Cenário Econômico Internacional – 11/08/2023

Cenário Econômico Internacional – 11/08/2023

Cenário Econômico Internacional – 11/08/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Perspectivas econômicas globais: terceiro trimestre de 2023

O gasto resiliente do consumidor em serviços, a inflação moderada e o risco imediato em declínio no setor bancário alimentaram algumas melhoras nas perspectivas econômicas globais. As melhorias permanecem frágeis, no entanto, com a recuperação econômica da China mais lenta do que o esperado, o núcleo da inflação bastante rígido, as altas taxas de juros e as incertezas geopolíticas ainda pesando sobre as atividades econômicas, as empresas e a confiança do consumidor.

Na previsão de linha de base do terceiro trimestre de 2023 da Euromonitor International, a previsão de crescimento do PIB real global de 2023 é revisada marginalmente para cima para 2,6%. Espera-se que o crescimento econômico global acelere em 2024, mas permaneça moderado em 2,9%, principalmente como resultado dos efeitos defasados ​​de custos de empréstimos mais altos. Espera-se que a inflação global dos preços ao consumidor desacelere para 7,0% em 2023 e para 4,7% em 2024, devido à desaceleração da demanda, condições financeiras mais rígidas e preços mais baixos das commodities.

As projeções de crescimento real do PIB para 2023 foram atualizadas para a maioria das economias avançadas nas previsões de referência do terceiro trimestre de 2023 do Euromonitor International, exceto para a Alemanha. Embora uma política monetária de aperto rápido tenha pesado sobre os setores imobiliário, financeiro e manufatureiro, a fraqueza é compensada pela força no setor de serviços.

A economia dos EUA continua mostrando resiliência no terceiro trimestre de 2023, apoiada por sólidos gastos do consumidor em meio a um forte mercado de trabalho e aumento nos gastos do governo.

Essa perspectiva está associada a inúmeros fatores, incluindo inflação persistente, altas taxas de juros e esgotamento do excesso de poupança acumulada durante a pandemia.

A zona do euro enfrenta um ambiente de crescimento moderado, com a inflação pesando sobre a renda real, as altas taxas de juros alimentando cada vez mais a economia em geral e a fraca demanda externa prejudicando o setor manufatureiro da região. Prevê-se que o crescimento real do PIB caia acentuadamente para 0,6% em 2023, antes de melhorar marginalmente para 1,2% em 2024. A Alemanha, o maior setor manufatureiro e economia da região, deverá contrair 0,2% em 2023 (uma revisão para baixo de 0,3% pontos da previsão anterior) antes de voltar a crescer em 2024. No lado positivo, um mercado de trabalho robusto e um setor de serviços e turismo mais forte continuam a impulsionar a resiliência econômica da zona do euro.

Prevê-se que a economia da China se expanda 5,3% em termos reais em 2023 e 4,8% em 2024, enquanto seu ritmo de crescimento está diminuindo à medida que a demanda interna e externa diminui.

Julho de 2023 é confirmado como o mês mais quente da história

Julho de 2023 foi o mês mais quente já registrado, segundo a Organização Meteorológica Mundial, OMM. A temperatura esteve 0,72°C acima da média observada entre 1991 e 2020 e 0,33°C maior que o recorde anterior, em julho de 2019.

Os dados divulgados na terça-feira (08) apontam que o último mês tenha sido cerca de 1,5°C mais quente do que a média de 1850 a 1900. Com isso, foram registradas ondas de calor em várias regiões do Hemisfério Norte, incluindo o sul da Europa.

Além disso, temperaturas bem acima da média ocorreram em vários países da América do Sul e em grande parte da Antártica.

A OMM também apresentou dados sobre a temperatura da superfície do mar, que continuaram a subir, após um longo período de temperaturas excepcionalmente altas desde abril de 2023, atingindo níveis recordes em julho.

No mês, as médias globais da superfície do mar ficaram 0,51°C acima do observado entre 1991 e 2020.

O Atlântico Norte esteve 1,05°C acima da média em julho, com as temperaturas na parte nordeste da bacia permanecendo acima da média e temperaturas excepcionalmente altas desenvolvidas no noroeste do Atlântico.

Ondas de calor marinhas se desenvolveram ao sul da Groenlândia e no Mar de Labrador, na bacia do Caribe e no Mar Mediterrâneo.

Queda das exportações da China é o novo sinal de alerta para a economia mundial

O comércio exterior com a China encolheu em julho, em meio a uma desaceleração da demanda global por seus produtos e uma recuperação econômica duvidosa que pesa sobre o consumo no país. ´

O valor total das exportações afundou 14,5% no mês passado em relação ao ano anterior, o pior declínio desde fevereiro de 2020, enquanto as importações caíram 12,4%, informou a administração alfandegária.

Em ambos os casos, os números foram piores do que o esperado pelos economistas consultados pela Bloomberg. A balança comercial ficou em US$ 80,6 bilhões no mês.

O aprofundamento da queda nas importações “é um reflexo da demanda doméstica fraca”, disse Zhang Zhiwei, economista-chefe da Pinpoint Asset Management. A queda foi a pior desde janeiro. “O consumo em geral e o crescimento do investimento provavelmente permaneceram bastante fracos na China.”

As ações chinesas listadas em Hong Kong lideraram as perdas na Ásia na terça-feira (08). Os futuros de minério de ferro negociados em Singapura, que já acumulam declínio de mais de 20% desde o pico de meados de março, caíram um pouco mais, mas se mantiveram acima de US$ 100 a tonelada.  

Esperava-se que a recuperação econômica da China este ano fosse impulsionada pela demanda doméstica, mas a crise do mercado imobiliário atingiu a construção, e o crescimento do consumo desacelerou.

Isso levou a um quinto mês consecutivo de queda nas importações.  Na quarta-feira (10), dados de inflação devem mostrar que os preços ao consumidor caíram em julho, reforçando a evidência de demanda doméstica fraca.

Alguns economistas também atribuíram o declínio nas importações à queda dos preços das commodities. O valor total das importações de petróleo, por exemplo, caiu mais de 12% nos primeiros sete meses do ano, mas o volume saltou cerca de 12% no período.

A queda das exportações foi puxada pelos embarques para os Estados Unidos, que despencaram 23,1% em julho. As exportações para outros mercados, incluindo Japão, Coreia do Sul, Taiwan, União Europeia, Brasil e Austrália, também tiveram quedas de dois dígitos. Com a colaboração de Fran Wang, Yujing Liu, Wenjin Lv, Shikhar Balwani e Qizi Sun.

Saúde corporativa global reacende alerta com temores de desaceleração

Dois alertas de saúde econômica e corporativa foram emitidos, quando o grupo de transporte marítimo Maersk relatou uma queda na demanda global por contêineres marítimos e a gigante de publicidade WPP disse que seus clientes no setor de tecnologia dos Estados Unidos estão reduzindo seus gastos com marketing.

A A.P. Moller-Maersk reduziu sua estimativa para o comércio global de contêineres este ano, à medida que as empresas reduzem os estoques, assim como taxas de juros mais altas e riscos de recessão na Europa e nos Estados Unidos prejudicam o crescimento econômico global.

A empresa, uma das maiores transportadoras de contêineres do mundo, disse que espera que os volumes de contêineres caiam até 4%. Anteriormente, a companhia havia previsto um declínio de não mais de 2,5%.

A Maersk controla cerca de um sexto do comércio global de contêineres, transportando mercadorias para varejistas e empresas de consumo, como o Walmart, Nike e Unilever.

