Cenário Econômico Internacional – 04/08/2023

Cenário Econômico Internacional – 04/08/2023

Cenário Econômico Internacional – 04/08/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Bancos Centrais iniciam mudanças na política monetária à medida que inflação desacelera

Os principais Bancos Centrais do mundo realizaram outra rodada de aumentos nas taxas de juros, apesar da desaceleração da inflação, mas agora mudaram para uma postura mais cautelosa sobre novas altas em um sinal de que o aperto monetário imposto ao longo do último ano pode estar chegando ao fim.

O Federal Reserve e o Banco Central Europeu (BCE) realizaram aumentos de juros de 0,25 ponto percentual nesta semana, e deixaram em aberto a possibilidade de novas altas caso a inflação não continue em uma queda que começou a vir mais rápido do que o previsto em ambos os lados do Atlântico.

Espera-se que o Banco da Inglaterra eleve os juros novamente na próxima semana, após dados positivos semelhantes sobre a inflação.

Enquanto isso, o Banco do Japão abriu o debate sobre os planos para encerrar sua política ultrafrouxa.

O Banco Central japonês tem sido uma exceção entre os Bancos Centrais das principais economias do mundo ao manter os juros ultrabaixos, mas surpreendeu os mercados nesta sexta-feira ao ajustar sua política de controle de rendimento e permitir que os custos de empréstimos de longo prazo subissem mais, refletindo as perspectivas de inflação crescente.

Na Europa e nos Estados Unidos, a retórica por mais altas de juros é comum entre as principais autoridades desde o ano passado.

Mas isso agora foi associado a uma visão mais ampla de como os preços estão evoluindo junto com a economia como um todo, uma abordagem mais abrangente que pode permitir que a criação de empregos e o crescimento econômico mais lentos sirvam como evidência de que a inflação continuará caindo.

Isso é uma mudança da insistência das autoridades ao longo do último ano de que eles precisavam ver quedas reais no ritmo dos aumentos de preços para saber que progresso estava sendo feito, e que poderia injetar o que o chair do Fed, Jerome Powell, descreveu como uma dose de paciência no debate sobre se são necessárias mais altas.

A taxa de juros do Fed agora está na faixa de 5,25% a 5,50%, enquanto a principal taxa do BCE é de 3,75%.

“Dado onde chegamos, podemos ser um pouco pacientes e resolutos enquanto deixamos isso acontecer”, disse Powell em coletiva de imprensa na quarta-feira após a decisão do Fed de aumentar os juros pela 11ª vez em sua última 12 reuniões.

“Queremos ver o crescimento econômico em níveis moderados ou modestos para ajudar a aliviar as pressões inflacionárias. Queremos ver a restauração contínua do equilíbrio entre oferta e demanda, particularmente no mercado de trabalho. Vemos essas peças do quebra-cabeça se encaixando.”

Para o BCE, a presidente Christine Lagarde disse que uma ligeira mudança de redação em sua declaração de política mais recente foi “não apenas aleatória ou irrelevante”, mas pretendia comunicar que, após nove altas de juros consecutivas, uma pausa estaria sendo considerada para a reunião do Banco Central em setembro, assim como será para o Fed.

Dívidas atreladas à inflação preocupam governos e empresas no mundo

Governos e empresas em todo o mundo passaram décadas carregando trilhões de dólares em dívidas cujos custos de juros oscilam junto com a inflação. Mas o que serviu como financiamento barato, quando os preços estavam estagnados, rapidamente ficou mais caro.

A dor de cabeça ligada à inflação ecoa os desafios mais amplos que surgem no final de mais de uma década de dinheiro fácil global, em que os devedores emprestavam tomavam quantias a taxas de juros muito baixas e, às vezes, negativas. Investidores estão em alerta para vulnerabilidades financeiras depois de uma crise nos bancos regionais dos Estados Unidos neste ano, e com tensões surgindo em propriedades comerciais.

Preços de empréstimos de todo o tipo têm crescido fortemente para governos, empresas e consumidores, à medida que os Bancos Centrais aumentaram as taxas de juros para combater as pressões sobre os preços. As taxas subiram nos empréstimos atrelados à inflação, mas essas não são a única fonte de dor.

À medida que os títulos padrão com taxas fixas vencem, eles precisam ser substituídos por novas dívidas mais caras. Enquanto isso, as taxas de juros dos empréstimos são frequentemente flutuantes, o que significa que refletem rapidamente as mudanças nas taxas de juros.

Os governos pagarão cerca de US$ 2,2 trilhões em juros gerais da dívida este ano, estima a Fitch Ratings. Eles tinham US$ 3,5 trilhões em dívidas atreladas à inflação pendentes no final de 2022, de acordo com o Banco de Compensações Internacionais, o equivalente a cerca de 11% de seus empréstimos totais.

Onda de altas de juros desacelera em julho

O ritmo e a escala dos aumentos das taxas de juros nas principais economias desenvolvidas e emergentes diminuíram em julho, com os formuladores de políticas adotando uma abordagem mais cautelosa diante de taxas de inflação variadas e um cenário de crescimento global desanimador.

Três dos seis Bancos Centrais que supervisionam as 10 moedas mais negociadas que se reuniram em julho subiram os juros, enquanto os outros três mantiveram seus índices de referência inalterados, mostraram dados da Reuters. Isso se compara a sete incrementos em nove reuniões em junho.

Em julho, o Federal Reserve, o Banco do Canadá e o Banco Central Europeu (BCE) elevaram suas principais taxas básicas ao todo em 75 pontos-base, o que leva a contagem acumulada em 2023 para os Bancos Centrais do G10 a um total de 1.025 pontos-base em 31 aumentos.

Sem reuniões de definição de custos de empréstimos para muitos Bancos Centrais importantes, como o Fed e o BCE, agendadas, agosto parece destinado a ser um mês tranquilo, embora a trajetória para movimentos além disso seja incerta.

Nas economias em desenvolvimento, surgiram mais evidências de uma guinada no ciclo, com o Chile se tornando, em julho, o primeiro grande Banco Central da América Latina a cortar as taxas de juros em 100 pontos-base, seguindo os passos de seus pares menores, Costa Rica e Uruguai, que reduziram as taxas de referência em últimos meses.

“O movimento pode ser um catalisador para iniciar um ciclo mais amplo de flexibilização dos mercados emergentes, já que eles entraram cedo nos ciclos de aperto monetário e colocaram a inflação sob controle”, disse Charu Chanana, estrategista de mercado da Saxo.

Doze dos 18 Bancos Centrais da amostra da Reuters de economias em desenvolvimento tiveram reuniões de definição de taxas de juros em julho. No entanto, nove Bancos Centrais optaram por manter a política monetária inalterada, com aumentos de juros vindos da Turquia e da Rússia, dois países cujos ciclos de política monetária são determinados pela dinâmica doméstica e não pelas tendências globais.

FMI eleva perspectivas de crescimento global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou ligeiramente suas estimativas de crescimento do PIB global para 2023. No entanto, continua alertando sobre os desafios persistentes no médio prazo.

O último World Economic Outlook do FMI aponta para a redução da inflação como um fator na melhora das perspectivas para 2023, mas manteve sua previsão para 2024 inalterada, ambas agora estão em 3% de crescimento. Isso representa um aumento de 0,2 ponto percentual em relação à previsão de abril para este ano.

“Estamos no caminho certo, mas não estamos fora de perigo”, disse à Reuters o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, acrescentando que a perspectiva atualizada é impulsionada em grande parte pelos resultados do primeiro trimestre. “O que estamos vendo quando olhamos daqui a cinco anos é, na verdade, perto de 3,0%, talvez um pouco acima de 3,0%. Esta é uma desaceleração significativa em comparação com o que tínhamos antes da Covid.”

