Cenário Econômico Internacional – 28/07/2023

Cenário Econômico Internacional – 28/07/2023

Cenário Econômico Internacional – 28/07/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

ONU realiza cúpula sobre alimentos à medida que mais pessoas passam fome no mundo

Uma cúpula da ONU de três dias foi aberta em Roma na segunda-feira (24) com o objetivo de enfrentar um sistema alimentar global “quebrado”, onde milhões estão morrendo de fome, bilhões são obesos e o planeta está sofrendo.

A cúpula dos sistemas alimentares ocorre em meio à crescente insegurança alimentar em todo o mundo, com as agências da ONU alertando para um número crescente de pessoas que sofrem de fome crônica.

“Em um mundo de fartura, é escandaloso que as pessoas continuem sofrendo e morrendo de fome”, disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, na abertura da reunião.

“Os sistemas alimentares globais estão quebrados, e bilhões de pessoas estão pagando o preço.”

Mais de 780 milhões de pessoas passam fome em todo o mundo, mesmo quando quase um terço da comida do mundo é desperdiçado ou perdido, disse ele.

E enquanto 462 milhões de pessoas estão abaixo do peso, 2 bilhões estão acima do peso ou obesas, acrescentou.

A cúpula reúne representantes das três agências de alimentos da ONU com sede em Roma, a Organização para Agricultura e Alimentação ou FAO, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola ou FIDA e o Programa Alimentar Mundial ou PMA, ao lado de chefes de estado, representantes governamentais e delegados.

Os sistemas alimentares incluem todas as atividades relacionadas à produção, processamento, transporte e consumo de alimentos, e torná-los mais sustentáveis, eficientes e equitativos é uma tarefa complexa.

FMI está cada vez mais preocupado com o impacto “material” das mudanças climáticas nas economias

O Fundo Monetário Internacional pediu na terça-feira (25) melhores esforços coordenados para abordar as causas da mudança climática, alertando que o clima extremo está representando riscos materiais para os países em todo o mundo, especialmente as economias em desenvolvimento já sobrecarregadas com dívidas altas.

O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, disse que o caso da Argentina, que passou por uma crise financeira prolongada agravada por uma seca feroz que reduziu as exportações agrícolas em cerca de 20 bilhões de dólares este ano, mostra como os eventos climáticos profundos podem exacerbar as tensões existentes.

A Argentina estabeleceu na segunda-feira novas taxas de câmbio mais fracas relacionadas ao comércio, enquanto corre para chegar a um acordo com o FMI e adiantar bilhões de dólares em desembolsos de seu programa de 44 bilhões de dólares com o Fundo.

Alguns países estão achando “muito, muito difícil” manter o acesso ao mercado no ambiente atual, com as taxas de juros e os custos do serviço da dívida subindo, disse Gourinchas em entrevista à Reuters sobre atualizações nas perspectivas globais do FMI.

O credor global elevou ligeiramente nesta terça-feira sua estimativa de crescimento global para 2023, mas alertou que o baixo aumento da produtividade e o comércio lento significam que o crescimento provavelmente se estabilizará em torno de 3,0% por anos, um número historicamente baixo.

Uma grande preocupação, afirmou, é a desaceleração da taxa com que os países em desenvolvimento estão alcançando as economias avançadas e sua exposição a um risco maior no caso de volatilidade do mercado financeiro, que poderia aumentar ainda mais o valor do dólar.

FMI eleva previsão de crescimento econômico global em 2023 e vê desafios persistentes

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou suas estimativas de crescimento global para 2023 devido à resiliência da atividade econômica no primeiro trimestre, mas alertou que desafios persistentes estão prejudicando as perspectivas de médio prazo.

O FMI, em seu último relatório Perspectiva Econômica Global, disse que a inflação está caindo e que o estresse agudo no setor bancário diminuiu, mas o balanço de riscos enfrentados pela economia global permanece inclinado para baixo e o crédito está apertado.

O credor global disse que agora projeta um crescimento real do PIB global de 3,0% em 2023, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação à previsão de abril, mas deixou sua perspectiva para 2024 inalterada, também em 3,0%.

A previsão de crescimento para 2023-2024 permanece fraca para os padrões históricos, bem abaixo da média anual de 3,8% observada em 2000-2019, em grande parte devido ao enfraquecimento da manufatura nas economias avançadas, e pode permanecer nesse nível por anos.

“Estamos no caminho certo, mas não estamos fora de perigo”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, à Reuters em entrevista, observando que a atualização foi impulsionada em grande parte pelos resultados do primeiro trimestre.

“O que estamos vendo quando olhamos daqui a cinco anos é, na verdade, perto de 3,0%, talvez um pouco acima de 3,0%. Esta é uma desaceleração significativa em comparação com o que tínhamos antes da Covid.”

Isso também está relacionado ao envelhecimento da população global, especialmente em países como China, Alemanha e Japão, disse ele. Novas tecnologias podem aumentar a produtividade nos próximos anos, mas isso, por sua vez, pode prejudicar os mercados de trabalho.

Banco dos Brics reitera que não avalia novos projetos na Rússia

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, também conhecido como Banco dos Brics) reiterou que não está considerando novos projetos na Rússia e opera em conformidade com as restrições aplicáveis nos mercados financeiros e de capitais internacionais.

“Quaisquer especulações sobre projetos na Rússia são infundadas”, disse em nota o banco, comandado pela ex-presidente brasileira Dilma Rousseff.

A Rússia tem sido alvo de sanções internacionais devido à invasão da Ucrânia pelo país em fevereiro do ano passado.

A nota do Banco dos Brics acrescenta que Dilma estará em São Petersburgo, na Rússia, para discursar na 2ª Cúpula Rússia-África. Ela também se reunirá com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Os dois países são fundadores do Banco dos Brics, grupo formado também por Brasil, Índia e China.

“Tanto no encontro com os presidentes da Rússia e da África do Sul, Dilma Rousseff vai discutir a próxima Cúpula dos Brics, que será realizada na África do Sul, tratando de temas como a expansão de membros do NDB e outros assuntos”, disse a nota.

“Cabe destacar que a expansão dos membros do NDB não tem os mesmos requisitos e critérios aplicáveis à expansão dos membros do grupo geopolítico Brics. Hoje o banco já tem entre seus membros Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos.”

