Cenário Econômico Internacional – 22/09/2023

Cenário Econômico Internacional – 22/09/2023

Cenário Econômico Internacional – 22/09/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Economia global enfraquecerá no próximo ano, mas economistas estão confiantes no crescimento da Índia

A maioria dos economistas espera que a economia global enfraqueça no próximo ano devido à volatilidade política e financeira, mas uma grande maioria de mais de 90% está confiante num crescimento moderado ou forte no Sul da Ásia, nomeadamente na Índia, revelou um inquérito. Ao mesmo tempo, as perspectivas para a China diminuíram na sequência de sinais de pressões deflacionistas e fragilidade no mercado imobiliário do país, afirmou o último relatório do Fórum Econômico Mundial, “Perspectivas dos Economistas-Chefes”.

À medida que o mundo enfrenta a volatilidade política e financeira, quase seis em cada dez acreditam que as perspectivas econômicas globais prejudicarão o progresso no sentido do cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, com 74 por cento a afirmar que as tensões geopolíticas terão o mesmo efeito.

Enquanto os líderes mundiais se dirigem a Nova Iorque para a semana de alto nível da ONU para discutir como avançar nos ODS, o relatório do WEF concluiu que mais de 60% dos economistas-chefes esperam que a economia global enfraqueça no próximo ano, num contexto de incerteza nacional e internacional. política e mercados financeiros instáveis.

Embora uma grande maioria (86%) espere que o recente aumento inflacionista global diminua, espera-se que o aperto prolongado das condições financeiras tenha impactos duradouros, incluindo uma restrição nos empréstimos às empresas, aumentos nos incumprimentos da dívida corporativa e potenciais correções nos setores imobiliário e financeiro. mercados acionários.

FMI e Banco Mundial manterão reuniões anuais de outubro no Marrocos, diz fonte

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial decidiram manter a realização de suas reuniões anuais previstas para outubro no Marrocos, a despeito do recente terremoto devastador que atingiu o país, disse nesta segunda-feira uma fonte familiarizada com a decisão.

A decisão, tomada por autoridades seniores do FMI e do Banco Mundial, veio depois de autoridades marroquinas pressionarem as instituições globais para prosseguirem com a reunião de 9 a 15 de outubro em Marrakech, a apenas 72 quilômetros do local do tremor de magnitude 6,8 que matou mais de 2.900 pessoas em 8 de setembro.

O FMI, o Banco Mundial e a embaixada do Marrocos em Washington não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

Havia dúvidas se o terremoto nas montanhas do Alto Atlas iria atrapalhar os planos para as reuniões no centro turístico de Marrakech, no Marrocos, que deverão trazer cerca de 10 mil a 15 mil pessoas para a cidade.

Não ficou imediatamente claro se as reuniões serão reduzidas de alguma forma.

OCDE eleva perspectiva de crescimento global para 2023, mas reduz a de 2024

O desempenho mais forte do que o esperado da economia dos Estados Unidos está ajudando a manter a desaceleração global sob controle este ano, mas o enfraquecimento da economia chinesa será um obstáculo maior em 2024, segundo previsão da OCDE na terça-feira (19).

Após uma expansão de 3,3% no ano passado, o crescimento do Produto Interno Bruto global está em vias de desacelerar para 3,0% este ano, informou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico na última atualização de suas previsões para as principais economias.

Embora isso represente uma melhora em relação aos 2,7% da perspectiva de junho da OCDE, o crescimento global deverá desacelerar para 2,7% em 2024 – abaixo da estimativa de 2,9% de junho.

A entidade sediada em Paris melhorou com força a perspectiva para a expansão do Brasil em 2023, passando a ver uma taxa de 3,2% contra 1,7% em junho. A projeção para o ano que vem também aumentou, com estimativa agora de crescimento de 1,7%, de 1,2% antes.

A OCDE disse ainda que agora espera que a economia dos EUA cresça 2,2% este ano, em vez de 1,6% como previsto em junho, uma vez que o crescimento dos EUA se mostra mais resiliente do que a maioria dos economistas esperava em face de uma série de aumentos de juros.

No entanto, é provável que haja uma desaceleração no próximo ano para 1,3%, embora isso seja melhor do que a taxa de 1,0% para 2024 esperada em junho.

A melhora na perspectiva dos EUA para este ano ajudou a compensar a fraqueza na China e na zona do euro, arrastada pela Alemanha – a única grande economia para a qual se vê uma recessão.

A OCDE previu que a economia chinesa desacelerará de 5,1% este ano para 4,6% no próximo ano, à medida que o ímpeto do fim das restrições da Covid se dissipa e o mercado imobiliário enfrenta dificuldades. Em junho, a OCDE havia previsto um crescimento de 5,4% neste ano e de 5,1% no próximo.

A organização reduziu a perspectiva de crescimento da zona do euro este ano para apenas 0,6%, em comparação com 0,9% em junho, mas previu que aceleração no próximo ano para 1,1%, em comparação com 1,5% em junho, com o retorno da Alemanha ao crescimento.

Dívida global atinge recorde de US$ 307 trilhões e índices de endividamento aumentam, diz IIF

A dívida global atingiu um recorde de 307 trilhões de dólares no segundo trimestre do ano, apesar do aumento das taxas de juros que tem restringido o crédito bancário, com mercados como os Estados Unidos e o Japão impulsionando o aumento, informou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).

A associação global da indústria de serviços financeiros disse em um relatório que a dívida global aumentou em 10 trilhões de dólares no primeiro semestre de 2023 e em 100 trilhões de dólares na última década.

A instituição disse que o último aumento elevou o índice de dívida global em relação ao PIB pelo segundo trimestre consecutivo para 336%. Antes de 2023, o índice da dívida vinha diminuindo há sete trimestres.

O crescimento mais lento da atividade, juntamente com uma desaceleração nos aumentos de preços, foram os responsáveis pelo aumento do índice de endividamento, segundo o relatório.

“O aumento repentino da inflação foi o principal fator por trás do declínio acentuado do índice de endividamento nos últimos dois anos”, disse o IIF, acrescentando que, com a moderação das pressões salariais e de preços, eles esperam que o índice de endividamento ultrapasse 337% até o final do ano.

Mais de 80% do último aumento da dívida veio do mundo desenvolvido, com os Estados Unidos, Japão, Reino Unido e França registrando os maiores aumentos. Entre os mercados emergentes, os maiores aumentos vieram das maiores economias como China, Índia e Brasil.