O FMI prevê que a inflação global cairá para 6,8% este ano, ante 8,7% no ano passado. E prevê uma nova queda para 5,2% no próximo ano. No entanto, é provável que o núcleo da inflação caia mais lentamente, com Gourinchas alertando que pode não ser até 2024 ou início de 2025 que a inflação esteja de volta às metas nacionais.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (31), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, os investidores se alinham para uma semana que contará com dados de emprego dos EUA que poderão dar sinalização sobre os rumos da política monetária do Federal Reserve (Fed), além de números trimestrais da Apple e da Amazon. O índice Dow Jones teve alta de 0,28%, a 35.559,53 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,15%, a 4.588,96 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,21%, a 14.346,02 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, após índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industriais das principais economias reforçarem temores de enfraquecimento da atividade global. O índice Dow Jones teve alta de 0,20%, a 35.630,68 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,27%, a 4.576,73 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,43%, a 14.283,91 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, conforme investidores embarcaram em uma rodada de realização de lucros um dia depois que a agência de risco Fitch rebaixou a recomendação de crédito do governo dos Estados Unidos. O índice Dow Jones teve queda de 0,93%, a 35.298,59 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,38%, a 4.513,46 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 2,08%, a 13.987,15 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com um salto nos rendimentos dos Treasuries, uma série de balanços corporativos mistos e dados econômicos dos Estados Unidos apontando para uma inflação persistente, o que mantinha os investidores cautelosos. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava alta de 0,14%, a 35.330,38 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,13%, a 4.519,21 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,40%, a 14.028,68 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 28.07.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (28) cotado a R$ 4,7308 com queda de 0,59%. Acompanhando o movimento de desvalorização global após dados de inflação dos Estados Unidos reforçarem a expectativa de pausa no ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed).

Na segunda-feira (31) – O dólar à vista registrou queda de 0,03%, cotado a R$ 4,7295 na venda. Em uma sessão marcada pela disputa entre investidores comprados e vendidos na moeda norte-americana até o início da tarde e pelo avanço da divisa ante outras moedas fortes no exterior. O dólar oscilou entre R$ 4,7601 na máxima e R$ 4,7135 na mínima.

Na terça-feira (01) – O dólar à vista registrou alta de 1,27%, cotado a R$ 4,7895 na venda. Em um dia marcado pela fuga dos investidores de ativos de maior risco na maioria dos mercados, após a divulgação de dados industriais fracos em países da Ásia e da Europa, que elevaram as preocupações em torno da atividade econômica global. O dólar oscilou entre R$ 4,7998 na máxima e R$ 4,7308 na mínima.

Na quarta-feira (02) – O dólar à vista registrou alta de 0,33%, cotado a R$ 4,8055 na venda. Em sintonia com a elevação da moeda norte-americana no exterior, após a agência Fitch reduzir a classificação de longo prazo dos EUA na véspera, o que disparou a procura por ativos de menor risco em vários mercados. O dólar oscilou entre R$ 4,8215 na máxima e R$ 4,7823 na mínima.

Na quinta-feira (03) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 1,47% cotado a R$ 4,8761 na venda. Depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a Selic em 0,50 ponto percentual na véspera, delineando uma provável trajetória mais rápida de redução do diferencial de juros entre o Brasil e grandes economias, ao mesmo tempo em que o ambiente externo se mostrava ruim para ativos arriscados.

Recessão nos EUA: Probabilidade em um ano cai para 30%, estima Julius Baer

Com crescimento no segundo trimestre de 2,4% na taxa anualizada, o Produto Interno Bruto (PIB) americano vem desafiando a tese de que o aperto monetário poderia resultar em um esfriamento extremo da economia. Por isso, o banco suíço Julius Baer reduziu a sua estimativa de probabilidade de recessão nos próximos doze meses de 50% para 30%. Assim, o Julius Baer elevou a projeção de crescimento em 2023 para 1,9% e em 2024 para 0,5%.

Na visão de David Kohl, economista-chefe do Julius Baer, a expansão da economia americana mais forte do que o esperado foi impulsionada por uma sólida contribuição do consumo e do investimento. “A economia dos EUA está lidando surpreendentemente bem com o ritmo recorde de aperto monetário, desafiando os repetidos apelos por uma recessão”, avalia.

“Esperamos que a economia continue a crescer na segunda metade do ano, apoiada pelo aumento do poder de compra, graças à queda da inflação e ao sólido crescimento dos salários e do emprego”, completa Kohl.

Argentina amplia acordo de swap cambial com a China e pagará FMI sem usar reservas do Banco Central

A Argentina fechou acordo com o Banco do Povo da China para ampliar o swap cambial de 1,7 bilhão de dólares que lhe permitirá, junto com um desembolso do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), pagar 2,7 bilhões de dólares ao Fundo Monetário Internacional, informou o governo na segunda-feira (31).

O ministro da Economia, Sergio Massa, disse que 20 dos 21 países membros de toda a comunidade latino-americana aprovaram um desembolso de 1 bilhão de dólares que permitirá concluir o pagamento sem utilizar as escassas reservas de dólares do país no Banco Central.

“Quero deixar vocês tranquilos, a Argentina não vai usar um único dólar de suas reservas para pagar o vencimento de hoje”, disse Massa em um discurso televisionado.

“Nosso desafio é continuar cuidando das reservas, mantendo o nível de atividade e as importações de bens intermediários e acabados que são fundamentais para o funcionamento e produção da economia argentina”, explicou.

A Argentina enfrenta uma forte crise econômica, com inflação projetada em torno de 140%, déficit fiscal e queda das reservas em seu Banco Central. A escassez de dólares foi agravada este ano por uma seca histórica que causou prejuízos de cerca de 20 bilhões de dólares.

Na sexta-feira (28), o país anunciou que chegou a um acordo com o FMI para desbloquear 7,5 bilhões de dólares no âmbito da quinta e sexta revisões do programa de 44 bilhões de dólares.

O acordo, que ainda precisa da aprovação da diretoria do Fundo, relaxa alguns requisitos do programa porque uma seca devastadora criou uma situação econômica “muito desafiadora” na Argentina, fazendo com que o país deixasse de cumprir algumas metas financeiras estabelecidas no final de junho.

Para combater a inflação e sustentar a demanda por pesos, o FMI exigiu das autoridades que assegurem que as taxas de juros permaneçam “suficientemente positivas em termos reais”.

Fed pode ter pouco tempo restante para promover “pouso suave” da economia dos EUA

Durante todo o esforço do Federal Reserve para conter a inflação, as autoridades se concentraram em elevar a taxa básica de juros o suficiente para alcançar seu objetivo, levando-a a um nível alto em um ritmo rápido o suficiente para evitar que o público perca a esperança na redução dos preços.

Mas na busca por um “pouso suave”, onde a inflação cai sem recessão econômica ou grandes perdas de empregos, a outra parte da discussão, sobre quando cortar os juros e aliviar a pressão sobre famílias e empresas, será tão importante e talvez ainda mais difícil de acertar.

Nas três recessões anteriores à pandemia da Covid-19, de 1990 a 1991, 2001 e 2007 a 2009, o Banco Central atingiu o pico do patamar de sua taxa e começou a reduzir os custos de empréstimos de três a 13 meses antes do que provou ser o início de uma recessão.

Isso mostra como é difícil deter uma queda assim que ela começa e igualar os efeitos lentos da política monetária com o que a economia pode precisar meses no futuro.

Permitir que a inflação alta se incorpore à economia é o pecado capital do Banco Central, e as autoridades do Fed ainda preferem cometer o erro de ir longe demais para garantir que a inflação seja controlada do que parar e arriscar sua recuperação, disse Antulio Bomfim, chefe de macro global para a equipe de renda fixa da Northern Trust Asset Management.