A nota informou ainda que Dilma se reunirá com representantes de outros países africanos às margens do evento em São Petersburgo e que usará o encontro para discutir sua participação na próxima cúpula dos Brics, a ser realizada entre os dias 22 e 24 de agosto na África do Sul.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (24), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, enquanto os investidores se preparam para uma semana de agenda cheia. Os mercados acompanharão a divulgação de balanços de grandes empresas americanas nos próximos dias, incluindo das big techs, além das decisões do Federal Reserve (Fed) e dos Bancos Centrais japonês e europeu. O índice Dow Jones teve alta de 0,52%, a 35.411,24 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,40%, a 4.554,64 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,19% a 14.058,87 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, em meio à empolgação dos investidores antes dos relatórios de balanços das empresas de tecnologia de megacapitalização Alphabet e Microsoft, que seriam divulgados depois do fechamento. O índice Dow Jones teve alta de 0,08%, a 35.438,07 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,28%, a 4.567,46 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,61%, a 14.144,56 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, após um aumento da taxa de juros do Federal Reserve, que deixou a porta aberta para futuras elevações, mas o Dow Jones registrou uma série de 13 dias consecutivos de ganhos. O índice Dow Jones teve alta de 0,23%, a 35.520,12 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,02%, a 4.566,75 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,12%, a 14.127,28 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, na expectativa de que o aperto monetário do Federal Reserve tenha terminado e que a economia dos Estados Unidos esteja caminhando para um pouso suave, enquanto as ações da Meta saltavam com a forte previsão de receita do terceiro trimestre. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava alta de 0,22%, a 35.597,63 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,69%, a 4.598,16 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 1,24%, a 14.302,30 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 21.07.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (21) cotado a R$ 4,7805 com queda de 0,47%. Em meio a um movimento de venda da moeda norte-americana por exportadores e a um fluxo de recursos, enquanto no exterior a divisa dos EUA se mantinha em alta ante a maior parte das demais.

Na segunda-feira (24) – O dólar à vista registrou queda de 0,99%, cotado a R$ 4,7331 na venda. Em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante as demais divisas de países exportadores de commodities e com as cotações perdendo suporte técnico importante no Brasil, encerrando no menor patamar em 15 meses. O dólar oscilou entre R$ 4,7834 na máxima e R$ 4,7237 na mínima.

Na terça-feira (25) – O dólar à vista registrou alta de 0,36%, cotado a R$ 4,750 na venda. Em sessão de realização de lucros e fechou em alta, com investidores ponderando também a perspectiva de corte de juros no Brasil e aumento nos EUA, nas próximas reuniões de política monetária. O dólar oscilou entre R$ 4,7593 na máxima e R$ 4,7186 na mínima.

Na quarta-feira (26) – O dólar à vista registrou queda de 0,46%, cotado a R$ 4,7282 na venda. Fechando a sessão em baixa ante o real, após a agência Fitch elevar a nota de crédito do Brasil e o Federal Reserve subir sua taxa de juros, como esperado, sem se comprometer com os próximos passos da política monetária. O dólar oscilou entre R$ 4,7554 na máxima e R$ 4,7230 na mínima.

Na quinta-feira (27) – Por volta das 13h30, o dólar operava em queda de 0,19% cotado a R$ 4,7193 na venda. Rondando os patamares mais baixos em mais de um ano conforme investidores seguem enxergando ambiente doméstico mais promissor para os negócios, e ainda refletindo a decisão de política monetária em linha com o esperado do Federal Reserve na véspera, que pode ter marcado o fim da elevação dos juros.

FMI espera fechar acordo com a Argentina nos próximos dias, diz comunicado

O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera chegar a um acordo com a Argentina nos próximos dias pelos objetivos da próxima revisão dos termos de um empréstimo de 44 bilhões de dólares que o país sul-americano tem com a entidade, informou a organização internacional no domingo (23).

“As equipes do Ministério da Economia e do Banco Central da Argentina e o staff do FMI concluíram os aspectos centrais do trabalho técnico da próxima revisão”, disse o FMI no Twitter.

“Os objetivos e parâmetros centrais que servirão de base para um ‘Staff Level Agreement’ foram acordados, esperamos que seja finalizado nos próximos dias e depois avance para a revisão do programa da Argentina”, acrescentou.

O país sul-americano deve pagar ao FMI cerca de 3,4 bilhões de dólares entre 31 de julho e 1º de agosto, em um momento em que as reservas líquidas do Banco Central Argentino (BCRA) estão no vermelho em cerca de 6,5 bilhões de dólares.

A Argentina, que enfrenta alta inflação, déficit fiscal preocupante e poucas reservas em seu Banco Central, viu suas receitas em moeda estrangeira afetadas por uma seca histórica que afetou seu principal setor de exportação, a agricultura.

“Este acordo visa consolidar a ordem fiscal e reforçar as reservas, reconhecendo o forte impacto da seca, os prejuízos nas exportações e nas receitas fiscais do país”, acrescentou o organismo internacional.

Crescimento da atividade empresarial nos EUA desacelera à medida que serviços perdem força

A atividade empresarial nos Estados Unidos desacelerou para uma mínima em cinco meses em julho, arrastada pela desaceleração do crescimento do setor de serviços, mostraram dados na segunda-feira (24), mas a queda nos preços de insumos e a desaceleração das contratações indicam que o Federal Reserve pode estar progredindo em frentes importantes em sua tentativa de reduzir a inflação.

A S&P Global disse que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 52 em julho, ante leitura de 53,2 em junho.

O resultado de julho marcou o sexto mês consecutivo de crescimento, mas foi contido pela perda de força no setor de serviços. Leituras acima de 50 indicam expansão.

Os dados mornos da pesquisa desta segunda-feira apoiaram as evidências de que a economia dos EUA ainda estava crescendo no início do terceiro trimestre, mas a um ritmo mais lento em relação ao período de abril a junho.

“A taxa geral de crescimento da produção, medida em manufatura e serviços, é consistente com a expansão do PIB a uma taxa trimestral anualizada de aproximadamente 1,5% no início do terceiro trimestre. Isso está abaixo do ritmo de 2% sinalizado pela pesquisa no segundo trimestre”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence.

A desaceleração pode ser vista positivamente no Fed, que está ansioso para ver a atividade esfriar para poder reduzir a inflação. Na quarta-feira, as autoridades do Banco Central devem aumentar as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, para entre 5,25% e 5,5%, no que muitos investidores e economistas veem como potencialmente seu último aumento do ciclo atual.

Inflação de julho no México cai para menor nível em dois anos

A taxa de inflação global do México caiu para 4,79% na primeira quinzena de julho, para o nível mais baixo em mais de dois anos, informou a agência nacional de estatísticas, mas ainda está acima da meta oficial do Banco Central de 3%.

O patamar, que foi o menor desde março de 2021, também ficou ligeiramente acima dos 4,77% previstos por economistas consultados pela Reuters.

Os dados do INEGI mostraram que o núcleo da inflação anual, que exclui alguns preços voláteis de alimentos e energia, caiu para 6,76% nas duas primeiras semanas de julho.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que atingisse 6,73%.

O vice-economista-chefe de mercados emergentes da Capital Economics, Jason Tuvey, disse que a inflação na segunda maior economia da América Latina diminuiu, mas um ganho renovado na inflação de serviços será uma preocupação para os funcionários do Banco do México, conhecido como Banxico.

“O novo aumento da inflação de serviços está sendo impulsionado pela força do mercado de trabalho e pelo rápido crescimento dos salários”, acrescentou.

