Cenário Econômico Internacional – 18/08/2023

Cenário Econômico Internacional – 18/08/2023

Cenário Econômico Internacional – 18/08/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Economia global fragmentada é um desafio

Depois de décadas de integração, a economia global está passando por uma crescente fragmentação, tornando-se um dos maiores desafios para o multilateralismo e abordando objetivos econômicos compartilhados, disse o ministro das Finanças, Nirmala Sitharaman.’

Falando em um evento do G20 em Mumbai, Sitharaman disse que a presidência da Índia até agora garantiu que as diferenças geopolíticas não substituam o mandato central da cooperação internacional.

“A presidência indiana garantiu que um terreno comum seja alcançado em todas as questões econômicas, mantendo uma agenda voltada para o futuro no G20 em 2023”, disse Sitharaman.

“As discussões têm sido centradas em encontrar soluções para os desafios existentes e prevenir problemas emergentes”, acrescentou.

Notavelmente, no mês passado, os países do grupo G20 não conseguiram chegar a um acordo sobre uma declaração conjunta ao final de uma reunião de seus ministros de finanças e presidentes de Bancos Centrais, já que a guerra opressiva na Ucrânia continuou a polarizar o bloco, que conta com Rússia, China, e os EUA como membros.

Sitharaman enfatizou que o foco principal da presidência indiana do G20 é fortalecer os bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs) para lidar com os crescentes problemas de dívida entre as economias em desenvolvimento.

“Os MDBs precisam expandir seu escopo de atuação para atender às necessidades das economias emergentes”, disse ela.

“Ao reestruturar a dívida existente e fornecer financiamento sustentável, a comunidade internacional pode contribuir para liberar recursos financeiros para países vulneráveis ​​para proteger suas populações das dificuldades econômicas”, acrescentou.

Riqueza global deve crescer 38% até 2027, diz estudo do Credit Suisse e UBS

A riqueza global, medida em posses pessoais de ativos, desde imóveis até ações, deve aumentar 38% até 2027, aponta um estudo publicado pelo Credit Suisse e UBS na terça-feira (15).

O relatório anual, que estima o poder econômico de 5,4 bilhões de adultos em 200 mercados, diz que a riqueza mundial chegará a US$ 629 trilhões nos próximos cinco anos. O estudo ainda aponta que o impulso deve vir em grande parte pelos mercados emergentes.

A perspectiva otimista ocorre apesar de 2022 ter registrado a primeira queda no valor líquido global em posse das famílias desde a crise financeira global de 2008.

Em termos nominais, a riqueza privada líquida caiu 2,4% no ano passado, com a perda concentrada em regiões mais prósperas, como América do Norte e Europa, indicou o relatório.

Os maiores aumentos no ano passado foram registrados no Brasil, Rússia, México e Índia. O relatório prevê que a riqueza nas economias emergentes, incluindo os países do Brics, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, aumentará 30% até 2027.

A previsão é de que novos aumentos nos mercados emergentes contribuam para uma redução na desigualdade global dos próximos anos.

As maiores quedas no ano passado vieram de ativos financeiros, em oposição a ativos não financeiros, como imóveis, que permaneceram resilientes.

Analisando individualmente, isso significa que os adultos estavam com uma situação pior de US$ 3.198 (R$ 15,9 mil) no final do ano passado.

No entanto, “a média global, seguramente um indicador mais significativo de como a pessoa típica está se saindo, de fato aumentou 3% em 2022, em contraste com a queda de 3,6% na riqueza por adulto”, disse o relatório.

A média aumentou cinco vezes neste século, em grande parte devido ao rápido crescimento da China.

Recuperação de viagens impulsionará economia global, diz FMI

O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, disse à BBC que a recuperação da pandemia ainda está causando impacto.

Ele disse que nos primeiros três meses de 2023 houve uma “forte resiliência” na demanda por serviços, saídas, viagens e turismo.

“Os países que são destinos turísticos tiveram um desempenho relativamente bom. Os países que são mais centros industriais tiveram um desempenho talvez um pouco menos forte”, acrescentou Gourinchas.

Os últimos números da Associação Internacional de Transporte Aéreo mostram que em maio o tráfego aéreo global continuou sua recuperação, atingindo 96,1% dos níveis pré-covid.

No entanto, o FMI diz que há espaço limitado para uma maior recuperação nas economias dependentes do turismo no sul da Europa, algumas das quais foram gravemente danificadas por incêndios florestais.

As chamadas economias emergentes, como China e Índia, devem ter o crescimento mais rápido este ano, à medida que economias avançadas, como Europa e Estados Unidos, crescem em um ritmo mais lento.

O Reino Unido teve uma das maiores elevações de crescimento desde as últimas previsões em abril, com o FMI reconfirmando a expectativa de maio de crescimento de 0,4%, em vez de um declínio de 0,3%.

O FMI disse que isso reflete a queda “do consumo e investimento mais forte do que o esperado devido aos efeitos da confiança da queda dos preços da energia” e “menor incerteza pós-Brexit”.

No entanto, deixa o crescimento do Reino Unido como o segundo mais lento no grupo G7 das principais economias, com apenas a Alemanha se saindo pior, com uma contração esperada de 0,3%.

A maior economia da zona do euro já está em recessão porque os preços mais altos levaram os consumidores a cortar gastos.

Nações do BRICS se reunirão na África do Sul para tentar enfraquecer o domínio ocidental

Os líderes do BRICS se reunirão na África do Sul na próxima semana para discutir como transformar um clube frouxo de nações que representam um quarto da economia global em uma força geopolítica que pode desafiar o domínio do Ocidente nos assuntos mundiais.

O presidente russo, Vladimir Putin, que enfrenta um mandado de prisão internacional por supostos crimes de guerra na Ucrânia, não se juntará aos líderes do Brasil, Índia, China e África do Sul em meio a divergências sobre a possibilidade de expandir o bloco para incluir dezenas de nações do “Sul Global” na fila.

A África do Sul receberá o presidente chinês Xi Jinping, o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi para a cúpula do BRICS de 22 a 24 de agosto.

Espalhados pelo globo e com economias que operam de maneiras muito diferentes, a principal coisa que une os BRICS é o ceticismo sobre uma ordem mundial que eles veem como servindo aos interesses dos Estados Unidos e de seus países ricos aliados que promovem normas internacionais que impõem, mas não nem sempre respeito.

Poucos detalhes surgiram sobre o que eles planejam discutir, mas a expansão deve estar no topo da agenda, já que cerca de 40 nações demonstraram interesse em aderir, formal ou informalmente, de acordo com a África do Sul. Eles incluem Arábia Saudita, Argentina e Egito.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (14), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com fôlego das ações de tecnologia, após operarem mistas durante a maior parte da sessão. Nvidia foi destaque do pregão, avançando mais de 7% após recomendação de compra do Morgan Stanley. O índice Dow Jones teve alta de 0,08%, a 35.308,26 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,58% a 4.489,83 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,05%, a 13.788,33 pontos.

