Cenário Econômico Nacional – 24/07/2023

Cenário Econômico Nacional – 24/07/2023

Cenário Econômico Nacional – 24/07/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas esperam PIB maior neste ano

Economistas esperam crescimento da economia maior, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (17).

Os economistas consultados pelo BC mantiveram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 em 4,95%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.

As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, foram mantidas em 3,92%. Para 2025, as perspectivas recuaram de 3,60% para 3,55%.

Os economistas mantiveram a projeção da taxa básica de juros deste ano de 12%. A expectativa é de início do ciclo de afrouxamento para 2023, pois a Selic está em 13,75% hoje.

As projeções para 2024 e 2025, foram mantidas em 9,5% e 9%, respectivamente.

Os economistas elevaram as expectativas do crescimento da economia brasileira em 2023 de 2,19% para 2,24%.

Para 2024, as projeções do PIB subiram de 1,28% para 1,30%, enquanto para 2025 registraram acréscimo de 1,80% para 1,88%.

IBC-Br, sinalizador do PIB, recua 2% em maio

O Índice de atividade econômica (IBC-Br) do Banco Central registrou recuo de 2% no mês de maio, de acordo com dados divulgados na segunda-feira (17). No trimestre, o indicador avançou 1,63%.

Em abril, o índice havia apresentado alta de 0,56%.

O indicador é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).

IGP-10 tem nova deflação, de 1,10% em julho, diz FGV

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) se manteve em deflação e caiu 1,10% em julho, embora num ritmo mais lento do que em junho, quando preços recuaram 2,20%, informou na segunda-feira (17) a Fundação Getúlio Vargas. Com esse resultado, o índice acumula variação de -5,20% no ano e de -7,89% em 12 meses.

Em julho de 2022, o índice havia subido 0,60% no mês e acumulava elevação de 10,87% em 12 meses.

Balança comercial brasileira registra superávit de US$ 1,5 bilhão na 2ª semana de julho

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,559 bilhão na segunda semana de julho (dias 10 a 16).

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,420 bilhões e importações de US$ 4,862 bilhões.

No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,336 bilhões e no ano, de US$ 49,401 bilhões.

Até a segunda semana do mês, a média diária das exportações registrou queda de 0,6% na comparação com a média diária do período em 2022, com crescimento de US$ 61,09 milhões (19,1%) em Agropecuária; redução de US$ 46,87 milhões (-14,9%) em Indústria Extrativa; e queda de US$ 26,93 milhões (-3,4%) em produtos da Indústria de Transformação.

As importações também tiveram queda, de 16% no período, na comparação pela média diária, com redução de US$ 8,17 milhões (-36,1%) em Agropecuária; crescimento de US$ 12 milhões (16,8%) em Indústria Extrativa; e diminuição de US$ 187,66 milhões (-17,7%) em produtos da Indústria de Transformação.

PIB cai 3% de abril para maio, revela FGV

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, apresentou queda de 3% em maio deste ano, na comparação com abril. O dado foi divulgado na quarta-feira (19), no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em sua pesquisa Monitor do PIB.

Segundo a coordenadora do estudo, Juliana Trece, o recuo da atividade econômica brasileira no mês foi influenciado pelo fim dos principais meses de colheita da soja. Como o crescimento do PIB nos primeiros meses foi puxado pela produção do grão, o fim da colheita provocou um recuo no indicador em maio.

Juliana afirmou que mesmo que o maior responsável pela queda tenha sido a agropecuária, houve recuos também nos setores da indústria e dos serviços, influenciados pelos juros elevados.

Na comparação com maio do ano passado, no entanto, a economia cresceu 1,8%. Também houve alta de 3,5% na comparação do trimestre encerrado em maio deste ano com o mesmo período de 2022.

A alta neste último tipo de comparação foi puxada pelo consumo das famílias, que cresceu 2,9%, e pelas exportações, que avançaram 17,2%. A formação bruta de capital fixo (investimentos) caiu 0,8% no trimestre. Já as importações, que contam negativamente para o cálculo do PIB, aumentaram 7,3%.

O monitor do PIB não é a pesquisa oficial sobre o desempenho da economia brasileira. Oficialmente, o PIB é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.

Busca por crédito cai 3,5% no semestre, aponta Serasa Experian

A busca por crédito pelas empresas no primeiro semestre deste ano teve queda de 3,5% na comparação com igual período do ano passado, aponta levantamento da empresa de consultoria Serasa Experian. É a primeira vez que o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito tem retração no acumulado dos primeiros seis meses do ano desde 2020, meses iniciais da pandemia da Covid-19.

Para Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, a atual taxa básica de juros em 13,75% ao ano, definida pelo Banco Central, faz com que as condições de obtenção de crédito não sejam atraentes para os empreendedores. Isso leva os empresários a “adiar, por enquanto, a busca por recursos financeiros”. Ele avalia que “à medida em que a melhora na economia se tornar mais evidente e as taxas de juros começarem a diminuir, será possível enxergar uma retomada no indicador”.

A taxa de juros está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para o início do mês de agosto. Para o mercado financeiro, a expectativa é que haja uma diminuição na taxa.

A categoria que engloba financeiras, setor primário e terceiro setor registrou o maior crescimento na busca por crédito, com alta de 10,3%. Em seguida, está o setor de comércio, com alta de 0,8% no acumulado dos últimos seis meses. A indústria, por sua vez, teve queda de 2%. Já o setor de serviços teve queda expressiva de 7,2% no indicador.