A inflação de serviços subiu 0,3%, em linha com o ganho de um ano atrás.

O economista-chefe da Pantheon Macroeconomics para a América Latina, Andres Abadia, disse que o aumento no componente de serviços foi “principalmente devido a passagens aéreas e pacotes turísticos mais altos”.

No mês passado, os membros do conselho do Banco Central do México tomaram a decisão unânime de manter sua taxa básica de juros em 11,25% e disseram que talvez seja necessário manter as taxas nos níveis atuais por um período prolongado para reduzir a inflação à meta.

FDIC dos EUA pede a bancos que corrijam demonstrações financeiras imprecisas

O FDIC, a agência dos Estados Unidos garantidora de depósitos, pediu que alguns bancos corrijam suas demonstrações financeiras por reduzirem “incorretamente” a quantidade de depósitos não segurados.

A crise bancária no início deste ano levou os reguladores a elaborarem novas regras para tornar o setor mais resiliente.

Em maio, o FDIC havia dito que cobraria uma taxa de “avaliação especial” para recuperar as perdas de seu fundo de seguro de depósitos devido ao colapso de três bancos norte-americanos.

Essa taxa seria determinada pela quantidade de depósitos não garantidos que um banco detinha no final do ano passado, disse o regulador bancário.

O regulador afirmou que alguns bancos “não estavam relatando corretamente os depósitos não segurados estimados, de acordo com as instruções”.

“O diretor financeiro (ou o indivíduo que desempenha uma função equivalente) e vários diretores de cada instituição segurada de depósito devem atestar a correção (do relatório)”, escreveu o FDIC em uma carta publicada em seu site.

Os bancos podem apresentar até três anos de revisões, ou mais, se necessário, acrescentou o regulador.

Com as autoridades bancárias reforçando os padrões, as empresas estão preocupadas que ir longe demais possa adicionar pressão indevida à indústria, em um momento em que muitos credores esperam que a demanda por empréstimos diminua mais tarde neste ano.

FMI vê contração de 2,5% na Argentina em 2023 sob impacto de forte seca

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que agora projeta que a economia da Argentina contrairá 2,5% em 2023, com uma taxa de inflação de cerca de 120% no final do ano, em grande parte devido a uma seca severa que reduziu a produção agrícola do país.

“A Argentina enfrenta uma situação muito difícil, particularmente agravada pela seca, a seca agrícola que vem sofrendo no último ano”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em coletiva de imprensa.

A nova previsão para a Argentina, um rebaixamento acentuado em relação à projeção de abril de crescimento de 0,2% em 2023, contrasta fortemente com uma perspectiva ligeiramente melhorada para o crescimento global de acordo com as novas projeções do relatório Perspectiva Econômica Global do FMI.

Gourinchas se recusou a comentar como as previsões podem afetar as negociações com a Argentina sobre seu programa de empréstimos com o FMI de 44 bilhões de dólares. O Fundo disse no domingo que a base de um acordo pode ser alcançada nos próximos dias, enquanto o governo do país divulgou medidas fiscais e cambiais que efetivamente desvalorizariam o peso argentino.

O vice-diretor de pesquisa do FMI, Petya Koeva-Brooks, disse que a projeção de inflação de 120% exigiria alguma moderação das pressões de preço e a implementação de políticas macroeconômicas acordadas entre o FMI e a Argentina.

Confiança do consumidor dos EUA sobe para máxima de dois anos em julho

A confiança do consumidor dos Estados Unidos atingiu um pico em dois anos em julho, em meio ao otimismo contínuo sobre o mercado de trabalho embora persistam preocupações com uma recessão, mostrou uma pesquisa.

O Conference Board disse que seu índice de confiança do consumidor subiu para 117 este mês, a leitura mais alta desde julho de 2021, de 110,1 em junho. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o índice subisse para 111,8.

“A confiança parece ter quebrado a tendência de estabilidade que prevaleceu durante grande parte do ano passado”, disse Dana Peterson, economista-chefe do Conference Board.

“A confiança melhor foi evidente em todas as faixas etárias e entre os consumidores que ganham menos de 50.000 dólares e os que ganham mais de 100.000 dólares.”

A percepção dos consumidores sobre a probabilidade de uma recessão nos próximos 12 meses aumentou, mas permaneceu abaixo do pico recente no início do ano. Cerca de 70,6% dos consumidores neste mês disseram que uma recessão é “um pouco” ou “muito provável”, contra 69,9% em junho.

Trudeau do Canadá revela grande mudança no gabinete à medida que os números das pesquisas caem

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, reformulou grande parte de seu gabinete com o objetivo de aumentar o foco em questões econômicas, como escassez de moradias e o aumento do custo de vida, que prejudicaram sua posição junto aos eleitores.

Pode ser o último abalo antes de uma eleição, que não deve ocorrer até o segundo semestre de 2025, mas pode ocorrer antes.

O líder liberal Trudeau, que está no poder desde 2015, trouxe sete novas pessoas para o gabinete, mas manteve nomes de peso como a ministra das Finanças, Chrystia Freeland, a ministra da Inovação, François-Philippe Champagne, e a ministra das Relações Exteriores, Melanie Joly, em suas pastas.

O primeiro-ministro mudou ou ajustou as descrições de cargos de cerca de três quartos dos cargos em comparação com seu gabinete anterior, com o ex-ministro da Imigração Sean Fraser assumindo o recém-formado ministério de Habitação, Infraestrutura e Comunidades.

“Isso não é conserto. É uma grande redefinição”, disse Frank Graves, presidente da empresa de pesquisas Ekos. “A mudança envia uma mensagem clara de que o governo está ciente de que sua posição atual com o eleitorado não é saudável.”

Os conservadores oficiais da oposição, que culpam Trudeau pelo déficit habitacional e pelo aumento da inflação, têm consistentemente estado à frente nas pesquisas há mais de um ano.

Uma pesquisa da Abacus Data divulgada mostrou que o partido abriu uma vantagem incomum sobre os liberais, com 38% a 28% no apoio público, o suficiente para garantir a derrota de Trudeau se uma eleição fosse realizada agora.

Fed aumenta juros e Powell deixa porta aberta para alta em setembro

O Federal Reserve elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, citando a inflação ainda elevada como justificativa para o que são agora os maiores custos de empréstimos nos Estados Unidos desde 2007.

O aumento, o 11º do Fed em suas últimas 12 reuniões, colocou a taxa de juros de referência do Banco Central dos EUA na faixa de 5,25% a 5,50%, um nível visto pela última vez pouco antes da quebra do mercado imobiliário em 2007 e que não foi superado de forma efetiva por cerca de 22 anos.

“O Comitê (Federal de Mercado Aberto) continuará avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, disse o Fed em linguagem pouco alterada em relação ao comunicado de junho, deixando as opções de política monetária do Banco Central em aberto, enquanto busca o ponto de parada para o ciclo de aperto atual.