Na terça-feira (15), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, após dados indicarem fraqueza na indústria e no setor imobiliário nos EUA e desaceleração econômica na China, minando o apetite por risco. Falas pró-regulação de dirigente do Federal Reserve e um alerta da Fitch pesaram sobre as ações de bancos. O índice Dow Jones teve queda de 1,02%, a 34.946,39 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,16% a 4.437,86 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,14%, a 13.631,05 pontos.

Na quarta-feira (16), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, depois que a ata da reunião de julho do Federal Reserve mostrou que as autoridades do Banco Central dos Estados Unidos estavam divididas sobre a necessidade de mais altas na taxa de juros em sua última reunião. O índice Dow Jones teve queda de 0,52%, a 34.765,74 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,76%, a 4.404,33 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,15%, a 13.474,63 pontos.

Na quinta-feira (17), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, após resultados positivos da Cisco, enquanto os investidores avaliavam a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, que mostrou que a maioria das autoridades tem uma visão agressiva sobre os juros. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,052%, a 34.747,77 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,17%, a 4.411,92 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,090%, a 13.462,55 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 11.08.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (11) cotado a R$ 4,9041 com alta de 0,45%. Em um dia em que as cotações oscilaram em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana reagiu à divulgação de novos dados de inflação nos Estados Unidos que reforçaram a leitura de que o Federal Reserve pode ter que subir mais os juros em 2023.

Na segunda-feira (14) – O dólar à vista registrou alta de 1,25%, cotado a R$ 4,9656 na venda. Em meio a preocupações dos mercados globais com o crescimento da China – importante compradora das commodities brasileiras – e mais especificamente com o setor imobiliário chinês. O dólar oscilou entre R$ 4,9711 na máxima e R$ 4,9121 na mínima.

Na terça-feira (15) – O dólar à vista registrou alta de 0,43%, cotado a R$ 4,9868 na venda. A divulgação de mais uma série de dados fracos da economia chinesa, somada ao aumento dos receios de que o Federal Reserve suba novamente os juros nos EUA, colocou o dólar à vista novamente em trajetória de alta ante o real. O dólar oscilou entre R$ 4,9977 na máxima e R$ 4,9602 na mínima.

Na quarta-feira (16) – O dólar à vista registrou queda de 0,01%, cotado a R$ 4,9864 na venda. Com investidores realizando os lucros mais recentes durante boa parte do dia e reagindo ao noticiário externo, com novos dados fracos da China e a divulgação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve. O dólar oscilou entre R$ 4,9924 na máxima e R$ 4,9510 na mínima.

Na quinta-feira (17) – Por volta das 13h30, o dólar operava em queda de 0,17% cotado a R$ 4,9780 na venda. Em movimento alinhado ao exterior, onde a moeda norte-americana também cede ante as demais divisas, após o Banco Central da China indicar que pretende dar suporte à recuperação da economia do país.

Lucros modestos nos EUA podem exigir estímulo para subsidiar rali das ações em 2023

Os investidores do mercado acionário ficaram satisfeitos com os resultados corporativos medianos dos EUA até agora este ano, mas podem não ser tão fáceis de agradar até o final de 2023.

À medida que a temporada de balanços do segundo trimestre termina, os resultados do S&P 500 apresentam um quadro misto, com as empresas superando as expectativas de lucro dos analistas no patamar mais alto em quase dois anos, mesmo com as receitas caindo para o nível mais baixo desde o início de 2020.

Os investidores parecem satisfeitos com isso, por enquanto. O S&P 500 subiu desde o início da temporada de resultados em julho, acumulando ganhos de 16% em 2023. Mas as expectativas exigem que os lucros corporativos aumentem, já que a economia dos EUA até agora desafiou os temores de recessão, e os investidores podem ser muito menos benevolentes se as empresas não entregarem resultados ainda este ano, dado o salto no valor das ações.

“Os mercados estão esperando que os lucros, sejam superiores e até ultrapassem níveis anteriores”, disse Eric Freedman, diretor de investimentos do U.S. Bank Asset Management. “Este é um mercado que subiu na expectativa de ganhos que ainda não alcançamos.”

No geral, espera-se que os lucros do segundo trimestre sejam 3,8% menores em relação ao ano anterior, mostraram dados da Refinitiv IBES. Esse declínio segue um aumento de 0,1% no primeiro trimestre e uma queda de 3,2% no quarto trimestre do ano passado.

Espera-se, no entanto, que os resultados melhorem. Os ganhos do S&P 500 no terceiro trimestre devem aumentar 1,3% em relação ao ano anterior, de acordo com a Refinitiv, antes de um aumento de 9,7% nos lucros do quarto trimestre e de 11,9% para o ano de 2024.

O argentino de extrema-direita Javier Milei anuncia vitória chocante nas primárias

Os eleitores argentinos puniram as duas principais forças políticas do país em uma eleição primária no domingo (13), empurrando um candidato libertário cantor de rock para o primeiro lugar em uma grande reviravolta na corrida para as eleições presidenciais de outubro.

Com cerca de 90% das cédulas apuradas, o economista libertário de extrema-direita Javier Milei teve 30,5% dos votos, muito mais do que o previsto, com o principal bloco de oposição conservadora atrás com 28% e a coalizão governista peronista em terceiro lugar com 27%.

O resultado é uma dura repreensão à coalizão peronista de centro-esquerda e ao principal bloco de oposição conservadora Juntos pela Mudança, com inflação de 116% e uma crise de custo de vida que deixa quatro em cada dez pessoas na pobreza.

“Somos a verdadeira oposição”, disse Milei em um discurso otimista após os resultados. “Uma Argentina diferente é impossível com as mesmas velhas coisas que sempre falharam.”

A votação nas primárias é obrigatória para a maioria dos adultos e cada pessoa recebe um voto, tornando-se um ensaio geral para a eleição geral de 22 de outubro e dando uma indicação clara de quem é o favorito para ganhar a presidência.

A eleição de outubro será fundamental para a política que afeta o enorme setor agrícola da Argentina, um dos maiores exportadores mundiais de soja, milho e carne bovina, o peso e os títulos, e as negociações em andamento sobre um acordo de dívida de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional.

A crise econômica deixou muitos argentinos desiludidos com os principais partidos políticos e abriu as portas para Milei, que tocou especialmente os jovens.

Yellen diz que desaceleração da China pode ter se espalhado para os EUA, mas ainda está otimista em geral

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que a desaceleração do crescimento da China, a guerra da Rússia na Ucrânia e os desastres relacionados à mudança climática podem representar riscos para o desenvolvimento econômico global, mas ela se sente otimista em relação à economia dos Estados Unidos.

Yellen não comentou diretamente sobre a notícia de que a maior incorporadora imobiliária privada da China, Country Garden está buscando atrasar o pagamento de um título privado onshore, gerando preocupações sobre o contágio.

Ela disse que a desaceleração da China pode ter efeitos colaterais nos Estados Unidos, mas terá o maior impacto em seus vizinhos asiáticos.

“Dito isso, sinto-me muito bem com as perspectivas dos EUA em geral”, acrescentando que ainda há risco de recessão nos Estados Unidos, mas ela continua convencida de que o crescimento norte-americano continua saudável e o mercado de trabalho está muito forte.