“Todos nós gostaríamos de desacelerar a economia ‘apenas o suficiente'”, disse Bomfim. “A margem de erro é bastante alta. Você está vendo uma economia resiliente em termos de atividade, mas também teimosa na inflação subjacente. Os riscos de fazer muito pouco, essa assimetria, ainda estão lá.”

Isso pode apontar para pelo menos mais um aumento de juros, mesmo quando os investidores apostam que o Fed chegou ao fim de seu ciclo de aperto, com os mercados de futuros de juros refletindo não mais do que 25% de chance de outra alta. Na semana passada, o Fed elevou sua taxa para a faixa de 5,25% a 5,50%, o 11º aumento nas últimas 12 reuniões.

Dados recentes sobre salários, crescimento e preços têm mostrado o dilema enfrentado pelas autoridades ao considerar se devem aumentar ainda mais os custos dos empréstimos e por quanto tempo deixá-los elevados, uma discussão que pode determinar a direção geral da economia em 2024, ano de eleições presidenciais.

Governo da Colômbia diz estar aberto a mudanças em reformas para aprová-las

O governo da Colômbia está disposto a aceitar mudanças nas propostas de reforma trabalhista, previdenciária e da Saúde, mas buscará manter o espírito dos projetos enquanto constrói acordos sempre que possível, disse o ministro do Interior, Luis Fernando Velasco.

O presidente Gustavo Petro, que completará um ano no poder em 7 de agosto, trabalha por reformas econômicas e sociais para diminuir a desigualdade e a pobreza, ao mesmo tempo em que tenta encerrar de vez conflitos armados que já duram seis décadas e deixaram pelo menos 450 mil mortos.

As reformas trabalhista, previdenciária e da Saúde propostas por Petro não foram aprovadas em duas sessões anteriores do Congresso, e a coalizão que sustentava o governo, formada por partidos de esquerda, centro e até de direita, colapsou em abril.

As reformas da Saúde e da Previdência continuam de onde pararam, mas a trabalhista terá de ser apresentada novamente, após a derrota no Parlamento.

“Está claro que haverá debates e, se participamos deles, é claro que estamos dispostos a ouvir, não apenas a sermos ouvidos”, disse Velasco, que prometeu conversar com empresários e a sociedade para aprovar as propostas.    Apesar das dificuldades, o governo conseguiu aprovar uma reforma tributária e uma lei que concede terras a comunidades rurais.

Também ratificou o acordo de Escazu, que visa proteger o meio ambiente e os ambientalistas.    O governo ainda pretende garantir educação gratuita a estudantes pobres nas universidades públicas e negociar mecanismos necessários para acordos de paz com vários grupos armados da nação, acrescentou o ministro.    Guerrilhas de esquerda e o crime organizado são uma ameaça a regiões remotas da nação. Ambos buscam controlar territórios para suas atividades criminosas, como o tráfico de drogas e a mineração ilegal, segundo Velasco. 

Gastos com construção nos EUA sobem com força em junho

Os gastos com construção nos Estados Unidos aumentaram com força em junho e os dados do mês anterior foram revisados ​​para cima, impulsionados por gastos em projetos habitacionais unifamiliares e multifamiliares.

O Departamento de Comércio disse que os gastos com construção subiram 0,5%. Os dados de maio foram revisados ​​para mostrar alta de 1,1%, em vez dos 0,9% relatados anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos com construção aumentariam 0,6%.

Os gastos com construção avançaram 3,5% em junho na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os gastos com projetos de construção privada aumentaram 0,5%, com o investimento em construção residencial subindo 0,9%, após uma recuperação de 2,9% no mês anterior.

Os gastos com construção privada subiram 1,3% em maio, enquanto aqueles para projetos habitacionais unifamiliares aumentaram 2,1% em junho.

Embora o mercado imobiliário tenha sofrido o maior impacto do ciclo de aperto monetário mais rápido do Federal Reserve desde a década de 1980, uma aguda escassez de residências unifamiliares disponíveis para venda está impulsionando a construção.

Isso ajudou a limitar o ritmo de contração do investimento residencial no segundo trimestre.

Paraguai corteja investidores taiuaneses e futuro ministro alerta contra dependência da China

O Paraguai está buscando mais investimentos taiuaneses para diversificar sua economia agropecuária focada na exportação de matérias-primas para a China, disse o futuro ministro da Fazenda, Carlos Fernández Valdovinos, em entrevista.

O Paraguai segue como a única nação sul-americana com relações diplomáticas formais com Taiwan, que a China reivindica como seu próprio território. Enquanto o Paraguai se prepara para a posse do próximo governo em 15 de agosto, reforça sua amizade de 70 anos com a ilha democrática.

“Somos muito bons na produção de soja e carne, mas devemos diversificar”, disse Fernández à Reuters em 28 de julho em seu escritório temporário em Assunção. “Pedimos a Taiwan que nos ajude com isso, por meio de investimentos de seu setor privado.”

Uma delegação de Taiwan incluindo líderes empresariais viajará ao Paraguai em agosto para a posse do presidente eleito conservador Santiago Peña, acrescentou.

Produtores paraguaios que apoiam a troca de laços com a China para aumentar as exportações agrícolas do país “não estão vendo os riscos” que Pequim apresenta, disse Fernández.

A China, como compradora de matérias-primas do Paraguai sem valor agregado, “provavelmente é conveniente para alguns setores”, disse Fernández.

“Mas como estratégia para o desenvolvimento econômico e social do Paraguai, não nos convém continuar apostando única e exclusivamente nos principais setores exportadores.”

Os pecuaristas do Paraguai vinham pressionando as autoridades para obter acesso ao lucrativo mercado chinês para sua carne antes da eleição de 30 de abril, que Peña venceu por uma margem considerável.

Grandes frigoríficos dizem que podem conseguir preços melhores em outros lugares, à medida que cresce a demanda por cortes mais especializados e alimentos processados.

Fitch destacou insurreição de 06/01 em discussões com o Tesouro antes do rebaixamento dos EUA

A Fitch tomou a decisão de rebaixar o rating de crédito dos Estados Unidos devido a preocupações fiscais e uma deterioração na governança do país, bem como a polarização que também foi refletida pela insurreição de 6 de janeiro, disse Richard Francis, diretor sênior da Fitch Ratings, à Reuters.

Em um movimento que pegou os investidores de surpresa, a Fitch rebaixou a nota dos Estados Unidos para AA+, de AAA, citando a deterioração fiscal nos próximos três anos e repetidas negociações sobre o teto de dívida que ameaçam a capacidade do governo de pagar suas contas.

A agência baseou sua decisão em parte devido a uma deterioração percebida na governança dos EUA, que, segundo ela, deu menos confiança na capacidade do governo de lidar com questões fiscais e de dívida, disse Francis.

Essa deterioração, assim como o aumento da polarização no clima político do país, refletiu-se na insurreição de 6 de janeiro, que a agência destacou em discussões com o Tesouro. A Fitch realizou reuniões com o Departamento do Tesouro antes do rebaixamento.

“Foi algo que destacamos porque é apenas um reflexo da deterioração da governança, é uma de muitas”, disse Francis.

“Você tem o teto da dívida, você tem 6 de janeiro. Claramente, se você olhar para a polarização com ambos os partidos… os democratas foram mais para a esquerda e os republicanos mais para a direita, então o meio está basicamente desmoronando”, disse ele.

A mudança fez da Fitch a segunda maior agência de classificação de risco, depois da Standard & Poor’s, a tirar dos Estados Unidos a nota de triplo-A.

A decisão da Fitch atraiu críticas da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que a chamou de “arbitrária e baseada em dados desatualizados”.

As perspectivas do dólar canadense aumentam com os analistas observando o fim dos aumentos das taxas globais

Analistas elevaram suas previsões otimistas sobre o dólar canadense, à medida que os Bancos Centrais de todo o mundo, incluindo o Federal Reserve, se aproximam da conclusão das campanhas de aumento das taxas de juros, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta quinta-feira.