O recorte por porte das empresas mostrou que as grandes e médias tiveram alta nas buscas pela demanda de crédito, com 15,7% e 3,3%, respectivamente. As pequenas empresas, por outro lado, registraram um percentual negativo de 3,8% em comparação com os primeiros seis meses de 2022.

IGP-M cai 0,72% na 2ª prévia de julho, ante queda de 1,78% na mesma leitura de junho, diz FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) cedeu 0,72% na segunda prévia de julho, após queda de 1,78% na mesma leitura de junho, informou na manhã de quarta-feira (19), a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O movimento foi puxado por mais um recuo na margem do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), de 1,03%, ante declínio de 2,58% no mesmo período em junho. Em contrapartida, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) subiu 0,04% nesta leitura, após deflação de 0,30% na segunda prévia do mês anterior.

Perda de arrecadação federal com pequenas importações é da ordem de R$ 12,5 bilhões em 2023, diz IDV

Em estudo entregue ao Ministério da Fazenda, o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) calcula que as remessas internacionais de pequeno valor (inferiores a US$ 50) somaram de janeiro a maio deste ano R$ 20,8 bilhões. Ainda nas contas do instituto, a perda de arrecadação federal nessa área é da ordem de R$ 12,5 bilhões no período.

A conversa do presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho, e do ministro da Fazenda Fernando Haddad foi sobre a medida do governo que isentou do imposto de importação as compras em sites de cross border de até US$ 50. O total dessas remessas importadas é o equivalente a 4% do total de importações legais do Brasil no mesmo período e a 11% do total de vendas de e-commerce do Brasil em todo o ano de 2022.

Para falar do impacto negativo que essa isenção deve causar ao varejo brasileiro, o IDV se valeu dos dados de pessoas empregadas em diversos segmentos que seriam de alguma forma afetados. Em Móveis e Eletrodomésticos, por exemplo, o impacto viria, na fala do IDV, para um setor com 1,6 milhão de empregos em toda a cadeia, gerados por 240 mil empresas que pagam R$ 48,8 bilhões em salários anuais.

Outro exemplo citado no estudo do instituto foi o de Tecido, Vestuário e Calçados. Nese caso, a medida impacta 2,3 milhões de empregos em toda a cadeia, gerados por 285 mil empresas que pagam R$ 49,5 bilhões em salários anuais.

Fazenda reduz projeção para o IPCA de 5,58% para 4,85% em 2023

O Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 e 2024. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicos (SPE), a estimativa neste ano passou de 5,58% para 4,85%, muito próximo do teto da meta estipulado para 2023, que é de 4,75%.

Para 2024, a projeção de IPCA caiu, indo de 3,63% para 3,30%. A meta de inflação do ano que vem é de 3,00%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. O último Boletim Macrofiscal da SPE havia sido divulgado em maio.

No documento, a SPE argumenta que a revisão na projeção para a inflação oficial este ano foi motivada, sobretudo, pelas “surpresas positivas” com a divulgação do IPCA de abril e maio. Eles citaram como pontos relevantes o reajuste autorizado para plano de saúde, que foi levemente inferior ao projetado, a redução nos preços dos combustíveis (gasolina, diesel e gás) nas refinarias, além de revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e dos ônibus urbanos.

Em relação a 2024, a explicação dada pela SPE para a redução da projeção reflete mudanças no cenário externo, como o câmbio e o preço de commodities, além de menores reajustes previstos para preços monitorados, também explicados pela desinflação esperada para 2023 e pela demanda externa.

Mello vê inflação dentro da banda da meta em 2023 e cobra corte de juros pelo Banco Central

Projeções mostram aumento expressivo da inflação fechar 2023 dentro da banda de tolerância da meta neste ano, disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, reforçando a pressão para que o Banco Central corte a taxa básica de juros.

“Temos, a nosso ver, condições colocadas há algum tempo (…) para um processo vigoroso, um processo sustentado de redução da taxa básica de juros”, disse.

Em entrevista para comentar projeções do governo para indicadores econômicos, o secretário destacou a melhora nas expectativas para a inflação e disse não estar criticando o BC, mas apenas fazendo “constatações com dados”.

“Não há nenhuma razão técnica para a taxa de juros brasileira estar no nível que está hoje”, acrescentou, em relação à manutenção da Selic em 13,75% ao ano.

Mello ressaltou que não está insinuando que o BC tem algum tipo de atuação política e que não tem intenção de influenciar as decisões da autarquia, e sim mostrar à população os efeitos das decisões de política monetária.

O secretário destacou ainda que a taxa de câmbio no Brasil teve expressiva valorização, o que colabora significativamente para a queda da inflação, e que o cenário externo também apresenta fatores desinflacionários.

Em seu Relatório Macrofiscal, a Secretaria de Política Econômica (SPE) reduziu sua estimativa para a alta do IPCA a 4,85% em 2023, contra 5,58% da projeção anterior. Para 2024, o patamar foi estimado em 3,30%, estava em 3,63% antes.

A meta para o IPCA é de 3,25% para este ano e 3% para 2024, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual nos dois casos.