Assim como em junho, o Fed disse que vai observar os dados recebidos e estudar o impacto de seus aumentos de juros na economia “para determinar a extensão de um aperto adicional na política monetária que poderia ser apropriado” para atingir sua meta de inflação de 2%.

Embora os dados de inflação desde a última reunião do Fed em junho tenham sido mais fracos do que o esperado, as autoridades têm relutado em alterar sua postura agressiva até que haja mais avanços na redução das pressões de preços.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse que quaisquer decisões futuras sobre juros seriam tomadas reunião a reunião e que, no ambiente atual, as autoridades só podem fornecer orientações limitadas sobre o que vem a seguir para a política monetária.

Mas ele não descartou outros incrementos se fosse necessário.

“É certamente possível que elevemos a taxa básica de juros novamente na reunião de setembro se os dados justificarem, e eu também diria que é possível que optemos por nos manter firmes nessa reunião” se essa for a decisão certa, Powell disse em uma coletiva de imprensa após o lançamento da declaração de política monetária.

Mas Powell fez um alerta contra a expectativa de qualquer flexibilização de curto prazo nos juros. “Estaremos confortáveis ​​em cortar os juros quando estivermos confortáveis ​​em cortar os juros, e isso não acontecerá neste ano”, disse Powell.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (24), as bolsas europeias fecharam mistas, com ganhos de empresas de energia e papéis de telecomunicações ofuscados ​​pelo agravamento dos temores de recessão na zona do euro e perdas nas ações espanholas, depois que a eleição geral do país não apresentou um vencedor claro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,06%, a 465,68 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,07%, a 7.427,31 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,08%, a 16.190,95 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,17%, a 6.190,24 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,29%, a 9.543,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,19%, a 7.678,59 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas europeias fecharam mistas, acumulando pequenos ganhos como reação aos balanços corporativos locais e às promessas da China de novos estímulos para a demanda. Os ganhos, porém, foram limitados pela desaceleração acima do esperado do índice alemão Ifo e pela cautela dos investidores com a perspectiva de aperto monetário pelo Banco Central Europeu. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,48%, a 467,92 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,20%, a 7.413,35 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,07%, a 16.204,30 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,09%, a 6.195,64 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,39%, a 9.509,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,20% a 7.693,74 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas europeias fecharam mistas, cautelosas antes da decisão do Federal Reserve (Fed), que será divulgada nesta tarde, e do Banco Central Europeu (BCE), agendada para quinta-feira (27). Investidores monitoraram também vários balanços corporativos do segundo trimestre. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,64%, a 465,46 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,39%, a 7.315,07 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,54%, a 16.131,46 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,16%, a 6.273,94 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,84%, a 9.597,70 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,19% a 7.676,89 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, om os investidores comemorando a perspectiva de o Banco Central Europeu interromper os aumentos das taxas de juros já em setembro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,43%, a 472,12 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 2,05%, a 7.465,24 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,70%, a 16.406,03 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,36%, a 6.188,54 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,08%, a 9.704,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,21%, a 7.692,76 pontos.

BCE pedirá aos bancos que forneçam dados semanais de liquidez

O Banco Central Europeu (BCE) pedirá aos bancos que forneçam dados semanais de liquidez a partir de setembro, para que possam realizar verificações mais frequentes sobre sua capacidade de evitar possíveis choques à medida que as taxas de juros aumentam, disse o chefe de supervisão do BCE no sábado (22).

Em entrevista publicada pelo jornal Milano Finanza, Andrea Enria disse que os bancos europeus estão mais fortes do que antes, mas que o mercado financeiro ainda passa por uma “fase delicada” devido à Guerra da Ucrânia, à inflação e ao aumento das taxas de juros.

Enria disse que todos esses fatores aumentam os riscos da liquidez e do crédito. Ele também salientou que o BCE está muito concentrado nesses aspectos durante os “testes de estresse” e procedimentos de supervisão que estão sendo realizados.

“Decidimos mandar aos bancos, a partir de setembro, um pedido semanal de informações, para termos dados mais novos, que permitirão um melhor monitoramento da liquidez”, disse Enria.

Os resultados dos testes de estresse serão revelados nos próximos dias, e Enria adiantou que mostrarão que as instituições financeiras estão mais sólidas para enfrentar uma eventual crise, com maiores níveis de capital e ativos mais robustos.

Itália promete apoio à Tunísia sobre ‘desafios importantes’

O presidente italiano, Sergio Mattarella, prometeu na segunda-feira (24) o apoio de seu país à Tunísia “nos importantes desafios que o país enfrenta”.

Em uma reunião com o presidente da Tunísia, Kais Saied, após sua participação no domingo em um fórum sobre migração e desenvolvimento na região do Mediterrâneo organizado pela primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, Mattarella reafirmou ao seu homólogo “o vínculo profundo e concreto que une a Tunísia e a Itália”.

Dirigindo-se a Saied, Mattarella disse: “Nos últimos meses, você se encontrou várias vezes com o primeiro-ministro Meloni e está bem ciente das posições, orientações e iniciativas da Itália para apoiar seu país”.

Nos últimos meses, Meloni tem sido muito ativo em explicar o ponto de vista da Tunísia a outros países sobre as negociações de um empréstimo de quase US$ 1,9 bilhão do Fundo Monetário Internacional.

O FMI exige que o governo da Tunísia realize uma série de reformas antes de conceder o empréstimo. No entanto, a Tunísia pede que uma primeira parcela do financiamento seja liberada imediatamente, enquanto o restante do empréstimo pode ser pago de acordo com o andamento das reformas.

Contração da atividade empresarial na zona do euro ganha mais força que o esperado em julho, mostra PMI

A contração da atividade empresarial da zona do euro se aprofundou muito mais do que o esperado em julho uma vez que a demanda no setor de serviços diminuiu, enquanto a produção industrial caiu no ritmo mais rápido desde o início da Covid-19, mostrou uma pesquisa.

O Índice Composto de Gerentes de Compras (PMI) do HCOB para o bloco, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, caiu para a mínima de oito meses de 48,9 em julho, ante 49,9 em junho.

O resultado ficou abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e foi mais fraco do que todas as expectativas em uma pesquisa da Reuters que previa uma queda modesta para 49,7.

“A manufatura continua a ser o calcanhar de Aquiles da zona do euro. Os produtores reduziram sua produção novamente em um ritmo acelerado em julho, enquanto a atividade do setor de serviços ainda está se expandindo, embora a um ritmo muito mais lento”, disse Cyrus de la Rubia, do Hamburg Commercial Bank.

“A economia da zona do euro provavelmente entrará mais em território de contração nos próximos meses, já que o setor de serviços continua perdendo força.”

O PMI de serviços caiu de 52,0 para 51,1 em julho, menor nível desde janeiro e abaixo da previsão em pesquisa da Reuters de 51,5.

Consumidores endividados sentindo o aperto dos custos crescentes de empréstimos e dos preços reduziram os gastos, e o índice de novos negócios de serviços ficou abaixo do ponto de equilíbrio pela primeira vez em sete meses, a 48,5 neste mês de 51,0 em junho.