A previsão mediana de quase 40 analistas de câmbio era de que o loonie se fortaleceria cerca de 2,0%, para 1,31 por dólar americano, ou 76,34 centavos de dólar, em seis meses, em comparação com 1,32 na previsão do mês passado.

Esperava-se que subisse para 1,29 em um ano, um ganho de 3,6%.

“Esperamos que o dólar diminua amplamente nos próximos 12 meses, à medida que o ciclo de aperto do Fed começa a se reverter”, disse Shaun Osborne, estrategista-chefe de câmbio do Scotiabank.

Os investidores estão apostando que o Fed está perto de concluir sua campanha de aperto e mudará para cortes nas taxas no primeiro semestre de 2024.

Isso provavelmente apoiaria a economia global. O Canadá é um grande exportador de commodities, incluindo petróleo, então o loonie é particularmente sensível às perspectivas econômicas globais.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (31), as bolsas europeias fecharam mistas, apoiadas por ganhos nos papeis de saúde e em um relatório mostrando que a inflação da zona do euro recuou ainda mais em julho, embora dados de crescimento moderem o otimismo sobre uma pausa nos aumentos dos juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,12%, a 471,35 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,29%, a 7.497,78 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,14%, a 16.446,83 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,43%, a 6.135,31 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,45%, a 9.641,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,07%, a 7.699,41 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas europeias fecharam em queda, com investidores temerosos com o setor industrial da zona do euro e da China, que tiveram índices de gerentes de compras (PMIs) industriais abaixo do esperado divulgados pela manhã. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,89%, a 467,16 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,22%, a 7.406,08 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,26%, a 16.240,40 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,90%, a 6.080,25 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,50%, a 9.493,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,43% a 7.666,27 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas europeias fecharam em queda, em meio a perdas generalizadas, com os investidores fugindo de ativos mais arriscados após o rebaixamento inesperado do rating dos Estados Unidos pela Fitch. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,35%, a 460,84 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,26%, a 7.312,84 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,36%, a 16.020,02 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,67%, a 5.978,99 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,83%, a 9.328,70 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,36% a 7.561,63 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, prejudicadas por resultados decepcionantes e rendimentos elevados dos títulos dos Estados Unidos, embora as ações britânicas tenham recuperado algum terreno depois que o Banco da Inglaterra elevou as taxas em linha com as expectativas. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,63%, a 457,93 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,72%, a 7.260,53 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,79%, a 15.893,38 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,18%, a 5.989,95 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,39%, a 9.292,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,43%, a 7.529,16 pontos.

Economia da zona do euro volta a crescer no 2º trimestre

A zona do euro voltou a crescer no segundo trimestre de 2023, com uma expansão maior do que o esperado depois de evitar por pouco uma recessão técnica na virada do ano, mostraram dados preliminares na segunda-feira (31).

O Produto Interno Bruto na zona do euro cresceu 0,3% no segundo trimestre contra os três meses anteriores, acima das expectativas de 0,2% em uma pesquisa da Reuters com economistas.

Comparado ao ano anterior, o crescimento foi de 0,6%, contra expectativa de 0,5%.

Isso em comparação com crescimento zero no trimestre anterior para as 20 nações da zona do euro e um declínio trimestral de 0,1% no quarto trimestre de 2022.

Entre os maiores países do bloco, a França e a Espanha cresceram em ritmo sustentado devido ao fortalecimento das exportações e do turismo, enquanto a Alemanha, o maior país da zona do euro, não registrou crescimento e a Itália sofreu uma contração.

O aumento da inflação devido aos altos custos de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia e a alta dos preços dos alimentos, taxas de juros mais elevadas e diminuição da confiança afetaram a economia da moeda única.

Mas a economia também mostrou alguma resiliência, assim como durante a pandemia de Covid-19, quando o crescimento superou as expectativas à medida que as empresas se ajustavam mais rapidamente às novas circunstâncias do que haviam previsto as autoridades.

Mas mesmo que o bloco esteja se saindo melhor do que o esperado, o crescimento em 2023 provavelmente será fraco devido a uma grande queda na renda real e ao aumento das taxas de juros.

O Banco Central Europeu levantou a possibilidade de interromper os aumentos das taxas de juros em setembro, uma vez que as pressões inflacionárias mostram sinais de abrandamento e conforme aumentam as preocupações com a recessão.

PIB da Itália encolhe inesperadamente em golpe para Meloni

A economia da Itália teve um desempenho surpreendentemente ruim no segundo trimestre, mostraram dados na segunda-feira (31), oferecendo uma perspectiva desconfortável para a primeira-ministra Giorgia Meloni enquanto seu governo tenta lidar com o impacto negativo da alta inflação.

O Produto Interno Bruto (PIB) contraiu 0,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro, mas aumentou 0,6% em relação ao ano anterior, disse o ISTAT, agência nacional de estatísticas. Uma pesquisa da Reuters com 17 analistas apontou para uma leitura estável na comparação trimestral e um aumento de 0,9% na comparação anual.

Os dados pessimistas contrastam com as expectativas do governo, que em abril fixou meta de crescimento de 1% para 2023 e estimou alta moderada do PIB entre abril e junho.

“A Itália não está mais superando seus pares e achamos que experimentará uma queda mais acentuada na produção do que outras grandes da zona do euro no segundo semestre de 2023”, escreveu Franziska Palmas em um relatório para a Capital Economics.

O ISTAT não forneceu uma divisão numérica por setor de sua estimativa preliminar do PIB do segundo trimestre, mas disse que a produção da indústria e da agricultura diminuiu, enquanto os serviços cresceram marginalmente.

A componente doméstica contribuiu negativamente enquanto a componente das exportações líquidas não teve impacto na estimativa.

A contração de 0,3% deixou a Itália com o chamado crescimento “transferido” de 0,8% este ano, assumindo que o PIB ficaria estável nos dois trimestres restantes, disse o ISTAT.

Rússia diz que cúpula do Brics discutirá expansão do grupo

O Kremlin disse na terça-feira (01) que a expansão do grupo de países Brics será um tópico importante na agenda da próxima cúpula, a ser realizada na África do Sul, de 22 a 24 de agosto.

Os membros atuais do Brics são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A África do Sul afirmou no mês passado que mais de 40 outras nações manifestaram interesse em ingressar no grupo, que busca compensar a hegemonia percebida do Ocidente liderado pelos Estados Unidos nos assuntos globais.

“Este é um tópico muito importante porque vemos que mais e mais países estão fazendo declarações sobre sua intenção de ingressar no Brics”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em um briefing.

Embora reconheça “nuances” dentro do atual grupo de cinco nações sobre a expansão de seus membros, Peskov afirmou que o fato de tal debate estar ocorrendo “atesta o grande potencial da associação, (sua) crescente autoridade”.

A Rússia tem impulsionado os laços econômicos, militares e outros com China, Índia e vários Estados africanos e latino-americanos depois que Moscou lançou operações militares em grande escala na Ucrânia em fevereiro de 2022, o que provocou sanções econômicas ocidentais.

A Rússia será representada na cúpula pelo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, não pelo presidente Vladimir Putin.

A África do Sul estaria legalmente obrigada a prender Putin se ele comparecesse, sob um mandado emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra cometidos pela Rússia na Ucrânia. A África do Sul é membro do TPI.

Moscou afirma que o mandado, que acusa Putin do crime de guerra de deportar crianças indevidamente da Ucrânia, é legalmente nulo, já que a Rússia não é membro do TPI.

O país não escondeu um programa pelo qual levou milhares de crianças ucranianas para a Rússia, mas diz que é uma campanha humanitária para proteger órfãos e crianças abandonadas na zona de guerra.

O Kremlin disse que Putin fará uma videochamada para a cúpula do Brics.