“Como as taxas mais altas e os níveis mais altos de endividamento aumentam as despesas com juros do governo, as tensões da dívida interna devem aumentar”, disse o IIF.

O relatório constatou que a dívida das famílias em relação ao PIB nos mercados emergentes ainda estava acima dos níveis pré-pandemia, em grande parte devido à China, Coreia e Tailândia. No entanto, o mesmo índice nos mercados maduros caiu para seu nível mais baixo em duas décadas nos primeiros seis meses do ano.

“Se as pressões inflacionárias persistirem nos mercados maduros, a saúde dos balanços patrimoniais das famílias, particularmente nos Estados Unidos, fornecerá um amortecedor contra novos aumentos das taxas”, disse.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (18), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, enquanto participantes do mercado aguardavam a esperada decisão do Federal Reserve de manter a taxa básica de juro inalterada na quarta-feira. O índice Dow Jones teve alta de 0,02%, a 34.624,30 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,07%, a 4.453,53 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,01%, a 13.710,24 pontos.

Na terça-feira (19), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, pressionadas por aversão ao risco em meio à reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve queda de 0,31%, a 34.517,73 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,22%, a 4.443,95 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,23%, a 13.678,19 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, depois que o Federal Reserve (Fed) manteve a taxa de juros inalterada, conforme amplamente esperado, e revisou projeções econômicas, alertando que a batalha contra a inflação está longe de ser concluída. O índice Dow Jones teve queda de 0,22%, a 34.440,88 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,94%, a 4.402,20 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,53%, a 13.469,13 pontos.

Na quinta-feira (21), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, com um salto nos rendimentos dos Treasuries derrubando as ações de crescimento depois que o Federal Reserve sinalizou que outro aumento da taxa de juros pode acontecer este ano. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,56%, a 34.247,17 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 1,06%, a 4.355,72 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 1,20%, a 13.307,06 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 15.09.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (15) cotado a R$ 4,8712 com queda de 0,03%. Com o mercado digerindo novos dados da economia chinesa, enquanto investidores aguardam ansiosamente a reunião de política monetária do Federal Reserve da semana que vem.

Na segunda-feira (18) – O dólar à vista registrou queda de 0,31%, cotado a R$ 4,8561 na venda. Em sintonia com o exterior, onde a moeda também caía ante outras divisas de exportadores de commodities, com investidores à espera das decisões sobre juros ao longo da semana. O dólar oscilou entre R$ 4,8789 na máxima e R$ 4,8418 na mínima.

Na terça-feira (19) – O dólar à vista registrou alta de 0,35%, cotado a R$ 4,8730 na venda. Interrompendo a sequência mais recente de baixas, com investidores mantendo a maior parte das posições antes das decisões sobre juros do Banco Central e do Federal Reserve, ambas marcadas para a quarta-feira (20). O dólar oscilou entre R$ 4,8756 na máxima e R$ 4,8420 na mínima.

Na quarta-feira (20) – O dólar à vista registrou alta de 0,15%, cotado a R$ 4,8802 na venda. Em sintonia com o exterior, onde a divisa norte-americana manteve-se em baixa durante a maior parte da sessão, mas virou para o positivo no fim da tarde após a decisão de política monetária do Federal Reserve, e com investidores à espera do anúncio do Banco Central sobre a taxa básica Selic. O dólar oscilou entre R$ 4,8807 na máxima e R$ 4,8434 na mínima.

Na quinta-feira (21) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,92% cotado a R$ 4,9251 na venda. Mesmo sem surpresas na decisão de política monetária do Banco Central da véspera, uma vez que o tom ainda duro por parte do Federal Reserve em sua reunião de definição dos juros pesava no sentimento global.

Contratações sazonais no varejo dos EUA vão cair a níveis vistos em 2008

O setor varejista dos EUA vai contratar o menor número de trabalhadores sazonais para esta temporada de festas de fim de ano desde 2008, devido ao aumento dos custos trabalhistas e à instabilidade na confiança do consumidor, de acordo com um relatório da Challenger, Gray & Christmas fornecido exclusivamente à Reuters.

Espera-se que as varejistas criem apenas 410.000 empregos sazonais nesta temporada, de acordo com uma análise de dados não ajustados sazonalmente do Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS, na sigla em inglês) pela empresa global de outplacement e coaching executivo.

O número está pouco acima dos 324.900 trabalhadores contratados durante o último trimestre da recessão financeira de 2008.

Os varejistas dos EUA criaram 519.400 empregos no último trimestre de 2022, um declínio de 26% em relação ao mesmo período de 2021.

Estima-se que as vendas no período de festas cresçam no ritmo mais lento dos últimos cinco anos, à medida em que a diminuição das poupanças das famílias e as preocupações com a economia levam os consumidores a gastar de forma mais criteriosa, de acordo com a Deloitte.

Os empregadores já mostram sinais de hesitação na contratação, à medida que o mercado de trabalho começa a arrefecer, após um período de aperto de três anos.

As empresas sediadas nos EUA anunciaram até agora apenas 8.000 contratações planejadas para a temporada de festas de final de ano, em comparação com as 258.201 contratações planejadas anunciadas pelos empregadores até este ponto em 2022, de acordo com o rastreamento da Challenger, Gray & Christmas.

Governo argentino prevê crescimento de 2,7% e desaceleração da inflação em 2024

A economia da Argentina deverá crescer 2,7% em 2024, depois de contrair 2,5% este ano, de acordo com uma proposta orçamentária enviada pelo Ministério da Economia ao Congresso.

“Espera-se que o crescimento do PIB continue a uma taxa de 2,0% anualmente durante o período 2025-2026”, mostra a proposta orçamentária acrescentando que o crescimento de 2024 seria impulsionado por uma “recuperação no setor agrícola, principalmente devido à recuperação esperada na colheita da soja e do milho”.

O governo também espera que o país tenha uma taxa de inflação anual de 135,7% em 2023 e 69,5% em 2024.

A proposta orçamentária também mostra que o governo espera que a moeda do país enfraqueça acentuadamente no próximo ano, para 607 pesos por dólar, dos 365,9 pesos por dólar esperados para 2023.

O país enfrenta uma inflação anual de três dígitos, traz desafios diários aos consumidores para encontrar opções mais baratas, à medida que os aumentos de preços agitam o mercado.

A inflação mensal atingiu 12,4% em agosto, o valor mais elevado desde 1991. O aumento das pressões sobre os preços elevou os níveis de pobreza para mais de 40% e despertou a raiva na elite política tradicional antes das eleições nacionais em outubro.

