Cenário Econômico Internacional – 06/10/2023

Cenário Econômico Internacional – 06/10/2023

Cenário Econômico Internacional – 06/10/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Perspectivas econômicas globais para 2023

As opiniões sobre o crescimento global ainda são positivas, mas estão mais divididas do que no trimestre passado. Embora as perspectivas internas tenham se tornado mais esperançosas na América do Norte, as opiniões da Europa são mais pessimistas.

Pelo segundo trimestre consecutivo, os relatórios do último Inquérito Global da McKinsey sobre a economia partilham uma perspectiva mais positiva do que negativa. Mas as suas opiniões sobre as condições atuais e futuras da economia global convergiram, com uma divisão mais equilibrada entre o otimismo e o pessimismo. No geral, os entrevistados também estão mais esperançosos em relação às economias dos seus países, embora os sentimentos variem significativamente por região.

Na Europa, onde os entrevistados estão mais preocupados com os efeitos da inflação, as expectativas para os próximos seis meses tornaram-se mais negativas, enquanto os entrevistados na América do Norte oferecem opiniões cada vez mais positivas. A percepção dos principais riscos econômicos também mudou desde o relatório anterior. Embora a instabilidade geopolítica e a inflação continuem a ser dois dos riscos mais frequentemente citados para a economia global e para os países de origem dos inquiridos, os inquiridos, particularmente na Ásia-Pacífico, estão a acompanhar de perto a atividade econômica da China. No geral, as preocupações com esses riscos substituem a ameaça percebida de aumento das taxas de juro.

Quando questionados sobre as perspectivas das suas próprias empresas, os inquiridos mostram-se bastante esperançosos, com a maior percentagem desde finais de 2021 a esperar que os lucros aumentem nos próximos meses. Os entrevistados também preveem mudanças significativas no espaço de escritório que suas empresas necessitarão nos próximos anos, com muitos relatando a implementação de estratégias que reduziriam a necessidade desse espaço.

FMI: serviços digitais aumentaram inclusão financeira, mas acesso a crédito diminuiu em 2022

Os serviços financeiros digitais têm aumentado a inclusão financeira no mundo, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com a pesquisa anual de acesso financeiro (FAS, na sigla em inglês) da instituição, empresas de microfinanciamento têm fornecido estrutura para segmentos mais vulneráveis da sociedade.

A pesquisa, porém, pontua que os bancos comerciais estão fornecendo menos empréstimos a pequenas e médias empresas (PMEs), indicando que a capacidade de acesso ao financiamento bancário de PMEs pode ser mais limitada.

Os dados também apontam para uma intensa disparidade de gênero no acesso a financiamento, afirma o FMI. Em média, os homens têm 55% mais contas de depósito do que as mulheres e também detêm valores de depósitos significativamente mais elevados do que mulheres.

Banco Mundial projeta expansão de 2% para a América Latina, Caribe e reduz previsão para a China

O Banco Mundial projetou um crescimento regional 2% para este ano na América Latina e Caribe. Para 2024, a estimativa é de 2,3% e, para 2025, de 2,6%. Segundo a instituição, apesar de a expansão se situar acima do 1,4% divulgado anteriormente, ainda está abaixo de todas as outras regiões do mundo e é insuficiente para promover a necessária criação de empregos, inclusão e redução da pobreza. As informações constam do relatório Conectados: tecnologia digital para a inclusão e o crescimento, divulgado na quarta-feira (04).

Apesar de a pobreza e o emprego terem retomado, em geral, aos níveis anteriores à crise, e a inflação, excluindo a Argentina e a Venezuela, caído para uma média regional de 4,4%, abaixo dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o cenário global ainda é adverso. Entre os pontos elencados figuram taxas de juros elevadas, baixo crescimento nas economias avançadas, incertezas sobre o crescimento da economia chinesa e restrições fiscais enfrentadas pelos governos locais.

O Banco Mundial reduziu a previsão de expansão econômica para a China este ano para 5,1% ante 5,6% projetados em junho. Entre os motivos apontados estão dificuldades internas persistentes, incluindo o enfraquecimento da recuperação vinda da reabertura da economia, o endividamento elevado e a fraqueza no setor imobiliário.

Para o banco, essa situação pode ser enfrentada com maiores investimentos público e privado na conectividade digital. A iniciativa pode potencializar novos setores e empregos.

A utilização de ferramentas de conectividade pode favorecer a inclusão – por meio de programas governamentais prestados à população, como a telemedicina, educação e projetos de assessoria a pequenos produtores agrícolas em áreas remotas.

Relatório de Comércio e Desenvolvimento de 2023 da UNCTAD

O Relatório de Comércio e Desenvolvimento de 2023 da UNCTAD alerta que a economia global está estagnada, com o crescimento a abrandar na maioria das regiões em comparação com o ano passado e apenas alguns países a contrariar a tendência.

Afirma que a economia global se encontra numa encruzilhada, onde caminhos de crescimento divergentes, o aumento das desigualdades, a crescente concentração do mercado e os crescentes encargos da dívida lançam sombras sobre o futuro.

A perspectiva de cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030 está a desvanecer-se à medida que uma combinação de aumento das taxas de juro, enfraquecimento das moedas e abrandamento do crescimento das exportações comprime o espaço fiscal necessário para os governos combaterem as alterações climáticas e sustentarem a sua população.

O relatório apela a uma mudança na direção política, inclusive por parte dos principais Bancos Centrais, e às reformas institucionais prometidas durante a crise da Covid-19 para evitar uma década perdida.

Insta a reformas financeiras globais, políticas mais pragmáticas para combater a inflação, a desigualdade e o sobre-endividamento soberano, e uma supervisão mais forte dos principais mercados.

O relatório propõe medidas para fazer com que a economia global avance na direção certa, através da utilização de uma combinação equilibrada de medidas fiscais, monetárias e do lado da oferta para alcançar a estabilidade financeira, impulsionar o investimento produtivo e criar melhores empregos.

O relatório prevê que o crescimento econômico mundial desacelere de 3% em 2022 para 2,4% em 2023, com poucos sinais de recuperação no próximo ano. Ele diz que a maioria das regiões verá uma desaceleração significativa.

Embora o Brasil, a China, o Japão, o México e a Rússia contrariem a tendência, não se espera que cresçam fortemente.