O WPP, maior grupo de publicidade do mundo, alertou que os clientes de tecnologia reduziram os gastos no segundo trimestre nos Estados Unidos, o que o presidente-executivo Mark Read disse ter pego a empresa de surpresa.

“Os gastos vão aumentar depois de um período de tempo, mas acho que estamos nervosos pelo resto do ano porque não podemos ter clareza total sobre quando isso vai acontecer”, disse ele à Reuters.

O recuo nos gastos levou o WPP a seguir o rival Interpublic, que no mês passado também citou os clientes de tecnologia cortando orçamentos de marketing, ao reduzir sua previsão de crescimento para este ano, de 3% a 5% para 1,5% a 3,0%.

Analistas disseram que a notícia reflete cautela entre as empresas que estão lutando com custos de empréstimos mais altos e a restrição do orçamento de consumidores em meio à crise do custo de vida.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse na semana passada que espera que o crescimento econômico global desacelere este ano, liderado pelas economias avançadas, mesmo com a queda dos preços dos alimentos e a contenção da turbulência bancária de março.

A instituição espera que o crescimento global desacelere para 3% neste e no próximo ano, de 3,5% no ano passado.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (07), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, conforme investidores se posicionavam antes de aguardado relatório de inflação dos Estados Unidos previsto para quinta-feira (10). O índice Dow Jones teve alta de 1,16%, a 35.473,13 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,90%, a 4.518,44 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,61%, a 13.994,40 pontos.

Na terça-feira (08), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, depois que cortes nas notas de vários bancos norte-americanos pela agência de classificação de risco Moody’s reacenderam temores sobre a saúde das instituições financeiras e da economia dos Estados Unidos. O índice Dow Jones teve queda de 0,45%, a 35.314,49 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,42%, a 4.499,38 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,79%, a 13.884,32 pontos.

Na quarta-feira (09), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, um dia depois de um relatório mostrar que os norte-americanos tomaram mais empréstimos do que nunca em seus cartões de crédito no último trimestre, e um dia antes de dados de preços ao consumidor que podem influenciar as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros. O índice Dow Jones teve queda de 0,54%, a 35.123,36 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,70%, a 4.467,71 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,2%, a 13.718,40 pontos.

Na quinta-feira (10), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, depois que os dados de preços ao consumidor de julho mais brandos do que o esperado nos Estados Unidos alimentaram as expectativas de que o Federal Reserve pode deixar a taxa de juros inalterada no próximo mês. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava alta de 0,27%, a 35.217,02 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,27%, a 4.479,72 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,33%, a 13.767,95 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 04.08.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (04) cotado a R$ 4,8753 com queda de 0,48%. Na esteira da divulgação de dados mais fracos que o esperado do mercado de trabalho norte-americano, reforçando as dúvidas sobre a necessidade de mais uma elevação de juros pelo Federal Reserve este ano.

Na segunda-feira (07) – O dólar à vista registrou alta de 0,40%, cotado a R$ 4,8946 na venda. Na esteira do avanço da moeda norte-americana no exterior, em dia de recuo das commodities no mercado internacional, com investidores à espera da ata do último encontro do Copom. O dólar oscilou entre R$ 4,9146 na máxima e R$ 4,8701 na mínima.

Na terça-feira (08) – O dólar à vista registrou alta de 0,06%, cotado a R$ 4,8976 na venda. Acompanhando o movimento verificado no exterior, onde a moeda norte-americana tem ganhos firmes ante as demais divisas de países emergentes ou exportadores de commodities, com investidores no Brasil reagindo também à ata do último encontro do Banco Central. O dólar oscilou entre R$ 4,9412 na máxima e R$ 4,8898 na mínima.

Na quarta-feira (09) – O dólar à vista registrou alta de 0,15%, cotado a R$ 4,905 na venda. Entre altas e baixas, para encerrar o dia com leves ganhos ante o real, com investidores ponderando dados da economia da China pela manhã e aguardando a divulgação de novos números de inflação nos EUA na quinta-feira (11). O dólar oscilou entre R$ 4,9162 na máxima e R$ 4,8748 na mínima.

Na quinta-feira (10) – Por volta das 13h30, o dólar operava em queda de 1,11% cotado a R$ 4,8507 na venda. Passando a registrar recuo superior a 1%, após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, iniciar sua apresentação em sessão do Senado. Em meio a expectativas pelo resultado do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos do mês passado.

Argentina acerta empréstimo de US$ 775 milhões com o Catar para pagar o FMI

O governo da Argentina fechou um acordo com o Catar para um empréstimo de 775 milhões de dólares a serem usados para pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Argentina está enfrentando uma grave crise econômica com inflação altíssima e queda nas reservas do Banco Central, além de ter que pagar o FMI.

O ministro da Economia do país, Sergio Massa, disse na segunda-feira que a Argentina não usaria “um único dólar de suas próprias reservas” para pagar o FMI.

O empréstimo do Catar terá a taxa de juros variável do FMI aplicável aos SDRs (moeda do FMI), que atualmente é de 4,033% ao ano, informou um decreto presidencial.

Os fundos “financiarão o pagamento do vencimento da Argentina com o FMI (para encargos e sobretaxas) em 4 de agosto de 2023”, afirmou.

Massa também confirmou na segunda-feira que o pagamento será feito com um empréstimo-ponte de 1 bilhão de dólares do banco regional de desenvolvimento CAF e 1,7 bilhão de dólares da segunda parcela de um swap com a China, um movimento feito recentemente para concluir parte de um pagamento de junho ao FMI.

Williams espera que Fed comece a reduzir taxa de juros no próximo ano, segundo NYT

John C. Williams, presidente do Federal Reserve de Nova York, espera que a taxa de juros nos Estados Unidos possa começar a cair no próximo ano, informou o New York Times na segunda-feira (07).

Williams disse em entrevista ao jornal que não descarta a possibilidade de baixar os juros no início de 2024, dependendo dos dados econômicos, acrescentando que a inflação está caindo conforme o esperado.

Williams também disse esperar que o desemprego suba ligeiramente à medida que a economia esfria.

Preços ao consumidor do México mantidos em tendência de queda

A alta dos preços ao consumidor no México provavelmente desacelerou em julho, o que marcaria a sexta queda mensal consecutiva na taxa de inflação, mostrou uma pesquisa da Reuters, reforçando as apostas de que a principal taxa de juros do Banco Central provavelmente permanecerá em seu recorde.

A mediana das previsões de 11 analistas consultados era de que a inflação anual cairia para 4,78% em julho, o que seria a menor taxa de alta de preços desde março de 2021, após ter atingido o recorde de 8,7% no ano passado.

Enquanto isso, o núcleo da inflação anual, que retira alguns preços voláteis de alimentos e energia, deve desacelerar para 6,67% na comparação anual, o que marcaria seu nível mais baixo desde fevereiro de 2022.

O Banco do México, que tem uma meta de inflação de 3% mais ou menos um ponto percentual, votou no final de junho para manter sua taxa básica de juros estável em uma alta histórica de 11,25%, sugerindo que pode ser necessário mantê-la por um longo período. tempo em que busca trazer a inflação para a meta.

Setor bancário dos EUA começa batalha contra novas regras de capital

Agora que reguladores em Washington lançaram um robusto pacote de reformas das regulamentações de capital pós-crise financeira, consultores do setor bancário estão se concentrando no que consideram mais problemático, incluindo requisitos de gerenciamento de risco que podem afetar empréstimos imobiliários, gestão de crédito e patrimônio.