O país também luta para salvar um acordo de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em meio a uma depreciação constante do peso, de reservas negativas do Banco Central e de uma economia enfraquecida devido ao impacto da seca no setor agrícola.

Canadá diz que grandes redes de supermercados concordam em ajudar a estabilizar preços

As cinco principais redes de supermercados do Canadá concordaram em ajudar o governo em sua tentativa de estabilizar o aumento dos preços, disse um ministro sênior, após negociações para resolver uma questão que está prejudicando os liberais no poder.

O ministro da Inovação, François-Philippe Champagne, fez o anúncio após duas horas do que considerou difíceis discussões com as redes.

Champagne, que convocou os executivos a Ottawa, reiterou a ameaça de que o governo poderia impor novos impostos se as cadeias não apresentassem um plano para ajudar a enfrentar os aumentos de preços que estouram o orçamento.

“Eles concordaram em apoiar o governo do Canadá nos nossos esforços para estabilizar os preços no Canadá”, disse Champagne aos jornalistas, sem dar detalhes.

“Este é um passo na direção certa”, disse ele. “Continuaremos a pressioná-los, acredite em mim, isto é apenas o começo.”

Os Liberais estão atrás nas sondagens e enfrentam queixas sobre o elevado custo de vida e a falta de habitação a preços acessíveis.

Um dos cinco executivos presentes na reunião, o CEO da Metro (MRU.TO), Eric La Fleche, disse que as redes estavam ansiosas para fazer tudo o que pudessem, mas rejeitou a ideia de que só elas eram as culpadas.

Ministro da Economia do Peru vê inflação diminuindo para 5,2% em setembro

A inflação anual do Peru pode cair para 5,2% em setembro, disse o ministro da Economia, Alex Contreras, em entrevista coletiva.

Dados da agência nacional de estatísticas INEI mostraram que a inflação acumulada em 12 meses no país andino foi de 5,58% em agosto, a mais baixa desde setembro de 2021.

O Peru, o segundo maior produtor mundial de cobre, tem enfrentado condições climáticas adversas, menor investimento privado na mineração e protestos antigovernamentais.

Eventos climáticos adversos levaram na semana passada o chefe do Banco Central do país a aumentar a previsão de inflação para o ano de 3,3% para 3,8%.

Dívida nacional dos EUA bate recorde e chega a US$ 33 trilhões

A dívida nacional dos Estados Unidos ultrapassou US$ 33 trilhões (cerca de R$ 160 trilhões) pela primeira vez na história, segundo dados divulgados pelo Departamento do Tesouro.

O recorde vem em meio a uma possível paralisação do governo norte-americano nas próximas semanas, que enfrenta um embate sobre gastos federais.

O Congresso tem até o dia 30 de setembro para chegar a um acordo para financiar o governo federal. Caso contrário, as agências federais terão que fazer uma paralisação, o que não acontecia desde 2019.

O debate sobre a dívida americana ficou ainda mais intenso este ano, motivado por um impasse prolongado sobre o aumento do limite de endividamento do país.

A discussão terminou em um acordo bipartidário, que suspende o limite da dívida por dois anos e reduz os gastos federais em US$ 1,5 trilhão (R$ 7,2 trilhões) ao longo de uma década, congelando parte do financiamento e limitando os gastos a alta de 1% em 2025.

Alguns programas de gastos federais aprovados durante o governo de Joe Biden podem custar mais caro do que o esperado.

A Lei de Redução da Inflação de 2022, por exemplo, anteriormente estimada em cerca de US$ 400 bilhões (R$ 1,9 trilhão) ao longo de uma década, pode custar mais de US$ 1 trilhão (R$ 4,8 trilhões), segundo o Modelo Orçamentário Penn Wharton, da Universidade da Pensilvânia, isso devido à alta demanda por créditos fiscais de energia limpa incluída na lei.

Além disso, os programas de ajuda lançados durante a pandemia de Covid-19 ainda representam alto custo aos cofres públicos.

PIB da Argentina recua 4,9% no segundo trimestre na base anual

O Produto Interno Bruto (PIB) argentino teve uma queda acentuada de 4,9% ano a ano no segundo trimestre de 2023, informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec), dados semelhantes aos esperados por analistas.

Especialistas consultados pela Reuters estimavam uma queda de 4,8% no PIB para o período entre abril e junho passados.

O Indec sinalizou que o PIB ajustado sazonalmente apresentou um decréscimo de 2,8% em comparação com o primeiro trimestre do ano.

A contração da economia do país é a mais forte desde 2020.

Banco do Canadá: a inflação subjacente é inconsistente com a meta de 2%

O Banco do Canadá disse que a volatilidade recente na inflação global não é incomum, mas que a tendência subjacente mostrada pelas medidas básicas era inconsistente com a redução da inflação para a meta de 2%.

No início da terça-feira (19), os números da inflação de agosto mostraram um salto no número principal para 4,0%, de 3,3% em julho, acima do previsto pela maioria dos analistas.

“Os altos e baixos do tamanho que vimos nos últimos meses não são tão incomuns”, disse a vice-governadora Sharon Kozicki em discurso na Universidade de Regina, em Saskatchewan.

“(Eles) são uma das razões pelas quais olhamos para as medidas do núcleo da inflação, que excluem componentes com movimentos de preços mais voláteis, para ter uma noção do que é a inflação subjacente.”

Uma dessas medidas principais, o corte do IPC, que deixa de fora o aumento dos custos dos juros hipotecários, tem estado entre 3,5% e 4% nos últimos meses.

“A inflação subjacente ainda está bem acima do nível que seria consistente com o alcance da nossa meta de inflação medida pelo IPC de 2%”, disse Kozicki.

Após a divulgação dos dados de inflação de agosto, os mercados monetários aumentaram as apostas para um aumento das taxas após a próxima reunião de política monetária, em 25 de outubro, vendo uma probabilidade de 42% de um aumento, em comparação com os 23% anteriores.

A inflação excedeu a meta de 2% do banco há mais de dois anos.

Fed mantém taxa de juros e prevê política monetária mais apertada durante 2024

O Federal Reserve manteve a taxa de juros, mas endureceu sua postura, com projeção de um novo aumento dos juros até o final do ano e manutenção da política monetária durante 2024 mais apertada do que o esperado anteriormente.

Assim como fizeram em junho, as autoridades do Fed ainda veem a taxa de juros de referência do Banco Central atingindo o pico este ano na faixa de 5,50% a 5,75%, de acordo com a mediana das projeções, apenas 0,25 ponto percentual acima da faixa atual.