A inflação desceu desde os máximos do final de 2022, mas é uma descida lenta e hesitante, em grande parte devido ao alívio das pressões do lado da oferta.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (02), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, com alguns bons resultados no setor de tecnologia que mascararam a falta de impulso do mercado, que observam o impotente aumento das taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O índice Dow Jones teve queda de 0,22%, a 33.433,35 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,0079%, a 4.288,39 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,67%, a 13.307,77 pontos.

Na terça-feira (03), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, as ações foram pressionadas pela perspectiva de política monetária restritiva por mais tempo e pela consequente escalada dos juros dos Treasuries, após dados indicarem que o mercado de trabalho americano segue forte. O índice Dow Jones teve queda de 1,29%, a 33.002,38 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,37%, a 4.229,45 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,87%, a 13.059,47 pontos.

Na quarta-feira (04), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em sessão marcada por dado de emprego surpreendentemente fraco nos EUA, que arrefeceu apostas em aumento adicional de juros do Federal Reserve (Fed) neste ano. O índice Dow Jones teve alta de 0,39%, a 33.129,55 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,81%, a 4.263,75 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,35%, a 13.236,01 pontos.

Na quinta-feira (05), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, com dados recentes apontando para condições ainda apertadas no mercado de trabalho dos Estados Unidos, enquanto os rendimentos dos Treasuries ainda estavam em níveis elevados. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,32%, a 33.023,86 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,45%, a 4.244,64 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,48%, a 13.172,38 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 29.09.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (29) cotado a R$ 5,0268 com queda de 0,26%. Acompanhando o sinal predominante de baixa da moeda norte-americana no exterior, em meio à leitura mais benigna de inflação dos EUA e ao refresco das cotações internacionais do petróleo.

Na segunda-feira (02) – O dólar à vista registrou alta de 0,79%, cotado a R$ 5,0667 na venda. Com as cotações reagindo à perspectiva de que o Federal Reserve manterá os juros mais altos por mais tempo nos EUA, o que fez o dólar à vista fechar em alta ante o real. O dólar oscilou entre R$ 5,0805 na máxima e R$ 5,0377 na mínima.

Na terça-feira (03) – O dólar à vista registrou alta de 1,73%, cotado a R$ 5,1543 na venda. Na maior cotação desde março, em mais um dia de avanço das taxas dos títulos norte-americanos e após novos dados de emprego reforçarem a expectativa de juros mais altos por mais tempo nos EUA. O dólar oscilou entre R$ 5,1603 na máxima e R$ 5,0713 na mínima.

Na quarta-feira (04) – O dólar à vista registrou queda de 0,03%, cotado a R$ 5,1530 na venda. Marcado por um alívio no mercado de Treasuries após a divulgação de dados econômicos piores que o esperado nos EUA, mas ainda assim a moeda norte-americana fechou o dia praticamente estável no Brasil. O dólar oscilou entre R$ 5,1783 na máxima e R$ 5,1246 na mínima.

Na quinta-feira (05) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,38% cotado a R$ 5,1727 na venda. Uma vez que os rendimentos dos Treasuries continuavam em patamares elevados, enquanto o mercado acompanhava dados cruciais de emprego dos Estados Unidos. Conforme os investidores reprecificam a chance de o Federal Reserve manter os juros elevados por mais tempo.

Com alta inflação, debate na Argentina é focado na economia

Com a Argentina em crise com o aumento da pobreza e alta inflação, o 1º debate entre os candidatos à Presidência do país, realizado no domingo (01), foi marcado por temas econômicos. Javier Milei, Sergio Massa, Patricia Bullrich, Juan Schiaretti e Myriam Bregman disputam o 1º turno da eleição em 22 de outubro.

A avaliação da imprensa argentina, como a feita pelos jornais La Nación e Clarín, é de que não ouve um vencedor ou um perdedor. As publicações citaram o clima de tensão entre os candidatos e a troca de acusações, em especial entre Milei e Massa, que lideram a disputa segundo as pesquisas de intenção de voto.

Massa criticou o plano de Milei de dolarização e tentou se desvencilhar do presidente argentino, Alberto Fernández. Ele fez menções ao governo, mas não diretamente ocupante da Casa Rosada. Também não citou a vice-presidente, Cristina Kirchner.

“Eu tenho claro que a inflação é um problema enorme na Argentina. Também tenho claro que os erros deste governo causaram danos às pessoas”, afirmou Massa. “E por isso, embora eu não fosse parte [da atual gestão] até assumir como ministro da Economia [em agosto de 2022], peço desculpas”, completou.

Milei liderou com 30,4% dos votos a eleição primária de 13 de agosto de 2023. Está à direita no espectro político ideológico, com ideias liberais na economia. Defende fechar o Banco Central do país, acabar com o peso e usar o dólar dos EUA como moeda local. Ele se autodefine como “anarcocapitalista” e “libertário”, é contra a interferência do Estado na sociedade, a favor do sistema de livre mercado e afirma querer acabar com um sistema de “castas” que estaria em vigor no país. Diz que seu programa será uma “motosserra” para cortar gastos públicos.

Outros candidatos também questionaram a gestão de Massa no Ministério da Economia. Patricia Bullrich culpou o candidato pelo “desastre econômico” e pediu-lhe que explicasse “como sendo o pior Ministro da Economia” poderia se transformar no “melhor presidente” para a Argentina. Juan Schiaretti questionou os argentinos se a vida deles “melhorou” desde que Massa assumiu o Ministério da Economia.

Inflação peruana desacelera para o nível mais baixo em dois anos em setembro

Os preços ao consumidor no Peru subiram em setembro em um ritmo mais lento do que no mês anterior, levando a uma inflação anualizada de 5,04%, a menor em pouco mais de dois anos, de acordo com dados oficiais divulgados.

O índice de preços ao consumidor de Lima, a referência de inflação do Peru, subiu 0,02% em setembro, consideravelmente abaixo do aumento de 0,38% registrado em agosto.

Até agora neste ano, de acordo com os dados publicados no domingo no diário oficial, os preços ao consumidor subiram 3,32%. A inflação anualizada de 5,04% em setembro é a mais baixa desde os 4,95% registrados em agosto de 2021.

O Instituto Nacional de Estatística e Informática (INEI) disse em um comunicado que a inflação em setembro foi impulsionada por aumentos de preços em transporte, restaurantes e hotéis e bens e serviços diversos, que aumentaram 0,56%, 0,43% e 0,32%, respectivamente.