Em uma proposta conjunta, os três principais reguladores bancários dos Estados Unidos propuseram uma reforma de mil páginas que, no total, exigirá que os bancos reservem 16% a mais de capital, que os reguladores acreditam ser necessário para fortalecer o sistema financeiro.

Ao aumentar o grau de risco atribuído a certos ativos, as regras propostas exigirão que os bancos detenham proporcionalmente mais capital, potencialmente afetando os retornos sobre o patrimônio e os lucros. Grupos de lobby da indústria, como o Fórum de Serviços Financeiros (FSF, na sigla em inglês), o Instituto de Política Bancária e a Associação dos Mercados Financeiros e Indústria de Valores Mobiliários argumentaram que as medidas tornarão mais difícil emprestar aos consumidores e alertam que isso irá desacelerar a economia.

Embora o primeiro semestre de 2023 tenha visto três das quatro maiores falências bancárias da história dos Estados Unidos, o FSF reagiu à proposta dizendo que os próprios testes de estresse do Federal Reserve mostraram que os maiores bancos eram sólidos e bem capitalizados, tornando a proposta “uma solução sem problemas”.

Joe Saas, vice-presidente sênior de risco de balanço do conglomerado de serviços financeiros FIS, disse que a mudança da proposta de uma taxa de risco padrão para uma série de níveis de risco a serem alocados a diferentes ativos para empréstimos imobiliários garantidos por aluguel provavelmente seria “circulado para pushbacks.”

Tornar esses empréstimos mais caros reduzirá o crédito disponível para mutuários historicamente mal atendidos, algo que o setor provavelmente combaterá, disse ele.

Chen Xu, advogado do grupo de instituições financeiras da Debevoise & Plimpton, disse que as novas regras consideram as linhas de negócios de alta receita como de maior risco.

“Alguns negócios baseados em taxas, como gestão de patrimônio, precisarão alocar mais capital, mesmo que não haja risco de balanço”, disse ele, acrescentando que isso pode pesar nas negociações nos mercados de capitais.

Os proponentes da reforma argumentam que o verdadeiro perigo para o bem-estar público é a instabilidade financeira.

Congresso liderado pela oposição da Venezuela aprova extensão da validade dos títulos até 2028

A Assembleia Nacional liderada pela oposição da Venezuela aprovou uma proposta de comitês que supervisionam os ativos estrangeiros do país para estender por cinco anos a validade de bilhões de dólares em títulos inadimplentes emitidos pelo governo e pela empresa estatal PDVSA.

A proposta abre as portas para negociações para pagamento e reestruturação de dívidas, reduzindo os riscos de ações legais adicionais nos tribunais dos EUA, onde os credores se aglomeraram para fazer cumprir sentenças relacionadas a casos de expropriação e pagamentos inadimplentes pela Venezuela.

“É necessário que, antes do vencimento peremptório, visto que os obrigacionistas veem oportunidades de processar para obter indemnizações, a Assembleia Nacional concorde em prorrogar o prazo de vencimento dos títulos”, disse o deputado José Salazar durante a sessão.

O principal objetivo da decisão é alcançar uma “reestruturação financeira organizada” da dívida externa da Venezuela, de cerca de US$ 60 bilhões, de modo que incentiva os detentores de títulos a evitar ações legais durante as negociações de reestruturação da dívida.

O presidente Nicolas Maduro e a PDVSA fizeram uma ação semelhante no início deste ano. Mas como o governo de Maduro não é reconhecido por Washington, as negociações com os detentores de títulos para suspender a prescrição da dívida não avançaram muito.

A Venezuela tem dois congressos, mas apenas o controlado pela oposição é reconhecido no exterior e recebeu autoridade dos Estados Unidos para negociar eventuais pagamentos da dívida externa. Após as sanções de petróleo dos EUA ao país sul-americano em 2019, a Assembleia Nacional liderada pela oposição nomeou comissões e conselhos para supervisionar os ativos estrangeiros da Venezuela.

Casa Branca detalhará planos que restringem alguns investimentos dos EUA na China, diz fonte

A Casa Branca detalhará na quarta-feira (09) seus planos de proibir alguns investimentos dos Estados Unidos em tecnologia sensível na China e de exigir que o governo seja notificado sobre outros investimentos, disse uma fonte sênior do governo à Reuters.

Os planos visam impedir que o capital e o conhecimento dos EUA ajudem a desenvolver tecnologias que possam apoiar a modernização militar da China e ameaçar a segurança nacional dos EUA.

A Reuters informou que o presidente norte-americano, Joe Biden, deve apresentar nesta semana um decreto há muito esperado para rastrear investimentos externos em tecnologias sensíveis para a China.

A fonte sênior do governo disse que o decreto é esperado para a quarta-feira (10).

Funcionários do governo Biden enfatizaram por meses que quaisquer restrições ao investimento dos EUA na China serão estreitamente direcionadas.

“Essas são medidas personalizadas”, disse em abril o assessor de segurança nacional Jake Sullivan. “Eles não são, como diz Pequim, um ‘bloqueio à tecnologia'”.

A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, disse em março que o governo não “queria ser excessivamente amplo. Qualquer coisa que seja excessivamente ampla prejudica os trabalhadores norte-americanos e a economia”.

O governo deve ter como alvo investimentos ativos como private equity, capital de risco e investimentos de joint venture dos EUA na China em semicondutores, computação quântica e inteligência artificial.

A maioria dos investimentos capturados pelo decreto exigirá que o governo seja notificado sobre eles, disseram fontes. Algumas transações serão proibidas.

Ministro da Economia tenta conduzir peronistas para vitória improvável nas eleições da Argentina

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, é um herói improvável para o partido peronista. Sob sua supervisão, a inflação subiu para 116%, a taxa de pobreza atingiu 40%, as reservas em dólares secaram, a dívida aumentou e o peso caiu para mínimas recordes.

Mas o advogado de 51 anos, um político negociador, conseguiu neutralizar lutas internas e oposição dentro da coalizão de esquerda e ganhar apoio como candidato da unidade para liderá-la nas eleições de outubro.

Os peronistas, combalidos apenas alguns meses atrás, agora têm uma chance de vencer. Massa, um centrista pragmático, é o candidato mais popular nas pesquisas, embora no geral fique atrás da oposição de centro-direita antes das primárias de domingo, que fornecerão um panorama sobre o sentimento dos eleitores.

“Massa não é o candidato ideal, mas uma boia no meio do naufrágio”, disse o analista político Andrés Malamud. Ele acrescentou que os peronistas foram forçados a apoiar um centrista em vez de um candidato de esquerda para evitar ser empurrados para o terceiro lugar.

Massa é o claro favorito para liderar a coalizão Unión por la Patria nas eleições de outubro, depois de derrotar a candidatura de um rival mais de esquerda aliado à poderosa, mas polarizadora, ​​vice-presidente Cristina Kirchner, em junho.

Mesmo que vença, Massa precisará conter os aumentos de preços, reconstruir as reservas em moeda estrangeira que muitos estimam estarem em território negativo, trabalhar em um acordo de dívida de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional e evitar novos calotes.

Massa está entre a cruz e a espada. A esquerda o tem criticado pelos cortes nos gastos sociais, enquanto os conservadores dizem que ele não está fazendo o suficiente para reduzir o déficit fiscal.

Apesar de um relacionamento misto com a poderosa ala esquerda dos peronistas, Massa usou suas habilidades de negociação e amplas redes para convencer a coalizão de que ele era a melhor chance de o bloco governista evitar a derrota e atrair os eleitores moderados.