Mas, a partir daí, as projeções trimestrais atualizadas do Fed mostram que os juros cairão apenas 0,5 ponto percentual em 2024, em comparação com 1 ponto percentual total de cortes previsto na reunião de junho.

Com a taxa de juros caindo para 5,1% até o final de 2024 e 3,9% até o fim de 2025, a principal medida de inflação do Banco Central deverá recuar para 3,3% até o final deste ano, para 2,5% no próximo e para 2,2% até o final de 2025. O Fed espera que desacelere para a meta de 2% em 2026, o que é mais tarde do que algumas autoridades ​​pensavam ser possível.

“A inflação permanece elevada”, disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) em um comunicado de política monetária que incluiu projeções que incorporam um crescimento econômico e de empregos mais forte do que as previsões anteriores, mantendo as perspectivas de um “pouso suave”.

Os mercados financeiros esperavam amplamente que o Banco Central deixasse a taxa de juros inalterada.

O chair do Fed, Jerome Powell, manteve abertas as opções de ação do Banco Central.

“Estamos em posição de proceder com cuidado à medida que avaliamos os dados recebidos e a evolução das perspectivas e dos riscos”, disse ele em uma coletiva de imprensa após a divulgação do comunicado e das projeções. “Estamos preparados para aumentar ainda mais os juros, se for apropriado, e pretendemos manter a política monetária em um nível restritivo até estarmos confiantes de que a inflação está desacelerando de forma sustentável em direção à nossa meta.”

Antes da reunião, investidores apostavam em cortes significativos na taxa de juros do Fed no próximo ano, uma expectativa agora afetada pelas projeções que mostram que dez das 19 autoridades do Fed veem a taxa de juros acima de 5% durante o próximo ano.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (18), as bolsas europeias fecharam em queda, em dia de agenda esvaziada, com clima de cautela antes das decisões de política monetária dos Bancos Centrais britânico e norte-americano nesta semana. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,13%, a 456.72 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,39%, a 7.276,14 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,05%, a 15.727,12 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,24% a 6.126,96 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,71% a 9.482,10 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,76%, a 7.652,94 pontos.

Na terça-feira (19), as bolsas europeias fecharam mistas, revertendo parte das fortes perdas da véspera, enquanto investidores se posicionam para decisões de política monetária em economias de peso, entre elas Estados Unidos e Reino Unido. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,04%, a 456,52 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,08%, a 7.282,12 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,40%, a 15.664,48 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,45% a 6.154,55 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,40% a 9.520,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,09%, a 7.660,20 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas europeias fecharam em alta, à medida que rendimentos dos títulos governamentais em todo o continente caíam, enquanto investidores estavam atentos ao veredito do Federal Reserve sobre a política monetária. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,91%, a 460,66 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,67%, a 7.330,79 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,75%, a 15.781,59 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,55%, a 6.188,27 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,24%, a 9.645,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,93%, a 7.731,65 pontos.

Na quinta-feira (21), as bolsas europeias fecharam em queda, no meio de uma série de decisões sobre taxas de juro por parte dos bancos centrais de Inglaterra, Turquia, Suécia, Suíça e Noruega. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,29%, a 454,72 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,59%, a 7.213,90 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,33%, a 15.571,86 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,41%, a 6.163,05 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,03%, a 9.546,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,69%, a 7.678,62 pontos.

Banco Central da Rússia sobe taxa de juros para 13%

O Banco Central da Rússia aumentou sua taxa básica de juros em 1 ponto percentual, de 12% para 13%. Em comunicado, a instituição afirmou que a inflação, atualmente em 5,2%, precisa cair para 4% em 2024 e que um “aperto monetário adicional é necessário”. A próxima reunião do Conselho de Administração do banco para revisão das taxas de juros será em 27 de outubro de 2023.

Economia alemã deve encolher no 3º trimestre, diz Banco Central

A economia da Alemanha provavelmente encolherá neste trimestre, uma vez que o setor industrial está em recessão e o consumo privado contribui pouco para o crescimento, disse o Banco Central alemão em um relatório econômico mensal na segunda-feira (18).

A maior economia da Europa sofreu uma breve recessão na virada do ano e ficou estagnada no segundo trimestre, de modo que uma contração no período atual significaria quatro trimestres consecutivos de taxas negativas ou estáveis.

“Apesar do ritmo um pouco mais lento dos aumentos de preços, dos fortes aumentos salariais e do mercado de trabalho bom, as famílias ainda estão segurando os gastos”, disse o Bundesbank.

“Além da moderação do consumidor, a crescente fraqueza da indústria também está pesando sobre o desempenho econômico”, acrescentou.

A inflação da zona do euro caiu pela metade desde o final de 2022, mas, em 5,3%, continua desconfortavelmente alta, e o Banco Central Europeu elevou sua taxa de depósito para um recorde de 4% para deter o rápido crescimento dos preços.

Esse aumento nos custos de financiamento também pesará sobre o crescimento, disse o Bundesbank, assim como a queda na entrada de pedidos para o vasto setor industrial do país.

“O declínio baixo e contínuo na entrada de encomendas e a queda na carteira de pedidos estão tendo um impacto cada vez maior sobre a produção industrial”, disse o Banco Central.

O setor industrial da Alemanha, fortemente exposto às exportações, foi particularmente atingido pela demanda fraca da China e suas perspectivas de recuperação permanecem fracas, segundo economistas.

Inflação britânica será a mais alta entre grandes economias em 2023, diz OCDE

O Reino Unido continua a caminho de ter a inflação mais alta entre as principais economias ricas em 2023, de acordo com as previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mostraram que o problema de inflação do país está aumentando em comparação com a maioria de seus pares.

A taxa de inflação geral do Reino Unido deve atingir uma média de 7,2% em 2023, acima da previsão anterior de 6,9% feita pela OCDE em junho.

A nova estimativa representou a maior revisão para cima para qualquer economia do G7, com exceção do Japão, no último conjunto de projeções da organização sediada em Paris, publicado na terça-feira (19).

O número também foi mais alto do que a inflação esperada para este ano na Alemanha, de 6,1%, e pela França, de 5,8%, que representaram cortes em relação às previsões de junho da OCDE.

O primeiro-ministro Rishi Sunak prometeu reduzir a inflação pela metade até o final deste ano, antes de uma eleição em 2024, o que significa que ela precisaria cair de cerca de 7% atualmente para cerca de 5% em dezembro na comparação com o mesmo mês do ano passado.