Lula está na Bélgica para Cúpula Celac-União Europeia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou no domingo (16), em Bruxelas, capital da Bélgica, onde participará da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia. Ao todo, cerca de 60 líderes estrangeiros dos países componentes dos blocos são esperados para o encontro, que ocorrerá oficialmente na segunda (17) e na terça-feira (18).

A delegação brasileira levará à cúpula propostas de estímulo à cooperação mútua nas áreas ambiental, energética e de defesa, além do combate à fome e aos crimes transnacionais. A última vez em que a cúpula foi realizada foi em 2015.

Embora não figurem entre os principais temas da 3ª Cúpula Celac-União Europeia, as negociações para conclusão do acordo de livre-comércio entre os países do bloco europeu e do Mercosul podem ser objeto das conversas. Compõem o Mercosul a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai.

Segundo o Itamaraty, Lula levará ao evento o posicionamento brasileiro em relação às últimas exigências do bloco europeu para aprovar a assinatura do tratado, que incluem, entre outros pontos, a previsão de multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.

A agenda oficial de Lula divulgada pelo governo federal prevê reuniões e encontros com líderes políticos e empresariais europeus.

O presidente brasileiro terá encontros com o rei da Bélgica, Philippe Léopold Louis Marie, e com o primeiro-ministro do país anfitrião, Alexandre De Croo. Também já foram confirmados compromissos com os representantes da Áustria e da Suécia.

Na segunda-feira (17), Lula participa do Fórum Empresarial União Europeia – América Latina, pela manhã. À tarde, ocorre a sessão de abertura da Celac. No dia seguinte, ocorre a Cúpula da Celac-União Europeia. O retorno a Brasília está previsto para quarta-feira (19).

Congresso entra em recesso sem aprovar LDO e mira nova solução para vencer “guerra de emendas”

Os parlamentares deveriam ter aprovado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 até 30 de junho, o que autorizaria o recesso em julho.

Porém, em meio à tensão com o Executivo em relação à demora na execução de uma fatia do orçamento que depende do “humor” do governo e a lentidão na entrega de cargos exigidos nas negociações, o Congresso mantém, segurando a aprovação da LDO, a pressão para que o Palácio do Planalto atenda a alguns desejos e o funcionamento da política no formato que deputados e senadores querem.

Para garantir a tradicional folga em julho, foi determinado o “recesso branco”, quando não são convocadas sessões e os parlamentares não precisam comparecer presencialmente às Casas.

O retorno das atividades parlamentares deve ser na primeira semana de agosto. E possíveis mudanças com o fim do RP9, também conhecido como emendas de relator e “orçamento secreto”, o montante de R$ 19,3 bilhões, que antes era direcionado internamente pelo próprio parlamento, foi destinado no orçamento de 2023 parte às emendas individuais e parte ficaram nas mãos do executivo, mas carimbados, em acordo informal, para distribuição aos parlamentares.

Agora, nos bastidores, o legislativo estuda formas de dominar novamente esses recursos e depender menos da “boa vontade” do executivo. Isso poderá ser feito no orçamento do próximo ano.

Especialistas em orçamento público ouvidos pela reportagem afirmam que uma possível solução para a “guerra de emendas” entre legislativo e executivo pode vir via emendas de comissão no orçamento de 2024; criando uma emenda de bancada partidária, dividida pelo tamanho do partido em que o líder seria o responsável pelo gerenciamento; ou tornando o orçamento mais impositivo.

Presidente do PL pede expulsão de deputado próximo ao governo Lula

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que pediu a expulsão do deputado federal Yury do Paredão (PL-CE), que se notabilizou como um dos defensores da aproximação do partido com o governo Lula (PT).

“Solicitei ao Diretório do PL no Ceará a abertura do processo de expulsão do deputado federal Yury do Paredão. Ao que tudo indica, o parlamentar licenciado parece não comungar com os ideais do Partido Liberal”, informou Costa Neto pelas redes sociais.

O portal Metrópoles divulgou nesta segunda uma foto de Yury fazendo um “L” com a mão ao lado de ministros de Lula.

Além do registro fotográfico, Yury apoiou o governo em votações importantes no Congresso, como na análise da medida provisória da reestruturação dos ministérios de Lula e do arcabouço fiscal.

A decisão de Costa Neto foi comentada pelo líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy (PL-RJ). Em resposta à publicação do presidente do PL, o deputado disse que o partido estaria “fazendo o que ele quer”.

“Presidente, você estará fazendo o que ele quer. Ele quer ser expulso para poder levar o mandato dele. A melhor alternativa seria deixá-lo no sal: sem comissões, sem fundo e sem diretórios. Um morto-vivo no PL. E, se ele tentar sair do partido, perderá o mandato. Avalie”, afirmou o deputado.

PP tenta colocar limites para apoio ao governo federal

Prestes a entrar no governo federal, o PP tenta colocar limites para o apoio do partido à administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são de Raquel Landim, âncora da CNN.

Existe uma forte divisão no partido entre alguns integrantes da Câmara dos Deputados, que querem entrar no governo, principalmente pelos parlamentares do Nordeste, e do Senado, com alguns senadores mais ligados ao bolsonarismo, sem intenção de entrar no governo.

Assim, o senador Ciro Nogueira, presidente da sigla, quer estabelecer o que está chamando de “agenda central”, princípios que os parlamentares do PP devem seguir se quiserem integrar o partido.