“Ele é uma pessoa que trabalha muito na construção de relacionamentos. Ele não fala apenas com seu próprio povo, mas também com aqueles que pensam diferente, ele fala com praticamente toda a oposição”, disse um assessor de Massa por cerca de duas décadas.

Dados de emprego de julho apontam para economia canadense esfriando

Os últimos dados do mercado de trabalho do Canadá, que renderam resultados mais fracos do que o esperado, indicam que a economia começou a entrar em um período de crescimento mais lento, de acordo com Dawn Desjardins, economista-chefe da Deloitte Canada.

A economia canadense perdeu 6.400 empregos em julho, enquanto a taxa de desemprego subiu para 5,5%, informou o Statistics Canada na semana passada.

Desjardins disse que os números são uma prova positiva de que a campanha de aumento de taxas do Banco do Canadá, de março de 2022 a julho de 2023, cumpriu seu papel na moderação da demanda. A taxa básica de juros do Banco Central está atualmente em uma alta de várias décadas de 5%.

“A tão esperada desaceleração em termos de mercado de trabalho do Canadá está se materializando”, disse Desjardins ao BNN Bloomberg.

As projeções da Deloitte estão prevendo uma “fraqueza estendida” na economia canadense para se manifestar na segunda metade deste ano, disse Desjardins.

Ao mesmo tempo, “eu diria que, no geral, não é como se estivéssemos em um mercado de trabalho em forte deterioração”, disse ela. “Ainda, eu diria, estamos em condições de mercado de trabalho bastante apertadas, diminuindo um pouco o que é, você sabe, intencional.”

Desjardins disse que, levando em consideração esses números e a provável tendência no futuro próximo, o Banco Central optará por manter sua taxa básica de juros estável em 5% em seu anúncio de setembro.

“Acho que isso realmente reforça o caso para o banco permanecer à margem”, disse ela.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (07), as bolsas europeias fecharam mistas, com os investidores aguardando números de inflação ao redor do mundo nesta semana para avaliar as perspectivas para as taxas de juros, enquanto o setor de produtos militares subiu para níveis recordes em meio à crescente incerteza geopolítica. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,09%, a 459,68 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,06%, a 7.319,76 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,01%, a 15.950,76 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,27%, a 6.040,21 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,10%, a 9.358,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,13%, a 7.554,49 pontos.

Na terça-feira (08), as bolsas europeias fecharam em queda, uma vez que os bancos italianos ficaram sob pressão depois que o governo do país aprovou um imposto de 40% sobre os credores, embora um salto nos papéis da farmacêutica Novo Nordisk após dados positivos sobre seu medicamento para obesidade tenha ajudado a limitar as perdas. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,23%, a 458,60 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,69%, a 7.269,47 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,10%, a 15.774,93 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,08%, a 6.035,66 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,61%, a 9.301,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,36%, a 7.527,42 pontos.

Na quarta-feira (09), as bolsas europeias fecharam em alta, reagindo às perdas acumuladas na terça-feira (08), na esteira dos dados da inflação da China, que sustentam possíveis novos estímulos à demanda, e em resposta ao recuo parcial do governo da Itália em seu plano de criar um imposto sobre lucro dos bancos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,43%, a 460,58 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,72%, a 7.322,04 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,49%, a 15.852,58 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,40%, a 6.059,70 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,73%, a 9.348,40 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,80% a 7.587,30 pontos.

Na quinta-feira (10), as bolsas europeias fecharam em alta, depois que um aumento modesto nos preços ao consumidor nos Estados Unidos alimentou esperanças de que o Federal Reserve esteja perto do fim de seus aumentos de juros, enquanto o setor de luxo recebeu um impulso da China, aliviando as restrições de viagens. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,77%, a 464,14 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,52%, a 7.433,62 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,91%, a 15.996,52 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,35%, a 6.080,63 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,58%, a 9.502,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,41%, a 7.618,60 pontos.

BCE diz que inflação subjacente atingiu pico em bom sinal para o futuro

A inflação subjacente na zona do euro provavelmente atingiu o pico, apontando para um crescimento mais lento em outros preços também, disse o Banco Central Europeu (BCE).

A atualização deve consolidar as expectativas de que o BCE interrompa seu ciclo de nove aumentos consecutivos nos juros já em setembro, uma vez que a inflação subjacente, que filtra os preços mais voláteis, é observada de perto pelas autoridades da zona do euro.

“As medidas medianas e médias da inflação subjacente sugerem que ela provavelmente atingiu o pico no primeiro semestre de 2023”, disse o BCE em um artigo.

O Banco Central listou cerca de 10 índices de inflação subjacente – variando de medidas que simplesmente retiram os preços tradicionalmente voláteis de alimentos e energia a outros mais sofisticados que usam modelos matemáticos para focar em componentes persistentes.

A instituição descobriu que a maioria dos índices forneceu um sinal útil de para onde os preços gerais ao consumidor estavam indo no “médio prazo”, um termo deliberadamente vago que geralmente se acredita significar vários anos.

A maioria dessas medidas agora “mostra sinais de atenuação” e a leitura mais recente de julho ficou “bastante alinhada” com as próprias expectativas do BCE, acrescentou o Banco Central.

Excluindo energia e alimentos não processados, os preços ao consumidor aumentaram 6,6% na zona do euro no mês passado, após um aumento de 6,8% em junho, mostraram dados nesta semana. Excluídos também o álcool e o tabaco, porém, a inflação ficou estável em 5,5% devido à aceleração dos preços dos serviços.

O BCE disse que suas medidas de inflação subjacente ainda estavam em uma ampla faixa entre 2,9% e 6,9% em junho, mas aquelas com maior poder de previsão estão “na metade inferior da faixa”.

O BCE visa oficialmente a inflação geral, que ficou em 5,3% em julho, abaixo do mês anterior, mas ainda muito longe do objetivo de 2% do Banco Central.

Produção industrial da Alemanha recua ainda mais em junho

A produção industrial da Alemanha teve uma queda maior do que a prevista em junho, segundo dados divulgados na segunda-feira (07), destacando os desafios enfrentados pela manufatura em meio à desaceleração da maior economia da Europa.

A produção caiu 1,5% em comparação com o mês anterior, informou o escritório federal de estatísticas nesta segunda-feira. Analistas consultados pela Reuters previam queda de 0,5%.

“O (dado) negativo em junho fornece uma amostra dos números de produção fracos que estão no horizonte para os próximos meses”, disse o economista-chefe do Commerzbank, Joerg Kraemer.

Ele apontou para uma tendência de queda nas encomendas e indicações de que as empresas já haviam reduzido o acúmulo de pedidos pela pandemia da Covid-19.

O setor manufatureiro da Alemanha tem tido um ano difícil até agora devido à diminuição de pedidos, produção lenta e preços altos, com o Índice de Gerentes de Compras (PMI) final do HCOB para manufatura caindo pelo sexto mês consecutivo em julho.

Kraemer disse que a economia alemã deve contrair novamente no segundo semestre de 2023.

Itália choca bancos com imposto inesperado de 40% para 2023

A Itália deu um golpe surpresa em seus bancos e chocou todo o setor na Europa ao estabelecer um imposto único de 40% sobre os lucros obtidos com taxas de juros mais altas, depois de repreender os credores por não recompensar os depósitos.

