kong ficou em terceiro lugar.

China corta taxas de empréstimos para reanimar demanda

A China cortou suas principais taxas de referência de empréstimos na terça-feira (20), as primeiras reduções em 10 meses, à medida que as autoridades buscam sustentar a recuperação econômica, embora as preocupações com o mercado imobiliário signifiquem que o afrouxamento não foi tão grande quanto o esperado.

O mais recente afrouxamento monetário ocorre no momento em que a recuperação pós-pandemia na segunda maior economia do mundo mostra sinais de perda do ímpeto inicial visto no primeiro trimestre.

A taxa primária de empréstimo (LPR) de um ano foi reduzido em 10 pontos base, para 3,55%, enquanto a LPR de cinco anos sofreu corte pela mesma margem, para 4,20%.

Embora todos os 32 participantes de uma pesquisa da Reuters projetassem reduções em ambas as taxas, o corte na taxa de cinco anos foi menor do que muitos esperavam.

“Esses cortes reduzirão o custo de novos empréstimos, bem como os pagamentos de juros de empréstimos existentes”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics.

“Isso deve oferecer algum suporte modesto à atividade econômica. Mas achamos que é improvável que leve a uma forte aceleração no crescimento do crédito, dada a demanda fraca por crédito.”

O Banco do Povo da China (PBOC) reduziu as taxas de juros de curto e médio prazo na semana passada.

A taxa do instrumento de empréstimo de médio prazo (MLF) serve como um guia para a LPR e os mercados geralmente veem a taxa de médio prazo como um precursor de quaisquer mudanças nos referenciais de empréstimos de longo prazo.

Coreia do Sul é condenada a pagar US$ 82,5 milhões a Elliott por fusão da Samsung em 2015

O governo sul-coreano foi condenado a pagar mais de 82 milhões de dólares ao fundo de hedge Elliott, informou o Ministério da Justiça da Coreia do Sul, em um processo de solução de disputa decorrente da fusão de duas afiliadas da Samsung (KS:005930) em 2015.

O tribunal de arbitragem em Haia aceitou parcialmente a reivindicação de Elliot no valor de cerca de 770 milhões de dólares, depois que o fundo ativista processou o governo sul-coreano pelo papel do Serviço Nacional de Pensões (NPS), administrado pelo Estado, na aprovação da fusão de 8 bilhões de dólares entre a Cheil Industries e a Samsung C&T.

O fundo Elliott era acionista minoritário da Samsung C&T e se opôs ao negócio, considerando os termos da fusão injustamente desfavoráveis ​​à empresa.

O NPS, que aprovou a fusão, detinha uma participação maior na Samsung C&T e era visto como voto de qualidade.

Em 2022, a Suprema Corte da Coreia do Sul confirmou uma sentença de prisão para Moon Hyung-pyo, ex-ministro da saúde e bem-estar, por pressionar o NPS a aprovar a fusão em conexão com um escândalo de corrupção envolvendo a ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye, que foi destituída do cargo.

O tribunal de arbitragem ordenou que o governo sul-coreano pague ao Elliott cerca de 53,6 milhões de dólares por danos, além de juros atrasados e 28,9 milhões de dólares em honorários advocatícios, disse o Ministério da Justiça do país, sem dar mais detalhes.

Banco Central da Coreia do Sul vê baixa possibilidade de crise bancária no país

O Banco Central da Coreia do Sul disse na quarta-feira (21) que vê poucas possibilidades de o país enfrentar uma crise bancária ou qualquer problema semelhante aos eventos nos Estados Unidos e na Europa no início deste ano.

É improvável que outra crise bancária em escala global cause fuga repentina de capital para fora do país, disse o Banco da Coreia (BOK) em seu relatório semestral de estabilidade financeira.

“A avaliação dos riscos subjacentes do nosso sistema financeiro mostra que há baixa possibilidade de instituições financeiras domésticas passarem por uma circunstância semelhante à do Silicon Valley Bank ou do Credit Suisse”, disse o BOK.

“Eles estão bem preparados para responder, mesmo que tais eventos ocorram”, acrescentou, citando a ampla liquidez de instituições financeiras não bancárias, ativos de alta liquidez de credores on-line e regras estritas para amortizar títulos.

No início deste ano, uma série de problemas bancários nos Estados Unidos e na Europa provocou preocupações sobre uma crise financeira nos mercados financeiros globais, desencadeando respostas imediatas dos Bancos Centrais para evitar que se transformassem em contágio.