Ele solicitou à senadora Tereza Cristina sugestões que, depois, serão votadas. Serão discutidos temas sobre economia, costumes e outros.

Ainda conforme Nogueira ressaltou a Raquel Landim, ele pretende sugerir que o PP seja sempre contra aumento de carga tributária e criação de novos cargos públicos, por exemplo.

O presidente do partido ressalta que não irá impor nada, mas, se a sugestão por aprovada pela comitiva nacional, os parlamentares ficam impedidos de votar a favor desse tema mesmo que sejam sugeridos pelo governo e eles estejam apoiando a administração federal.

Lula anuncia reunião com chanceler da Alemanha Olaf Scholz em dezembro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que se reunirá em dezembro com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, para discutir investimentos industriais e energia renovável.

O presidente publicou em sua conta no Twitter uma foto ao lado de Scholz durante encontro de ambos em Bruxelas, onde participam da reunião de cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia, e anunciou a nova reunião com o chanceler alemão no final do ano.

“Combinamos de fazer uma nova reunião em dezembro, na Alemanha, com a presença de ministros dos dois governos para aprofundar a agenda entre nossos países em vários temas, como investimentos industriais e em energia renováveis”, escreveu Lula na publicação.

Tarcísio sanciona aumento salarial de 6% para funcionalismo de SP; impacto no orçamento deve ser de R$ 1,4 bilhão

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou na quarta-feira (19) o aumento salarial de 6% para o funcionalismo estadual, incluindo servidores da administração direta, Procuradoria e Controladoria Geral do Estado e autarquias paulistas.

Segundo o governo, o pagamento do acréscimo será feito de forma retroativa, contando desde 1º de julho.

A medida deve beneficiar 684,5 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas de São Paulo, causando um impacto orçamentário de R$ 1,4 bilhão neste ano.

Para 2024, a gestão estadual prevê um custo de R$ 2,6 bilhões, que serão discriminados na Lei Orçamentária Anual (LOA) do próximo ano para essa finalidade.

Profissionais das polícias civil, militar e técnico-científica não estão entre os beneficiários, uma vez que o aumento salarial da categoria já está em vigor desde junho.

Orçamento do novo PAC está fechado, diz Simone Tebet

Prevista para ser lançada em agosto, a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já tem orçamento fechado, disse nesta noite a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Segundo ela, o Minha Casa, Minha Vida será um dos carros-chefe do programa.

A ministra não detalhou valores. Apenas disse que a verba para as obras da faixa 1 do programa habitacional, a que atende as famílias com renda de até dois salários mínimos, terá um “orçamento considerável”.

Segundo diversas construtoras, a verba atual, de R$ 9,6 bilhões, é insuficiente para cobrir a demanda do Minha Casa, Minha Vida até o fim do ano. Tebet, no entanto, assegurou que o assunto foi levado em conta nas reuniões para a elaboração do novo PAC.

Alegando que o anúncio do valor cabe à Casa Civil e ao Ministério das Cidades, a ministra não revelou valores, nem para o Minha Casa, Minha Vida, nem para o PAC. “Não posso dizer se vai aumentar ou ficar estável. Só posso dizer que [a verba] não vai baixar”, declarou. Em entrevistas recentes, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem dito que o novo PAC terá uma dotação em torno de R$ 60 bilhões.

Tebet deu a declaração após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a presidenta da Caixa Econômica Federal, Luciana Servo, na sede do Ministério da Fazenda. Segundo ela, o encontro serviu para fazer um balanço dos seis primeiros meses de governo e para avaliar perspectivas para o segundo semestre.

CGU encontra distorções contábeis de R$ 202 bilhões na gestão de Bolsonaro

Relatórios de auditoria elaborados pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontam distorções contábeis de R$ 202 bilhões em cinco ministérios no último ano do governo Jair Bolsonaro.

As conclusões estão em relatórios de auditoria financeira e são referentes ao exercício financeiro de 2022. Os documentos foram publicados em abril deste ano, mas só foram noticiados agora.

Conforme os relatórios, o Ministério da Agricultura registrou inconsistências de R$ 142,9 bilhões. De acordo com os técnicos da CGU, a maior parte das distorções, no valor de R$ 134 bilhões, está relacionada a falhas contábeis no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão que fazia parte da pasta na gestão de Bolsonaro.

As inconsistências envolvem imóveis do Incra e falhas na contabilização dos programas Fundo de Terras, Reforma Agrária e Funcafé.

No Ministério da Educação (MEC), as falhas são de R$ 17,1 bilhões.

Os auditores da CGU concluíram que as demonstrações do MEC “não refletem a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa” da pasta.

Somente no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), foram registradas distorções de R$ 782 milhões. São valores diferentes reconhecidos contabilmente pela pasta em relação aos valores registrados na Caixa e no Banco do Brasil.

O relatório também cita classificação contábil incorreta de pagamentos de bolsas de estudo no exterior ofertadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e prejuízos financeiros, sociais e operacionais decorrentes de obras paradas.

Em todos os casos, após detectar as distorções, a Controladoria-Geral da União recomendou aos ministérios o aprimoramento dos controles internos para correção das distorções identificadas.

Em meio a negociação por ministérios, Alckmin atua para sustentar Márcio França

Em meio a negociações políticas para a entrada de representantes do PP e do Republicanos no primeiro escalão do governo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) entrou em campo para sustentar a permanência de Márcio França, que é seu colega de partido, no Ministério de Portos e Aeroportos.