O PMI que cobre o setor industrial caiu de 43,4 para 42,7. A pesquisa da Reuters previa um leve aumento para 43,5.

Um índice que mede a produção, que a alimenta o PMI Composto, caiu de 44,2 para 42,9 – resultado que não era atingido há mais de três anos.

A redução das pressões sobre os preços provavelmente será bem recebida pelas autoridades do Banco Central Europeu, que não conseguiram levar a inflação de volta à meta de 2% apesar do aperto monetário mais agressivo da história do banco.

Confiança empresarial na Alemanha cai ainda mais em julho com recuperação lenta

A confiança empresarial na Alemanha se deteriorou em julho pelo terceiro mês consecutivo, mostrou uma pesquisa na terça-feira (25), com analistas alertando para dificuldades de recuperação depois de o país entrar em recessão neste ano.

O instituto Ifo disse que seu índice de clima de negócios ficou em 87,3 neste mês, após uma leitura revisada de 88,6 em junho. A queda foi um pouco maior do que o previsto, com analistas consultados pela Reuters esperando uma leitura em julho de 88,0.

“A economia alemã realmente não se recuperou desde a crise do Coronavírus”, disse o economista-chefe do VP Bank, Thomas Gitzel. “O problema é que as subidas cíclicas não são acompanhadas por fortes taxas de crescimento do PIB, mas sim por um crescimento frágil.”

A maior economia da Europa entrou em recessão técnica no início de 2023, definida por dois trimestres consecutivos de contração. Os dados preliminares do PIB para o segundo trimestre serão divulgados na sexta-feira (28).

Gitzel previu apenas um ligeiro crescimento do PIB no segundo trimestre de 0,1%, seguido por uma queda no terceiro, à medida que a economia global enfraquece e as preocupações em relação a energia persistem.

Presidente russo, Vladimir Putin, planeja visitar a China em outubro, diz Kremlin

O presidente russo, Vladimir Putin, planeja visitar a China em outubro, anunciou uma importante autoridade do Kremlin.

Agências de notícias russas citaram o conselheiro de política externa de Putin, Yuri Ushakov, dizendo que a viagem será programada para coincidir com um fórum “One Belt, One Road” na China. A Iniciativa do Cinturão e Rota de Pequim envolve projetos de infraestrutura para conectar a Ásia com países europeus e africanos.

Ushakov disse que Putin também planeja viajar para Turquia em algum momento para cumprir uma promessa ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan, embora as datas dessa visita ainda não tenham sido decididas.

Além disso, o Kremlin recebeu um convite para Putin participar de uma cúpula do Grupo dos 20 na Índia em setembro, disse ele. A participação pessoal do líder russo não foi descartada, embora o formato da participação de Putin ainda seja “incerto”, disse Ushakov.

O anúncio dos planos de viagem de Putin ocorreu dias depois que autoridades sul-africanas disseram que ele havia concordado em faltar a uma cúpula econômica em seu país no mês que vem por causa de um mandado de prisão emitido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional. O TPI acusou Putin de responsabilidade pessoal pelos sequestros de crianças da Ucrânia.

Como signatária do tratado que estabeleceu o tribunal internacional, a África do Sul seria obrigada a prender o líder russo se ele pisasse lá ou se colocasse em posição de descumprir sua responsabilidade.

China, Turquia e Índia não são signatárias do Estatuto de Roma, então Putin pode viajar para esses países com mais facilidade.

Bancos europeus sinalizam riscos de empréstimos ruins à medida que a economia global luta com baixo crescimento e alta inflação

Os principais bancos da Europa, incluindo o Deutsche Bank e o Lloyds Banking Group, apontaram na quarta-feira (26) para o risco crescente de empréstimos ruins enquanto a economia global luta com baixo crescimento e alta inflação.

Os reguladores financeiros e os investidores estão atentos à forma como os bancos navegam no clima econômico incerto e procuram, em particular, quaisquer sinais de tensão nas carteiras de empréstimos dos bancos.

A mais recente onda de ganhos bancários na Europa destacou tendências mais amplas no setor bancário global, onde os bancos de investimento estão sob pressão devido a uma seca de negócios, enquanto as taxas de juros mais altas estão ajudando a lucratividade no setor bancário de varejo.

O Lloyds assumiu um encargo mais alto por empréstimos problemáticos e não atingiu as expectativas de lucro do primeiro semestre, já que a crise econômica da Grã-Bretanha pesou sobre suas finanças e aumentou a pressão sobre a administração para fazer mais para ajudar os poupadores.

Analistas do JPMorgan disseram que o encargo maior do que o esperado do Lloyds por empréstimos potencialmente inadimplentes, um aumento de 76%, para 662 milhões de libras (US$ 855 milhões), e a queda nos volumes de empréstimos provocariam rebaixamentos no desempenho do Lloyds no ano.

As ações do Lloyd’s caíram 3% na quarta-feira (26).

Taxas de juros mais altas ajudaram o UniCredit a superar fortemente as expectativas de ganhos no segundo trimestre. Embora o banco continue vendo um aumento significativo em seu custo de risco à frente, ele será menor do que o previsto.

Itália adota medidas para enfrentar eventos climáticos extremos

A Itália anunciou medidas para ajudar famílias e empresas atingidas por eventos climáticos extremos, enquanto o país se recupera de uma onda de calor no Sul e fortes tempestades no Norte.

A administração de direita de Giorgia Meloni aprovou um decreto para ajudar as empresas de construção e agrícolas a manter os funcionários em casa em áreas com temperaturas muito altas.

De acordo com os regulamentos italianos existentes, as empresas podem solicitar demissões temporárias, geralmente para lidar com uma queda nos negócios, por não mais de 52 semanas em dois anos, ou 90 dias por ano no setor agrícola.

O decreto permite que construtoras e agropecuárias, ambas severamente atingidas pela onda de calor porque seus trabalhadores não podem trabalhar em casa, usem o instrumento sem que as horas sejam contabilizadas nos limites gerais.

“A medida será válida para este ano”, disse a ministra do Trabalho, Marina Calderone, após uma reunião ministerial à noite.

Um rascunho visto pela Reuters mostrou que o decreto teve um custo de 10 milhões de euros (US$ 11,09 milhões) para os cofres do Estado.

BCE eleva juros para pico em 23 anos e mantém opções em aberto para setembro

O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros pela nona vez consecutiva na quinta-feira (27) e manteve a porta aberta para novo aperto monetário, à medida que a inflação e o risco crescente de recessão colocam as autoridades em direções opostas.

Lutando contra um aumento histórico nos preços, o BCE elevou os custos dos empréstimos em um total de 425 pontos-base desde julho passado, preocupado que o crescimento excessivo dos preços possa ser perpetuado por meio de aumentos salariais, já que o mercado de trabalho permanece excepcionalmente apertado.