Taxa de pobreza no México cai para 36,3% em 2022 de 43,9% em 2020

A taxa de pobreza do México deve continuar caindo nos próximos anos se os programas sociais implementados pelo atual governo forem mantidos, disse o vice-ministro das Finanças, Gabriel Yorio.

A taxa de pobreza da segunda maior economia da América Latina caiu para 36,3% em 2022, de 43,9% dois anos antes, de acordo com um relatório divulgado pela agência governamental CONEVAL. Quase três pontos percentuais da queda são atribuídos aos programas sociais dirigidos a aposentados, jovens e agricultores do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador.

De 2018 a 2022, cerca de 5,1 milhões de pessoas saíram da pobreza, segundo os dados. A implementação dos programas de ajuda “universais” de López Obrador foi fundamental para também reduzir a desigualdade em diferentes níveis de renda e reduzirá ainda mais a pobreza nos próximos anos, disse Yorio em uma entrevista.

“Acredito que o importante é manter o crescimento econômico e esta rede de proteção social”, disse, referindo que os índices de pobreza teriam caído ainda mais se a economia não tivesse sido atingida pela pandemia de Covid. “E também acredito que a estabilidade macroeconômica e fiscal que vem sendo mantida no país é importante porque é justamente isso que nos protege desses eventos de volatilidade no futuro.”

Estima-se que 46,8 milhões de pessoas viviam na pobreza no país em 2022, de acordo com o relatório divulgado a cada dois anos. Os dados ressaltam as profundas divisões sociais que persistem no país, onde áreas como o Norte viram um boom devido ao aumento das exportações, enquanto o Sul tem taxas de pobreza muito mais altas.

Cerca de metade da população ainda diz que carece de previdência social e cerca de 39% carece de serviços de saúde adequados, um aumento acentuado em relação a 2018, quando esse nível era de apenas 16,2%, segundo o relatório do CONEVAL. Yorio disse que essa era uma área importante onde o governo poderia melhorar.

Construção de moradias no Canadá caiu 10% em julho em comparação com o mês anterior

A construção de moradias no Canadá caiu 10% em julho em comparação com o mês anterior, que produziu os números mais fortes em dez anos, mostraram dados da agência nacional de habitação na quarta-feira (16).

A taxa anualizada de início de habitação ajustada sazonalmente caiu para 254.966 unidades em julho, de 283.498 unidades revisadas em junho, disse a Canadian Mortgage and Housing Corporation (CMHC).

Economistas em uma pesquisa da Reuters esperavam que os números caíssem para 240.000 em julho.

Banco Central da Argentina desvaloriza peso e aumenta taxa básica de juros para 118% após eleição

O Banco Central da Argentina desvalorizou o peso em 17,9% e fixou a taxa de câmbio em 350 por dólar até a eleição geral de outubro, disse à Reuters uma fonte oficial em informações ratificadas pela mídia eletrônica, depois da inesperada vitória da ultradireita nas eleições primárias.

A autoridade monetária decidiu também elevar a taxa básica de juros em 21 pontos básicos, para 118% ao ano, de acordo com comunicado oficial.

“A autoridade monetária entende ser conveniente readequar o nível das taxas de juros dos instrumentos de regulação monetária, em linha com a recalibragem do nível do tipo de câmbio oficial”, explicou o BC.

“Isso, de forma a ancorar as expectativas cambiais e minimizar o grau de repasse aos preços, tende a retornos reais positivos sobre os investimentos em moeda local e a favorecer o acúmulo de reservas internacionais”, completou.

A taxa efetiva chega a 209%.

Há uma “desvalorização a 350 (pesos) e taxa de câmbio fixada até as eleições (gerais) e (foi decidido) aumento da taxa de juros de 21 pontos (básicos)”, disse a fonte, sob condição de anonimato.

O candidato ultraliberal Javier Milei, que deseja desmantelar o Banco Central e dolarizar a economia, abalou a corrida rumo às eleições presidenciais de outubro ao superar em muito as previsões obtendo cerca de 30% dos votos nas eleições primárias de domingo (13).

Esse resultado dá indícios claros sobre o que pode acontecer nas eleições gerais de outubro.

Os mercados reagiram com forte queda nos preços dos ativos e baixa a nível recorde do influente peso informal.

A terceira maior economia da América Latina tem lidado com uma grave crise econômica com inflação elevada e queda das reservas do Banco Central. As reservas brutas da entidade chegam a 23,8 bilhões de dólares, mas as reservas líquidas, descontadas as obrigações, ultrapassam um saldo negativo de 8 bilhões de dólares, segundo analistas privados.

Ata do Fed pode dar pistas sobre fim das altas de juros nos EUA

A ata da reunião do Federal Reserve no mês passado pode indicar quantas autoridades acham que o Banco Central dos Estados Unidos já encerrou com os aumentos da taxa de juros e se os possíveis riscos para a economia devido ao aperto agressivo da política monetária assumiram mais peso em seu debate.

O Fed elevou sua taxa básica de juros para uma faixa entre 5,25% e 5,5% na reunião de 25 e 26 de julho, um passo que o chair do Banco Central, Jerome Powell, disse em sua coletiva de imprensa pós-decisão que pode não ser o último em uma rodada agressiva de aumentos de juros que começou em março de 2022 para compensar o surto mais rápido de inflação desde a década de 1980.

Mas ele também disse que as “peças do quebra-cabeça” estavam começando a se encaixar para reduzir a inflação, incluindo melhores cadeias de oferta, moderação na demanda por trabalhadores e condições de empréstimo mais rígidas.

A ata pode mostrar o quanto diferentes grupos de autoridades do Fed acreditam em um declínio contínuo da inflação, ou se a maioria ainda sente que outro aumento de juros é provavelmente necessário, como a maioria deles fez em sua última rodada de projeções econômicas divulgada em junho.

Um aumento adicional de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, seja na reunião de 19 e 20 de setembro ou mais tarde no ano, seria marginal em seu impacto macroeconômico, marcando uma pequena adição à alta total de 5,25 pontos nos 16 meses até julho.

No entanto, enviaria um sinal importante para os mercados de títulos e ações, que estão amplamente convencidos de que o Banco Central terminou de aumentar os juros e agora começará a procurar o momento certo para começar a cortá-los.

“Parece haver pouco consenso entre as autoridades em relação à trajetória à frente”, escreveu o analista do Citi Andrew Hollenhurst.

O documento inclui referências a como os membros do Fed avaliam a economia, sobre a trajetória provável da inflação, a política monetária apropriada e os principais riscos para suas perspectivas.

O documento, divulgado três semanas depois de uma reunião de política monetária, sempre corre o risco de parecer desatualizado e muitas vezes reitera os pontos que o chefe do Fed comenta em coletivas de imprensa pós-reunião, ou cobre dados que surgiram nesse meio tempo.

Powell, por exemplo, confirmou em sua coletiva de imprensa no mês passado que a equipe do Fed mudou sua previsão e removeu a expectativa de que a economia entraria em recessão, algo que de outra forma só teria sido revelado na ata.