Alckmin tem atuado, em conversas com o entorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em defesa da manutenção de França na pasta. O cargo é cobiçado por políticos do Centrão.

Em um dos desenhos cogitados pelo Palácio do Planalto para essa minirreforma, o próprio Alckmin deixaria o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e cederia essa vaga para França.

No entanto, França prefere continuar com Portos e Aeroportos. Ele ganhou o endosso de Alckmin para isso.

França tem dois trunfos para as próximas semanas. Um é o programa “Voa Brasil”, que oferecerá passagens aéreas a R$ 200, previsto para agosto.

Outro é o túnel Santos-Guarujá, no litoral de São Paulo, berço político do ministro. O projeto, orçado preliminarmente em pelo menos R$ 4,5 bilhões, deve entrar no “novo PAC”, o plano de investimentos em infraestrutura que está sendo costurado pelo Planalto.

Para 2026 ou 2030, Tarcísio entra no foco da direita após Bolsonaro se tornar inelegível

Governador do Estado mais rico e populoso do Brasil, Tarcísio de Freitas surgiu como uma das primeiras perspectivas para liderar a direita brasileira após seu mentor político, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ter se tornado inelegível por oito anos.

Embora o governador de São Paulo e seus assessores mais próximos insistam que ele esteja focado em servir o Estado, alguns dos mais experientes políticos conservadores do Brasil já o consideram um candidato natural à Presidência da República em três anos.

Alimentando a especulação, Tarcísio mostrou seu valor político este mês ao apoiar uma reforma tributária histórica, em uma ruptura acentuada com Bolsonaro, que o impulsionou à proeminência no cenário nacional como ministro da Infraestrutura de seu governo por quatro anos.

As diferenças entre ambos transbordaram em uma reunião um dia antes de uma votação decisiva da reforma no Congresso. Enquanto Tarcísio defendia os méritos da reforma tributária, Bolsonaro o interrompeu para insistir que a aprovação representaria uma vitória inaceitável para o governo do adversário Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com vídeos do encontro postados nas redes sociais.

Enquanto Tarcísio falava aos parlamentares do partido de Bolsonaro, o PL, dizendo que a direita não podia ficar do lado errado da reforma tributária, Bolsonaro pegou o microfone duas vezes e disse que seu partido não votaria a favor do projeto, para aplausos de seus apoiadores.

Essa posição ajudou a consolidar a imagem do governador como engenheiro e ex-funcionário público tecnocrata, dizem aliados e analistas, evitando o estilo político radical de Bolsonaro. Também ajudou a garantir o apoio de três quartos entre os deputados federais por São Paulo para a reforma, que foi aprovada na Câmara dos Deputados.

“Ele está se consolidando como um político habilidoso e sem ser extremista”, disse Marcos Pereira, presidente do Republicanos, o partido de Tarcísio e ligado à igreja evangélica.

Vendas no varejo frustram expectativas em maio com queda de 1,0%

As vendas no varejo brasileiro caíram inesperadamente em maio tanto na comparação sobre o mês anterior quando em relação ao mesmo período de 2022, sob efeito da política monetária apertada do Banco Central no crédito.

O volume de vendas no varejo teve queda de 1,0% em maio na comparação com o mês anterior e perdeu também 1,0% em relação ao mesmo período de 2022, marcando a primeira taxa interanual negativa após nove meses de altas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado marcou o pior mês de maio para o setor varejista desde 2018 (-1,8%), enquanto a queda de 1,0% frente a abril representou a taxa mais baixa do volume de vendas desde dezembro de 2022 (-2,7%).

Pesquisa da Reuters apontava expectativas de estabilidade na comparação mensal e de alta de 1,95% sobre um ano antes.

“Com os juros altos, o crédito vem sendo impactado e é um fator importante” disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa. “Maio é o mês das mães e mesmo assim houve queda nas vendas do comércio.”

A taxa Selic está há meses no nível elevado de 13,75%, uma vez que o Banco Central vem tentando restringir a economia de forma a domar a inflação. Isso, por sua vez, tem limitado a oferta de crédito e pesado sobre setores da economia mais sensíveis à política monetária.

O BC indicou na ata de sua última reunião que pode começar a cortar juros em agosto caso se mantenha cenário de arrefecimento da inflação.

Em maio, o setor de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuou 3,2%, após apresentar crescimento de 3,6% em abril, marcando o maior impacto no resultado negativo do mês.

“Este é um setor que representa mais de 50% da fatia de todas as informações coletadas pela PMC. Além disso, a atividade vem de uma aceleração em abril, em um fenômeno que serviu para estancar as quedas anteriores”, explicou Santos.

Light apresenta plano de recuperação judicial com diferentes opções aos credores

A Light apresentou à Justiça do Rio de Janeiro um plano de recuperação judicial que prevê seis alternativas de pagamento aos credores, informou a empresa.

Em maio, a holding da Light pediu recuperação judicial à 3ª Vara Empresarial da Capital do Rio de Janeiro, mediante passivos de R$ 11 bilhões.

“O plano de recuperação judicial apresentado nesta sexta-feira traz opções de pagamento aos seus credores, que levam em consideração a pulverização da dívida da empresa e um universo heterogêneo de credores: são mais de 40 mil investidores pessoa física, 250 fundos de investimento e 10 instituições financeiras, nacionais e estrangeiros”, informou a companhia em comunicado.