Atividade industrial da zona do euro contrai em julho no ritmo mais rápido desde o início da Covid, aponta PMI

A atividade industrial na zona do euro contraiu em julho no ritmo mais rápido desde o início da pandemia de Covid-19, com a demanda caindo apesar de as fábricas terem reduzido seus preços, mostrou uma pesquisa na terça-feira (01).

Houve uma fraqueza considerável observada na Alemanha, a maior economia da Europa, enquanto a França e a Itália, segunda e a terceira maiores economias da zona do euro, também registraram deteriorações acentuadas em comparação com junho.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) final do HCOB para a indústria da zona do euro, compilado pela S&P Global, caiu para 42,7 em julho, de 43,4 em junho, o menor nível desde maio de 2020. Uma leitura abaixo de 50 marca uma contração na atividade.

O subíndice que mede a produção caiu para 42,7, de 44,2, resultado que não era visto em mais de três anos.

“Parece que a recessão industrial veio para ficar na zona do euro”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

“Quedas mais fortes na produção, novas encomendas e volumes de compra no início do terceiro trimestre reforçam nossa visão de que a economia como um todo terá uma jornada acidentada na segunda metade do ano.”

A demanda caiu acentuadamente, embora a queda dos custos de insumos – que recuaram no ritmo mais rápido desde meados de 2009 devido ao aumento da concorrência entre os fornecedores, tenha permitido que as fábricas reduzissem seus preços. O índice de preços de produção caiu para uma mínima de quase 14 anos de 45,0 em julho, de 47,0 antes.

“O Banco Central Europeu ficará satisfeito em ver que a deflação dos preços de produtos ganhou velocidade novamente, caindo no ritmo mais rápido em quase 14 anos. No entanto, as preocupações com a inflação de serviços continuam no topo da agenda”, disse de la Rubia.

Na semana passada, o BCE elevou as taxas de juros pela nona vez consecutiva, mas levantou a possibilidade de uma pausa em setembro, uma vez que as pressões inflacionárias mostram sinais de redução e as preocupações com a recessão aumentam.

Ucrânia espera que economia cresça cerca de 5% em 2024

A Ucrânia espera que sua economia cresça cerca de 5% no próximo ano, impulsionada por investimentos em reconstrução e demanda mais forte do consumidor, disse um alto funcionário do Ministério da Economia.

O ministério espera que o produto interno bruto cresça cerca de 2,8% este ano, disse Natalia Horshkova, chefe do departamento de planejamento estratégico e previsão macroeconômica do ministério.

“Esperamos um crescimento de 5% em 2024. O motor será a dinâmica de investimento”, disse ela em uma mesa redonda sobre economia.

A economia da Ucrânia encolheu cerca de um terço no ano passado, depois de ter sido devastada pela invasão da Rússia em fevereiro de 2022. A queda anual foi a maior desde a independência, há mais de 30 anos.

Mas as empresas e os produtores industriais se ajustaram às realidades da guerra melhor do que o esperado e o governo, analistas e credores estrangeiros agora esperam que a economia cresça.

Horshkova disse que o ministério esperava que a guerra terminasse em 2024 e que o fim dos combates ajudaria a impulsionar mais investimentos para apoiar a reconstrução do país. O ministério da economia também espera que os refugiados ucranianos comecem a retornar, apoiando o consumo doméstico.

O ministério espera que cerca de 3 milhões de pessoas retornem no ano que vem se os combates terminarem, acrescentou ela. Dados da agência de refugiados das Nações Unidas mostram que cerca de 6 milhões de refugiados ucranianos foram registrados na Europa no final de julho.

Parlamento da Itália se prepara para aprovar plano de reforma fiscal

O governo da Itália está prestes a superar o último grande obstáculo legislativo nos planos de introduzir reformas fiscais contestadas que incluem cortes de impostos e darão às autoridades mais liberdade para fechar acordos com sonegadores corporativos e individuais.

O Senado adotará a reforma na quarta-feira (02), deixando a câmara parlamentar baixa aprová-la em uma votação final no início da próxima semana. A coalizão de direita da primeira-ministra Giorgia Meloni, que detém a maioria em ambas as casas, terá dois anos para implementá-la.

A evasão fiscal privou o estado de 90 bilhões de euros em 2020, de acordo com os últimos dados do Tesouro, mas enquanto o antecessor de Meloni, Mario Draghi, tentou reprimir a prática, ela está adotando uma abordagem mais flexível.

Seu governo adotou 13 anistias fiscais desde que assumiu o cargo em outubro e, na semana passada, sinalizou que poderia reduzir as metas de redução da evasão fiscal como parte de uma reformulação planejada do plano de recuperação econômica pós-Covid da Itália.

Entre as reformas, Meloni quer acabar com as penalidades contra as empresas que confessam como evitaram impostos e concordam, em cooperação com as autoridades fiscais, em pagar o que devem.

Ela planeja um acordo semelhante para indivíduos ricos que transferem sua residência fiscal para a Itália ou têm uma renda de pelo menos 1 milhão de euros lá.

O governo também pretende reduzir as atuais faixas de imposto de renda de quatro para três e, em seguida, introduzir um modelo de “imposto fixo” antes das eleições nacionais previstas para 2027.

Banco Central britânico eleva custos de empréstimos a pico em 15 anos e sinaliza que juros ficarão altos

O Banco da Inglaterra elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na quinta-feira (03), para um pico de 15 anos de 5,25%, e fez novo alerta de que os custos de empréstimos deverão permanecer altos por algum tempo.

Ao contrário do Federal Reserve ou do Banco Central Europeu, que também aumentaram os em 0,25 ponto na semana passada, o Comitê de Política Monetária do Banco Central britânico deu poucas indicações de que aperto está prestes a terminar enquanto luta contra a inflação elevada.

“O Comitê de Política Monetária garantirá que a taxa bancária seja suficientemente restritiva por tempo suficiente para retornar à inflação à meta de 2%”, disse o Banco da Inglaterra em uma nova orientação sobre as perspectivas para os juros.

“Alguns dos riscos de pressões inflacionárias mais persistentes podem ter começado a se cristalizar”, acrescentou.

Retração da atividade empresarial da zona do euro acelera em julho, segundo PMO

A retração na atividade empresarial da zona do euro piorou mais do que se pensava inicialmente em julho, uma vez que a queda na indústria foi acompanhada por uma nova desaceleração do crescimento do setor de serviços, mostrou uma pesquisa na quinta-feira (03).

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto final do HCOB, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, caiu para uma mínima de oito meses de 48,6 em julho, ante 49,9 em junho.

Isso ficou abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo segundo mês consecutivo e aquém da preliminar de 48,9.

“Os PMIs finais da zona do euro confirmaram que as condições econômicas se deterioraram em julho, com o índice composto consistente com o PIB caindo ligeiramente”, disse Franziska Palmas, economista sênior da Capital Economics para a Europa.

O PMI de indústria divulgado na terça-feira mostrou que a atividade do setor na zona do euro contraiu em julho no ritmo mais rápido desde que o início da pandemia de Covid-19.

Já o PMI de serviços nesta quarta-feira mostrou crescimento lento ao cair de 52,0 para 50,9, ficando abaixo da leitura preliminar de 51,1.

Indicando que há pouca chance de melhora em breve, a demanda por serviços caiu pela primeira vez este ano, já que os consumidores endividados sentiram o aperto dos custos de empréstimo e preços mais altos.

Ainda assim, as autoridades do Banco Central Europeu provavelmente se animarão com os novos sinais de redução das pressões de preços. Tanto o índice composto de preços de insumos quanto de produtos vendidos caiu no mês passado.