As taxas de juros oficiais acentuadamente mais altas renderam lucros recordes para os bancos, já que o custo dos empréstimos disparou enquanto os credores evitavam pagar mais sobre os depósitos.

Países como Espanha e Hungria já impuseram impostos sobre o setor e outros podem agora seguir o exemplo.

O governo da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni havia lançado a ideia no início do ano, mas parecia ter esfriado o plano.

Um executivo sênior do setor bancário disse à Reuters que os credores estavam prontos para “o cepo de corte, mas o machado não caiu”.

Desde então, no entanto, os excelentes resultados dos bancos no primeiro semestre trouxeram a questão de volta ao foco e levaram o governo a agir na véspera da paralisação política do verão.

Uma fonte do governo disse que a medida foi uma surpresa até mesmo para alguns ministros na reunião do gabinete na noite de segunda-feira. Uma segunda fonte deixou claro que o governo pretende “punir o comportamento injusto dos bancos”.

Os credores na Itália repassaram aos depositantes em média 12% do aumento das taxas, contra 22% na zona do euro, calculou Jefferies.

“Basta olhar para os lucros dos bancos no primeiro semestre, para perceber que não estamos falando de alguns milhões, mas, de bilhões”, disse o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini em entrevista coletiva em Roma.

Inflação ao consumidor na Alemanha confirma projeções e fecha julho em 6,2%

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha confirmou as previsões e fechou o mês de julho em 6,2% em termos anualizados, ante os 6,4% registrados em junho, divulgou na terça-feira (08) o Destatis, o departamento federal de estatísticas. A inflação do mês ficou em 0,3%, também dentro da projeção.

Os preços relacionados à energia subiram 5,7% em julho ante o mesmo mês do ano anterior, após altas de 3,0% em junho e de 2,6% em maio. Segundo o Destatis, os consumidores tiveram que pagar 17,6% a mais pela eletricidade, após uma alta anualizada de 10,5% um mês antes. Esse aumento deveu-se principalmente à abolição da sobretaxa EEG com efeitos a partir de 1º de julho de 2022.

Os preços dos alimentos, por sua vez, ficaram 11,0% acima dos verificados em julho de 2022, após um aumento de 13,7% em junho.

Os preços continuaram mais altos do que no ano anterior em quase todos os grupos de alimentos. Os consumidores alemães pagaram 18,9% mais por açúcar, compotas, mel e outros produtos de doceria, 16,6% mais por pães e cereais, 15,7% mais por legumes e +14,1% por peixes, produtos da pesca e mariscos. Por outro lado, as gorduras e óleos comestíveis custaram 12,9% menos do que no ano anterior.

Sem incluir as variações de energia e alimentos, o núcleo do CPI mostrou alta de 5,5%, um pouco abaixo dos 5,8% observados em junho.

Consumidores da zona do euro esperam inflação mais baixa, mostra pesquisa do BCE

Os consumidores da zona do euro esperam que a inflação continue desacelerando nos próximos meses e anos, mas continuam pessimistas sobre seu poder de compra e os preços das casas, mostrou uma pesquisa do Banco Central Europeu.

A Pesquisa Mensal de Expectativas do Consumidor do BCE ampliou as evidências de que a maior sequência de aumentos de juros do Banco Central está lentamente começando a impedir que as expectativas de uma taxa de inflação elevada ganhem força nas mentes das pessoas.

As expectativas na edição de junho da pesquisa, é de uma inflação de 3,4% nos próximos 12 meses, abaixo dos 3,9% do mês anterior e estendendo um declínio que começou no final de 2022, conforme o crescimento real dos preços começou a desacelerar.

Os consumidores também reduziram suas expectativas de inflação três anos à frente para 2,3%, de 2,5% em maio, aproximando-se da meta de 2% do BCE.

A pesquisa também mostrou que os consumidores continuam esperando que sua renda cresça muito mais lentamente, em 1,2%, do que a inflação e os gastos nos próximos 12 meses, implicando em uma esperada redução do padrão de vida e da poupança.

Os entrevistados também se mostraram tão pessimista quanto nos últimos dois anos em relação aos preços da habitação, cuja expectativa é de crescimento de 2,1% ao longo do próximo ano.

Um artigo que acompanha a pesquisa mostrou que as percepções das famílias sobre habitação se deterioraram acentuadamente desde meados de 2021 devido às expectativas de taxas de hipoteca e inflação mais altas, bem como menor crescimento econômico.

Polônia realizará eleições parlamentares em 15 de outubro, diz presidente

A Polônia realizará uma eleição parlamentar em 15 de outubro, disse o presidente Andrzej Duda, uma votação que determinará as relações de Varsóvia com a União Europeia em um momento em que enfrenta tensões crescentes em sua fronteira oriental.

O resultado da votação no maior membro oriental do bloco provavelmente influenciará se haverá um degelo nas relações com Bruxelas, que foram prejudicadas por desentendimentos sobre questões como o estado de direito e a migração.

A eleição também decidirá quem liderará o membro da OTAN e principal aliado ucraniano em um período de crescente instabilidade em sua fronteira oriental, em meio a preocupações com a presença de mercenários do Grupo Wagner na Bielo-Rússia e um aumento nas tentativas de migrantes de cruzar a fronteira ilegalmente.

“Decidi ordenar essas eleições para 15 de outubro de 2023”, escreveu o presidente Andrzej Duda na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter. “O futuro da Polônia é uma questão de cada um de nós! Use seus direitos!”

As pesquisas mostram que os nacionalistas governistas Lei e Justiça (PiS), no poder desde 2015, mantêm uma liderança estreita sobre o maior partido da oposição, a liberal Plataforma Cívica (PO).

No entanto, mesmo que o vencedor das eleições de 2015 e 2019 consiga o que seria uma inédita terceira vitória consecutiva, dificilmente terá maioria absoluta, abrindo a possibilidade de uma coalizão com o partido de extrema-direita Confederação.

Inflação da Turquia cairá permanentemente após período de transição, diz ministro das Finanças 

A Turquia pretende reduzir permanentemente a alta da inflação após um período de transição em que os preços permanecem altos, disse o ministro das Finanças, Mehmet Simsek, na quinta-feira (10) em entrevista ao jornal Yeni Safak.

“Nosso objetivo é reduzir a inflação permanentemente após um período de transição”, disse Simsek.

A pressão sustentada dos preços, impulsionada por uma queda na moeda lira e aumentos de impostos, ocorre quando o novo ministro das Finanças do presidente Tayyip Erdogan, Simsek, e o chefe do Banco Central orquestram uma reviravolta na política, incluindo aumentos nas taxas de juros, que devem desacelerar a demanda doméstica.

O aperto monetário, após anos de cortes agressivos nas taxas, visa esfriar a inflação até meados de 2024. Mas, enquanto isso, a reviravolta atingiu a moeda e deixou as autoridades pedindo paciência às famílias já sobrecarregadas.

“Como você pode ver pelas projeções do Banco Central, a inflação continuará subindo temporariamente devido a certos fatores nos próximos meses”, disse Simsek.

“Implementamos algumas regulamentações fiscais para melhorar os saldos orçamentários e lidar com as consequências do terremoto. Esses ajustes fiscais são de fato inflacionários, mas não se repetirão. Esses são ajustes únicos que fizemos.”

O Banco Central sob o novo governador, Hafize Gaye Erkan, elevou sua taxa básica de juros em 900 pontos-base para 17,5% desde junho, embora o ritmo de aperto tenha ficado abaixo das expectativas do mercado. Na semana passada, mais do que dobrou sua previsão de inflação para o final do ano, para 58%, atendendo às expectativas.

