Cenário Econômico Internacional – 01/12/2023

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

• PIB dos países da OCDE cresce 0,5% no 3º trimestre ante o anterior
• Banco Mundial estima triplicar os volumes comerciais no Corredor Médio até 2030
• Crescimento da economia global vai desacelerar, mas evitará pouso forçado, diz OCDE
• Cenários climáticos precisam ser reformulados para um mundo instável, diz FMI
• COP28 abre em Dubai com apelos por ação climática acelerada

• Mercado acionário dos EUA
• Dólar
• Lucros trimestrais dos bancos canadenses afetados pelo aumento das provisões
• Vendas de moradias novas nos EUA caem mais do que o esperado em outubro
• Milei busca renovar política externa e renegociação com FMI em viagem a Washington

• Mercado acionário europeu
• Presidente do Banco Central britânico diz que levar inflação a 2% será “trabalho árduo”
• Putin aprova grande aumento de gastos militares no Orçamento da Rússia
• Aumentos de juros do BCE não estão necessariamente encerrados, diz Nagel
• Economia da França tem contração no 3º trimestre

• Mercado acionário na Ásia
• Mercado monetário da China mostra sinais de escassez de liquidez no final do mês
• Indicador de tendência de preços do Japão bate recorde
• Sri Lanka chega a um acordo de reestruturação da dívida com países credores, diz fonte governamental
• Contração da indústria China se aprofunda em novembro, mostra PMI oficial

• O lucro líquido dos bancos sauditas no terceiro trimestre cresceu 3,7%, atingindo US$ 4,8 bilhões
• Iraque vê risco de conflito regional se a guerra em Gaza recomeçar
• Catar registra superávit comercial de mais de US$ 5 bilhões em outubro, apesar da queda nas exportações
• Ministério da Energia da Arábia Saudita obtém excelência global e reconhecimento de qualidade
• Israel e Hamas prolongam trégua em Gaza por um dia em acordo de última hora

PIB dos países da OCDE cresce 0,5% no 3º trimestre ante o anterior

Os países que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) registraram crescimento econômico de 0,5% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores.

O resultado repete o avanço de 0,5% visto no segundo trimestre ante o primeiro, informou a entidade.

A leitura preliminar para o terceiro trimestre mostra ainda que apenas nos países do G7, houve crescimento de 0,6% ante o segundo.

No segundo trimestre, este havia sido de 0,4%. O resultado foi puxado pela aceleração na atividade vista nos Estados Unidos, aponta a OCDE.

Banco Mundial estima triplicar os volumes comerciais no Corredor Médio até 2030

Um novo relatório do Banco Mundial estima que, com os investimentos e políticas certas, o Corredor Médio que liga os mercados chinês e europeu através da Ásia Central e do Cáucaso poderá triplicar os volumes comerciais, atingindo 11 milhões de toneladas até 2030, conforme apresentado durante a mesa redonda em Astana. 

O relatório intitulado “Corredor de comércio e transporte médio – Políticas e investimentos para triplicar os volumes de frete e reduzir pela metade o tempo de viagem até 2030” concentra-se no Cazaquistão, no Azerbaijão e na Geórgia para identificar medidas prioritárias que possam transformar este corredor ferroviário e marítimo multimodal num corredor vital e confiável.

O aumento do comércio entre o Azerbaijão, a Geórgia, o Cazaquistão e a Europa são os principais motores da procura: incluindo um aumento de 37% no comércio intra-regional e um aumento de 28% no comércio entre os três países e a União Europeia.

“A melhoria do corredor intermédio permitirá inegavelmente que as regiões da Ásia Central e do Sul do Cáucaso capitalizem as oportunidades de desenvolvimento comercial em benefício destes países, que estão ligados”, disse Andrei Mikhnev, gestor nacional do Banco Mundial para o Cazaquistão, durante a apresentação.

De acordo com Victor Aragones, economista sênior de transportes do Banco Mundial, o Corredor Médio pode fortalecer e diversificar o comércio entre o Azerbaijão, o Cazaquistão e a Geórgia.

“Pensamos que mesmo que o Corredor Médio não seja o principal corredor para o comércio de trânsito Europa-China, tem potencial para realmente melhorar a resiliência do sistema logístico na Ásia Central, mas também para apoiar a diversificação do comércio dos três países: Cazaquistão, Azerbaijão e Geórgia”, disse ele.

Segundo ele, tanto medidas leves quanto duras precisam ser tomadas para facilitar a movimentação de cargas.

“Isto significa melhorar a coordenação entre os diferentes operadores, melhorar o transbordo de contentores, reforçar ou estabelecer a plataforma de dados que permite a troca de informações, adquirir material circulante ao longo do corredor e também a aquisição de frotas marítimas no Mar Cáspio”, disse Aragonés.

Crescimento da economia global vai desacelerar, mas evitará pouso forçado, diz OCDE

A economia global sofrerá uma ligeira desaceleração no próximo ano, mas o risco de um pouso forçado diminuiu apesar dos altos níveis de endividamento e da incerteza em relação às taxas de juros, informou nesta quarta-feira a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

O crescimento global deverá passar de 2,9% este ano para 2,7% em 2024, antes de aumentar em 2025 para 3,0%, informou a OCDE em seu relatório Perspectiva Econômica.