Investimento canadense em fintech encolhe no primeiro semestre de 2023

O investimento no setor de tecnologia financeira do Canadá caiu para menos da metade nos primeiros seis meses de 2023 em relação ao ano passado, de acordo com um relatório da empresa de contabilidade KPMG na quinta-feira (17).

As avaliações de startups em todo o espectro de tecnologia foram afetadas, pois as altas taxas de juros e as preocupações com uma desaceleração econômica iminente azedaram o apetite dos investidores, levando a uma mudança para investimentos mais seguros com maior foco na lucratividade e longe de empresas que consomem muito dinheiro.

De janeiro a junho de 2023, os investimentos, incluindo capital de risco, private equity e atividades de fusão e aquisição, totalizaram US$ 353,7 milhões em 57 negócios, de acordo com dados compilados pelo PitchBook para a KPMG no Canadá. Não houve IPOs, continuando a seca do ano passado.

Em comparação, o primeiro semestre de 2022 registrou US$ 834,1 milhões investidos em 109 negócios. No segundo semestre, US$ 1,09 bilhão foram investidos em 87 transações, segundo o relatório.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (14), as bolsas europeias fecharam mistas, recuperando-se após atingirem o menor nível em quase uma semana, conforme ganhos no varejo e na saúde superaram a queda nos setores de mineração e energia, ambos prejudicados por preocupações com o setor imobiliário da China. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,15%, a 459,86 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,12%, a 7.348,84 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,46%, a 15.904,25 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,16%, a 6.036,84 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,05%, a 9.429,60 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,23%, a 7.507,15 pontos.

Na terça-feira (15), as bolsas europeias fecharam em queda, após dados na China levantarem dúvidas sobre o ritmo de crescimento da segunda maior economia do planeta. Em destaque negativo, Londres e Frankfurt caíram às mínimas de um mês, com o mercado britânico particularmente pressionado pelos salários resilientes no Reino Unido, que sustentam expectativa por novo aumento de juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,95%, a 455,57 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,14%, a 7.267,70 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,87%, a 15.767,28 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,16%, a 6.036,84 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,94%, a 9.340,30 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,57%, a 7.389,64 pontos.

Na quarta-feira (16), as bolsas europeias fecharam mistas, pressionado por bancos e com evidências crescentes de rápida perda de força da economia da China, o que manteve investidores nervosos, enquanto a bolsa do Reino Unido foi pressionada por crescentes preocupações com a inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,06%, a 455,29 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,10%, a 7.260,25 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,14%, a 15.789,45 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,21%, a 6.011,40 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,03%, a 9.350,50 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,44%, a 7.356,88 pontos.

Na quinta-feira (17), as bolsas europeias fecharam em queda, sinais contínuos de inflação arraigada e uma perspectiva agressiva para os Bancos Centrais também elevaram os rendimentos dos títulos em todo o mundo, aumentando a pressão sobre as ações europeias. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,92%, a 451,12 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,94%, a 7.191,74 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,71%, a 15.676,90 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,51%, a 5.980,69 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,78%, a 9.278,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,63%, a 7.310,21 pontos.

Economia do Reino Unido mostra força no 2º trimestre e coloca mais aumentos de juros em jogo

A economia da no Reino Unido registrou crescimento inesperado no segundo trimestre, preparando o terreno para mais aumentos na taxa de juros pelo Banco da Inglaterra, mas continua sendo a única grande economia avançada a recuperar o patamar pré-Covid, do final de 2019.

Dados oficiais mostraram que a economia cresceu 0,2% no segundo trimestre, contra expectativa de estabilidade em pesquisa da Reuters com economistas.

O desempenho foi favorecido pelo crescimento mensal de 0,5% em junho, acima de todas as projeções da pesquisa da Reuters, que apontava para alta de 0,2%.

O forte desempenho reforçou as apostas de que o Banco Central continuará a aumentar a taxa de juros, já que enfatizou neste mês que a resiliência da economia é um dos fatores que pesarão em sua decisão.

O próprio Banco Central havia previsto um crescimento de 0,1% no segundo trimestre.

“Isso dá dor de cabeça ao Banco da Inglaterra – eles podem estar pensando em interromper os aumentos da taxa de juros em breve, mas esses dados tornarão isso mais difícil”, disse o gerente de fundos da Premier Miton Neil Birrell.

O Escritório de Estatísticas Nacionais disse que as empresas citaram um feriado nacional adicional em maio como um fator para o aumento da produção em junho, em comparação com o mês anterior.

A manufatura teve seu melhor trimestre desde o início de 2019, excluindo a recuperação inicial do primeiro lockdown contra a Covid-19 em 2020, com alta da produção de 1,6% no trimestre.

O investimento empresarial também aumentou, crescendo 3,4% no trimestre.

“As ações que estamos tomando para combater a inflação estão começando a surtir efeito, o que significa que estamos estabelecendo as bases sólidas necessárias para o crescimento da economia”, disse o ministro das Finanças, Jeremy Hunt.

Embora a no Reino Unido tenha evitado a recessão até agora, ao contrário da zona do euro, os números confirmaram seu desempenho relativamente fraco desde o início da pandemia do Covid-19.

A economia da no Reino Unido agora está 0,2% abaixo de seu nível do final de 2019, em comparação com 0,2% acima para a Alemanha, 1,7% para a França, 2,2% para a Itália e 6,2% para os Estados Unidos.

A maioria dos economistas acredita que tempos difíceis estão por vir, apesar da resiliência recente da economia.

“Com grande parte do peso da taxa de juros mais alta ainda por vir, estamos mantendo nossa previsão abaixo do consenso de que o Reino Unido está caminhando para uma recessão leve ainda este ano”, disse a economista Ruth Gregory, da consultoria Capital Economics.

Economia da Alemanha não deve ter recuperação sustentada nos próximos meses, diz ministério

A economia da Alemanha não deve ter uma recuperação sustentada nos próximos meses com base em indicadores como novas encomendas e clima de negócios, disse o Ministério da Economia na segunda-feira (14).

“Na frente doméstica, a esperada recuperação cautelosa do consumo privado, serviços e investimento está mostrando os primeiros sinais de esperança, que devem se fortalecer ao longo do ano”, disse o ministério em seu relatório mensal.

“Ao mesmo tempo, a demanda externa ainda fraca, as contínuas incertezas geopolíticas, as taxas ainda altas de aumento de preços e os efeitos cada vez mais perceptíveis do aperto monetário estão amortecendo uma recuperação econômica mais forte.”

Banco Central da Rússia eleva juros para 12% para dar sustentação ao rublo

O Banco Central da Rússia elevou sua principal taxa de juros em 350 pontos-base na terça-feira (15), para 12%, uma medida de emergência para tentar interromper a recente queda do rublo após um pedido público do Kremlin de uma política monetária mais rígida.

A reunião extraordinária sobre ocorreu depois que o rublo despencou além da marca de 100 em relação ao dólar na segunda-feira, pressionado pelo impacto das sanções ocidentais na balança comercial russa e pelo aumento dos gastos militares.