O BCE elevou as taxas de juros pela nona vez consecutiva na semana passada, mas levantou a possibilidade de uma pausa em setembro, uma vez que as pressões inflacionárias mostram sinais de abrandamento e aumentam as preocupações com a recessão.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (31), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com a do Japão favorecida pelo recente enfraquecimento do iene e as chinesas pressionadas por dúvidas sobre possíveis novas medidas de estímulos. O índice Xangai teve queda de 0,11%, a 3.164,16 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,23%, a 32.700,94 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,13%, a 18.668,15 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,44%, a 3.805,22 pontos.

Na terça-feira (01), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com a de Tóquio sustentada por balanços corporativos animadores, enquanto as chinesas foram pressionadas por dados fracos de atividade manufatureira. O índice Xangai teve queda de 0,0028%, a 3.290,95 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,92%, a 33.476,58 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,34%, a 20.011,12 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,41%, a 3.998,00 pontos.

Na quarta-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após uma recente alta impulsionada por expectativas de estímulo, já que alguns investidores registraram lucros na ausência de medidas concretas de Pequim para sustentar a economia. O índice Xangai teve queda de 0,89%, a 3.261,69 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,30%, a 32.707,69 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,47%, a 19.517,38 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,70%, a 3.969,90 pontos.

Na quinta-feira (03), as bolsas asiáticas fecharam em queda, lideradas pelo setor financeiro depois que a mídia estatal disse que o efeito de renda por meio de ganhos de investimento em ações ajudará a impulsionar o consumo das famílias, enquanto a atividade de serviços da China expandiu em um ritmo mais rápido em julho. O índice Xangai teve alta de 0,58%, a 3.280,46 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,68%, a 32.159,28 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,47%, a 19.517,38 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,49%, a 19.420,87 pontos.

China evita novos indícios de estímulo à medida que dados fracos fomentam pressão por ações

As autoridades chinesas divulgaram diretrizes políticas adicionais na segunda-feira (31), mas nenhuma medida concreta para impulsionar a economia e o consumo doméstico, deixando os investidores insatisfeitos, já que dados fracos da atividade aumentaram a pressão para que as autoridades atuem.

A atividade manufatureira na segunda maior economia do mundo caiu pelo quarto mês consecutivo em julho, enquanto os setores de serviços e construção oscilaram à beira da contração, mostraram pesquisas oficiais, ameaçando as perspectivas de crescimento para o terceiro trimestre.

Mas as autoridades, em uma coletiva de imprensa convocada pelo órgão de planejamento chinês, fizeram apenas promessas vagas de “estudar e formular políticas”, frustrando as expectativas de que mais estímulos ocorressem após indicações positivas em uma reunião do Politburo neste mês, e uma recuperação do mercado de ações que se seguiu.

“Olhando para o futuro, o apoio político é necessário para evitar que a economia da China entre em recessão, até porque os ventos externos contrários devem persistir por mais algum tempo”, escreveu Julian Evans-Pritchard, chefe de economia para a China na Capital Economics, em nota.

A China cresceu a um ritmo lento no segundo trimestre, com a demanda enfraquecida no país e no exterior, e alguns analistas agora alertam que a meta de crescimento econômico do governo em torno de 5% pode estar em risco pelo segundo ano consecutivo.

Muitos analistas dizem que as autoridades podem estar relutantes em fornecer qualquer estímulo agressivo para impulsionar o consumo doméstico, no entanto, devido a preocupações com os crescentes riscos da dívida, apesar da urgência de ações.

Os dados desta segunda-feira mostraram que a atividade no setor de construção da China, um grande empregador em meio a uma ampla crise de desemprego, chegou a seu nível mais fraco desde que as interrupções relacionadas à Covid-19 se dissiparam por volta de fevereiro, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial do Escritório Nacional de Estatísticas.

O PMI industrial subiu para 49,3 em julho, de 49,0 em junho, ficando abaixo da marca de 50 pontos que separa expansão de contração.

O PMI não manufatureiro, que incorpora subíndices para atividade do setor de serviços e construção, caiu para 51,5 de 53,2 em junho, enquanto o subíndice para construção recuou de 65,6 em março para 51,2 neste mês.

Banco Central do Japão aponta para aumentos de preços e salários após ajustes em política monetária

As empresas japonesas estão elevando preços e salários em um ritmo nunca visto no passado, disse o Banco do Japão na segunda-feira (31), enfatizando a necessidade de observar os sinais de que as pressões inflacionárias estão se ampliando.

Os aumentos de preços têm se espalhado rapidamente entre empresas e setores japoneses que antes eram cautelosos em repassar os custos para as famílias, disse o Banco Central.

“Devemos continuar examinando se os aumentos de preços para repassar custos mais altos podem se ampliar e durar mais tempo”, disse o Banco do Japão em uma versão completa de seu relatório trimestral de perspectivas.

Ao contrário dos Estados Unidos e da Europa, no entanto, o Japão ainda está vendo a inflação sendo impulsionada pelos preços mais altos dos bens, e não pelas pressões salariais, disse o Banco Central.

O deflator do Produto Interno Bruto (PIB), que elimina o efeito dos preços de importação, aumentou em um ritmo muito mais lento no Japão do que nos Estados Unidos e na Europa, afirmou.

Os dados “sugerem que o aumento da inflação no Japão é impulsionado principalmente pela pressão de custos dos preços de importação crescentes”, disse o relatório.

Mas as empresas estão se tornando mais abertas a aumentar os salários, disse o Banco do Japão, enfatizando a necessidade de examinar como tais mudanças salariais podem afetar as perspectivas para a inflação.

A avaliação das perspectivas de preços e salários ocorreu após a decisão do Banco Central na sexta-feira (28) de ajustar sua política de controle de rendimento de títulos e permitir que os juros de longo prazo subam de acordo com a inflação.

Em um resumo de seu relatório de perspectivas divulgado na sexta-feira, o Banco do Japão revisou fortemente a previsão de inflação deste ano, uma vez que uma ampla gama de empresas repassou os custos mais altos para as famílias.

O núcleo da inflação ao consumidor atingiu 3,3% em junho, permanecendo acima da meta de 2% do Banco do Japão pelo 15º mês consecutivo e mantendo o Banco Central sob pressão para eliminar gradualmente seu estímulo monetário massivo.

Atividade industrial da China volta a contrair em julho, mostra PMI do Caixin

A atividade industrial da China entrou em contração em julho, mostrou uma pesquisa do setor privado na terça-feira (01), com as empresas culpando as condições fracas do mercado no país e no exterior pela deterioração de oferta, demanda e pedidos de exportação.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) de indústria do Caixin/S&P Global caiu para 49,2 em julho, de 50,5 em junho, abaixo das previsões dos analistas de 50,3 e marcando o primeiro declínio na atividade desde abril. A marca de 50 separa crescimento de contração.

Os dados ficaram alinhados com o PMI oficial do governo divulgado na segunda-feira, levantando desafios para as autoridades que buscam reavivar o ímpeto da recuperação pós-Covid na China em meio ao alto desemprego juvenil, crescente pressão da dívida local e demanda fraca.

A pesquisa da Caixin mostrou que a produção manufatureira encolheu pela primeira vez em seis meses, enquanto os novos pedidos tiveram a redução mais rápida desde dezembro.

As novas encomendas de exportação contraíram no ritmo mais acentuado desde setembro de 2022 em meio ao enfraquecimento da demanda global.

O emprego no setor manufatureiro caiu pelo quinto mês consecutivo em julho, embora o ritmo de corte de vagas tenha diminuído desde junho. Os números mais baixos foram atribuídos a vendas reduzidas e cortes de custos pelos proprietários das fábricas.

As condições competitivas do mercado e as negociações de preços com os clientes levaram a uma nova redução dos preços de fábrica na China no início do terceiro trimestre.

Os fabricantes em geral permaneceram otimistas em relação às perspectivas de 12 meses para a produção, mas o grau de sentimento positivo ficou abaixo da média de longo prazo.