Alimentos e bebidas não alcoólicos (-0,68%) e comunicações (-0,05%) foram os que mais caíram.

Apesar da redução, a inflação continua acima da meta oficial do Banco Central, entre 1% e 3% anualizados.

A autoridade monetária manteve sua taxa de juros de referência inalterada em agosto, em 7,75%, pelo sétimo mês consecutivo, após uma série agressiva de aumentos iniciada em 2021, em sua tentativa de conter a inflação.

O presidente do Banco Central, Julio Velarde, disse durante a semana que a inflação voltará à meta nos primeiros meses do próximo ano, mas essa estimativa pode ser adiada dependendo da intensidade do fenômeno El Niño, que causa fortes chuvas, inundações e deslizamentos de terra que arrastam plantações, estradas e outras infraestruturas.

Gastos com construção nos EUA aumentam em agosto com impulso de moradias

Os gastos com construção nos Estados Unidos aumentaram em agosto, impulsionados por gastos com moradias unifamiliares e multifamiliares, embora as taxas hipotecárias, que estão nos maiores níveis em quase 23 anos, possam conter o impulso.

O Departamento de Comércio informou que os gastos com construção aumentaram 0,5%. Os dados de julho foram revisados para cima, mostrando que os gastos com construção avançaram 0,9%, em vez do 0,7% informado anteriormente. A alta nos números de agosto ficou em linha com as expectativas dos economistas.

Os gastos com construção aumentaram 7,4% em uma base anual em agosto. Os gastos com projetos de construção privada subiram 0,5%, com o investimento em construção residencial com alta de 0,6%, após aumento de 1,6% no mês anterior. Os gastos com construção privada aumentaram 1,2% em julho.

A escassez de casas disponíveis para venda está estimulando novas construções, mas as taxas de hipoteca mais altas representam um desafio.

A taxa da popular hipoteca fixa de 30 anos ficou em média em 7,31% na semana passada, a mais alta desde dezembro de 2000 e ante 7,19% na semana anterior, de acordo com dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac.

Os preços das casas em Toronto se recuperaram em setembro, as vendas atingiram o menor nível em 8 meses

Os preços das casas na região da Grande Toronto (GTA) subiram em setembro pela primeira vez em quatro meses, quando o Banco do Canadá interrompeu sua campanha de aumento das taxas de juros, mas o nível de vendas caiu para o nível mais baixo desde janeiro.

O preço médio de uma casa GTA subiu 3,4% em setembro em relação a agosto, para C$ 1.119.428 (US$ 816.623,87), o primeiro aumento desde maio, mostraram dados do Toronto Regional Real Estate Board (TRREB) na quarta-feira (04).

Na comparação anual, os preços das casas subiram 3%. Ainda assim, caíram 16,1% em relação ao pico atingido em fevereiro de 2022.

O Banco Central canadense manteve sua taxa de referência inalterada em 5%, o maior nível em 22 anos, no mês passado, após subir em junho e julho.

“Os preços de venda de casas GTA permanecem acima do nível mínimo experimentado no início do primeiro trimestre de 2023”, disse Jason Mercer, analista-chefe de mercado do TRREB, em um comunicado.

“No entanto, tivemos um mercado mais equilibrado no Verão e no início do Outono, com as listagens a aumentarem visivelmente em relação às vendas. Isto sugere que alguns compradores poderão beneficiar de um maior poder de negociação, pelo menos a curto prazo.”

El Salvador inicia campanhas eleitorais enquanto a candidatura do atual presidente enfrenta críticas sobre a constitucionalidade

Os partidos políticos de El Salvador lançaram suas campanhas para as próximas eleições presidenciais, em meio a críticas veementes da oposição de que o presidente Nayib Bukele buscará a reeleição apesar de isso ser proibido pela constituição.

Mais de 6 milhões de salvadorenhos deverão ir às urnas em 4 de fevereiro para eleger um presidente e um vice-presidente, que governarão por mandatos de cinco anos.

Bukele é o favorito para ser reeleito no país centro-americano, cuja constituição proíbe mandatos consecutivos. No entanto, o Supremo Tribunal, repleto de juízes apoiados por Bukele, decidiu em 2021 que um segundo mandato era, no entanto, permitido.

Uma pesquisa recente do Centro de Estudos Cidadãos da Universidade Francisco Gavidia descobriu que Bukele e seu companheiro de chapa, o vice-presidente Felix Ulloa, têm 68,4% de apoio dos eleitores, com os concorrentes mais próximos com apenas 4,3%.

Bukele, 42 anos, goza de uma popularidade sem precedentes devido à sua repressão ao crime, o que aumentou a segurança no país, à medida que organizações de direitos humanos alegam graves violações dos direitos humanos contra os detidos por alegadas ligações com gangues, que totalizavam mais de 73.000.

Presidente do Fed de Atlanta não vê “urgência” em subir juros de novo, mas diz que cortes estão muito distantes

Com a desaceleração da economia dos Estados Unidos e a queda da inflação, não há urgência para que o Federal Reserve aumente novamente a sua taxa básica de juros, mas provavelmente levará “muito tempo” até que os cortes nos custos de empréstimos sejam apropriados, disse o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic.

“Não estou com pressa para aumentar, nem para reduzir”, disse Bostic em um evento da Câmara Metropolitana de Atlanta, em que tentou combinar a cautela em relação a novos aumentos dos juros com o compromisso com a estratégia “mais alta por mais tempo” adotada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto como um todo para essa fase de seu combate à inflação.

“Não acho que haja urgência para fazermos algo mais. Quero que mantenhamos a posição. Acho que essa é a atitude adequada a ser tomada por um longo período”, afirmou Bostic.

As autoridades de política monetária do Fed pensam de forma quase unânime que será necessário, no máximo, mais um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros antes que o Banco Central norte-americano conclua o ciclo de aumento das taxas iniciado em março de 2022 para combater um surto de inflação no qual os preços ao consumidor subiram a uma taxa anual de até 9%.

A atual taxa de política monetária “está começando a desacelerar a economia. Com que rapidez ela vai desacelerar?”, perguntou Bostic, ao pedir uma abordagem “paciente” para quaisquer outras mudanças na política monetária, permitindo que a economia norte-americana tenha mais tempo para se adaptar ao que o Fed já fez.