Segundo a Light, entre as seis opções previstas no plano de recuperação, quatro alternativas oferecem aos credores a possibilidade de recebimento integral dos créditos.

O plano prevê por exemplo pagamento integral para os credores que tem até R$ 10 mil a receber. Segundo a companhia, essa opção contemplaria 25 mil CPFs, representando mais de 60% do total daqueles que compraram debêntures da empresa.

A Light também informou que pretende levantar ao menos R$ 1 bilhão por meio de uma capitalização.

O plano prevê ainda a conversão de dívidas em ações da Light SA, entre outras opções.

A empresa planeja um desconto de até 60% para aqueles acionistas que queiram vender seus papéis da empresa.

O plano ainda terá que ser apreciado pelo Judiciário e pelos credores da empresa antes de chegar a sua versão final. Normalmente, os planos de recuperação sofrem mudanças no transcorrer do processo de discussões.

“Obviamente um processo normal de recuperação judicial tem um início de negociação e pode ter coisa que mude. O que importa é que hoje existe um plano, se vai ser ele é outra coisa”, disse uma fonte da empresa à Reuters.

A Light atende 31 municípios do Estado do Rio de Janeiro e tem cerca de 4,5 milhões de clientes.

Marisa conclui processo de reestruturação com fechamento de 88 lojas

A rede de varejo Marisa informou que concluiu seu plano de reestruturação financeira com um total de 88 lojas fechadas. De acordo com a empresa, foram investidos R$ 44,5 milhões para a desativação das unidades.

A companhia está empenhando esforços para tentar recuperar sua capacidade de gerar caixa, ou seja, voltar a ter recursos disponíveis para investimentos e para sua operação, e para voltar a ser rentável.

“A Marisa Lojas S.A (…) vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral a conclusão, dentro do prazo previsto, das principais e mais desafiadoras ações desenhadas dentro plano de otimização operacional da companhia”, informou a empresa em fato relevante.

O plano inicial previa o fechamento de 92 lojas. No comunicado desta segunda, no entanto, a varejista disse ter optado pelo encerramento de um número menor de unidades “visando a preservação de pontos em que foram identificadas melhorias e que deverão resultar em maior eficiência operacional”.

Segundo a companhia, o custo de R$ 44,5 milhões para o fechamento das lojas ficou 16% abaixo do previsto inicialmente.

Com isso, a empresa projeta uma potencial captura de Ebtida (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de cerca de R$ 40 milhões em 2023 e de aproximadamente R$ 60 milhões ao ano a partir de 2024.

Exportações do agronegócio registram receita recorde de US$ 82,8 bilhões no 1º semestre

As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 82,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, crescimento de 4,5% em comparação com os primeiros seis meses do ano passado, quando as exportações geraram US$ 79,2 bilhões, informou o Ministério da Agricultura.

A receita gerada no período é recorde, segundo a pasta. Em nota, o ministério atribui o crescimento sobretudo à alta de 8% em volume nas exportações, que compensou a queda de 3,2% do índice de preços no primeiro semestre deste ano.

Na avaliação dos analistas da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério, o aumento de 9,4% em valor nas exportações da soja em grão foi o principal responsável pela expansão dos embarques do setor entre janeiro e junho deste ano, com incremento de US$ 2,8 bilhões ante igual período do ano anterior, gerando o total de US$ 33,3 bilhões.

O faturamento obtido com as exportações de milho e açúcar também registraram alta na comparação anual do primeiro semestre, de US$ 1,5 bilhão, ou 89,2%, (total de US$ 3,3 bilhões) e de US$ 1,2 bilhão, ou 39,4%, (total de US$ 5,2 bilhões).

Em contrapartida, os embarques de carne bovina in natura e de café verde recuaram US$ 1,2 bilhão (-21,4%) e US$ 1 bilhão (-24,2%), respectivamente, para US$ 4,8 bilhões e US$ 3,2 bilhões.

“Apesar de a China ter se mantido como principal destino da carne bovina in natura (59,8% de participação em valor), a queda expressiva ainda reflete a suspensão ocorrida no início de 2023, além da queda nos preços médios de vendas (-25,3%). Já o volume menor embarcado de café está relacionado à baixa disponibilidade interna, em virtude da colheita ainda se encontrar em fase inicial”, explicou o ministério na nota.

CNI prevê abertura de 540 mil vagas na indústria até 2025, 265 mil apenas na construção civil

Até 2025, as áreas de logística, construção civil, vestuário e energia devem abrir 540 mil novas vagas no país.

A maioria dos postos de trabalho (95%) serão do nível de qualificação e técnico, que exigem uma formação prática e mais curta, com seis meses a dois anos de duração. Esses setores têm um salário médio que varia de R$ 1,8 mil a R$ 6,6 mil.

As projeções são do Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em levantamento.

A área com mais vagas a serem abertas deve ser construção civil, com 265 mil postos e salários médios de R$ 2,3 mil. A geração de energia deve ter menos vagas, com 17 mil, mas com salários mais altos, na casa dos R$ 6,6 mil.

O setor de vestuário deve abrir 103 mil vagas com salários de R$ 1,8 mil; e a logística e transporte 150 mil vagas com R$ 3 mil de remuneração.

O gerente-executivo do ONI, da CNI, Marcio Guerra, diz que os quatro segmentos são estratégicos para o país.