Com o movimento de 25 pontos-base desta quinta-feira, a taxa de depósito do BCE está em 3,75%, o nível mais alto desde 2000, antes mesmo de as notas e moedas de euro terem sido colocadas em circulação. A principal taxa de refinanciamento foi fixada em 4,25%.

“Decisões futuras garantirão que as taxas de juros do BCE sejam estabelecidas em níveis suficientemente restritivos pelo tempo necessário para alcançar um retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%”, afirmou o BCE em comunicado.

Mas o comunicado do BCE retirou uma referência de que as taxas precisam ser “levadas” a um nível que reduza a inflação com rapidez suficiente, uma mudança sutil que pode ser vista como um sinal de que novos aumentos não são garantidos.

Isso deixará os investidores se perguntando se outro aumento de juros está chegando ou se julho marca o fim do aperto monetário mais rápido de todos os tempos do BCE.

No entanto, está cada vez mais claro que o fim dos aumentos de juros está se aproximando rapidamente, com as autoridades debatendo se é necessário mais um pequeno movimento antes que as taxas sejam mantidas estáveis ​​pelo que alguns acham que será um longo período de tempo.

“O Conselho do BCE continuará a seguir uma abordagem dependente de dados para determinar o nível apropriado e a duração da restrição”, acrescentou o BCE.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (24), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com a do Japão favorecida pelo recente enfraquecimento do iene e as chinesas pressionadas por dúvidas sobre possíveis novas medidas de estímulos. O índice Xangai teve queda de 0,11%, a 3.164,16 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,23%, a 32.700,94 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,13%, a 18.668,15 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,44%, a 3.805,22 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após líderes da China prometerem mais apoio para sustentar a segunda maior economia do mundo, que vem dando sinais de desaceleração nos últimos meses. O índice Xangai teve alta de 2,13%, a 3.231,52 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,06%, a 32.682,51 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 4,10%, a 19.434,40 pontos. O índice CSI300 teve alta de 2,89%, a 3.915,12 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em clima de cautela antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, e em meio à falta de detalhamento de possíveis novos estímulos na China. O índice Xangai teve queda de 0,26%, a 3.223,03 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,04%, a 32.668,34 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,36%, a 19.365,14 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,21%, a 3.907,01 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após o Federal Reserve elevar juros, como era amplamente esperado, e em meio a incertezas sobre novos estímulos na China. O índice Xangai teve queda de 0,20%, a 3.216,67 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,68%, a 32.891,16 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,41%, a 19.639,11 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,12%, a 3.902,35 pontos.

Órgão de planejamento da China apresenta medidas para estimular investimento privado

O órgão de planejamento estatal da China divulgou na segunda-feira (24) medidas que buscam promover, incentivar e estimular o investimento privado em alguns setores de infraestrutura e disse que fortalecerá o apoio financeiro a projetos privados.

O anúncio mais recente ocorre após a China prometer na semana passada melhorar o setor privado, divulgando diretrizes do Partido Comunista e do gabinete, enquanto as autoridades prometem torná-lo “maior, melhor e mais forte” em meio à recuperação econômica pós-pandemia.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma disse em comunicado que busca atrair mais capital privado para participar na construção de grandes projetos nacionais.

A comissão disse que uma lista de setores que vão desde transporte, água, energia limpa, nova infraestrutura até manufatura avançada e agricultura moderna estará disponível para a participação de investidores privados, de acordo com o comunicado. Detalhes mais específicos sobre isso serão fornecidos posteriormente, acrescentou.

Nas últimas semanas, os investidores apostaram em mais medidas de estímulo para sustentar uma economia que começou a perder força rapidamente após o salto inicial pós-Covid. No entanto, as medidas fragmentadas anunciadas pelas autoridades têm desapontado os mercados.

Nas diretrizes divulgadas na semana passada, a China disse que criará um sistema para deixar claras as áreas nas quais os investidores privados podem investir.

“A importância de melhorar o investimento privado deve ser totalmente reconhecida” e a comissão se esforçará para manter a proporção de investimento privado em ativos fixos entre todos os investimentos em um “nível razoável”, disse o comunicado.

A comissão também se comprometeu a fortalecer o apoio financeiro a projetos de investimento privado.

Dados de saúde da Índia enfrentam risco crescente de violações e ataques cibernéticos

No ano passado, respondendo a relatórios de violações de dados do portal de vacinas CoWIN da Índia, o chefe da Autoridade Nacional de Saúde, RS Sharma, disse que tinha “infraestrutura de segurança de última geração e nunca enfrentou uma violação de segurança”.

No mês passado, os próprios dados pessoais de Sharma foram expostos em um vazamento maciço de dados do CoWIN por meio do aplicativo Telegram. As autoridades primeiro negaram a ocorrência de uma violação e, dias depois, a polícia de Delhi disse que prendeu dois indivíduos em relação ao vazamento.

O vazamento de dados, incluindo nomes, identidades nacionais Aadhaar, números de celular, identificações de eleitor, passaportes e status de vacinação COVID de milhões de indivíduos – foi um dos maiores da Índia e veio na esteira de outras violações de dados CoWIN e Aadhaar e os registros de um importante hospital em Delhi.

As recentes violações de dados de saúde são particularmente preocupantes, disseram especialistas digitais, pois deixam os indivíduos vulneráveis ​​a golpes, assédio e discriminação sem remédio na ausência de uma lei de proteção de dados no país.

Eles alertaram que isso também prejudica o objetivo da Índia de desenvolver e exportar para países asiáticos e africanos seu modelo de infraestrutura pública digital, incluindo Aadhaar, sistema de pagamento móvel UPI e plataforma de dados National Health Stack, que as autoridades dizem que melhorará o acesso e a eficiência.

Mas, ao impulsionar sua infraestrutura pública digital, “a Índia está colocando as pessoas em risco devido à coleta e ao excesso de dados”, disse Raman Jit Singh Chima, diretor de políticas para a Ásia do grupo de direitos digitais Access Now. “É um modelo ruim.”

“A pressão por uma maior digitalização dos dados de saúde está acontecendo sem discussão ou proteção de dados adequada. A Índia está vendo um aumento nos ataques cibernéticos, e a recusa em reconhecer as violações e responsabilizar as instituições é uma abordagem imprudente”, disse ele.

Governo do Japão vê inflação menor no próximo ano e pede coordenação do Banco Central

A inflação no Japão provavelmente diminuirá para cerca de 1,5% no próximo ano quando forem eliminados os efeitos de fatores pontuais, disse um porta-voz do governo na segunda-feira (24), pedindo ao Banco Central que trabalhe para atingir sua meta de inflação de 2%.

As observações ocorreram em meio a especulações no mercado de que a inflação crescente e o aumento robusto dos salários levarão o Banco do Japão a ajustar sua política de controle da curva de rendimentos em uma reunião de política monetária que termina na sexta-feira (28).