“A desaceleração está acontecendo. Vamos deixar isso acontecer. Vamos deixar o mundo se mover e vamos ser pacientes. (A inflação) não precisa ser de 2% amanhã”, disse Bostic.

Encomendas à indústria dos EUA superam expectativas em agosto

As novas encomendas de produtos fabricados nos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em agosto e as remessas aceleraram, corroborando a visão de que o crescimento econômico se fortaleceu no terceiro trimestre.

Os pedidos à indústria avançaram 1,2%, depois de terem caído 2,1% em julho, informou o Departamento de Comércio. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,2%. Na comparação anual, as encomendas subiram 0,5%.

O setor de manufatura, que responde por 11,1% da economia, continua a avançar, apesar dos 525 pontos-base em aumentos de taxas do Federal Reserve desde março de 2022.

Os pedidos de computadores e produtos eletrônicos aumentaram 0,3%, enquanto os de equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes subiram 1,0%.

Os pedidos de maquinário cresceram 0,6% e os de aeronaves civis caíram 15,9%, enquanto os pedidos de veículos automotores aumentaram 0,3%.

As remessas de produtos manufaturados aumentaram 1,3% e os estoques subiram 0,3%, enquanto os pedidos não atendidos aumentaram 0,4%.

O Departamento de Comércio também informou que os pedidos de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, que são vistos como uma medida dos planos de gastos das empresas com equipamentos, aumentaram 0,9%, conforme relatado na estimativa do mês passado.

As estimativas de crescimento da economia para o terceiro trimestre chegam a uma taxa anualizada de 4,9%. A economia cresceu em um ritmo de 2,1% no trimestre de abril a junho.

Sheinbaum, do México, lidera com folga a corrida presidencial de 2024, mostra pesquisa

Claudia Sheinbaum, do México, candidata presidencial pelo partido de esquerda que governa o país e aliada próxima do atual presidente, agora deve vencer facilmente as eleições de 2024, mostrou uma pesquisa de opinião.

Sheinbaum, candidato do Movimento de Regeneração Nacional (MORENA), fundado pelo presidente Andrés Manuel Lopez Obrador, obteve 50% do apoio em uma disputa entre os principais candidatos, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de pesquisas Buendia & Marquez e pelo jornal El Universal.

Sheinbaum, 61 anos, era até recentemente prefeito da Cidade do México. Ela prometeu defender o legado de López Obrador se for eleita.

Seu principal rival, Xochitl Galvez, que representa uma aliança de partidos de oposição, ficou atrás de Sheinbaum com 20% dos votos, sugerindo que uma mulher provavelmente se tornará a próxima presidente do México pela primeira vez.

Aqueles que não responderam representaram 19% dos votos potenciais, com o governador de Nuevo León, Samuel Garcia, que não anunciou sua intenção de concorrer, obtendo 7% dos votos e o candidato independente Eduardo Verastegui ficando em último com 4%.

As preferências partidárias produziram resultados semelhantes, com 53% dos entrevistados a favor do MORENA de esquerda.

A pesquisa com 1.200 potenciais eleitores, realizada no final do mês passado, teve margem de erro de mais ou menos 3,23%, com nível de confiança de 95% para os principais indicadores da pesquisa.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (02), as bolsas europeias fecharam em queda, uma vez que o avanço dos rendimentos dos bonds pressionou os índices acionários da região, enquanto dados mostraram que a atividade fabril na zona do euro permaneceu em queda. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,03%, a 445,59 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,94%, a 7.068,16 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,91%, a 15.247,21 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,42%, a 6.064,71 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,16%, a 9.319,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,28%, a 7.510,72 pontos.

Na terça-feira (03), as bolsas europeias fecharam em queda, pressionadas por empresas de serviços públicos e mineradoras já que as apostas de que a taxa de juros dos Estados Unidos permanecerá elevada por um período prolongado impulsionaram os rendimentos dos Treasuries e o dólar. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,10%, a 440,70 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,01%, a 6.997,05 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,06%, a 15.085,21 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 2,74%, a 5.898,81 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,65%, a 9.165,50 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,54%, a 7.470,16 pontos.

Na quarta-feira (04), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, pressionadas por quedas em papéis ligados a commodities e varejistas, enquanto os rendimentos de títulos dos Estados Unidos e Europa deram uma pausa depois de atingirem os maiores níveis em vários anos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,14%, a 440,08 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 fechou estável a 6.996,73 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,10%, a 15.099,92 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,26%, a 5.824,40 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,68%, a 9.102,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,77%, a 7.412,45 pontos.

Na quinta-feira (05), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, impulsionadas por uma libra mais fraca, que caiu ligeiramente durante o dia, em meio a notícias de que o setor de construção do Reino Unido contraiu em setembro pela primeira vez em três meses. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,28%, a 441,31 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,022%, a 6.998,25 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,20%, a 15.070,22 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,67%, a 5.863,42 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,67%, a 9.163,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,53%, a 7.451,54 pontos.

Inflação da Zona do Euro desacelera para 4,3% em setembro

A inflação anual da Zona do Euro caiu para 4,3% em setembro, segundo a estimativa divulgada pela Eurostat. A queda foi de 0,9 ponto percentual em relação a agosto, que ficou em 5,2%. A inflação continua acima da meta de 2% do Banco Central Europeu. O número registrado foi o mais baixo desde outubro de 2021, quando atingiu 4,1%.

Atividade fabril da zona do euro segue com queda acentuada em setembro, mostra PMI

A atividade industrial da zona do euro permaneceu atolada em uma retração profunda e de base ampla no mês passado, de acordo com uma pesquisa que mostrou na segunda-feira (02) que a demanda continuou a encolher num ritmo raramente registrado desde que os dados foram coletados pela primeira vez, em 1997.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) final do setor industrial da zona do euro da HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 43,4 em setembro, em comparação com 43,5 em agosto, coincidindo com uma estimativa preliminar. Uma leitura abaixo de 50 indica contração na atividade.

Um índice que mede a produção, que alimenta o PMI composto agendado para quarta-feira (04) e é visto como um bom indicador da saúde econômica, caiu de 43,4 para 43,1.

“O PMI de produção ficou bem abaixo de 50 durante todo o terceiro trimestre, portanto, estamos bastante certos de que a recessão no setor industrial continuou durante esse período”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

“Na corrida para o fundo do poço, a França e a Alemanha estão liderando o caminho nos PMIs de setembro. Enquanto isso, a Espanha e a Itália estão se saindo um pouco melhor.”