A inflação atingiu um pico de 85,5% em 24 anos em outubro passado. Posteriormente, diminuiu devido a uma moeda relativamente estável e ao chamado efeito de base, mas voltou a subir acentuadamente em julho, para quase 48%.

Simsek disse que aumentar a previsibilidade das políticas económicas é um dos principais objetivos para atrair investimento estrangeiro para o país.

Comissão da UE vai analisar decreto dos EUA que restringe investimentos em tecnologia na China

A Comissão Europeia vai analisar a proibição dos Estados Unidos a novos investimentos norte-americanos na China em tecnologias sensíveis como chips de computador, e está em contato próximo com o governo dos Estados Unidos, disse o braço executivo da UE na quinta-feira (10).

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou na quarta-feira um decreto para proibir ou restringir os investimentos dos EUA em entidades chinesas em três setores: semicondutores e microeletrônicos, tecnologias de informação quântica e certos sistemas de inteligência artificial.

“Tomamos nota do decreto sobre investimento no exterior divulgada pelos EUA em 9 de agosto. Analisaremos o decreto com cuidado”, disse um porta-voz da Comissão em um e-mail.

“Estamos em contato próximo com o governo dos Estados Unidos e esperamos uma cooperação contínua neste tópico.”

Um porta-voz do Ministério da Economia alemão tomou conhecimento da medida da comissão para avaliar a proibição e disse à Reuters: “Estaremos ativamente envolvidos neste processo”.

Ainda sofrendo com o colapso de seus laços econômicos com a Rússia, Berlim pediu uma abordagem de redução de riscos para a China e começou a estudar medidas para lidar com investimentos estrangeiros de risco.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (07), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, já que a ausência de medidas de estímulo vigorosas de Pequim gerou preocupações de que as pressões deflacionárias continuarão a minar o vigor da economia. O índice Xangai teve queda de 0,59%, a 3.268,83 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,19%, a 32.254,56 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,0079%, a 19.537,92 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,76%, a 3.990,15 pontos.

Na terça-feira (08), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após números da balança comercial da China mais fracos que o previsto e com incorporadoras locais ainda em foco, enquanto a Bolsa de Tóquio exibiu ganho modesto. O índice Xangai teve queda de 0,25%, a 3.260,62 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,38%, a 32.377,29 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,81%, a 19.184,17 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,26%, a 3.979,73 pontos.

Na quarta-feira (09), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com investidores analisando números da inflação da China, e Tóquio também recuou, ações de farmacêuticas e do setor de transportes apoiaram o avanço local. O índice Xangai teve queda de 0,49%, a 3.244,49 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,53%, a 32.204,33 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,32%, a 19.246,03 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,31%, a 3.967,57 pontos.

Na quinta-feira (10), as bolsas asiáticas fecharam em alta, o sinal positivo predominou nos principais mercados. Na China, continuava a haver expectativa por mais estímulos econômicos, após indicadores modestos recentes, como os números da balança comercial e da inflação desta semana. O índice Xangai teve alta de 0,31%, a 3.254,56 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,84%, a 32.473,65 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,01%, a 19.248,26 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,21%, a 3.975,72 pontos.

Líder da oposição indiana Rahul Gandhi retorna ao parlamento após reintegração

Rahul Gandhi voltou ao Parlamento da Índia na segunda-feira (07) após uma decisão da Suprema Corte, reforçando o perfil de seu partido do Congresso e seus aliados da oposição antes de um voto de desconfiança contra o governo do primeiro-ministro Narendra Modi.

A votação não deve afetar a popularidade do Partido Bharatiya Janata (BJP), de Modi, que tem uma forte maioria.

No entanto, espera-se que o retorno de Gandhi, descendente de uma das mais renomadas dinastias políticas da Índia, ao parlamento fortaleça a voz da recém-formada aliança de oposição de 26 partidos liderada pelo Congresso.

Espera-se que os legisladores debatam e depois votem sobre o desempenho do governo de terça-feira (08) a quinta-feira (10).

Gandhi, cujo pai, avó e bisavô foram primeiros-ministros, foi condenado em março em um processo movido por um legislador do BJP por comentários de 2019 considerados insultuosos a Modi e outros com o mesmo nome, incluindo o legislador.

Após sua condenação, Gandhi, 53, perdeu seu assento parlamentar e foi preso por dois anos, mas recebeu fiança.

Crescimento do PIB do segundo trimestre da Indonésia é o mais forte em três trimestres

O crescimento econômico da Indonésia no segundo trimestre acelerou inesperadamente para sua taxa mais alta em três trimestres, sustentado por fortes gastos das famílias e do governo, mesmo quando as exportações enfraqueceram com a queda dos preços das commodities.

Alguns economistas ainda esperam que a atividade desacelere no segundo semestre do ano, com as exportações provavelmente caindo devido à demanda global mais fraca e as empresas potencialmente adiando investimentos antes das eleições gerais previstas para fevereiro de 2024.

O governo planeja aumentar os gastos neste trimestre para atingir sua meta de crescimento de 5,3% para o ano, disse o ministro-chefe da economia, Airlangga Hartarto, a repórteres na segunda-feira (07).

Separadamente, o Ministério das Finanças projeta que o crescimento do PIB ficará em torno de 5,1% este ano, destacando os riscos de desaceleração econômica global impactando as exportações.

A maior economia do Sudeste Asiático cresceu 5,17% no trimestre de abril a junho em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados do Statistics Indonesia, superando o crescimento de 4,93% previsto por economistas consultados pela Reuters. O crescimento do primeiro trimestre foi revisado ligeiramente para 5,04%.

Apesar dos aumentos nas taxas de juros da Indonésia de 225 pontos-base de agosto de 2022 a janeiro de 2023, o consumo das famílias, que representa mais da metade do PIB, cresceu 5,23% anualmente no último trimestre, o ritmo mais rápido desde o terceiro trimestre de 2022.

Importações e exportações da China caem em julho e ameaçam perspectivas de recuperação

As importações e exportações da China caíram muito mais rápido do que o esperado em julho e a demanda mais fraca ameaça as perspectivas de recuperação na segunda maior economia do mundo, aumentando a pressão para que as autoridades liberem novos estímulos para um crescimento estável.

Os números fracos da balança comercial reforçam as expectativas de que a atividade econômica pode desacelerar ainda mais no terceiro trimestre, com os setores de construção, manufatura e serviços, o investimento estrangeiro direto e lucros industriais enfraquecendo.

As importações caíram 12,4% em julho na comparação anual, mostraram dados da alfândega na terça-feira (08), bem pior do que a previsão de queda de 5% em uma pesquisa da Reuters e de um declínio de 6,8% em junho.

Já as exportações contraíram 14,5%, mais forte do que a queda esperada de 12,5% e o que o recuo de 12,4% do mês anterior.

O ritmo de declínio das exportações foi o mais rápido desde o início da pandemia em 2020 e a queda nas importações foi a maior desde janeiro deste ano, quando as infecções por Covid fecharam lojas e fábricas.

Embora a fraqueza no valor das importações reflita a demanda fraca, as quedas nos preços das commodities também exacerbaram os resultados, dizem os analistas.

“A maioria das medidas de pedidos de exportação aponta para um declínio muito maior na demanda estrangeira do que até agora refletido nos dados alfandegários”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics.

“E as perspectivas de curto prazo para os gastos do consumidor nas economias desenvolvidas continuam desafiadoras, com muitos ainda sob risco de recessão neste ano, embora moderada.”