“Os meios específicos de política monetária recaem sobre a jurisdição do Banco do Japão. Mas esperamos que ele tome as medidas apropriadas e necessárias em estreita coordenação com o governo, com base em um entendimento acordado em nossa declaração conjunta”, disse o porta-voz do governo Yoshihiko Isozaki em coletiva de imprensa.

Sob o acordo conjunto com o governo assinado em 2013 e reconfirmado pela atual administração, o Banco do Japão se compromete a atingir 2% de inflação o mais cedo possível.

Em uma revisão de suas previsões de meio do ano, o governo disse na semana passada que espera que a inflação geral ao consumidor atinja 2,6% no ano fiscal iniciado em abril e 1,9% em 2024.

“As previsões levam em conta o efeito base dos subsídios do governo aos serviços públicos. Excluindo o efeito, esperamos que a inflação se mova em torno de 1,5% no ano fiscal de 2024”, disse Isozaki, sugerindo que a tendência da inflação ficará aquém da meta do Banco Central no próximo ano.

“Gostaríamos de continuar fazendo o possível para alcançar um ciclo positivo de salários e inflação, bem como crescimento e distribuição, com vistas a acabar com a deflação”, disse ele.

China nomeia Wang Yi como seu novo ministro das Relações Exteriores

A China nomeou Wang Yi como seu novo ministro das Relações Exteriores na terça-feira (25), substituindo Qin Gang, que deixou o cargo após uma ausência de um mês, informou a mídia estatal.

Qin, 57, que se tornou um dos mais jovens ministros das Relações Exteriores da China quando assumiu o cargo em dezembro, após um período como enviado aos Estados Unidos, não era visto em público desde 25 de junho.

Seu ministério disse mais tarde que ele estava afastado do trabalho por motivos de saúde não especificados, mas a falta de informações detalhadas alimentou um turbilhão de especulações.

Votação parlamentar para selecionar primeiro-ministro da Tailândia é adiada

O presidente do Parlamento da Tailândia adiou na terça-feira (25) a votação para o próximo primeiro-ministro pelas duas casas do Legislativo, enquanto um impasse político se arrasta mais de dois meses após a eleição geral de maio.

A votação foi marcada para quinta-feira após duas tentativas frustradas do líder do Partido Move Forward, vencedor das eleições, Pita Limjaroenrat, de se tornar primeiro-ministro. Pita enfrentou forte resistência de oponentes conservadores e senadores nomeados por causa da agenda liberal de seu partido.

“Não haverá uma reunião em 27 de julho”, disse o presidente da Câmara, Wan Muhamad Noor Matha, a repórteres no parlamento. “Informarei quando será a próxima reunião.”

Os eleitores rejeitaram quase 10 anos de governo militar e um governo apoiado pelos militares nas eleições de maio, com o Move Forward ganhando o maior número de assentos. Outro oponente do regime militar, o partido populista Pheu Thai, ficou em segundo lugar.

Mas sob uma constituição elaborada durante o regime militar, os membros de um Senado nomeado pela junta também votam no primeiro-ministro e Pita não conseguiu obter a maioria necessária em uma sessão conjunta de ambas as casas.

China nomeia Pan Gongsheng como novo presidente do Banco Central, diz mídia estatal

A China nomeou Pan Gongsheng, conhecido por ser um tecnocrata, como novo presidente do Banco do Povo da China após sua ascensão ao cargo político mais importante do Banco Central neste mês.

A mídia estatal confirmou Pan, que desde 2016 chefiava o principal órgão de regulação cambial da China, como substituto do respeitado presidente Yi Gang, tornando-o a primeira pessoa a assumir os dois cargos desde o antecessor de Yi, Zhou Xiaochun.

Pan é conhecido por assumir uma postura dura contra os especuladores cambiais e também esteve envolvido em reformas de bancos estatais, apertando o mercado imobiliário e as regulamentações de fintech, e na proibição de criptomoedas.

Ele chega ao cargo com a tarefa de enfrentar a desaceleração do setor imobiliário, que responde por cerca de um quarto da atividade econômica na China, e uma montanha de dívidas de governos locais também representam grandes desafios para o setor bancário e para a economia em geral.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, conheceu Pan durante sua viagem a Pequim este mês, referindo-se a ele como o chefe do Banco Central.

Embora Pan sirva como chefe do Partido Comunista no Banco Central e como presidente da autoridade monetária, o Banco do Povo da China agora se reporta a novos reguladores, já que a China tomou medidas este ano para apertar o controle do Partido sobre o sistema financeiro, incluindo planos para uma Comissão Financeira Central para supervisionar o Banco Central e outras instituições.

A nova estrutura reduz as expectativas de que Pan possa defender reformas pró-mercado, como fizeram seus dois antecessores.

A China retirou Yi Gang do cargo de presidente do Banco Central, informou a mídia estatal.

Paquistão diz que China renovou empréstimo de US$ 2,4 bilhões por dois anos

O ministro das Finanças do Paquistão, Ishaq Dar, disse na quinta-feira (27) que a China renovou um empréstimo de 2,4 bilhões de dólares para Islamabad por um período de dois anos, um impulso para suas reservas estrangeiras devido a um acordo com o FMI que ajudou o país evitar um padrão.

“O banco chinês Exim rolou valores de principal totalizando US$ 2,4 bilhões com vencimento nos próximos 2 anos fiscais”, disse ele em um post na plataforma de mensagens X, anteriormente conhecida como Twitter.

“O Paquistão fará pagamentos de juros apenas nos próximos dois anos”, disse Dar, o que significa que a isenção é apenas para o valor principal do empréstimo.

Uma fonte do Ministério das Finanças do Paquistão disse à Reuters que mais de US$ 600 milhões do empréstimo estava vencendo neste ano fiscal e que Islamabad já recebeu uma confirmação da renovação.

“Em princípio, a China e o Paquistão têm uma estreita cooperação nos setores econômico e financeiro, e continuaremos avançando na cooperação com o Paquistão para apoiar o país a alcançar a estabilidade e o desenvolvimento”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.

Ministro da energia saudita lidera discussão sobre hidrogênio limpo no encontro do G20

Afirmando o compromisso da Arábia Saudita em garantir um futuro sustentável, o ministro da Energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, participou da 14ª reunião ministerial conjunta dos ministros da energia do G20 sobre energia limpa na Índia.

Durante o evento, o ministro da energia presidiu uma mesa redonda sobre hidrogênio limpo junto com seu colega indiano, Raj Kumar Singh.

Em nota, o Ministério de Energia da Arábia Saudita disse que essas participações confirmam o papel ativo do Reino em nível internacional para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e contribuir para os esforços globais de redução de emissões.

A Arábia Saudita, um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, está atualmente em um caminho de diversificação econômica alinhada com as metas traçadas na Visão 2030.

Além disso, o Reino estabeleceu uma meta de emissão líquida zero até 2060.

“O Reino também está determinado a continuar na liderança na produção e exportação de hidrogênio limpo. O Reino procura estabelecer parcerias com entidades de todo o mundo para atingir os seus objetivos no domínio da energia inclusiva”, acrescentou o ministério.