O rublo reduziu os ganhos e passou a recuar 0,5%, a 98,16, mas ainda significativamente acima das mínimas próximas de 102 na segunda-feira, que não eram atingidas desde as primeiras semanas após a Rússia invadir a Ucrânia.

O assessor econômico do presidente Vladimir Putin, Maxim Oreshkin, repreendeu o Banco Central, culpando o que ele chamou de política monetária branda pelo enfraquecimento do rublo.

Horas depois das declarações de Oreshkin, o banco anunciou a reunião de emergência, fornecendo ajuda para a moeda.

“A pressão inflacionária está aumentando”, disse o banco em um comunicado na terça-feira (15).

“O repasse da depreciação do rublo aos preços está ganhando força e as expectativas de inflação estão em alta.”

Apesar de interromper a queda, os analistas concordaram em grande parte que a mudança não terá um impacto duradouro.

“Enquanto a guerra continuar, só piorará para a Rússia, a economia russa e o rublo”, disse Timothy Ash, estrategista sênior de mercados emergentes da Bluebay Asset Management.

Em seu comunicado original, o banco removeu sua orientação agressiva de que consideraria aumentos futuros dos juros, levando alguns analistas a especular que as taxas haviam atingido o pico.

Mas um pouco depois da decisão, o banco emitiu um comunicado adicional: “No caso de fortalecimento dos riscos pró-inflacionários, é possível um aumento adicional na taxa básica”.

Confiança do investidor alemão melhora de forma inesperada agosto, mostra ZEW

A confiança do investidor alemão melhorou de forma inesperada em agosto, disse o instituto de pesquisa econômica ZEW na terça-feira (15), mas ainda está em território negativo já que o humor na maior economia da Europa permanece nebuloso.

O índice de confiança econômica do ZEW subiu para -12,3 pontos, de -14,7 pontos em julho. Analistas consultados pela Reuters esperavam que o índice estagnasse em agosto, com uma leitura de -14,7.

O presidente do ZEW, Achim Wambach, disse que a ligeira melhora indica que os investidores esperam que a situação na Alemanha evolua até o final do ano.

Uma perspectiva mais favorável para a economia norte-americana e a antecipação do fim das altas nas taxas de juros na zona do euro e nos Estados Unidos ajudaram a aumentar as expectativas para a Alemanha, acrescentou.

“No entanto, essas expectativas elevadas precisam ser vistas no contexto de uma avaliação significativamente pior da atual situação econômica na Alemanha”, acrescentou.

O índice que mede a situação atual na Alemanha caiu mais do que o esperado em agosto, para -71,3, de -59,5 no mês anterior. Os analistas previam uma leitura em agosto de -63,0.

Os resultados do ZEW de agosto provavelmente prenunciam uma falta de grandes mudanças em outros indicadores de confiança econômica, particularmente o índice de ambiente de negócios do Ifo, que será divulgado na próxima semana, disseram analistas.

Fundo soberano da Noruega tem lucro de US$ 143 bilhões impulsionado por setor de tecnologia

O fundo soberano da Noruega, o maior investidor individual do mercado de ações do mundo, teve lucro de 143 bilhões de dólares no primeiro semestre do ano, impulsionado pelo setor de tecnologia e uma moeda local mais fraca ante o dólar.

“Os investimentos em ações do fundo tiveram um primeiro semestre forte após um 2022 fraco. Os investimentos em ações tiveram um retorno de 13,7% no período”, disse o fundo.

As empresas de tecnologia apresentaram o retorno mais forte do período, de 38,6%, após um ano ruim em 2022, acrescentou o fundo.

“O setor se beneficiou da forte demanda por novas soluções na área de inteligência artificial das maiores empresas de internet e software e seus fornecedores de chips”, disse o fundo.

O retorno geral do fundo, entretanto, foi 0,23 ponto percentual menor do que o retorno do índice de referência local.

O fundo de 1,4 trilhão de dólares, que investe as receitas do Estado norueguês provenientes da produção de petróleo e gás, possui, em média, 1,5% de todas as ações listadas em todo o mundo. Ele também investe em títulos de dívida, ativos imobiliários não listados e projetos de energia renovável.

Pressão inflacionária do Reino Unido permanece forte apesar da queda no índice de preços

As preocupações com a inflação persistentemente alta no Reino Unido cresceram na quarta-feira (16), uma vez que as principais medidas de aumento de preços monitoradas pelo Banco da Inglaterra não diminuíram em julho, apesar de uma queda acentuada na taxa geral de inflação.

A taxa anual da inflação ao consumidor caiu para 6,8% em relação aos 7,9% de junho, disse o Escritório de Estatísticas Nacionais, como o Banco Central e uma pesquisa da Reuters com economistas haviam previsto e se afastando ainda mais do pico de 11,1% de outubro.

A queda na taxa básica refletiu o recuo nos preços da energia e será bem recebida pelos consumidores britânicos, que enfrentaram uma inflação mais alta do que na maioria dos outros países industrializados.

Mas novos sinais de rigidez no núcleo da inflação e nos preços de serviços ecoaram as advertências das autoridades do Banco Central neste mês de que os riscos de uma inflação alta duradoura estavam começando a se cristalizar.

O núcleo da inflação, que exclui preços de energia e alimentos, permaneceu em 6,9% na base anual, repetindo a taxa de junho e acima das expectativas em pesquisa da Reuters para uma leitura de 6,8%.

A inflação de serviços, que reflete principalmente a pressão doméstica dos salários, subiu de 7,2% para 7,4%, um pouco acima do que o Banco da Inglaterra havia previsto.

A libra subia em relação ao dólar depois dos números, o que reforçou as apostas de que o Banco Central continuará com sua campanha de aumento da taxa de juros.

A força do núcleo da inflação é uma má notícia para o primeiro-ministro Rishi Sunak, que prometeu reduzir a alta dos preços pela metade até o final do ano – uma meta que agora está em dúvida.

Salto na produção industrial dá pequeno impulso ao crescimento da zona do euro

O setor industrial da zona do euro se recuperou em junho, dando ao crescimento geral um pequeno impulso para encerrar o segundo trimestre com um tom positivo, mostraram dados da Eurostat.

A produção industrial nas 20 nações que usam o euro cresceu 0,5% no mês, superando as expectativas de alta de 0,2%, enquanto o Produto Interno Bruto avançou 0,3% no segundo trimestre, inalterado em dados preliminares, disse a agência de estatísticas da UE.

O crescimento subjacente foi provavelmente mais fraco, no entanto, uma vez que os dados são distorcidos por um salto de 3,3% no PIB irlandês, que é impulsionado pelo impacto excessivo de grandes empresas estrangeiras sediadas lá por razões fiscais.

Na verdade, a economia da zona do euro praticamente estagnou nos últimos três trimestres, pressionada por uma recessão industrial e altos custos de alimentos e energia, com serviços e empregos fornecendo os poucos pontos positivos.

Uma recuperação também não está à vista, com indicadores antecedentes sugerindo estagnação para os próximos trimestres, em parte devido às taxas de juros altas, o que tornará o Banco Central Europeu mais cauteloso ao aumentar ainda mais os custos dos empréstimos.