As projeções atualizadas da OCDE, que sugerem que atingir essa meta será uma tarefa difícil, mostraram que a inflação britânica deve desacelerar para 2,9% em 2024, o mesmo que a França e um pouco abaixo dos 3,0% da Alemanha.

“Hoje, a OCDE apresentou um cenário global desafiador, mas é uma boa notícia que eles esperam que a inflação do Reino Unido caia abaixo de 3% no próximo ano”, disse o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, em um comunicado.

A taxa elevada de inflação do Reino Unido levou o Banco da Inglaterra a aumentar os custos dos empréstimos 14 vezes consecutivas desde dezembro de 2021.

O Banco Central deve elevar a taxa bancária novamente na quinta-feira para 5,5%, de 5,25%, embora economistas e investidores acreditem que esse pode ser o último aumento nas tentativas da instituição em sufocar os riscos de inflação em uma economia que está mostrando sinais de desaceleração.

Inflação na zona do euro em agosto é revisada para baixo

A inflação ao consumidor da zona do euro em agosto foi ligeiramente mais fraca do que a inicialmente estimada, informou a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, mas ainda assim permaneceu mais do que o dobro da meta do Banco Central Europeu.

A Eurostat disse na terça-feira (19) que a inflação nos 20 países que compartilham o euro foi de 0,5% em agosto em relação ao mês anterior e de 5,2% na base anual, abaixo da preliminar de 5,3% divulgada em 31 de agosto.

O BCE quer manter a inflação em 2,0% no médio prazo.

A Eurostat informou que o núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis da energia e dos alimentos não processados, foi de 0,3% no mês de agosto e de 6,2% na base anual, em linha com as estimativas iniciais.

Uma medida ainda mais restrita da inflação, que também exclui álcool e tabaco e é observada por muitos economistas, apresentou alta de 0,3% no mês e de 5,3% em relação ao ano anterior, também em linha com as estimativas de 31 de agosto.

A Eurostat disse que os serviços mais caros tiveram o maior impacto sobre a leitura anual em agosto, acrescentando 2,41 pontos percentuais ao número final. Alimentos, álcool e tabaco somaram mais 1,98 ponto e bens industriais, 1,19 ponto. Uma queda nos preços da energia subtraiu 0,34 ponto.

Para reduzir a inflação para sua meta, o BCE aumentou sua taxa de depósito para um recorde de 4% na semana passada e indicou uma pausa, aumentando as expectativas no mercado de que seu próximo movimento será um corte, possivelmente já no final da primavera de 2024.

UE precisa revisar tomada de decisões antes de expansão, diz documento franco-alemão

A União Europeia precisa revisar radicalmente seu processo de tomada de decisões e financiamento antes de poder aceitar que mais países se juntem ao bloco de 27 nações até 2030, disse um documento encomendado a especialistas pelos governos francês e alemão, dividindo países integrantes da UE.

Oito países têm atualmente o status oficial de candidato a membro da UE, Turquia, Ucrânia, Moldávia, Albânia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro, Macedônia do Norte e Sérvia, enquanto dois, a Geórgia e o Kosovo, são potenciais candidatos.

“Por razões geopolíticas, a expansão da UE está na prioridade da agenda política, mas a UE ainda não está preparada para acolher novos membros, nem institucional nem politicamente”, afirma o relatório apresentado aos ministros da UE em Bruxelas.

O documento, visto por algumas autoridades como uma ideia inicial num longo debate nos próximos anos sobre como reformar a UE, recebeu críticas iniciais mistas por parte de ministros do governo da UE.

“Ele conseguiu concentrar o debate em alguns pontos e ao mesmo tempo polarizar as respostas dos Estados-membros”, disse Pascual Ignacio Navarro Rios, ministro interino da Espanha para a Europa, em uma coletiva de imprensa.

Apesar de ter sido apresentado pelos dois países, o documento afirma que não deve ser encarado como uma representação das opiniões de Paris e Berlim. Ele diz ainda que a UE deveria avançar na direção de estabelecer que todas as suas decisões sejam definidas por maioria qualificada, em vez de reservar algumas áreas para acordos unânimes.

“As instituições e os mecanismos de tomada de decisão não foram concebidos para um grupo de até 37 países e, tornam difícil até mesmo para os 27 lidarem crises de forma eficaz e tomarem decisões estratégicas”, afirma.

Supermercados franceses exigirão que grupos de alimentos reduzam preços em até 5%

Grupos de supermercados na França podem exigir cortes de preços de 2% a 5% dos fabricantes de alimentos em negociações que devem começar em breve, disse o chefe da varejista Les Mousquetaires a parlamentares na quarta-feira (20) em uma mesa redonda com executivos.

Os retalhistas franceses criticaram gigantes dos bens de consumo como a Unilever e a Nestlé pelos aumentos de preços que consideram injustificados. O governo também pressionou os fabricantes de bens de consumo para que reduzissem os preços.

Os custos mais baixos das matérias-primas e da energia significam que a produção de alimentos e outros bens de consumo é menos dispendiosa, disse o presidente da Les Mousquetaires, Thierry Cotillard, e os preços acordados nas negociações devem refletir isso.

“Provavelmente deveríamos ser capazes de exigir que os grandes grupos (de bens de consumo) reduzissem os preços entre 2% e 5%”, disse ele.

Cotillard disse que os negócios do grupo em Portugal conseguiram negociar preços mais baixos com empresas de bens de consumo, porque as negociações de preços não estão restritas a uma janela anual. A Les Mousquetaires opera em Portugal sob a insígnia Les Mousquetaires.

Itália abre investigação contra Ryanair em meio a polêmica sobre tarifas

A agência antitruste da Itália abriu uma investigação contra a companhia aérea de baixo custo Ryanair “por possível abuso de posição dominante (de mercado)”, o mais recente desafio regulatório na Itália para a maior companhia aérea da Europa.

A Ryanair já está em uma disputa com o governo italiano, que está tentando segurar o preço dos voos domésticos para suas principais ilhas nos momentos de pico.

A empresa disse que os voos italianos para a Sicília serão reduzidos em 10% em sua mais recente programação de inverno, culpando o limite de preços planejado pelo governo.

Anunciando uma nova batalha regulatória, a autoridade italiana de concorrência disse suspeitar que a companhia aérea esteja explorando uma posição dominante “para ampliar seu poder” em outros setores, como hotéis e aluguel de carros, em detrimento das agências de viagem.