Em uma reunião do Politburo, as autoridades prometeram intensificar o apoio à economia e fortalecer os ajustes anticíclicos no segundo semestre deste ano.

Inflação ao consumidor na Coreia do Sul em julho é a mais lenta em 25 meses

A inflação ao consumidor da Coreia do Sul desacelerou mais do que o esperado em julho para o menor nível em 25 meses, mostraram dados oficiais na quarta-feira (02), apoiando as visões do mercado de que o ciclo de aperto monetário acabou, contrariando a retórica agressiva do Banco Central.

O índice de preços ao consumidor ficou 2,3% maior em julho do que no ano anterior, após um aumento de 2,7% em junho e em comparação com um aumento médio de 2,4% previsto em uma pesquisa da Reuters com economistas.

Ele marcou o aumento anual mais fraco desde junho de 2021, de acordo com a Statistics Korea, e em comparação com uma alta de quase 24 anos de 6,3% em julho de 2022 e a meta de médio prazo do Banco Central de 2%.

Foi também o segundo mês consecutivo em que os dados de preços ao consumidor ficaram abaixo das expectativas do mercado.

Após a divulgação dos dados, o Ministério das Finanças disse que a inflação continuaria a se estabilizar este ano, após pressão temporária de alta em agosto e setembro por fatores sazonais, mas o Banco Central disse que se recuperaria de agosto para cerca de 3% até o final do ano.

“Considerando as condições domésticas, qualquer pessoa no mercado financeiro não pode deixar de esperar um corte nas taxas pelo Banco Central”, disse o economista Kong Dong-rak da Daishin Securities.

“Mas há outros fatores que precisam ser levados em consideração”, acrescentou Kong, citando a política monetária dos Estados Unidos.

Em uma base mensal, os preços ao consumidor subiram 0,1%, recuperando-se de nenhuma variação no mês anterior, mas mais fraco do que um aumento de 0,2% esperado pelos economistas.

Taiwan aumenta esforço de contra-espionagem após suspeita de infiltração na China

As Forças Armadas de Taiwan prometeram na quarta-feira (02) intensificar os esforços de contra-espionagem enquanto as autoridades investigam vários militares em serviço e ex-oficiais suspeitos de espionar para a China.

A China, que está pressionando a ilha a aceitar sua soberania, montou nos últimos anos uma campanha de espionagem sustentada para minar a liderança militar e civil de Taiwan, governada democraticamente, descobriu uma investigação da Reuters.

Um tenente-coronel de sobrenome Hsiao, do Comando de Aviação e Forças Especiais do Exército, foi detido sob suspeita de vazar segredos de defesa para “forças estrangeiras, incluindo a China” e “organizações em desenvolvimento” em Taiwan, informou a Agência Central de Notícias (CNA).

Os investigadores revistaram o quartel-general do Comando na cidade de Taoyuan, no Norte, nesta semana, informou a CNA, acrescentando que quatro oficiais militares aposentados, bem como um “intermediário” de sobrenome Hsiao também estavam sendo investigados.

O Ministério da Defesa disse em um comunicado que as autoridades reuniram “evidências concretas” de atividades ilegais.

“Enfrentando a infiltração do Partido Comunista Chinês, as forças nacionais continuarão a impulsionar a educação contra a espionagem e a aumentar a conscientização”, disse o ministério, acrescentando que lamenta o crime de “trair o país e o povo”.

Vice-presidente do Banco Central japonês descarta chance de saída antecipada do afrouxamento monetário

A decisão do Banco do Japão na semana passada de ajustar sua política de controle de rendimentos de títulos teve como objetivo tornar seu estímulo monetário mais sustentável, e não um prelúdio para um abandono dos juros ultrabaixos, disse o vice-presidente do Banco Central japonês, Shinichi Uchida.

Uchida afirmou que ainda há um longo caminho a percorrer antes que as condições se criem para que o Banco do Japão eleve sua taxa de juros de curto prazo do atual patamar de -0,1%.

“Tornamos nossa política mais flexível para continuar pacientemente com o afrouxamento monetário”, disse Uchida. “Desnecessário dizer que não temos uma saída do afrouxamento monetário em mente.”

Ele acrescentou que o Banco Central está pronto para intervir para conter os aumentos acentuados nos juros de longo prazo, mesmo antes de o rendimento do título de 10 anos atingir o novo limite de 1,0%.

“Dependendo da velocidade dos movimentos, vamos intervir para impedir o aumento”, disse Uchida a repórteres depois de se encontrar com líderes empresariais na província de Chiba. “Se as condições econômicas e de preços permanecerem praticamente inalteradas, não espero que os juros subam acentuadamente.”

Sob uma política chamada controle da curva de rendimento, o Banco do Japão orientou os juros de curto prazo em -0,1% e o rendimento do título de 10 anos em torno de 0%. Também estabeleceu uma faixa de tolerância de 0,5% para cima e para baixo em torno da meta do rendimento de 10 anos.

Na semana passada, o Banco Central surpreendeu os mercados ao modificar o controle da curva para permitir que os juros de longo prazo subissem mais livremente de acordo com o aumento da inflação.

Embora o banco tenha deixado inalteradas suas metas para os juros e a faixa permitida, o banco disse que a mudança permitirá que o rendimento de 10 anos aumente em até 1%.

China lança pacote de medidas de alívio fiscal para apoiar pequenas empresas

O Ministério das Finanças da China divulgou nesta quarta-feira um pacote de medidas de alívio fiscal para apoiar pequenas empresas e famílias rurais, enquanto a segunda maior economia do mundo mostra dificuldades em sua recuperação pós-Covid.

Em meio à demanda fraca tanto no país quanto no exterior, a recuperação econômica da China perdeu força desde abril, aumentando a pressão sobre as autoridades para reanimarem, a economia, já que algumas pequenas empresas estão enfrentando dificuldades com menos pedidos, dificuldades de financiamento e lucros reduzidos.

O Ministério das Finanças disse que estenderá um corte de imposto sobre valor agregado (IVA) para pequenos contribuintes por mais quatro anos até o final de 2027, de acordo com um comunicado.

O ministério isentará do imposto de valor agregado pequenos contribuintes com menos de 100.000 iuanes (13.921,95 dólares) em vendas mensais e reduzirá a taxa sobre as receitas tributáveis ​​de vendas para 1% para aqueles normalmente sujeitos a uma taxa de 3%, disse o comunicado.

Aqueles que oferecem garantias de empréstimos ou emissões de títulos por famílias rurais, pequenas empresas e empresas individuais também serão isentos de pagar o IVA sobre as receitas geradas pelas garantias, disse o ministério.

A receita de juros derivada de microempréstimos de instituições financeiras para pequenas e microempresas e empresas individuais também será isenta do IVA até o final de 2027, disse o ministério em comunicado separado.

Os microcréditos com direito à isenção referem-se a empréstimos a empresas desse tipo com não mais de 10 milhões de iuanes em linhas de crédito.

O ministério também anunciou uma extensão até o final de 2027 dos termos fiscais preferenciais aplicáveis ​​a start-ups de tecnologia com não mais de 300 funcionários e com ativos brutos e receita anual de vendas não superior a 50 milhões de iuanes.

Atividades não petrolíferas impulsionam economia saudita em 1,1% no 2º trimestre

Afirmando o progresso da Arábia Saudita em sua jornada de diversificação econômica, o produto interno bruto real do Reino cresceu 1,1% no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2022, segundo a Autoridade Geral de Estatísticas.

As estimativas rápidas do GASTAT mostraram que o crescimento econômico da Arábia Saudita foi impulsionado por atividades não petrolíferas, que aumentaram 5,5% anualmente no segundo trimestre.

O fortalecimento do setor não petrolífero é uma agenda crucial da Visão 2030 da Arábia Saudita, já que o Reino está constantemente diversificando sua economia, que depende do petróleo há várias décadas.