“São setores dinâmicos, que tiveram uma rápida recuperação pós-Covid, respondem por um grande volume de vagas, são vetores da descarbonização da economia e altamente impactados pela digitalização dos processos produtivos”, explicou.

Segundo a CNI, o alerta não é só para quem está em busca de emprego ou está indeciso de que carreira e formação seguir. O levantamento aponta que quem já trabalha nessas áreas vai precisar se atualizar.

“Mais de 1,5 milhão de profissionais desses quatro segmentos terão de complementar a formação para acompanhar as mudanças decorrentes da automatização de processos”, aponta o relatório.

Isenção de compras online causará 2,5 milhões de demissões, dizem entidades

Prevista para entrar em vigor em agosto, a isenção de tributos federais para compras online de até US$ 50 poderá causar até 2,5 milhões de demissões, disseram na quarta-feira (19) o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, e o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho. Os dois reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para entregar um estudo com os possíveis efeitos da medida.

Segundo o levantamento, o varejo demitiria 2 milhões de trabalhadores até o fim do ano; e a indústria, 500 mil. As entidades pediram a retomada da taxação dessa faixa de compra, para evitar prejuízos à economia.

“Para se ter uma ideia, são mais de 1 milhão de pacotes por dia que estão chegando com esse valor de até US$ 50. Eles estão chegando numa proporção que dará R$ 60 bilhões [em compras online] por ano. Só na indústria, fizemos uma estimativa que vamos perder 500 mil empregos, que representam R$ 20 bilhões da folha salarial”, declarou o presidente da CNI após o encontro.

As entidades defendem a retomada da taxação para garantir isonomia entre os produtos importados com os produtos nacionais. “Se esses produtos não pagam imposto, a indústria brasileira está pagando um imposto que vai retirar empregos e salários dos brasileiros”, afirmou Andrade.

O presidente do IDV alertou para o risco de a isenção estimular a entrada de produtos falsificados no país. Isso porque, segundo Gonçalves, a Receita Federal não conseguirá fiscalizar a quantidade de pacotes. “A isenção com esse valor virou um absurdo de falsificação, produtos que não se sabe de onde vem, que antes eram por pessoas físicas, pessoas jurídicas, perdeu-se o controle”, criticou.

Faturamento do comércio paulista cresce 1,8% em abril e tem o melhor resultado em 15 anos

O faturamento real do comércio paulista atingiu R$ 96,7 bilhões em abril, aumento de 1,8% ante igual mês de 2022. O resultado é o melhor para o período em 15 anos. Os dados foram apontados pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), publicação mensal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Segundo a Federação, os números são um indicativo que a condição econômica das famílias melhorou e está impulsionada por aumento do emprego e da renda. Ao apurar o resultado de janeiro a abril de 2022 e igual período de 2023, houve um crescimento de 5,1%, faturamento de R$ 18,3 bilhões. A cifra deste ano foi puxada, em sua maioria, pelas atividades de farmácias e perfumaria, que tiveram aumento de 17,2%.

A pesquisa analisou nove atividades e, dentre elas, seis apresentaram faturamento real em abril. Em seguida do setor de farmácias e perfumarias, performou em alta as lojas de eletrodomésticos eletrônicos e L.D (10,9%); os supermercados (9,6%); concessionárias de veículos (9,6%); autopeças e acessórios (6,8%); e lojas de vestuário, tecidos e calçados (6,3%).

Na contramão desse resultado, três setores apresentaram queda conjunta de 18,6% no contraponto anual, impactados principalmente pelo setor de combustíveis; o setor de móveis e decoração (-5,8%); e de materiais de construção (-5,3%).

Esses indicativos podem ser explicados pelas vendas limitadas que o setor de construção civil está lidando diante dos juros elevados e da redução expressiva nos preços do combustível, que indica compras de valores menores e não queda do consumo.

Por mais que o faturamento de abril tenha sido expressivo, a Federação explica que este não é um indicativo que os varejistas estão lucrando na mesma tendência. As dificuldades financeiras enfrentadas pelos empreendedores são ocasionadas pelo custo elevado de crédito, expressiva inadimplência e preços altos de fornecedores. A expectativa é que a PCCV de maio apresente a tendência de aumento no faturamento na maioria das regiões e Estados, impulsionada pelas vendas do Dia das Mães.

Acessos a e-commerce caem 4,5% no 1º semestre de 2023, aponta relatório da Conversion

Relatório da agência Conversion apontou retração de 4,5% no primeiro semestre de 2023 no tráfego do e-commerce brasileiro em comparação a igual período de 2022. Neste ano, foram 2,32 bilhões de acessos por mês, frente aos 2,43 bilhões do ano passado. A expectativa para o segundo semestre do ano é de crescimento, na expectativa por datas como Black Friday e Natal.

Na comparação de junho ante maio, houve queda nos acessos de 2%, volume absoluto de 2,31 bilhões de acessos únicos. Mesmo com o dia dos namorados, apenas alguns setores mantiveram seus acessos em crescimento em junho, como o de calçados (6,4%). Perderam tráfego setores que tendem a performar bem neste mês, como o setor de joias e relógios (-9%) e cosméticos (-5,7%). O que chama atenção é a queda de 3,5% do setor de marketplaces, que representa 40% do resultado total.