A empresa supostamente limita a capacidade das agências de viagem de comprar passagens em seu site, restringindo assim sua capacidade de oferecer serviços de acomodação e transporte juntamente com passagens aéreas, disse a autoridade.

O governo italiano solicitou ao mesmo órgão regulador que policiasse o preço dos voos para as ilhas, modificando um decreto original anunciado em agosto para estabelecer um teto sobre as tarifas aéreas.

Eddie Wilson, chefe-executivo da Ryanair DAC, a maior companhia aérea do grupo Ryanair, disse que a companhia aérea se opôs à medida, apesar da modificação.

Ele também disse que a empresa acolhe a investigação da agência antitruste, dizendo que o órgão deve levar em conta outros aspectos e “trazer transparência para todos”, segundo a agência de notícias Ansa.

Banco da Inglaterra interrompe aumentos de juros com desaceleração da economia

O Banco da Inglaterra interrompeu sua longa série de aumentos da taxa de juros na quinta-feira (21) em meio à desaceleração da economia britânica, mas disse que não está dando como certo a recente queda da inflação.

Um dia depois de uma surpreendente desaceleração no ritmo de aumento dos preços no Reino Unido, o Comitê de Política Monetária do Banco Central votou por 5 a 4 para manter a taxa de juros em 5,25%.

Quatro membros, Jon Cunliffe, Megan Greene, Jonathan Haskel e Catherine Mann, votaram para aumentar os juros a 5,5%.

Foi a primeira vez desde dezembro de 2021 que o Banco da Inglaterra não aumentou os custos de empréstimos.

“Há sinais crescentes de algum impacto da política monetária mais apertada sobre o mercado de trabalho e sobre a dinâmica da economia real de forma mais geral”, disse o comitê em comunicado.

O Banco Central reduziu sua previsão de crescimento econômico para o período de julho a setembro para apenas 0,1%, em comparação com a estimativa de agosto de 0,4%, e observou sinais claros de fraqueza no mercado imobiliário.

É provável que o crescimento no restante do ano seja mais fraco do que as previsões anteriores, disse o Banco da Inglaterra.

O crescimento recorde dos salários dos trabalhadores, que tem sido uma grande preocupação para o Banco Central, não foi sustentado por outras medidas do mercado de trabalho, observou, sugerindo que as autoridades de política monetária do Banco Central esperam desaceleração em breve.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (18), as bolsas asiáticas fecharam mistas, demonstrando cautela em uma semana que trará anúncios de política monetária nos EUA, na China e no Japão. O índice Xangai teve alta de 0,26%, a 3.125,93 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido ao feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,39%, a 17.930,55 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,51%, a 3.727,71 pontos.

Na terça-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com investidores mantendo a cautela antes da decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). O índice Xangai teve queda de 0,03%, a 3.124,96 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,87%, a 33.242,59 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,37%, a 17.997,17 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,19%, a 3.720,50 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após a China deixar seus principais juros inalterados e à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve, que também deverá congelar suas taxas. O índice Xangai teve queda de 0,52%, a 3.108,57 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,66%, a 33.023,78 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,62%, a 17.885,60 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,40%, a 3.705,69 pontos.

Na quinta-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam em queda, um dia após o Federal Reserve manter seus juros, mas também sinalizar um novo aumento das taxas ainda este ano. Pressionados também por preocupações com a frágil recuperação da segunda maior economia do mundo. O índice Xangai teve queda de 0,77%, a 3.084,70 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,37%, a 32.571,03 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,29%, a 17.655,41 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,90%, a 3.672,44 pontos.

Gabinete tailandês aprova orçamento mais elevado para o ano fiscal de 2024

O novo gabinete da Tailândia aprovou na segunda-feira (18) gastos orçamentários maiores de 3,48 trilhões de baht (97,64 bilhões de dólares) para o ano fiscal de 2024, junto com um déficit orçamentário maior de 693 bilhões de baht, disse o vice-ministro das Finanças na segunda-feira (18).

A alocação maior ocorre num momento em que o novo governo, que tomou posse no mês passado, traça novas políticas para estimular uma economia lenta, pressionada pela fraca procura de exportações e pela baixa confiança dos investidores.

“O gabinete aprovou um orçamento de 3,48 biliões de baht para o ano fiscal de 2024, o que está em linha com as condições econômicas e a arrecadação de receitas”, disse o vice-ministro das Finanças, Julapun Amornvivat, aos jornalistas.

O orçamento revisto é superior ao aprovado pelo governo anterior, que previa gastos de 3,35 biliões de baht e um défice de 593 mil milhões de baht.

O novo orçamento projeta um aumento de 9,3% nas despesas e uma queda de 0,3% no défice orçamental, para 693 mil milhões de baht, ou 3,63% do produto interno bruto (PIB), em comparação com o atual ano fiscal, afirmou o Gabinete do Orçamento num comunicado.

O investimento representa 20,6% do gasto total, com 717,2 bilhões de baht. O plano baseia-se no crescimento econômico projetado de 2,7% a 3,7% em 2024.

O processo orçamental de 2024 esteve suspenso até à tomada de posse do novo governo, três meses após as eleições de maio. Na semana passada, o Gabinete do Orçamento disse que o orçamento estaria pronto em abril de 2024, bem depois do início do novo ano fiscal em outubro.

A economia do Sri Lanka encolheu 3,1% no segundo trimestre em meio à crise financeira

A economia do Sri Lanka encolheu 3,1% no trimestre abril-junho, mostraram dados oficiais, enquanto o país luta para sair de sua pior crise financeira em décadas.

A recessão foi impulsionada pela inflação elevada, pela desvalorização da moeda e pelo menor poder de compra, afirmou o Departamento de Censo e Estatística num comunicado.

O setor agrícola cresceu 3,6% em relação ao ano anterior, mas a produção das indústrias contraiu 11,5% e os serviços caíram 0,8%, informou o departamento.

O Banco Central do Sri Lanka prevê que o produto interno bruto (PIB) irá encolher 2% este ano, tendo contraído 7,8% em 2022, depois de a economia da ilha ter caído numa grave crise cambial que dizimou o crescimento.

A economia contraiu 11,5% nos primeiros três meses deste ano, mas a atividade estabilizou gradualmente desde que o governo conseguiu garantir um resgate de 2,9 mil milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI) em março.

“A contração está a abrandar e esperamos que as coisas cheguem ao fundo do poço durante o segundo trimestre e depois voltem ao crescimento a partir do terceiro trimestre”, disse Dimantha Mathew, chefe de pesquisa da First Capital.