O índice de novos pedidos aumentou no mês passado para 39,2, em relação aos 39,0 de agosto, mas permaneceu firmemente abaixo do ponto de equilíbrio.

Essa queda na demanda ocorreu apesar de a média de três meses dos preços cobrados pelas fábricas ter diminuído mais rapidamente do que em qualquer outro momento da história da pesquisa, exceto durante a Grande Recessão de 2008/2009, acrescentou de la Rubia, do HCOB.

As autoridades de política monetária do Banco Central Europeu, que até agora não conseguiram fazer com que a inflação voltasse à meta, podem receber bem as notícias sobre a queda dos preços.

No mês passado, eles aumentaram sua taxa básica de juros pela décima vez consecutiva, mas é provável que já tenham terminado e que permaneçam em espera até pelo menos julho do próximo ano, de acordo com os economistas consultados em uma pesquisa da Reuters.

Diplomatas da União Europeia se reúnem em Kiev para reafirmar apoio à Ucrânia

Todos os 27 estados-membros da União Europeia (UE) enviaram funcionários para uma reunião importante em Kiev, informou a UE à CNN.

No entanto, apenas 23 países enviaram os seus ministros dos Negócios Estrangeiros. Quatro países enviaram outros funcionários governamentais.

O chefe da política externa da UE, Josep Borrell, afirmou anteriormente que os ministros dos Negócios Estrangeiros de todos os 27 estados-membros estariam presentes.

O bloco reuniu-se na capital ucraniana para reafirmar o seu apoio a Kiev no meio da invasão russa.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos seguintes países estão em Kiev: Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia e Espanha.

Os secretários de Estado da Letônia e da Suécia estão na capital ucraniana. O vice-ministro da Polônia e o vice-secretário de Estado da Hungria estão em Kiev.

Inflação turca sobe para 61,53% em setembro, próximo ao previsto

A inflação anual dos preços ao consumidor na Turquia subiu para 61,53% em setembro, mostraram dados oficiais na terça-feira (03), um pouco abaixo das expectativas e subindo pelo terceiro mês consecutivo em resposta aos recentes aumentos de impostos e à fraqueza da lira.

Na comparação mensal, a inflação dos preços ao consumidor foi de 4,75%. Numa sondagem da Reuters, esperava-se que a inflação anual subisse para 61,7%.

A inflação disparou acima dos 85% no ano passado, depois de um ciclo agressivo de redução das taxas ter desencadeado uma queda monetária histórica no final de 2021. Mas depois de vencer as eleições de maio, o Presidente Tayyip Erdogan reverteu o rumo e nomeou uma nova equipa econômica para adoptar políticas mais ortodoxas, incluindo um aperto monetário agressivo.

A lira, sob menos controle estatal, caiu cerca de 26% desde a votação e estava 0,2% mais fraca no dia, a 27,5005 por dólar. A inflação deverá subir para cerca de 70% no final do ano e atingir 75% por volta de maio do próximo ano, antes de esfriar, dizem economistas e o governo.

No mês passado, o Banco Central aumentou a sua taxa de juro diretora em 500 pontos base, para 30%, apertando a política durante quatro meses consecutivos. Desde a reviravolta da política em junho, aumentou as taxas em 2.150 pontos base para conter a inflação.

Portugal vai acabar com isenções fiscais para residentes estrangeiros em meio à crise imobiliária

As isenções fiscais para residentes estrangeiros em Portugal “não se justificam mais”, afirmou o primeiro-ministro português António Costa, prometendo encerrar o programa para novos candidatos em 2024, após o aumento dos preços das moradias em um dos países mais pobres da Europa Ocidental.

Lançado em 2009, o programa permite que as pessoas que se tornam residentes ao passar mais de 183 dias por ano no país se beneficiem de uma alíquota especial de 20% sobre a renda de origem portuguesa derivada de “atividades de alto valor agregado”, como médicos e professores universitários.

Esse regime foi introduzido para atrair investidores e profissionais, já que Portugal sofreu com a crise financeira.

Outros benefícios do esquema, conhecido como Residente Não Habitual, incluem isenções fiscais sobre quase toda a renda estrangeira se tributada no país de origem e uma alíquota fixa de 10% sobre pensões de fonte estrangeira.

Os cidadãos portugueses que viveram no exterior por cinco anos ou mais também podem se candidatar.

Costa disse à CNN Portugal na segunda-feira que o esquema havia “inflado o mercado imobiliário”, chamando-o de “injustiça fiscal que não se justifica mais”.

“Não faz mais sentido”, acrescentou Costa, explicando que aqueles que já se beneficiam do programa continuarão a se beneficiar.

O anúncio foi feito dois dias depois que milhares de pessoas saíram às ruas de Lisboa e de outras cidades de Portugal para protestar contra o aumento dos aluguéis e dos preços das casas, impulsionados pela crescente gentrificação e pelo turismo recorde.

Dados do governo mostram que mais de 50% dos trabalhadores ganharam menos de 1.000 euros por mês no ano passado, e um aumento de 65% nos aluguéis de Lisboa desde o início do boom do turismo em 2015 tornou os apartamentos inacessíveis para muitos.

Os preços de venda aumentaram 137% nesse período, de acordo com os especialistas em dados imobiliários da Confidencial Imobiliário.

Vendas no varejo da zona do euro caem muito mais do que o esperado em agosto

As vendas no varejo da zona do euro caíram muito mais do que o esperado em agosto, mostraram dados na quarta-feira (04), apontando para uma demanda mais fraca do consumidor já que a inflação continua alta.

O escritório de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que as vendas no varejo nos 20 países que compartilham o euro caíram 1,2% em agosto em relação ao mês anterior, representando um declínio de 21% em relação ao ano anterior.

Economistas consultados pela Reuters esperavam uma queda mensal de 0,3% e uma queda anual de 1,2%.

A queda mensal foi causada principalmente por um recuo acentuado nos pedidos por correio e nas compras pela Internet, que caíram 4,5%, e por uma queda na venda de gasolina de 3,0%.

Em relação ao ano anterior, a queda nas vendas de combustível foi ainda mais acentuada, de 7,7%, e houve uma queda de 3,2% nas vendas de alimentos, bebidas e tabaco.

A inflação da zona do euro foi de 5,3% em agosto, bem acima da meta do Banco Central Europeu de 2,0%.