O crescimento das economias avançadas que compõem os 38 membros da OCDE avança para um pouso suave, com os Estados Unidos se mantendo melhor do que o esperado até o momento.

A OCDE previu que o crescimento dos EUA diminuiria de 2,4% este ano para 1,5% no próximo, revisando suas estimativas de setembro, quando projetou altas de 2,2% em 2023 e 1,3% em 2024.

Embora o risco de um pouso forçado nos Estados Unidos e em outros países tenha diminuído, a OCDE disse que o risco de recessão não está descartado devido à fraqueza dos mercados imobiliários, aos preços altos do petróleo e à lentidão dos empréstimos.

A economia da China também deve desacelerar à medida que o país lida com uma bolha imobiliária que está se esvaziando e os consumidores poupam mais em face da maior incerteza sobre as perspectivas.

A previsão da OCDE é que o crescimento da China diminua de 5,2% este ano para 4,7% em 2024, ambos ligeiramente acima do esperado em setembro, antes de desacelerar ainda mais em 2025 para 4,2%.

Na zona do euro, o crescimento deve acelerar de 0,6% este ano para 0,9% em 2024 e 1,1% em 2025, já que a Alemanha, a maior economia da região, saiu de uma recessão este ano.

No entanto, a OCDE alertou que, devido ao alto nível de financiamento bancário na zona do euro, o impacto total dos aumentos das taxas de juros permanece incerto e pode pesar mais sobre o crescimento do que o esperado.

Cenários climáticos precisam ser reformulados para um mundo instável, diz FMI

Os cenários usados pelo sistema financeiro para avaliar o risco climático precisam de ser atualizados para levar em conta a incerteza econômica crescente e retrocessos na transição ecológica da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) na quarta-feira (29).

Segundo o Fundo, muitos governos deram prioridade à recuperação pós-pandemia em detrimento das metas de emissão de carbono, enquanto a invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022 causou um “bloqueio de carbono” generalizado à medida que os países se apressaram a garantir fontes de combustíveis fósseis.

O aumento dos custos dos empréstimos e os possíveis problemas de fornecimento de minerais essenciais colocam riscos para a futura adoção de tecnologias renováveis, enquanto um pico nos níveis de dívida pública poderia levar à redução de projetos de baixo carbono, alertou uma nota do FMI.

“Embora os cenários atualmente utilizados nas análises de risco climático já incluem a possibilidade de uma transição “desordenada”, as implicações a curto e longo prazo do atual estado das coisas não foram totalmente incorporadas”, afirmou o Fundo.  

O cenário mais recente projetado pela Rede para a Ecologização do Sistema Financeiro, um grupo de Bancos Centrais, prevê uma perda de 8% da produção mundial global devido a fenômenos meteorológicos extremos até 2050, se o mundo continuar com as políticas atuais que colocam o planeta em uma trajetória de 2,9 graus Celsius de aquecimento em relação a níveis pré-industriais.

“Há muitas coisas interessantes no documento que dizem respeito à formulação dos cenários de curto prazo e ao tipo de choques que podemos querer levar em conta”, disse à Reuters o secretário-geral da Rede, Jean Boissinot.

Ele destacou também o ponto levantado pelo FMI sobre as implicações a longo prazo do bloqueio de carbono, em que a inércia favorece a continuação da utilização de combustíveis fósseis.

O Fundo propôs que os cenários existentes não só sejam atualizados para refletir os desafios crescentes da transição para uma economia de baixo carbono, mas que fosse efetuado um trabalho técnico para garantir que o impacto de choques que ocorrem conjuntamente possa ser adequadamente modelado.

COP28 abre em Dubai com apelos por ação climática acelerada

Até 200 líderes globais juntar-se-ão aos mais de 80.000 delegados reunidos no Dubai para a conferência da ONU sobre o clima, enquanto os governos se preparam para negociações sobre se concordam, pela primeira vez, com a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, a principal fonte do aquecimento global.

Com as finanças também no topo da agenda da reunião, a presidência da COP28 publicou uma proposta nas vésperas da cimeira para que os países adoptem formalmente as linhas gerais de um novo fundo da ONU para cobrir perdas e danos em países pobres atingidos por desastres climáticos como inundações extremas. ou seca persistente.

“Hoje, encontramo-nos numa posição bastante diferente, na jornada da humanidade em matéria de ação climática. Estamos dando passos de bebê. Sair demasiado lentamente de um mundo instável e sem resiliência para encontrar as melhores respostas aos impactos complexos que enfrentamos”, disse Simon Stiell, secretário executivo da UNFCCC, nas suas observações na abertura da COP28.

“Devemos ensinar a ação climática a funcionar. Porque este foi o ano mais quente de sempre para a humanidade. Muitos recordes terríveis foram quebrados. Estamos pagando com a vida e o sustento das pessoas”, disse ele.