“O trimestre julho-setembro seria a primeira vez em seis trimestres que o Sri Lanka poderá apresentar um crescimento positivo.”

China e UE mantêm conversas sobre IA e fluxo transfronteiriço de dados em meio a novas tensões

A China e a União Europeia conversaram sobre temas como inteligência artificial e fluxos transfronteiriços de dados, em Pequim, em meio a disputas sobre uma investigação da UE sobre os subsídios da China para veículos elétricos.

As conversas faziam parte de um Diálogo Digital de Alto Nível entre a UE e a China, copresidido pelo vice-primeiro-ministro da China, Zhang Guoqing, e pela vice-presidente da Comissão Europeia para Valores e Transparência, Vera Jourová, o primeiro desse tipo em três anos, informou a Comissão Europeia em comunicado.

A reunião ocorre em um momento de crescente tensão entre a China e a UE, após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciar uma investigação sobre possibilidade de impor tarifas punitivas sobre os veículos elétricos chineses para proteger os produtores da UE.

Pequim criticou a investigação como um “ato protecionista” e advertiu que isso prejudicaria as relações econômicas.

As conversas abrangeram questões importantes, incluindo plataformas e regulamentação de dados, inteligência artificial (IA) e fluxo transfronteiriço de dados industriais, afirmaram a China e a UE.

Ambas as partes concordaram em promover um ambiente aberto, justo e não discriminatório para o desenvolvimento da economia digital, segundo a agência de notícias Xinhua.

Os dois lados também discutiram outros tópicos, incluindo pesquisa e inovação, tecnologia da informação e comunicação e segurança de produtos vendidos online.

Comitê parlamentar da Indonésia aprova orçamento maior para 2024 de US$ 216 bilhões

O comitê do parlamento da Indonésia aprovou na terça-feira (19) o maior gasto orçamentário do governo para 2024, de 216 bilhões de dólares, para apoiar o crescimento econômico, mas alguns analistas dizem que uma reserva maior de gastos pode ser necessária para lidar com eventos climáticos adversos.

O orçamento do presidente Joko Widodo para 2024, o seu último ano no cargo, visa despesas em 3.325,1 biliões de rupias (216,27 mil milhões de dólares), um aumento de 6,45% em relação às perspectivas de 2023 para compensar os subsídios energéticos mais elevados num contexto de aumento dos preços globais do petróleo.

O déficit fiscal para o próximo ano foi estimado em 2,29% do produto interno bruto, contra uma perspectiva de 2,3% do PIB para este ano, com o crescimento econômico em 2024 a ser um pouco mais elevado, em 5,2%.

A proposta de orçamento fiscal foi aprovada pelo comité orçamental presidido por Said Abdullah.

O Ministro das Finanças, Sri Mulyani Indrawati, destacou o risco do aumento dos preços globais do petróleo bruto para o orçamento no próximo ano.

“As incertezas globais ainda estarão conosco, por isso o orçamento do Estado terá de continuar a proteger as pessoas de quaisquer choques”, disse Sri Mulyani.

O comité aprovou uma revisão do total dos subsídios à energia em cerca de 2%, para 189,1 biliões de rupias, contra 185,9 biliões de rupias na proposta inicial.

O economista-chefe do Banco Permata, Josua Pardede, disse que pode ser necessário um aumento adicional nos gastos como proteção contra o impacto das condições climáticas do El Nino, que causou uma estação seca mais longa que afetou as colheitas.

China mantém taxas de juros de referência à medida que a economia se estabiliza

A China deixou inalteradas as taxas de juros de referência para empréstimos em uma fixação mensal na quarta-feira (20), em linha com as expectativas, uma vez que novos sinais de estabilização econômica e o enfraquecimento do iuan reduziram a necessidade de afrouxamento monetário imediato.

Dados econômicos recentes mostraram que a segunda maior economia do mundo está se recuperando após uma desaceleração acentuada, enquanto a queda do iuan diminuiu a urgência de as autoridades reduzirem agressivamente as taxas de juros para sustentar o crescimento.

A taxa primária de empréstimos (LPR) de um ano foi mantida em 3,45%, enquanto a de cinco anos permaneceu em 4,20%.

A maioria dos empréstimos novos e pendentes na China é baseada na LPR de um ano, enquanto a taxa de cinco anos influencia o preço das hipotecas.

Em uma pesquisa da Reuters com 29 analistas e operadores, todos os participantes previram manutenção na LPR de um ano, enquanto a grande maioria deles também esperava que a taxa de cinco anos permanecesse estável.

A ampliação dos diferenciais de rendimento com outras economias importantes, principalmente com os Estados Unidos, e o crescimento doméstico fraco pressionaram o iuan chinês a cair mais de 5% em relação ao dólar este ano, levando as autoridades a intensificar os esforços para controlar a fraqueza.

Coreia do Sul pede à Rússia que interrompa a cooperação militar com a Coreia do Norte

A Coreia do Sul convocou o embaixador da Rússia para alertar Moscou contra qualquer cooperação militar com a Coreia do Norte, depois que a cúpula da semana passada entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente Vladimir Putin levantou preocupações sobre um possível acordo de armas.

O primeiro vice-ministro das Relações Exteriores, Chang Ho-jin, convocou o embaixador da Rússia em Seul para instar “a Rússia a suspender imediatamente quaisquer medidas para expandir a cooperação militar com a Coreia do Norte e a cumprir as Resoluções do Conselho de Segurança (da ONU)”, disse o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul em um comunicado.

Chang disse que a Rússia deveria cumprir o seu papel como membro do Conselho de Segurança da ONU para enfrentar a ameaça nuclear da Coreia do Norte, e acrescentou que quaisquer ações que ameacem a sua segurança prejudicariam seriamente o relacionamento da Rússia com a Coreia do Sul.

A Coreia do Sul “cooperará com a comunidade internacional para tomar medidas fortes para garantir que haja consequências claras e que tais ações terão um impacto muito negativo nas relações Coreia-Rússia”, disse Chang, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul.

Japão reunirá pilares de pacote econômico no início da próxima semana, diz premiê

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse na quinta-feira (21) que instruirá seu governo a reunir os pilares de um pacote econômico no início da próxima semana sob seu novo gabinete.

Em uma coletiva de imprensa após participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, Kishida disse que o pacote de estímulo econômico incluirá medidas de combate a questões como inflação.