O ministério também observou que a Arábia Saudita sediará a Semana do Clima para o Oriente Médio e Norte da África em outubro de 2023, onde o Reino mostrará seu progresso na redução de emissões.

Parlamento de Israel inicia votação sobre limitação do poder da Suprema Corte

O Parlamento de Israel iniciou nesta segunda-feira a votação final das mudanças contestadas solicitadas pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ao judiciário, enquanto as últimas negociações continuam para aliviar uma das piores crises políticas do país desencadeadas por seus planos.

O presidente Isaac Herzog, que chamou o impasse de “emergência nacional”, ainda estava tentando chegar a um acordo sobre os planos judiciais do governo, que provocaram protestos sem precedentes em todo o país, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

A polícia usou um canhão de água para dispersar os manifestantes que se opunham à campanha judicial da coalizão nacionalista-religiosa de Netanyahu e os oficiais arrastaram os manifestantes que se acorrentaram a postes e bloquearam a estrada fora do parlamento.

As chances de chegar a um acordo pareciam pequenas quando os legisladores começaram a votar.

“Você não pode chegar a acordos que protejam a democracia de Israel com este governo”, disse o líder da oposição Yair Lapid aos canais de televisão israelenses no Knesset minutos antes do início da votação, que durou horas.

Com a adesão de bancos e empresas ao protesto, a pressão aumentou sobre Netanyahu, que recebeu alta do hospital na manhã de segunda-feira após uma internação de duas noites durante a qual recebeu um marca-passo.

IED no setor imobiliário de Abu Dhabi sobe 363% no primeiro semestre e atinge US$ 227 milhões 

Em um passo significativo para o mercado imobiliário dos Emirados Árabes Unidos, o setor imobiliário de Abu Dhabi registrou um aumento anual de 363% em investimentos estrangeiros diretos no primeiro semestre de 2023, atingindo 834,6 milhões de dirhams (US$ 227 milhões). 

As regiões com as maiores parcelas de IED incluem a Ilha Saadiyat com 34%, a Ilha Yas com 28% e Al Jurf com 12%.

A Ilha Al Reem reivindicou uma participação de 11 por cento, enquanto Al Shamkha registrou 8 por cento, de acordo com a Agência de Notícias dos Emirados, também conhecida como WAM, citando dados do Departamento de Municípios e Transportes de Abu Dhabi.

“Estamos entusiasmados em anunciar o notável aumento nos investimentos estrangeiros diretos em imóveis em Abu Dhabi. O impressionante crescimento de 363 por cento testemunhado durante o primeiro semestre deste ano é uma prova do apelo excepcional do emirado para os investidores estrangeiros”, disse Adeeb Al-Afifi, diretor executivo do setor imobiliário do departamento.

Ele acrescentou: “Isso inclui sua localização estratégica, infraestrutura de classe mundial e ambiente econômico e legislativo favorável, todos os quais contribuíram para melhorar a posição do emirado como um destino preferencial para indivíduos de todas as nacionalidades investirem, viverem e trabalharem.” 

Al-Afifi afirmou ainda que o clima de investimento de Abu Dhabi é reforçado por incentivos e estruturas robustas que estimularam um ambiente para investidores estrangeiros buscarem perspectivas promissoras no mercado. 

Arábia Saudita registra superávit comercial de US$ 7,73 bilhões em maio

A Arábia Saudita alcançou um saldo comercial superavitário de SR29 bilhões (US$ 7,73 bilhões) em maio, de acordo com um relatório divulgado pela Autoridade Geral de Estatísticas.

Os dados divulgados pelo GASTAT revelaram que as importações de mercadorias do Reino aumentaram 20,9% em maio, para SR67,7 bilhões, em comparação com o mesmo mês de 2022, quando as importações atingiram SR56 bilhões.

GASTAT acrescentou que as importações do Reino em maio também aumentaram SR9,8 bilhões ou 16,9% em comparação com abril de 2023.

O relatório, no entanto, revelou que as exportações totais de mercadorias da Arábia Saudita diminuíram 32,1% em maio, para SR97,1 bilhões, abaixo dos SR143 bilhões em maio de 2022.

De acordo com a autoridade, essa queda foi impulsionada principalmente por uma queda nas exportações de petróleo, que caíram SR43,5 bilhões ou 37,7% para SR 72,0 bilhões em maio, de SR115 bilhões no mesmo mês em 2022.

Em abril, a Arábia Saudita e outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como OPEP+, anunciaram cortes na produção de petróleo de cerca de 1,2 milhão de barris por dia, com o Reino prometendo reduzir a produção em 500.000 bpd.

No mês passado, o Reino também anunciou um corte adicional de 1 milhão de bpd para julho, que planeja estender para um corte voluntário de produção de 1 milhão de bpd até agosto.

Kuwait registra superávit orçamentário pela primeira vez em 9 anos  

As fortes receitas do petróleo ajudaram o Kuwait a registrar seu primeiro superávit orçamentário em nove anos em 2022-2023, anunciou o Ministério das Finanças.

O país registrou um excesso de 6,4 bilhões de dinares do Kuwait (US$ 20,86 bilhões) no final de seu ano financeiro em 31 de março, mostram os números mais recentes.

O Kuwait registrou um aumento de 54,7% na receita em comparação com o ano anterior, arrecadando 28,8 bilhões de dinares ao longo de 12 meses.

As receitas do petróleo, que representaram quase 93% da receita do governo durante o ano, de 26,71 bilhões de dinares, aumentaram 64,7% em relação ao ano anterior. O preço médio do petróleo no ano fiscal foi de US$ 97,1 o barril.

A despesa total foi de 22,37 bilhões de dinares, 2,6% menor do que no ano anterior, disse o ministério.

“O Kuwait desfruta de uma posição financeira forte, reservas significativas e estabilidade monetária e financeira, o que nos protege dos efeitos de curto prazo das flutuações do mercado de petróleo”, disse o Ministro do Petróleo Saad Hamad Nasser Al-Barrak, falando à Lebanese Broadcasting Corp. Internacional.

Os comentários do ministro vieram apenas algumas semanas depois que ele prometeu investimentos de mais de US$ 300 bilhões no setor de energia do país até 2040.

No ano fiscal encerrado em 31 de março, a taxa de produção diária do emirado atingiu 2,693 milhões de barris, representando aproximadamente 7% das reservas globais, mostraram dados do ministério.

Desde o colapso dos preços do petróleo em 2014, seu orçamento registra déficits constantemente. No entanto, o Kuwait viu uma recuperação com o aumento dos preços do petróleo que se seguiu à guerra na Ucrânia.

O projeto de orçamento do país para o próximo ano fiscal estimou um déficit de 6,8 bilhões de dinares atingido por preços e volumes de petróleo mais baixos, informou um jornal local no início deste mês, citando um membro do parlamento.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
28/07/2023