Exportações alemãs caem mais do que o esperado em agosto

As exportações alemãs caíram mais do que o esperado no mês de agosto, mostraram dados do escritório federal de estatísticas na quinta-feira (05), prejudicadas pela fraca demanda global.

As exportações caíram 1,2% em agosto em relação ao mês anterior, mostraram os dados, em comparação com uma previsão em pesquisa da Reuters de queda de 0,4%.

Agosto foi o segundo mês consecutivo a trazer declínio nas exportações, após uma queda de 1,9% em julho, em revisão para baixo.

O economista do ING Carsten Brzeski disse que o arrefecimento da demanda global estava agravando problemas estruturais da Alemanha.

“Como resultado, o comércio não é mais o forte e resiliente impulsionador do crescimento da economia alemã que costumava ser, mas sim um entrave”, disse ele, acrescentando que o desempenho das exportações aumenta o risco de a economia entrar em recessão no terceiro trimestre.

As importações também caíram inesperadamente em 0,4% no mês, mostraram os dados. A previsão era de um aumento de 0,5%.

A balança de comércio exterior apresentou um superávit de 16,6 bilhões de euros em agosto, em comparação com saldo positivo revisado para cima de 17,7 bilhões de euros no mês anterior.

Além da China, as exportações para quase todos os destinos relevantes pelas empresas alemãs caíram em agosto, com um declínio acentuado de 2,6% nas exportações para a zona do euro e queda de 1,3% nas remessas para os Estados Unidos. As exportações para a China aumentaram 1,2%, informou o escritório.

O sentimento no setor de exportação alemão estava nitidamente pior em setembro, segundo uma pesquisa do instituto Ifo do mês passado, já que as exportações para todas as principais regiões estão atualmente em declínio.

Economia da Ucrânia deverá continuar a crescer no próximo ano, vice-chefe da missão do FMI

A economia da Ucrânia está se adaptando bem ao ambiente de guerra após a invasão da Rússia e o crescimento continuará no próximo ano, disse o vice-chefe de uma missão do Fundo Monetário Internacional.

Natan Epstein, Vice-Chefe da Missão para a Ucrânia, disse que a procura interna e o forte consumo privado estavam a impulsionar as atividades.

“A economia está certamente a adaptar-se ao ambiente de guerra, mostrando uma resiliência notável, e esperamos que o crescimento continue no próximo ano”, disse ele numa conferência de imprensa.

Em junho, o FMI previu que o crescimento do produto interno bruto da Ucrânia se situaria entre 1% e 3% este ano. Epstein disse esperar que o crescimento fique mais próximo da estimativa superior.

A economia da Ucrânia foi duramente atingida desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022, e o governo tem dependido fortemente da ajuda ocidental para financiar pagamentos sociais e humanitários.

A missão do FMI esteve esta semana em Kiev para reuniões com funcionários do governo e outras partes interessadas para discutir metas macroeconômicas e reformas estruturais como parte da segunda revisão do programa de empréstimos plurianuais de 15,6 mil milhões de dólares do Fundo.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (02), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em dia de liquidez restrita em meio a feriados na China e em outras partes da Ásia. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,64%, a 31.237,94 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,69%, a 17.331 pontos. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado.

Na terça-feira (03), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com o sentimento azedando em meio aos rendimentos mais altos dos títulos dos Estados Unidos e à promessa do Federal Reserve de um período prolongado de condições financeiras restritivas. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,31%, a 31.759,88 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações devido ao feriado. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado.

Na quarta-feira (04), as bolsas asiáticas fecharam em queda, acompanhando as quedas de Wall Street, com os rendimentos dos Treasuries subindo para novos picos de 16 ano. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,3%, a 30.526,88 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,78%, a 17.195,84 pontos. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado.

Na quinta-feira (05), as bolsas asiáticas fecharam em queda, acompanhando a firmeza dos mercados estrangeiros uma vez os rendimentos dos Treasuries saíram do pico de 16 anos após dados de trabalho mais fracos. O índice Xangai não teve operações devido ao feriado. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,80%, a 31.075,36 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,10%, a 17.213,87 pontos. O índice CSI300 não teve operações devido ao feriado.

Recuperação da atividade industrial da China desacelera em setembro, mostra PMI do Caixin

A atividade industrial da China expandiu em um ritmo mais lento em setembro, segundo pesquisa do setor privado divulgada no domingo (01), com a demanda externa lenta pesando sobre as perspectivas, mesmo com o aumento da produção.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor industrial do Caixin/S&P Global caiu para 50,6 em setembro, de 51,0 no mês anterior, perdendo das previsões dos analistas de 51,2. A marca de 50 pontos do índice separa o crescimento da contração.

A segunda maior economia do mundo está mostrando alguns sinais de estabilização após uma enxurrada de medidas modestas, mas as perspectivas são obscurecidas por uma queda no setor imobiliário, recuo nas exportações e alto índice de desemprego entre os jovens.

A pesquisa foi realizada um dia depois que a China divulgou seu PMI oficial, que mostrou que a atividade das fábricas se expandiu pela primeira vez em seis meses em setembro, aumentando a série de indicadores que sugerem que a economia começou a se aproximar de seu ponto mais baixo.

De acordo com o PMI Caixin, a produção das fábricas e o volume de novos pedidos permaneceram em território expansionista em setembro, mas a demanda externa continuou fraca, com o índice de pedidos de exportação contraindo-se pelo terceiro mês.

“A recuperação econômica ainda não encontrou uma base sólida, com demanda interna insuficiente, incertezas externas e pressão sobre o mercado de trabalho”, disse Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.

A confiança dos proprietários de fábricas para o próximo ano atingiu um recorde de baixa de 12 meses. Os produtores de bens de consumo, de investimento e intermediários cortaram pessoal, segundo a pesquisa.

Os custos de insumos aumentaram no ritmo mais rápido desde janeiro, devido ao aumento dos preços de produtos químicos, petróleo bruto e metais industriais.

As autoridades de política monetária chineses enfrentam uma tarefa difícil de reavivar o crescimento econômico estagnado, com os analistas pedindo medidas mais agressivas além do apoio fragmentado dos últimos meses.

“A implementação e a eficácia das políticas de estabilização econômica devem ser o próximo foco de atenção”, disse Wang. “Pode ser necessário um esforço maior para aumentar o emprego e a renda.”