“A situação econômica do Japão ainda não está totalmente estável, a demanda doméstica, incluindo o consumo e o investimento, ainda está instável”, embora a economia japonesa esteja mostrando sinais de estar se movendo em direção à inflação, disse Kishida.

Ele acrescentou que espera divulgar um pacote econômico arrojado para acelerar esses sinais de mudança na economia do Japão, de modo que ela possa entrar em uma nova fase.

Os comentários seguem falas semelhantes feitas na semana passada pelo recém-empossado ministro da Economia, Yoshitaka Shindo, dizendo que estavam surgindo sinais positivos no hiato do produto e em outras áreas para que a economia escape da deflação.

A receita total dos Emirados Árabes Unidos aumentou 32% em 2022

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) viram a receita aumentar 31,8% em 2022, disse seu ministro das Finanças no domingo, apoiando um superávit fiscal geral no ano passado.

Uma das economias mais diversificadas do Golfo, os EAU têm vindo a desenvolver os seus setores não petrolíferos, concentrando-se em áreas como o comércio, o turismo, a indústria transformadora e a logística e os serviços financeiros.

Os gastos aumentaram 6,1% em 2022 no ano, para cerca de 427 bilhões de dirhams (US$ 116 bilhões), disse a agência de notícias estatal WAM, citando o ministro das finanças, Xeque Maktoum bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum.

“Apesar do aumento das receitas, os EAU mantiveram uma política de gastos cautelosa e racional”, afirmou, acrescentando que o excedente permitiria reservas fiscais mais fortes para mitigar potenciais riscos financeiros.

Não forneceu números para o excedente fiscal para o ano inteiro, mas em maio o Banco Central disse que o excedente atingiu 46 mil milhões de dólares nos primeiros nove meses de 2022, apoiado pelo forte crescimento das receitas petrolíferas e não petrolíferas, bem como pelos elevados preços do petróleo.

O crescimento das aquisições de ativos não financeiros dobrou, aumentando 94,5% em 2022 no ano.

CEOs da Aramco e Exxon recuam contra previsões de pico de demanda por petróleo

Os CEOs dos principais produtores de petróleo da Arábia Saudita e dos EUA, Aramco e Exxon Mobil, rejeitaram as previsões de que a demanda por petróleo atingirá o pico e disseram que a transição A adoção de energia mais limpa para combater as alterações climáticas exigiria investimentos contínuos no petróleo e no gás convencionais.

Os seus comentários foram feitos depois de o chefe da Agência Internacional de Energia (AIE) ter dito na semana passada que as novas estimativas do órgão regulador da energia mundial mostravam que a era do crescimento implacável dos combustíveis fósseis estava a terminar e a procura atingiria o pico em 2030.

Falando no Congresso Mundial do Petróleo em Calgary, o CEO da Aramco, Amin Nasser, disse que rumores sobre o pico da demanda por petróleo já haviam surgido com frequência antes.

“Esta noção está a murchar sob escrutínio porque é sobretudo impulsionada por políticas, e não pela combinação comprovada de mercados, economia competitiva e tecnologia”, disse Nasser.

Ele disse esperar que a demanda cresça para cerca de 110 milhões de barris por dia (bpd) até 2030. A demanda atual é de cerca de 100 milhões de bpd.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que também rejeitou a estimativa da AIE para o pico petrolífero, está mais optimista em relação à procura, esperando um crescimento de 2,44 milhões de bpd este ano, para 102,1 milhões de bpd, em comparação com a previsão da AIE de 2,2 milhões de bpd de crescimento.

Economia saudita crescerá 3,9% em 2024 à medida que a inflação se estabilizar

Afirmando as fortes perspectivas de crescimento da Arábia Saudita no curto prazo, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico revelou que o produto interno bruto do Reino deverá aumentar 3,9% em 2024.

A OCDE revelou que a taxa de inflação da Arábia Saudita deverá atingir uma média de 2,1 em 2024, um sinal de que o Reino está a combater com sucesso as pressões sobre os preços.

No início deste mês, o Fundo Monetário Internacional repetiu opiniões semelhantes e observou que a Arábia Saudita conseguiu manter o seu índice médio de preços no consumidor, apesar das pressões inflacionistas enfrentadas por vários países em todo o mundo.

O relatório observou que a Arábia Saudita estará entre os poucos países com crescimento econômico superior a 3 por cento em 2024.

A OCDE projetou que os EUA e o Reino Unido poderiam crescer 0,8% e 1,3% em 2024.

A China e a Índia são alguns dos países que deverão superar o crescimento econômico saudita, expandindo 4,6% e 6%, respectivamente.

O relatório acrescenta que a economia saudita crescerá 1,9% em 2023, enquanto a taxa de inflação permanecerá estável em 2,5%.

Crescimento econômico dos EAU ultrapassará 6% em 2023

Espera-se que o forte desempenho do setor não petrolífero dos EAU impulsione o crescimento econômico do país para além da marca de 6% em 2023, de acordo com o Ministro da Economia, Abdulla bin Touq Al-Marri.

Ele observou que o setor não petrolífero alcançou um crescimento de 4,5% no primeiro semestre do ano, contribuindo para uma taxa global de crescimento do produto interno bruto de 3,8%, conforme noticiado pelo jornal local Al-Ittihad.

Al-Marri enfatizou que a economia nacional está a avançar de forma constante no sentido de alcançar um crescimento rápido e sustentável.

A inflação de agosto do Catar cai 0,58%, à medida que setores-chave veem queda nos preços

O índice de preços ao consumidor do Catar registou uma queda mensal de 0,58% em agosto, atingindo 106,25 pontos, de acordo com a Autoridade de Planeamento e Estatística do país.

Os dados mostraram que o IPC diminuiu em seis grupos, aumentou em três e permaneceu inalterado em três.

Entre eles, recreação e cultura tiveram queda de 3,37% em agosto em relação a julho. 

O setor dos transportes abrandou 1,65% e o vestuário e calçado caiu 0,99%.

Os setores da habitação e dos serviços públicos também diminuíram 0,79%, enquanto os bens e serviços diversos caíram 0,14%.

Tendência semelhante foi observada nos preços dos restaurantes e hotéis, com uma ligeira queda de 0,13%.

No entanto, o setor alimentar e bebidas registou um aumento de 1,46%, seguido do setor da educação, que aumentou 1,62%. O setor de móveis e equipamentos domésticos cresceu 0,11%.

Em contrapartida, os setores do tabaco, saúde e comunicações não apresentaram alterações em relação a julho.

Além disso, o IPC do país registou um aumento de 2,38% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

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Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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22/09/2023