O BOK disse que os fluxos de capital no mercado local permaneceram estáveis ​​durante o período de desconforto bancário global, ao contrário das crises financeiras globais anteriores, atribuindo-o à melhoria da solidez e credibilidade externa.

Banco Central das Filipinas estende pausa de aumento de taxa, corte ‘improvável’ em futuro próximo

O Banco Central filipino manteve sua taxa básica de juros estável (PHCBIR=ECI) em 6,25% pela segunda reunião consecutiva na quinta-feira (22), e seu governador deu a entender que a taxa pode permanecer por mais tempo com a inflação em tendência de desaceleração.

O governador do Bangko Sentral ng Pilipinas (BSP), Felipe Medalla, disse que o Banco Central pode se dar ao luxo de estender a pausa para o aumento da taxa pela terceira reunião consecutiva, impedindo qualquer surpresa política do Federal Reserve.

“Claramente, uma pausa será, pelo menos na minha opinião, pelo menos três reuniões. Agora já temos duas”, disse Medalla após supervisionar o que poderia ser sua última reunião política, a menos que seja renomeado pelo presidente Ferdinand Marcos Jr.

Medalla está concluindo o mandato não vencido do antecessor Benjamin Diokno, atual secretário de Finanças, que termina no mês que vem. Uma decisão sobre o posto principal do BSP é esperada dentro de alguns dias. Embora o BSP esteja confiante de que a inflação retornará à meta de 2% a 4% até outubro, Medalla disse que pode ser forçado a agir caso o Fed faça um grande aumento, para manter estáveis ​​os diferenciais de taxas das Filipinas e dos EUA.

Iraque convida empresas estrangeiras a apresentar ofertas por 11 blocos de gás em novas áreas

O Iraque convidou neste domingo empresas estrangeiras a concorrer a licitações para explorar e desenvolver reservas de gás natural em 11 novos blocos, à medida que o país-membro da Opep busca produzir gás natural para usinas elétricas e reduzir importações que pesam no orçamento do país.

Oito blocos estão localizados na província de Anbar, no Oeste, um na cidade de Mosul, no Norte, e outros dois estão localizados ao longo das fronteiras entre províncias, incluindo um entre a fronteira de Anbar com Mosul e outro com a cidade de Naja, no sul do Iraque, informou o ministério do petróleo em comunicado no domingo (18).

O ministério do petróleo do Iraque disse que concluiu as preparações para lançar uma sexta rodada de licitações para leiloar os blocos de gás, sem definir uma data para o processo de licitação.

O Iraque, o segundo maior produtor da Opep depois da Arábia Saudita, queima grande parte de seu próprio gás, extraído junto com o petróleo bruto em seus campos, porque não possui instalações para transformá-lo em combustível e, em vez disso, usa as importações de energia iraniana para gerar eletricidade.

Bagdá está sob pressão dos Estados Unidos para reduzir sua dependência das importações de gás do Irã.

Catar fecha segundo grande acordo de fornecimento de GNL com a China

O Catar garantiu na terça-feira (20) seu segundo grande acordo de fornecimento de gás com uma empresa estatal chinesa em menos de um ano, colocando a Ásia claramente à frente na corrida para garantir o fornecimento de gás do enorme projeto de expansão da produção de Doha, segundo a Reuters.

A China National Petroleum Corporation e a QatarEnergy assinaram um acordo de 27 anos, segundo o qual a China comprará 4 milhões de toneladas métricas de gás natural liquefeito por ano do estado do Golfo Árabe.

A CNPC também terá uma participação acionária na expansão oriental do projeto North Field LNG do Catar, disse o chefe da QatarEnergy, Saad Al-Kaabi, na assinatura.

A participação equivale a 5% de um trem de GNL com capacidade para 8 milhões de toneladas por ano.

“Hoje estamos assinando dois acordos que fortalecerão ainda mais nossas fortes relações com um dos mercados de gás mais importantes do mundo e um mercado-chave para produtos energéticos do Catar”, disse Kaabi.

Em um acordo idêntico, a QatarEnergy selou um acordo de fornecimento de 27 anos com a chinesa Sinopec em novembro para 4 milhões de toneladas por ano. A gigante estatal chinesa do gás também assumiu uma participação acionária equivalente a 5% de um trem de GNL com capacidade de 8 milhões de toneladas por ano.