Para apoiar o crescimento, o Banco Central reduziu em setembro a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reserva.

A inflação do Paquistão sobe para 31,4% em meio aos altos preços da energia

A taxa de inflação do Paquistão subiu para 31,4% em termos anuais em setembro, de 27,4% em agosto, mostraram dados do departamento de estatísticas na segunda-feira (02), enquanto o país sofre com os altos preços dos combustíveis e da energia.

O país está a embarcar num caminho complicado para a recuperação econômica sob um governo interino, depois de um programa de empréstimos de 3 mil milhões de dólares aprovado pelo Fundo Monetário Internacional em julho ter evitado um incumprimento da dívida soberana, mas com condições que complicaram os esforços para controlar a inflação.

Numa base mensal, a inflação subiu 2% em setembro, face a um aumento de 1,7% em agosto.

As reformas exigidas pelo resgate do FMI, incluindo uma flexibilização das restrições às importações e uma exigência de remoção dos subsídios, já alimentaram a inflação anual, que subiu para um recorde de 38,0% em maio.

As taxas de juro também subiram para o seu máximo, 22%, e a rupia atingiu mínimos históricos em agosto, antes de recuperar em setembro, tornando-se a moeda com melhor desempenho, após a repressão por parte das autoridades ao comércio cambial não regulamentado.

Inflação elevada obscurece perspectiva de crescimento das Filipinas em 2023, diz FMI

A economia filipina está no caminho certo para se expandir este ano, mas provavelmente em um ritmo mais lento, já que a inflação persistentemente alta pode justificar uma “trajetória de taxa básica mais alta por mais tempo”, afirmou o Fundo Monetário Internacional na terça-feira (03).

O Fundo disse que reduziu a sua previsão de crescimento para as Filipinas para 5,3%, ante uma estimativa de 6,2% em julho, após uma desaceleração no crescimento do segundo trimestre, enquanto a inflação deverá permanecer elevada, prejudicando a procura dos consumidores.

Para o ano, o FMI espera que a inflação filipina fique em média perto de 6,0%, antes de diminuir para perto de 3,5% em 2024, o que provavelmente exigiria que o Banco Central mantivesse taxas de juro mais elevadas.

“Assim, uma trajetória de taxa básica mais alta por mais tempo é garantida até que a inflação caia firmemente dentro da faixa-alvo, juntamente com uma tendência de aperto para ancorar as expectativas de inflação”, afirmou o Fundo em comunicado.

O Banco Central manteve as taxas de juro estáveis ​​nas suas duas últimas reuniões, mas deixou a porta aberta a novos aumentos das taxas para trazer a inflação de volta à sua meta de 2,0% a 4,0% para o ano, depois de ter acelerado em agosto para 5,3 %.

Para 2024, prevê-se que a economia filipina cresça 6,0%, mais rapidamente do que a estimativa anterior de 5,5%, acrescentou o Fundo.

As projeções revistas do FMI foram inferiores às metas do governo de 6,0% a 7,0% este ano e de 6,5% a 8,0% no próximo ano.

Banco Central do Japão anuncia compra adicional de títulos após rendimento atingir máxima em uma década

O Banco do Japão disse que conduzirá operações adicionais de compra de títulos, buscando desacelerar o aumento dos rendimentos depois que o índice de referência atingiu o maior nível em uma década.

O Banco Central do Japão disse que comprará títulos do governo japonês com prazo entre cinco e 10 anos restantes para o vencimento na quarta-feira, com o valor da compra a ser anunciado no momento da operação.

O rendimento do JGB de 10 anos subiu 1 ponto base para atingir o maior nível desde setembro de 2013, em 0,775%.

Os futuros do JGB de dez anos reduziram as perdas após o anúncio, caindo 0,12, para 144,84, de tão baixo quanto 144,76 anteriormente.

Preços de novas moradias na China sobem em setembro, encerrando queda de quatro meses, mostra pesquisa

Os preços de novas moradias na China subiram ligeiramente em setembro, quebrando uma queda de quatro meses, mostraram dados, enquanto as incorporadoras aceleravam os lançamentos para aproveitar uma série recente de medidas de apoio.

Os preços subiram, em média, 0,05% em relação ao mês anterior, depois de terem caído desde maio, de acordo com uma pesquisa da China Index Academy, uma empresa de pesquisa imobiliária. Apenas 30 das 100 cidades pesquisadas relataram uma queda nos preços das casas novas.

O maior aumento mensal desde outubro de 2021, impulsionado pelo lançamento de novos projetos habitacionais de maior qualidade por incorporadores, disse a empresa em um relatório.

A confiança no setor imobiliário, que representa um quarto da atividade econômica, foi abalada desde 2021, quando Pequim reprimiu a acumulação de dívida por parte dos promotores, alimentando uma crise da dívida. Os problemas cada vez mais profundos no setor este ano arrastaram a segunda maior economia do mundo e abalaram os mercados financeiros globais.

Fusões e aquisições no Japão abrem caminho à medida que negócios globais diminuem

O mercado de fusões e aquisições do Japão está se destacando contra um declínio mundial este ano, graças ao aumento dos negócios domésticos, à medida que o aumento dos custos, regras de governança mais rígidas e a pressão dos acionistas forçam as empresas a explorar opções estratégicas.

O valor total das transações de fusões e aquisições envolvendo empresas japonesas cresceu 14% em relação ao ano anterior, para US$ 111 bilhões nos primeiros nove meses de 2023, tornando o país o único grande mercado do mundo que registrou crescimento, de acordo com dados compilados pela LSEG.

Espera-se que o dinamismo continue no curto prazo, à medida que as perspectivas de mais reestruturações empresariais, exclusões e aquisições de gestão fazem deste país um terreno de caça privilegiado para o capital privado global.

“O mercado de ações japonês está apresentando um desempenho muito bom e este tipo de ambiente favorável incentiva os fundadores e aqueles com propriedade concentrada a considerarem a venda”, disse David Gross-Loh, sócio-gerente da Bain Capital Asia.

O setor de serviços da Índia cresceu em ritmo mais rápido em setembro, otimismo no maior nível em nove anos

O crescimento na dominante indústria de serviços da Índia acelerou em setembro, à medida que a já robusta demanda se fortalecia, de acordo com uma pesquisa que também mostrou que as empresas estavam mais otimistas em mais de nove anos.