Mas uma retração mais profunda também é improvável, especialmente porque o desemprego está em uma mínima histórica e o emprego aumentou 0,2% no trimestre, sugerindo que o mercado de trabalho continua aquecido.

O emprego está tão apertado que 43% das empresas alemãs estão relatando uma escassez de trabalhadores qualificados, de acordo com o instituto Ifo, uma aparente anomalia já que o crescimento fraco normalmente deveria aumentar o desemprego.

Mas as empresas, desfrutando de algumas de suas melhores margens em anos, estão acumulando mão de obra, temendo que a recontratação de trabalhadores seja muito difícil quando a recuperação começar, dizem os economistas.

Por enquanto, o principal cenário dos economistas é que a zona do euro registre um pequeno crescimento nos próximos trimestres, ajudada pelo que deve ser uma forte temporada de turismo e uma demanda contínua por trabalhadores, principalmente em serviços.

Zona do euro entra em superávit comercial em junho com queda das importações da Rússia

A zona do euro voltou a ter um grande superávit comercial em junho, ante um déficit de tamanho semelhante 12 meses antes, com as importações da Rússia e da China caindo acentuadamente, mostraram dados na quinta-feira (17).

O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que o superávit comercial externo não ajustado dos 20 países que compartilham o euro foi de 23,0 bilhões de euros (US$ 25,01 bilhões) em junho, em comparação com um déficit de 27,1 bilhões em junho de 2022.

As exportações em 12 meses cresceram 0,3%, enquanto as importações caíram 17,7%.

Ajustado para variações sazonais, o superávit comercial foi de 12,5 bilhões de euros em junho, ante 0,2 bilhão de euros em maio e um déficit de 7,9 bilhões de euros em abril.

A melhoria da balança comercial da UE deveu-se principalmente às quedas acentuadas dos défices comerciais com a Rússia, devido às sanções ocidentais devido à guerra na Ucrânia, e com a China.

O déficit comercial com a Rússia caiu para 8,7 bilhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, de 92,1 bilhões de euros no mesmo período de 2022.

Com a China, o déficit comercial da UE caiu para 148,7 bilhões de euros no primeiro semestre do ano, de 189,3 bilhões de euros no mesmo período do ano anterior.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (14), as bolsas asiáticas fecharam em queda, Xangai recuou, após a incorporadora Country Garden suspender a negociação de títulos onshore no fim de semana, depois de ter estimado prejuízo bilionário no primeiro semestre. Nesse contexto, o papel da Country Garden Holdings teve hoje baixa de 18,37% em Hong Kong. O índice Xangai teve queda de 0,34%, a 3.178,43 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,27%, a 32.059,91 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,58%, a 18.773,55 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,73%, a 3.855,00 pontos.

Na terça-feira (15), as bolsas asiáticas fecharam em queda, investidores avaliaram indicadores da China, com números abaixo do previsto pelo mercado, mas também o fato de que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou cortes várias de suas taxas de juros, para tentar apoiar a atividade. O índice Xangai teve queda de 0,07%, a 3.176,18 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,56%, a 32.238,89 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,03%, a 18.581,11 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,24%, a 3.846,54 pontos.

Na quarta-feira (16), as bolsas asiáticas fecharam em queda, preocupações com o ritmo da economia da China continuavam a influir, e o pregão negativo do dia anterior em Nova York pesou em algumas praças. O índice Xangai teve queda de 0,82%, a 3.150,13 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,46%, a 31.766,82 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,36%, a 18.329,30 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,73%, a 3.818,33 pontos.

Na quinta-feira (17), as bolsas asiáticas fecharam mistas, enquanto os investidores aguardam medidas de estímulo de Pequim para impulsionar a recuperação econômica do país. Mas os ganhos foram limitados por preocupações com o aprofundamento da crise imobiliária e com possíveis repercussões dos problemas de pagamento de produtos vinculados ao sistema bancário paralelo, disseram analistas. O índice Xangai teve alta de 0,43%, a 3.163,74 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,44%, a 31.626,00 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,015%, a 18.326,63 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,33%, a 3.831,10 pontos.

Conselho Estatal da China emite diretrizes para aumentar investimento estrangeiro

O Conselho de Estado da China emitiu diretrizes no domingo (13) que, segundo ele, otimizarão ainda mais o ambiente de investimento estrangeiro do país e atrairão mais investimentos estrangeiros.

O Conselho de Estado disse em um documento contendo 24 diretrizes que as autoridades devem aumentar a proteção dos direitos e interesses dos investidores estrangeiros, incluindo o fortalecimento da aplicação dos direitos de propriedade intelectual.

O documento também anunciou diretrizes para aumentar o apoio fiscal e os incentivos fiscais para empresas com investimento estrangeiro, como a isenção temporária do imposto de renda retido na fonte para o reinvestimento de lucros na China por investidores estrangeiros.

O Conselho de Estado disse que exploraria um “mecanismo de gerenciamento conveniente e seguro” para fluxos de dados transfronteiriços. A proposta surge em meio a tensões entre autoridades e empresas internacionais, incluindo firmas de contabilidade globais, sobre segurança de dados.

A China tem buscado atrair capital estrangeiro à medida que sua recuperação econômica da pandemia de Covid desacelera diante da fraca demanda de exportação dos principais parceiros comerciais e do tumulto contínuo no mercado imobiliário do país.

No entanto, Pequim até agora tem lutado para atrair empresas e investidores estrangeiros, que estão preocupados com o risco político em um ambiente que prioriza cada vez mais as medidas de segurança nacional e preocupados com o impacto da deterioração das relações entre a China e muitos países ocidentais em suas operações.

Superávit comercial da Indonésia em julho deve cair para US$ 2,5 bilhões

As exportações e importações da Indonésia provavelmente continuaram caindo anualmente em julho em meio ao enfraquecimento do comércio global, com seu superávit comercial encolhendo, de acordo com uma nova pesquisa da Reuters divulgada na segunda-feira (14).

A previsão média de 17 economistas para a balança comercial da Indonésia em julho era de um superávit de US$ 2,53 bilhões, abaixo dos US$ 3,46 bilhões do mês anterior.

A maior economia do Sudeste Asiático registrou seu maior superávit comercial no ano passado, com o aumento das exportações, impulsionado por um boom global de commodities.

O superávit diminuiu este ano, uma vez que as exportações diminuíram em meio à queda dos preços de suas principais commodities, como carvão, óleo de palma e níquel.

No mês passado, as exportações caíram 18,3% na comparação anual, após a queda anual de 21,18% em junho, previram economistas na pesquisa realizada entre 7 e 14 de agosto.

As importações provavelmente caíram 15,50% anualmente, em comparação com a queda de 18,35% em junho, mostrou a previsão mediana.

PIB do Japão supera projeções no 2º trimestre com aumento das exportações

A economia do Japão cresceu muito mais rápido do que o esperado no segundo trimestre, já que as exportações de automóveis e chegadas de turistas ajudaram a compensar a desaceleração da recuperação do consumidor pós-Covid, embora as perspectivas de recessão global afetem as perspectivas.