A Ásia, com apetite por contratos de compra e venda de longo prazo, ultrapassou a Europa ao bloquear o fornecimento do plano de expansão em duas fases do Catar, que aumentará sua capacidade de liquefação para 126 milhões de toneladas por ano até 2027, de 77 milhões.

O acordo de terça-feira (20) será o terceiro acordo da QatarEnergy para fornecer GNL da expansão a um comprador asiático.

Arábia Saudita sobe 7 lugares no Índice de Competitividade Mundial

As reformas econômicas em curso na Arábia Saudita elevaram sua classificação para a 17ª posição no Índice de Competitividade Mundial 2023, colocando-a muito acima de seus pares do G20.

O Reino saltou sete lugares do 24º lugar em 2022, de acordo com o International Institute for Management Development, com sede na Suíça. Foi classificado em 32º lugar em 2021.

Apoiado pela Visão 2030, a ascensão da Arábia Saudita foi impulsionada por um progresso significativo no desempenho econômico, na eficiência do governo e no ambiente de negócios.

O progresso ajudou o Reino a superar seus pares do G20, incluindo Coreia do Sul, França e Índia.

O Reino também se elevou sobre o Japão, Itália, Argentina, Indonésia, Brasil e Turquia.

Publicado pela primeira vez em 1989, o índice é baseado em 336 critérios selecionados após uma pesquisa abrangente, de acordo com seu site.

O relatório anual é considerado uma referência para a competitividade dos países. Ele analisa e classifica os países com base em sua capacidade de gerenciar suas competências para criar valor a longo prazo.

Egito aumentará salário mínimo do setor privado para 3.000 libras por mês

O Egito aumentará o salário mínimo para trabalhadores do setor privado em 300 libras egípcias (US$ 9,72) para 3.000 libras por mês a partir de julho, informou o Ministério do Planejamento e Desenvolvimento Econômico nesta terça-feira, segundo a Reuters.

A decisão vem depois que o presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, na semana passada, parecia descartar uma nova desvalorização da moeda em breve, após três fortes desvalorizações que reduziram o valor da libra em cerca de 50% em relação ao dólar desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

A inflação urbana anual acelerou para 32,7% em maio, um pouco abaixo do recorde histórico, enquanto o núcleo da inflação anual subiu para 40,3% no mesmo mês.

A taxa de câmbio oficial permaneceu fixa em cerca de 30,90 libras por dólar por mais de três meses, enquanto no mercado negro caiu para cerca de 39 libras por dólar.

Em abril, o governo elevou o salário mínimo mensal dos funcionários públicos para 3.500 libras.

A guerra na Ucrânia desencadeou um êxodo de investidores estrangeiros dos mercados de tesouro do Egito e uma grave escassez de moeda estrangeira.

Banco Central dos Emirados Árabes Unidos registra alta em ativos estrangeiros em abril, ultrapassando US$ 156,2 bilhões

Os ativos estrangeiros do Banco Central dos Emirados Árabes Unidos ultrapassaram 574 bilhões de dirhams (US$ 156,2 bilhões) em abril de 2023 pela primeira vez em sua história, segundo dados divulgados pela instituição.

Os ativos estrangeiros do CBUAE aumentaram 27 por cento para 574,18 bilhões de dirhams em abril, em comparação com 452,18 bilhões de dirhams no mesmo mês do ano passado.

Também registrou um aumento mensal de 6,85% contra os 537,39 bilhões de dirhams alcançados em março.

De acordo com o CBUAE, os saldos em conta corrente e depósitos em bancos no exterior atingiram 366,5 bilhões de dirhams em abril, um aumento mensal de 7,8%.

Esses saldos e depósitos em conta corrente aumentaram 19% em comparação com 264,1 bilhões de dirhams em abril de 2022.

Além disso, o balanço do CBUAE cresceu 6,3% mensalmente, atingindo 631,63 bilhões de dirhams no final de abril de 2023, marcando o maior nível de todos os tempos.

O CBUAE disse que seu balanço também aumentou ano a ano em 24%, contra 509,81 bilhões de dirhams no final de abril de 2022.

Refletindo os fortes fundamentos do país, o banco espera que o produto interno bruto real dos Emirados Árabes Unidos cresça 4,3% em 2024, com o setor não petrolífero crescendo 4,6% e o setor petrolífero cerca de 3,5%.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
23/06/2023