A economia da China cresceu a um ritmo lento no segundo trimestre diante do enfraquecimento da demanda tanto interna quanto externa, levando os líderes do país a prometer mais suporte e analistas a rebaixar suas previsões de crescimento para o ano.

Banco Central do Japão debateu perspectivas de inflação sustentada na reunião de julho, mostra resumo

O Banco do Japão debateu as perspectivas crescentes deIPC inflação sustentada em sua reunião de julho, com um membro da diretoria dizendo que os salários e os preços podem continuar subindo em um ritmo “nunca visto no passado”, de acordo com um resumo de opiniões divulgado.

Embora os membros tenham enfatizado a necessidade de manter a política monetária ultrafrouxa, a visão otimista sobre as perspectivas de inflação sugere que eles agora estão mais convencidos de que as condições para a eliminação gradual do estímulo monetário podem surgir.

“Mais empresas começaram a considerar aumentos salariais para o próximo ano fiscal e além. Espera-se que o Japão veja uma nova fase em que salários e preços de serviços continuem a aumentar”, de acordo com uma opinião mostrada no resumo.

“Os recentes aumentos salariais e repasses de custos pelas empresas têm um aspecto de represamento, na medida em que esses movimentos foram reprimidos por quase três décadas. Portanto, os salários e os preços de venda podem continuar subindo em um ritmo que nunca foi visto no passado”, mostrou outra opinião.

Na reunião de julho, o Banco do Japão manteve suas metas de controle da curva de rendimento, mas tomou medidas para permitir que os juros de longo prazo subam mais livremente em linha com o aumento da inflação e o crescimento econômico.

O presidente do Banco Central, Kazuo Ueda, disse que a decisão foi uma medida preventiva contra o risco de aumento da inflação, elevando os rendimentos dos títulos de longo prazo e aumentando a volatilidade nos mercados financeiros.

Com grande incerteza sobre as perspectivas, bem como “riscos de alta e baixa” para a inflação, é apropriado tornar o controle da curva de rendimento flexível nesta fase, disseram vários membros, de acordo com o resumo.

“Se os preços e as expectativas de inflação continuarem subindo, os efeitos do afrouxamento monetário se fortalecerão. Por outro lado, limitar estritamente o rendimento do título de 10 anos a 0,5% pode afetar o funcionamento do mercado de títulos e a volatilidade do mercado”, mostrou uma opinião.

Embora alguns vejam a necessidade de tornar o controle da curva mais flexível como medida preventiva contra riscos futuros, um membro disse que o cumprimento sustentado de 2% de inflação já está à vista.

Primeiro-ministro do Paquistão dissolverá o parlamento, preparando o terreno para eleições nacionais

O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, disse que aconselhará o presidente a dissolver o Parlamento na noite de quarta-feira (09), preparando o terreno para uma eleição nacional enquanto o país enfrenta crises políticas e econômicas.

O mandato de cinco anos do parlamento deve expirar em 12 de agosto, mas essa medida o dissolveria três dias antes.

“Vou enviar um conselho esta noite ao presidente para dissolver o parlamento”, disse o primeiro-ministro ao parlamento.

A recomendação de Sharif deve ser endossada pelo presidente Arif Alvi e a eleição realizada em 90 dias sob a supervisão de um governo provisório.

A votação, no entanto, pode ser adiada por vários meses com a comissão eleitoral pronta para começar a redesenhar centenas de constituintes com base em um novo censo.

A inflação de julho na Índia provavelmente ultrapassou o nível de tolerância superior de 6% do RBI

A inflação no varejo da Índia provavelmente acelerou para 6,40% em julho devido ao aumento dos preços dos alimentos, ultrapassando a faixa de tolerância de 2% a 6% do Reserve Bank of India pela primeira vez em cinco meses, disse à Reuters pesquisa de economistas encontrados.

Os preços dos alimentos, que respondem por quase metade da cesta de inflação, dispararam nos últimos dois meses em grande parte devido a uma monção errática em todo o país, elevando os preços do tomate nos mercados atacadistas em mais de 1.400% nos últimos três meses.

Isso atingirá a grande maioria da população da Índia que compõe as classes pobres e médias. Mas é improvável que o RBI reaja aos números e deixe as taxas inalteradas em sua reunião de quinta-feira (10).

A pesquisa da Reuters de 3 a 8 de agosto com 53 economistas previu que o índice de preços ao consumidor (IPC) (INCPIY=ECI) subiu a uma taxa anual de 6,40% em julho.

A faixa de previsão era de 4,85% a 7,60%, com uma forte maioria de três quartos esperando que superasse o topo da meta de inflação do Banco Central, sugerindo que o aumento dos preços dos alimentos provavelmente persistirá pelo menos nas próximas semanas.

Preços ao consumidor na China têm deflação enquanto esforços para estimular recuperação tropeçam

Os preços ao consumidor na China caíram em deflação e os preços no portão das fábricas ampliaram a queda em julho, enquanto a segunda maior economia do mundo enfrenta dificuldades para reanimar a demanda e vê aumentar a pressão para adotar mais medidas de estímulo.

Cresce a ansiedade de que a China esteja entrando em uma era de crescimento econômico muito mais lento, semelhante ao período das “décadas perdidas” do Japão, que viu os preços ao consumidor e os salários estagnarem por uma geração, um forte contraste com a rápida inflação observada em outros lugares.

A recuperação pós-pandemia da China desacelerou após um início acelerado no primeiro trimestre, com a demanda interna e externa enfraquecida e uma enxurrada de medidas de apoio à economia que não conseguiram sustentar a atividade.

O índice de preços ao consumidor caiu 0,3% em julho na comparação anual, informou o Escritório Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira, em comparação com uma previsão de queda de 0,4% em pesquisa da Reuters. Foi a primeira queda desde fevereiro de 2021.

O índice de preços ao produtor recuou pelo 10º mês consecutivo, caindo 4,4%, contra projeção de queda de 4,1%.

A China é a primeira economia do G20 a relatar uma queda anual nos preços ao consumidor desde a última leitura negativa do Japão em agosto de 2021, e a fraqueza aumenta as preocupações sobre o impacto nos negócios entre os principais parceiros comerciais.

“Para a China, a divergência entre manufatura e serviços é cada vez mais aparente, o que significa que a economia crescerá com duas velocidades no restante de 2023, especialmente quando o problema imobiliário ressurge”, disse Gary Ng, economista sênior da Ásia-Pacífico da Natixis.

“Também mostra que a recuperação econômica da China mais lenta do que o esperado não é forte o suficiente para compensar a demanda global mais fraca e elevar os preços das commodities.”

Os dados foram divulgados um dia depois que os números do comércio mostraram que as exportações e importações caíram em julho, e seguem uma série de relatórios sobre mais problemas de dívida no gigante setor imobiliário da China.

Lucro do segundo trimestre da Saudi Aramco atinge US$ 30,07 bilhões

A gigante global de energia Saudi Arabian Oil Co. registrou um lucro líquido de SR112,81 bilhões (US$ 30,07 bilhões) no segundo trimestre de 2023, informou a empresa em um comunicado à bolsa.

Em uma declaração a Tadawul, a Saudi Aramco observou que o lucro dos três meses até o final de junho caiu 5,67% em comparação com o trimestre anterior, quando a empresa registrou um ganho de SR119,54 bilhões.

De acordo com o comunicado, a queda no lucro deveu-se aos preços mais baixos do petróleo bruto e ao enfraquecimento das margens de refino e produtos químicos.