O crescimento anualizado de 6,0% da economia do Japão se traduziu em um ganho trimestral de 1,5%, muito acima da mediana das estimativas de 0,8% em uma pesquisa da Reuters e levando o Produto Interno Bruto (PIB) a um recorde.

Foi a expansão mais rápida desde o último trimestre de 2020 após crescimento revisado de 3,7% entre janeiro e março.

Embora os dados do PIB forneçam algum alívio para as autoridades que buscam equilibrar o crescimento econômico com inflação sustentável, eles mascaram a fraqueza subjacente no setor doméstico.

Marcel Thieliant, chefe da Ásia-Pacífico na Capital Economics, disse que é improvável que o impulso de crescimento impulsionado pelas exportações seja sustentado.

“E embora as exportações de bens de capital tenham se recuperado em junho, já que as maiores quedas no investimento estrangeiro ficaram para trás, não esperamos uma recuperação vigorosa”, disse Thieliant.

O consumo privado, que representa mais da metade da economia, caiu 0,5% no segundo trimestre em relação ao período anterior, uma vez que os aumentos de preços afetaram as vendas de alimentos e eletrodomésticos.

As exportações cresceram 3,2% no segundo trimestre, lideradas pelas exportações de automóveis e pelo turismo, enquanto as despesas de capital permaneceram estáveis.

As montadoras japonesas se beneficiaram de um iene mais fraco, o que ajudou a sustentar os lucros em meio à queda nas vendas na China e uma mudança cada vez mais difícil para veículos elétricos.

A forte demanda dos EUA e da Europa também apoiou as exportações, enquanto o boom pós-Covid de turistas estrangeiros deu à economia um impulso muito necessário.

China corta taxas de juros após série de dados fracos em julho afetar perspectivas econômicas

Uma série de dados chineses divulgados na terça-feira (15) destacou a intensificação da pressão sobre a economia em várias frentes, levando Pequim a cortar as taxas de juros para sustentar a atividade, mas analistas dizem que mais suporte é necessário para revitalizar o crescimento.

Pouco antes da divulgação dos dados de julho, o Banco Central da China cortou inesperadamente um conjunto de taxas de juros importantes e seguiu com cortes em outras taxas horas depois, destacando a rápida perda da recuperação econômica pós-Covid que abalou os mercados financeiros globais.

Os dados desta terça-feira divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas, depois de uma série de indicadores fracos da semana passada, mostraram crescimento das vendas no varejo, produção industrial e investimento a um ritmo mais lento do que o esperado – indicando que as empresas e o consumo na segunda maior economia do mundo estavam com pouca potência.

Além disso, a China suspendeu a publicação de dados de desemprego entre jovens, que atingiu um recorde de 21,3% em junho.

“Todos os principais indicadores de atividade ficaram abaixo das expectativas em julho, com a maioria estagnada ou quase sem expansão mensal”, disse Julian Evans-Pritchard, economista da Capital Economics.

“E com os problemas financeiros de incorporadoras como a Country Garden provavelmente pesando no mercado imobiliário no curto prazo, há um risco real de a economia cair em recessão, a menos que o suporte seja aumentado em breve.”

A produção industrial cresceu 3,7% em julho em relação ao mesmo período do ano anterior, desacelerando em relação ao ritmo de 4,4% visto em junho, mostraram os dados, e ficou abaixo das expectativas de um aumento de 4,4% em pesquisa da Reuters com analistas.

As vendas no varejo, uma medida de consumo, subiram 2,5%, ante um aumento de 3,1% em junho e abaixo das previsões dos analistas de crescimento de 4,5%, apesar da temporada de viagens de verão.

Foi o crescimento mais lento desde dezembro de 2022, mostrando o tamanho do desafio que as autoridades enfrentam ao tentar fazer do consumo o principal motor do crescimento econômico futuro.

Taxa básica de juros tailandesa perto do nível equilibrado

O nível atual da taxa básica de juros da Tailândia está quase equilibrado, disse o presidente do Banco Central na quarta-feira (16), acrescentando que a política monetária não será afetada por um atraso na formação de um novo governo.

O Banco da Tailândia (BOT) elevou sua taxa básica (THCBIR=ECI) sete vezes para 2,25% desde agosto passado para controlar a inflação e ajudar a promover uma recuperação econômica suave.

Como a recuperação permaneceu intacta, o BOT garantiria que sua política monetária fosse adequada para o longo prazo, com inflação sustentada na meta de 1% a 3%, disse o governador Sethaput Suthiwartnarueput em um seminário do Banco Central.

“Está perto de um ponto de equilíbrio, onde a taxa básica permite que a economia cresça conforme seu potencial e a inflação esteja dentro da meta sem criar vulnerabilidade ao sistema econômico”, afirmou.

Um atraso na formação de um governo após as eleições de maio não afetaria a implementação da política do Banco Central, mas o movimento de capital e o baht, disse o governador.

“Fatores políticos enfraqueceram o baht ultimamente, pois criaram incerteza”, disse ele. O baht perdeu 2,5% em relação ao dólar até agora este ano.

Presidente da câmara alta da Indonésia diz que maneiras de adiar eleições devem ser discutidas

O presidente da câmara alta do Parlamento da Indonésia disse na quarta-feira (16) que é importante para o país discutir maneiras de adiar as eleições durante as crises, bem como restaurar a posição do corpo legislativo como a mais alta instituição do estado.

Analistas disseram que restaurar a posição da Câmara alta pode levar ao fim das eleições diretas do presidente.

A Indonésia atualmente não tem estrutura para adiar uma eleição e alguns políticos pediram que a constituição seja alterada no futuro para permitir um adiamento em caso de emergência.

A Indonésia, a terceira maior democracia do mundo, realizará uma eleição geral em 14 de fevereiro do ano que vem, durante a qual será escolhido um sucessor para substituir o presidente Joko Widodo, cujo segundo e último mandato termina no ano que vem.

“Como realizamos eleições no caso de ocorrência de eventos inesperados, como grandes desastres naturais, guerras, revoltas ou pandemias”, disse Bambang Soesatyo, presidente da câmara alta, em um discurso anual antes do Dia da Independência da Indonésia.

“Isso é importante para nós pensarmos e discutirmos juntos.”

A conversa repetida entre os políticos sobre o potencial de adiar uma eleição tem sido uma questão espinhosa na Indonésia, onde há especulações de manobras por parte dos aliados do presidente para permitir que ele permaneça além de seu segundo mandato, para que ele possa completar seu mandato econômico. agenda.

Jokowi, como o presidente é popularmente conhecido, negou repetidamente que deseja servir por mais tempo.

Yoon da Coreia do Sul vai aos EUA para cúpula com Biden e Kishida

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, partiu para os Estados Unidos na quinta-feira (17) para uma cúpula com os líderes norte-americanos e japoneses enquanto os três países buscam intensificar a cooperação em meio a crescentes preocupações compartilhadas sobre a China e a Coreia do Norte.

Yoon, um conservador, fez da melhoria das relações com Tóquio um objetivo central da política externa depois que as relações azedaram sob seu antecessor em meio a disputas legais sobre coreanos forçados a trabalhar nas fábricas do Japão durante a guerra, disputas comerciais e tensões de longa data sobre uma ilha disputada.