Ao analisar a performance das plataformas mais visitadas no País, o relatório aponta perda de 2% de acessos no Mercado Livre em junho, pouco mais de 322 milhões de tráfego no mês. Já a Amazon Brasil teve retração de 5% com 178 milhões de acessos. Em contrapartida a essa tendência, a Shopee, Magalu e Shein se mantiveram com igual volume de acessos de maio.

O relatório apresenta também a análise do volume de busca por marcas específicas em buscadores. Neste quesito, a Amazon Brasil se manteve à frente com 49% em junho, seguido pela Stanley (42%), Petz (39%) e Loja do Mecânico (35%).

SELIC

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quinta-feira (20) ver “margem de gordura” no juro real. Também afirmou esperar que, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em agosto, o Banco Central (BC) tenha “uma reação compatível”.

A taxa de juros nominal, a Selic, está em 13,75% e é definida pelo Copom. Já a taxa de juro real desconta a inflação esperada para os próximos 12 meses.

“Estamos com uma margem de gordura de juro real que é uma coisa que não tem em lugar nenhum do mundo. Estamos pagando 10% de juro real ao ano, que é a Selic descontada a inflação. Isso aí vai ter de ser endereçado em algum momento. Não é possível, o país não suporta mais”, disse o ministro a jornalistas após participar de evento no Rio de Janeiro.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (25), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,00%, ante 12,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

IGP-M cai 0,72% na 2ª prévia de julho, ante queda de 1,78% na mesma leitura de junho, disse a FGV na quarta-feira (19).

Movimento foi puxado por mais um recuo na margem do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), de 1,03%, ante declínio de 2,58% no mesmo período em junho.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (25), a projeção para o IGP-M ficou em -2,92%, ante -2,69% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Em relação à inflação, segundo novos parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE), a estimativa para 2023 caiu de 5,58% para 4,85%, muito próximo do teto da meta para o IPCA no ano, que é de 4,75%.

Para Guilherme de Mello, secretário de Política Econômica, houve ‘’aumento expressivo das chances de o IPCA terminar dentro da banda superior da meta de inflação’’. Ele ainda destacou que o mercado já prevê redução da Selic dos atuais 13,75% ano para 12% até o fim de 2023.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (25), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 4,90%, ante 4,95% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Ministério da Fazenda anunciou na quarta-feira (19) uma estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 2,5% em 2023.

Em maio, o governo havia estimado uma alta de 1,91% para o PIB desse ano. Em junho, após a divulgação do resultado do PIB no começo de 2023, o ministério informou que o chamado “carry over” (carregamento estatístico) para o crescimento em todo este ano é de 2,4%.

O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale necessariamente a bem-estar social.

“Mais de 40% do crescimento esperado para o ano se deve à dinâmica do setor agropecuário. Para os demais setores produtivos, o cenário projetado segue considerando desaceleração frente ao ano anterior, ainda em repercussão à política monetária contracionista [taxa de juros elevada, em 13,75% ao ano] e ao menor ritmo de crescimento global”, informou o Ministério da Fazenda.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (25), a projeção para o PIB ficou em 2,24%, ante 2,24% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (17), o Ibovespa fechou em alta, marcado por dados mostrando uma recuperação econômica frágil na China, o que pesou sobre ações como Vale, enquanto a forte desaceleração da atividade brasileira revelada pelo IBC-Br reforçou apostas de um corte da Selic no próximo mês. O índice Ibovespa teve alta de 0,43%, a 118.219,46 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,4 bilhões.

Na terça-feira (18), o Ibovespa fechou em queda, após trocar de sinal em alguns momentos do pregão, em dia marcado novamente por volume abaixo da média, com Itaú Unibanco e Petrobras entre as maiores pressões de baixa, enquanto Prio e Weg atenuaram a perda. O índice Ibovespa teve queda de 0,32 %, a 117.841,19 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,6 bilhões.

Na quarta-feira (19), o Ibovespa fechou em queda, reflexo de uma certa falta de convicção de agentes financeiros, que aguardam os desfechos das decisões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil, além de um deslanche da safra de balanço no Brasil. O índice Ibovespa teve queda de 0,25%, a 117.552,07 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,7 bilhões.

Na quinta-feira (20), o Ibovespa fechou em alta, acima dos 118 mil pontos, com os papéis do Itaú Unibanco entre os principais suportes, em pregão na véspera do vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista. O índice Ibovespa teve alta de 0,45 %, a 118.082,90 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,5 bilhões.

Na sexta-feira (21), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 1,61%, a 119.986,20 pontos. Recuperando o patamar dos 119 mil pontos, em sessão marcada por vencimento de opções sobre ações na B3, enquanto Braskem era destaque negativo após acordo de 1,7 bilhão de reais relacionado a afundamento de solo em Maceió. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 1,81%, a 120.216,77 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,2 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (21), por volta das 12h00, o dólar registrava queda de 0,57%, cotado a R$ 4,7757 na venda. Em sessão sem grandes catalisadores domésticos ou internacionais, em meio ainda a expectativas pela decisão de política monetária do Federal Reserve e dados de inflação nacionais da semana que vem.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (21) cotado a R$ 4,7805, em meio a um movimento de venda da moeda norte-americana por exportadores e a um fluxo de recursos, enquanto no exterior a divisa dos EUA se mantinha em alta ante a maior parte das demais.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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24/07/2023