De acordo com o relatório do GASTAT, as atividades de serviços governamentais aumentaram 2,7% no segundo trimestre, enquanto as atividades petrolíferas caíram 4,2% anualmente.

A queda nas atividades petrolíferas deveu-se principalmente à decisão tomada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como OPEP+, de reduzir a produção de petróleo em 1,2 milhão de barris por dia. Nesses cortes, a Arábia Saudita prometeu reduzir a produção em 500.000 bpd.

Em junho, o Reino também anunciou um corte adicional de 1 milhão de bpd para o mês de julho.

O relatório acrescentou que o PIB real ajustado sazonalmente da Arábia Saudita diminuiu 0,1% no segundo trimestre deste ano em comparação com o trimestre anterior.

“Este efeito deveu-se à diminuição das atividades petrolíferas em 1,4 por cento. As atividades não petrolíferas aumentaram 1,8% e as atividades de serviços governamentais cresceram 0,6% trimestralmente”, disse o GASTAT no relatório. 

Banco Central de Omã emite títulos do Tesouro no valor de mais de US$ 70 milhões

Omã emitiu títulos do tesouro do governo totalizando 27 milhões de riais omanis (US$ 70,1 milhões) esta semana para vários períodos de vencimento, com uma queda de 0,1% em comparação com os sete dias anteriores.

Na semana passada, o Banco Central de Omã emitiu títulos do tesouro no valor de 27,05 milhões de rials, marcando a continuação de tais emissões nas últimas semanas, já que o Ministério das Finanças previu em janeiro um déficit orçamentário de cerca de 1,3 bilhão de rials em 2023. 

O Banco Central, que atua como gestor de emissões para tais instrumentos de dívida, disse que as últimas emissões totais estão divididas em dois montantes com prazos de vencimento variáveis. 

Em comunicado na terça-feira (01), o banco explicou que as notas com o valor de 5 milhões de rials estão alocadas por um prazo de vencimento de 28 dias, com um preço médio aceitável de 99,66 rials, uma ligeira diferença face ao preço de 99,67 rials registado na última semana.

As restantes notas no valor de 22 milhões de rials têm um prazo de vencimento de 91 dias. Ele disse que o preço médio aceito para esta emissão atingiu 98,74 para cada 100 rials, enquanto o preço mínimo aceito chegou a 98,71 rials. 

“A taxa média de desconto e o rendimento médio atingiram 5,05202% e 5,11649%, respectivamente”, disse o Banco Central em comunicado à imprensa.

Amplamente considerados como investimentos seguros e de baixo risco, os títulos do tesouro são emitidos pelo Banco Central para promover o mercado monetário local, criando uma curva de rendimento de referência para as taxas de juros de curto prazo.

Reforma judicial de Israel gera protestos

Na semana passada, a coalizão nacionalista-religiosa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovou a primeira fase da reforma, limitando os poderes da Suprema Corte para anular decisões do governo consideradas “irracionais”, apesar de meses de protestos de centenas de milhares de israelenses.

Os manifestantes conseguiram o apoio de reservistas em unidades de elite das forças especiais e pilotos de caça que ameaçaram não comparecer ao serviço, e a dissensão se espalhou entre ex-membros do Mossad.

Alguns oficiais atuais do Mossad também se juntaram aos protestos, o que eles têm permissão para fazer, disseram dois ex-oficiais à Reuters.

No caso de Amir, ele disse que suspendeu por enquanto a assessoria que prestava ao Mossad após se aposentar.

“Servi fielmente a diferentes administrações por 20 anos, mesmo aquelas que não refletiam minhas visões políticas. Aceitei o resultado da eleição no ano passado, mas quando eles (o atual governo) mudaram as regras do jogo, foi o limite”, disse Amir na cidade costeira mediterrânea de Herzliya.

Preocupações com a moral estão surgindo dentro do Mossad, com alguns dentro da agência altamente secreta considerando a aposentadoria precoce, de acordo com mensagens vistas pela reportagem.

Um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro se recusou a comentar. O governo nega que a reforma judicial comprometa a democracia, dizendo que o tribunal superior tem sido “excessivamente intervencionista”.

Um ex-chefe do Mossad, Efraim Halevy, disse que não há sinais de que tal descontentamento esteja afetando as habilidades vitais da agência.

Volume de câmbio comercial da Arábia Saudita e Iraque atinge US$ 243 milhões no primeiro semestre

O volume de comércio trocado entre a Arábia Saudita e o Iraque por terra atingiu SR913 milhões (US$ 243 milhões) durante os primeiros seis meses de 2023, já que o tráfego comercial na fronteira de Arar teve um salto significativo nos últimos dois anos.

Localizada a 70 km da cidade saudita de Arar, a passagem da fronteira com o Iraque foi reaberta em novembro de 2020, depois que ambas as nações concordaram em retomar as operações comerciais a partir do ponto de passagem após 30 anos.  

De acordo com um estudo conduzido pela Câmara de Comércio e Indústria da Arábia Saudita na Região da Fronteira Norte, o movimento comercial entre os dois países atingiu um valor estimado de SR381 milhões em março, informou a Agência de Imprensa Saudita.

Isso reflete quase um aumento de 25% em comparação com os SR305 milhões registrados em janeiro, indicou o estudo.

Além disso, o estudo também mostrou que as exportações da Arábia Saudita para o Iraque totalizaram cerca de SR372,4 milhões em março, um aumento de 26,6% em relação aos SR294 milhões registrados em janeiro.

As importações do Reino do Iraque caíram de SR11,5 milhões em janeiro para cerca de SR8,6 milhões em março, acrescentou o estudo.

Isso ocorre depois que o crescimento intracomércio entre os dois países atingiu US$ 1,5 bilhão em 2022, um aumento de 50% em relação ao ano anterior, foi divulgado durante a quinta sessão da reunião do Conselho de Coordenação Arábia-Iraque realizada em maio.

À margem dessa reunião, a Arábia Saudita e o Iraque assinaram uma série de acordos para aumentar a cooperação econômica e desenvolver uma zona econômica especial.

Egito apoia desenvolvimento do Sudão do Sul, diz ministro

Os projetos de desenvolvimento lançados pelo Egito no Sudão do Sul são um “modelo de cooperação”, disse Hani Sewilam, ministro de recursos hídricos e irrigação do Egito.

Sewilam se encontrou com Moatez Mostafa Abdelkader, embaixador do Egito no Sudão do Sul, com a dupla revisando projetos conjuntos de água entre os dois países.

A profundidade das relações egípcio-sudaneses do sul “nos leva a continuar trabalhando no fortalecimento dos laços de cooperação, integração e investimento em vários campos”, disse Sewilam.

Ele destacou o interesse do Egito em atender às necessidades dos sudaneses do sul por meio do lançamento de projetos de desenvolvimento, como esquemas de água potável.

Vinte estações movidas a energia solar foram construídas no Sudão do Sul, com apoio egípcio, para atender aos padrões de sustentabilidade. Além disso, outras oito estações estão sendo lançadas para atender às necessidades dos sul-sudaneses, disse Sewilam.

O ministro acrescentou que o apoio do Egito não se limita apenas a projetos de recursos hídricos, mas também inclui esquemas de desenvolvimento em diversas áreas. Ele disse que muitos projetos frutíferos de cooperação foram realizados entre os dois países nas áreas de eletricidade, saúde, educação, transporte e treinamento.

Sewilam disse que o Egito está incentivando seus líderes empresariais a contribuir para a economia do Sudão do Sul, abrindo caminho para grandes empresas atuarem no país, principalmente nos setores de energia e construção.

Mais cedo, Abdelkader se encontrou com Pal Mai Deng, ministro de recursos hídricos e irrigação do Sudão do Sul.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
04/08/2023