Os laços entre a Coreia do Sul e o Japão há muito são tensos por disputas que datam da ocupação japonesa da península coreana em 1910-1945.

A cúpula estabelecerá um ” novo marco ” na cooperação trilateral, disse Yoon na terça-feira (15). Ele deve se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, no retiro presidencial de Camp David, em Maryland, na sexta-feira, onde lançarão uma série de iniciativas conjuntas em tecnologia, educação e defesa, disseram autoridades americanas de alto escalão.

Omã registra superávit orçamentário de US$ 1,7 bilhão no primeiro semestre de 2023

O orçamento geral de Omã registrou um superávit de 656 milhões de rials omanis (US$ 1,7 bilhão) no final do primeiro semestre de 2023, em comparação com um superávit de 784 milhões de rials alcançado no mesmo período de 2022.

De acordo com o Boletim de Desempenho Fiscal do Ministério das Finanças, a receita pública ascendeu a 6,34 mil milhões de riais, uma redução de 6% face aos 6,72 mil milhões de riais registados no mesmo período de 2022.

No entanto, o Ministério das Finanças até o final do primeiro semestre de 2023 pagou mais de 507 milhões de rials ao setor privado. Também pagou mais de 1,5 bilhão de rials da dívida pública, reduzindo a dívida pública total para 16,3 bilhões de rials.

Enquanto isso, o comércio imobiliário em Omã testemunhou um boom, pois seu valor subiu 18,9% em junho, atingindo 1,4 bilhão de riais.  

Este número é superior aos 1,1 bilhão de riais registrados durante o período correspondente em 2022, informou a Agência de Notícias de Omã. 

Dados do Centro Nacional de Estatística e Informação revelaram que as taxas cobradas por todas as ações judiciais envolvendo essas transações totalizaram 33,4 milhões de rials, refletindo um aumento de 10,3% em relação a junho de 2022.

Os dados indicam ainda que o valor negociado dos contratos de venda ascendeu a 545,7 milhões de rials para 32.907 contratos, traduzindo um aumento de 11,1 por cento em termos de valor e uma queda de 8,5% no número de contratos.

Além disso, o valor negociado dos contratos hipotecários aumentou 52,6%, registrando 852,1 milhões de rials para um total de 12.062 contratos, revelaram os dados.

Inflação na Arábia Saudita cai para 2,3% em julho  

A taxa de inflação da Arábia Saudita caiu para 2,3 por cento em julho, em comparação com 2,7% em junho, impulsionada por preços relativamente estáveis ​​em todos os setores, mostraram dados oficiais.

Um relatório divulgado pela Autoridade Geral de Estatísticas atribuiu a queda devido a queda nos preços de móveis, equipamentos domésticos e manutenção, que caíram 0,3% em julho.

Os preços de roupas e calçados caíram 0,8% em julho em relação a junho, enquanto o custo de bens e serviços pessoais caiu 0,6% no mesmo período.

Em contraste, em julho, os preços da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis aumentaram 0,3% face a junho.

O relatório apontou ainda que os preços de alimentos e bebidas aumentaram 0,4 por cento em julho em relação a junho, enquanto os preços dos hotéis subiram 0,3%.

Devido aos ventos adversos da economia global, as taxas de inflação de todas as principais economias têm testemunhado um aumento nos últimos meses. No entanto, a Arábia Saudita resistiu com sucesso a essa tendência, mantendo constantemente seu Índice de Preços ao Consumidor.

Em junho, o Fundo Monetário Internacional disse que a taxa de inflação do Reino deve permanecer em 2,8% em 2023, graças à moeda forte da Arábia Saudita e ao teto dos preços da gasolina.

O credor com sede em Washington também observou que o setor não petrolífero do Reino deve permanecer forte e crescer a uma média de 5% este ano.

Especialistas se reúnem em Riad para discutir finanças islâmicas

Espera-se que representantes da indústria islâmica de serviços financeiros deliberem sobre o desenvolvimento de competências e práticas de gerenciamento de risco na 42ª reunião do conselho de seu órgão máximo, realizada em Riade.

O evento, organizado pelo Conselho Islâmico de Serviços Financeiros, vai debater os acontecimentos recentes do setor visando melhorar sua estabilidade, segundo nota divulgada pelo Banco Central Saudita, também conhecido como SAMA.

O governador da SAMA, Ayman Al-Sayari, que também é presidente do IFSB, conduzirá o conselho anual e as reuniões da assembleia geral.

Governadores, membros do conselho e especialistas em finanças islâmicas também se reunirão no evento.

As reuniões anuais deste ano sediarão um workshop de capacitação para bancos, além de comemorar o 20º aniversário da fundação do IFSB.

De acordo com um relatório da S&P Global Ratings em maio, a indústria financeira islâmica deve crescer em 2023-2024 graças ao forte sistema bancário da Arábia Saudita.

A agência com sede nos EUA esperava um crescimento de cerca de 10% em todo o setor em 2023-2024, depois de ver uma expansão semelhante em 2022, com o Reino e o Kuwait alimentando amplamente o aumento do ano passado.

A S&P Global Ratings também acredita que, apesar de uma desaceleração econômica prevista e um declínio na emissão de sukuk este ano, as novas ofertas do produto excederão as previstas para amadurecer.

O relatório ecoou as descobertas da Fitch Ratings, com sede nos EUA, divulgadas em abril, que afirmavam que a emissão global de sukuk para o segundo trimestre de 2023 está aumentando, mesmo enfrentando incertezas de curto prazo em meio a macrovolatilidades contínuas.

Novas licenças industriais de Abu Dhabi aumentam 16,6% no primeiro ano do novo plano estratégico

Um total de 16,6% a mais de novas licenças industriais foram concedidas em Abu Dhabi no ano até junho do que no mesmo período de 2021/2022, informou a assessoria de imprensa do governo.

O aumento coincidiu com o primeiro ano de operação da nova estratégia industrial do emirado, afirmou.

Os investimentos de capital dos fabricantes que operam no emirado dos Emirados Árabes Unidos cresceram 12,42 bilhões de dirhams (US$ 3,38 bilhões) para 384,06 bilhões de dirhams no mesmo período.

Ministro das Relações Exteriores do Irã visitará a Arábia Saudita na quinta-feira (17)

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, visitará a Arábia Saudita na quinta-feira, informou a TV estatal iraniana na quinta-feira (17).

Em junho, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan, reuniu-se com autoridades iranianas em Teerã em sua primeira visita ao país após a retomada das relações diplomáticas com a república islâmica em março.

Em março, o Irã e a Arábia Saudita concordaram em um acordo mediado pela China para encerrar uma divisão diplomática e restabelecer as relações após anos de hostilidade que colocaram em risco a estabilidade regional no Golfo, bem como no Iêmen, Síria e Líbano.

A Arábia Saudita rompeu relações com o Irã em 2016, depois que manifestantes atacaram sua embaixada em Teerã em retaliação à execução de um proeminente clérigo xiita em Riad.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
18/08/2023