O lucro líquido da Saudi Aramco no primeiro semestre também caiu 29,52%, para SR232,35 bilhões, em comparação com SR329,67 bilhões no mesmo período do ano anterior, acrescentou o comunicado.

“Nossos fortes resultados refletem nossa resiliência e capacidade de adaptação aos ciclos do mercado. Continuamos a demonstrar nossa capacidade de longa data de atender às necessidades de clientes em todo o mundo com altos níveis de confiabilidade. Para nossos acionistas, pretendemos começar a distribuir nosso primeiro dividendo vinculado ao desempenho no terceiro trimestre”, disse o presidente e CEO da Aramco, Amin Nasser, no comunicado.

O documento da bolsa observou ainda que a Saudi Aramco testemunhou uma queda de 38% no lucro líquido no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a empresa acumulou um lucro de SR181,64.

Depois de anunciar os resultados, a Saudi Aramco também declarou um dividendo básico de US$ 19,51 bilhões para o segundo trimestre, praticamente em linha com o pagamento dos primeiros três meses do ano.

No comunicado à imprensa, Nasser acrescentou que o mercado terá uma recuperação econômica nos próximos meses deste ano.

“Na Aramco, nossa visão de médio a longo prazo permanece inalterada. Com uma recuperação antecipada na economia global mais ampla e aumento da atividade no setor de aviação, investimentos contínuos em projetos de energia serão necessários para salvaguardar a segurança energética”, disse Nasser.

Taxa de inflação anual de Omã cai para 0,7% em junho

A taxa de inflação anual de Omã diminuiu ligeiramente para 0,69% no final de junho, em comparação com 0,9% registrado no mês anterior, revelaram os dados mais recentes do Centro Nacional de Estatísticas e Informações do país. 

A inflação de Omã foi impulsionada por aumentos nos principais componentes do índice de preços ao consumidor, com um notável aumento de 2,18% em alimentos e bebidas.    

Isso se deveu principalmente à escalada de preços em várias categorias de alimentos, incluindo laticínios e ovos, que cresceram 9,78%, seguidos por frutos do mar com 5,19% em junho. 

Outros produtos que registaram uma subida de preço são os óleos e gorduras alimentares que aumentaram 4,81%, a par da fruta, pão e cereais que subiram 4,3% e 2,34%, respetivamente. 

No entanto, os preços de carne e vegetais foram reduzidos em 0,12% e 5,65%, respectivamente, mostrou o relatório. 

Além disso, os aumentos de preços foram registrados em setores como hotelaria, que subiram 3,68%, e móveis e manutenção também aumentaram 2,93%. Enquanto isso, bens e serviços diversos aumentaram 2,33%. 

Os preços do tabaco também registaram um aumento de 2,11%, a par dos preços da cultura e entretenimento que subiram 1,73%. 

Setor privado não petrolífero de Dubai mantém crescimento constante com PMI atingindo 55,7

O setor privado não petrolífero em Dubai testemunhou um crescimento estável em julho, mesmo quando o Índice de Gerentes de Compras do emirado caiu ligeiramente em comparação com junho, revelou um rastreador da economia.

De acordo com o último relatório da S&P Global, o PMI de Dubai ficou em 55,7 em julho, em comparação com uma alta de 10 meses de 56,9 em junho.

O relatório observou que um arrefecimento do crescimento da demanda levou à ligeira queda no índice em três setores principais: construção, atacado e varejo e viagens e turismo.

De acordo com a S&P Global, as leituras do PMI acima da marca de 50 mostram crescimento, enquanto as abaixo de 50 sinalizam contração.

O relatório observou que as empresas não petrolíferas testemunharam um aumento acentuado na entrada de novos negócios, enquanto alguns participantes da pesquisa observaram que as condições competitivas diminuíram as vendas.

“O setor privado não petrolífero de Dubai continuou a registrar fortes ganhos na atividade comercial e na demanda à medida que entramos na segunda metade do ano. O crescimento na entrada de novos pedidos, marketing bem-sucedido e conquistas de projetos levaram a um aumento considerável na produção, com quase um terço das empresas registrando uma expansão mensal”, disse David Owen, economista sênior da S&P Global Market Intelligence.

Ele disse que os dados mais recentes também mostraram que as empresas estão mais confiantes sobre o futuro, as condições de oferta continuam melhorando e as pressões de preços estão estáveis.

Atividade manufatureira da Arábia Saudita aumenta mais de 10% em junho 

A atividade manufatureira na Arábia Saudita aumentou 10,1% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado, mostraram os dados oficiais.  

De acordo com o último relatório da Autoridade Geral de Estatística, o índice geral de produção industrial do Reino aumentou 0,5% em junho em relação ao mês anterior em 2023, apesar de uma ligeira queda de 1,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

“O declínio da atividade extrativa durante junho de 2023 levou à queda do índice geral, dado o seu elevado peso no índice”, afirmou o GASTAT.

Enquanto isso, o fornecimento de eletricidade e gás aumentou 25% em junho de 2023.

No IPI, os setores extrativos, industriais e de comercialização de eletricidade e gás têm pesos relativos de 74,5%, 22,6% e 2,9%, respetivamente.

Portanto, as tendências do IPI dependiam significativamente das atividades de mineração, de acordo com o relatório.

A mineração e a extração caíram 6,5% em junho de 2023 em comparação com o mesmo mês de 2022, já que a Arábia Saudita reduziu sua produção de petróleo para 9,9 milhões de barris por dia.

A indústria de mineração e extração manteve o mesmo nível de maio de 2023, enquanto o setor manufatureiro teve uma queda de 0,2%, enquanto o fornecimento de eletricidade e gás teve um ganho de 22%.

“Com uma taxa de crescimento negativa de 1,6% em junho de 2023, o índice de produção industrial continuou seu movimento descendente dos meses anteriores”, afirmou o GASTAT no relatório.

Netanyahu de Israel promete descongelar fundos para cidades árabes

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu liberar pelo menos 200 milhões de shekels (US$ 54 milhões) para cidades árabes depois que a decisão de seu ministro das Finanças de retê-los gerou acusações de racismo.

Netanyahu disse que o dinheiro seria transferido após uma revisão, mas não deu detalhes sobre o que isso implicaria ou quanto tempo levaria. Seu porta-voz se recusou a fazer mais comentários.

“Os cidadãos árabes de Israel merecem o que todos os cidadãos fazem e estou comprometido com isso. Exijo isso de todos os ministérios do governo e será realizado após uma avaliação para garantir que os fundos sejam transferidos para o propósito designado, cidadãos árabes de Israel”, Netanyahu disse em comunicado.

Ao mesmo tempo, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, dobrou a aposta no congelamento do fundo em uma coletiva de imprensa.

Ecoando seu anúncio anterior, Smotrich, membro da coalizão religioso-nacionalista de Netanyahu, disse a repórteres na quarta-feira que estava retendo fundos orçamentários destinados aos conselhos locais árabes por medo de que o dinheiro acabasse nas mãos de criminosos e terroristas.

Líderes da comunidade árabe disseram que o ministro foi guiado pelo racismo.

O financiamento, destinado a serviços básicos e desenvolvimento em 67 conselhos locais árabes, é um esforço para corrigir anos de alocações orçamentárias insuficientes e diminuir as diferenças entre as comunidades judaica israelense e palestina, disse Ameer Bisharat, CEO do Comitê Nacional de Conselhos Locais Árabes em Israel.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
11/08/2023