Isto é um bom presságio para a terceira maior economia da Ásia, que deverá ser a grande economia com crescimento mais rápido neste ano fiscal, desafiando uma tendência de abrandamento global.

O índice de gerentes de compras de serviços da S&P Global na Índia (INPMIS = ECI) subiu para 61,0 no mês passado, de 60,1 em agosto, confundindo as expectativas em uma pesquisa da Reuters de uma queda para 59,5.

A leitura ficou acima da marca de 50 que separa o crescimento da contração pelo 26º mês consecutivo.

“Os últimos resultados do PMI trouxeram notícias mais positivas para a economia de serviços da Índia, com setembro a registar um aumento da atividade empresarial e de novas entradas de trabalho a um dos maiores níveis em mais de 13 anos”, observou Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global.

“Além da força da procura interna, as empresas registaram maiores vendas internacionais para a Ásia, Europa e América do Norte.”

Arábia Saudita recorrerá aos mercados de dívida internacionais à medida que os déficits regressam

A Arábia Saudita deverá recorrer aos mercados de dívida internacionais para financiar um déficit orçamentário projetado em 2023-2024, disse o Ministério das Finanças, em um cenário de preços mais baixos do petróleo e de cortes prolongados na produção de petróleo do país.

O Ministério das Finanças disse numa declaração orçamental preliminar no sábado que esperava um défice orçamental de 2% do produto interno bruto (PIB) este ano, em vez de um excedente projetado anteriormente, e um défice de 1,9% do PIB em 2024.

Ambos os défices estão estimados em 161 mil milhões de riais (43 mil milhões de dólares).

A Arábia Saudita está a trabalhar para preparar um plano anual de endividamento de acordo com uma estratégia de dívida de médio prazo e “acessar os mercados de dívida globais para melhorar a posição do reino nos mercados internacionais”, disse o Ministério das Finanças.

O país ainda depende fortemente das receitas do petróleo, embora tenha gasto fortemente em iniciativas para diversificar a sua economia.

Catar relata superávit na balança de pagamentos de 7,9 bilhões de riais no segundo trimestre de 2023

O Catar relatou um superávit na balança de pagamentos de 7,9 bilhões de riais (2,17 bilhões de dólares) no segundo trimestre de 2023, disse o Banco Central.

No seu comunicado, o banco acrescentou que as suas contas de bens e serviços atingiram excedentes de 59,6 mil milhões e 31,3 mil milhões de riais, respectivamente.

Atribuiu o excedente da balança de pagamentos à “elevada diversificação da economia do Catar”, que atingiu as metas.

Economia não petrolífera de Abu Dhabi cresce 12,3% no segundo trimestre, para US$ 42 bilhões

A economia não petrolífera de Abu Dhabi cresceu 12,3% no segundo trimestre de 2023, acompanhada por um aumento de 3,5% no seu produto interno bruto global, informou o Centro de Estatísticas.

O PIB não petrolífero real do emirado disparou para 154 mil milhões de dirhams (42 bilhões de dólares), marcando o seu valor mais elevado desde 2014. Este aumento representa um recorde para o primeiro trimestre do ano em curso, ultrapassando os 146 mil milhões de dirhams.

As estimativas estatísticas do SCAD revelaram um crescimento no setor da construção, com um aumento homólogo de 19,1%, atingindo 25,3 bilhões de dirhams.

O setor financeiro também cresceu 29,7% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 18,3 bilhões de dirhams.

O setor industrial também avançou 7% no segundo trimestre, para 25 bilhões de dirhams, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O setor imobiliário subiu para 9,8 bilhões de dirhams no segundo trimestre, face aos 9,3 bilhões de dirhams no primeiro trimestre deste ano.

Além disso, as atividades de comércio grossista e retalhista atingiram o seu valor trimestral mais elevado desde 2014, ascendendo a 16,7 bilhões de dirhams.

Estas atividades contribuíram com 5,8% para o PIB no segundo trimestre de 2023.

Vendas de casas de luxo em Dubai atingiram US$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre, diz consultoria imobiliária

As vendas de casas avaliadas em 10 milhões de dólares ou mais em Dubai atingiram cerca de 1,6 bilhão de dólares no terceiro trimestre, de acordo com um relatório do setor publicado na quarta-feira (04), acima dos 1,13 bilhão de dólares no mesmo período do ano anterior.

O valor total das vendas foi de quase US$ 5 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, disse a consultoria imobiliária Knight Frank em comunicado.

O Dubai está a correr para atrair pessoas e capital para impulsionar o crescimento a longo prazo, como parte de um modelo económico centrado no investimento imobiliário, no turismo e na entrada de capital estrangeiro.

O setor imobiliário está crescendo, ajudado pela procura russa no meio da guerra na Ucrânia e de regras de residência mais flexíveis, e desta vez os analistas veem mais barreiras de proteção contra uma repetição dos problemas que subjugaram o Dubai após a crise de crédito global de 2008.

“A procura por casas de luxo no Dubai permanece resiliente e a oferta continua obstinadamente aquém da procura”, disse Faisal Durrani, sócio e chefe de investigação para o Médio Oriente e África da Knight Frank.

Iraque encerrará todas as retiradas de dinheiro em dólares até 1º de janeiro de 2024, disse funcionário do Banco Central

O Iraque proibirá saques de dinheiro e transações em dólares norte-americanos a partir de 1º de janeiro de 2024, no mais recente esforço para conter o uso indevido de suas reservas em moeda forte em crimes financeiros e na evasão de sanções dos EUA ao Irã, um disse um alto funcionário do Banco Central iraquiano.

A medida visa acabar com o uso ilícito de cerca de 50% dos 10 bilhões de dólares que o Iraque importa em dinheiro da Reserva Federal de Nova Iorque todos os anos, disse Mazen Ahmed, diretor-geral de investimentos e remessas do Banco Central iraquiano (CBI). disse à Reuters.

Faz também parte de um esforço mais amplo para desdolarizar uma economia que viu o dólar ser preferido às notas locais por uma população cansada de guerras e crises recorrentes após a invasão dos EUA em 2003.

As pessoas que depositarem dólares em bancos antes do final de 2023 continuarão a poder levantar fundos em dólares em 2024, disse Ahmed. Mas os dólares depositados em 2024 só poderiam ser sacados em moeda local à taxa oficial de 1.320.

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Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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06/10/2023