“Se não sinalizarmos o declínio terminal da era dos combustíveis fósseis tal como a conhecemos, saudaremos o nosso próprio declínio terminal. E escolhemos pagar com a vida das pessoas. Se esta transição não for justa, não faremos transição alguma. Isso significa justiça dentro e entre os países. Compartilhando benefícios em toda a sociedade. Garantir que todos, mulheres, povos indígenas e jovens, em toda a sua diversidade, tenham oportunidades iguais para beneficiar destas transições.”

“Em 2024, os países apresentarão o seu primeiro Relatório Bienal de Transparência. Isto significará que a realidade do progresso individual não pode ser escondida… E que este seja o seu primeiro aviso oficial de que no início de 2025, os países devem entregar novas Contribuições Nacionalmente Determinadas. Por favor, comece a trabalhar neles agora”, disse Stiell.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (27), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com investidores fazendo uma pausa pós Dia de Ação de Graças, conforme a temporada de compras de fim de ano ganhava ímpeto e varejistas atraíam caçadores de pechinchas com as ofertas da chamada “Cyber Monday”. O índice Dow Jones teve queda de 0,16%, a 35.333,47 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,20%, a 4.550,43 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,07%, a 14.241,02 pontos.

Na terça-feira (28), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, conforme investidores analisavam comentários conflitantes das autoridades do Federal Reserve, com dados otimistas do consumidor norte-americano fornecendo algum impulso. O índice Dow Jones teve alta de 0,24%, a 35.416,98 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,10%, a 4.554,89 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,29%, a 14.281,76 pontos.

Na quarta-feira (29), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, depois que uma robusta revisão para cima do Produto Interno Bruto do país aliviou temores de uma recessão, enquanto comentários de autoridades do Federal Reserve levantaram dúvidas sobre a duração da política monetária restritiva do Banco Central norte-americano. O índice Dow Jones teve alta de 0,04%, a 35.430,42 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,09%, a 4.550,58 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,16%, a 14.258,49 pontos.

Na quinta-feira (30), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, uma vez que a leitura mais recente de inflação apoiou esperanças dos investidores de que as taxas de juros dos Estados Unidos atingiram seu pico. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava alta de 0,92%, a 35.755,74 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,038%, a 4.548,85 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,60%, a 14.172,89 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 24.11.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (24) cotado a R$ 4,8984 com queda de 0,17%. Em linha com movimento visto no exterior, enquanto os mercados locais reagiam à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de vetar integralmente o projeto que prorrogava a desoneração da folha de pagamento.

Na segunda-feira (27) – O dólar à vista registrou alta de 0,03%, cotado a R$ 4,8997 na venda. Em meio à leitura de que o Federal Reserve pode iniciar o processo de cortes de juros ainda no primeiro semestre de 2024. O dólar oscilou entre R$ 4,9215 na máxima e R$ 4,8725 na mínima.

Na terça-feira (28) – O dólar à vista registrou queda de 0,57%, cotado a R$ 4,8719 na venda. Acompanhando o recuo firme da moeda norte-americana no exterior, após um novo dia de queda das taxas de juros dos títulos dos EUA, na esteira de novos dados econômicos. O dólar oscilou entre R$ 4,9215 na máxima e R$ 4,8725 na mínima.

Na quarta-feira (29) – O dólar à vista registrou alta de 0,32%, cotado a R$ 4,8876 na venda. Em sessão marcada por ajustes técnicos, após a divisa acumular queda superior a 3% em novembro, e pelo avanço da moeda norte-americana também no exterior, na esteira de novos dados sobre a economia dos EUA. O dólar oscilou entre R$ 4,9058 na máxima e R$ 4,8657 na mínima.

Na quinta-feira (30) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,94% cotado a R$ 4,9336 na venda. Acompanhando o fortalecimento da divisa norte-americana no exterior após a divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos, e refletindo ainda maior demanda pela moeda norte-americana comum no final do ano.

Lucros trimestrais dos bancos canadenses afetados pelo aumento das provisões

Os grandes bancos do Canadá provavelmente encerrarão um ano financeiro desafiador com mais um trimestre de queda nos lucros e aumento das provisões para devedores duvidosos em meio a uma economia em desaceleração.

Os seis grandes bancos cortaram milhares de empregos este ano, à medida que as taxas bancárias de investimento diminuíram e os negócios a sul da fronteira enfraqueceram devido à crise bancária regional dos EUA.

Embora as taxas de juro elevadas tenham aumentado as margens de crédito dos bancos, as hipotecas residenciais, os empréstimos para automóveis e os empréstimos imobiliários comerciais abrandaram à medida que os consumidores e as empresas recuaram.

As consequências dos elevados custos de financiamento de empréstimos imobiliários comerciais e de automóveis, bem como a renovação de quase 900 bilhões de dólares canadenses em hipotecas residenciais a partir do próximo ano, pesarão sobre os bancos.

“O foco dos investidores estaria no potencial de expansão das margens de juros líquidas para compensar a desaceleração do crescimento dos empréstimos e o aumento dos custos do crédito”, disse o analista do BofA, Ebrahim Poonawala.

A provisão para perdas de crédito (PCLs), o dinheiro que os bancos reservam para cobrir empréstimos inadimplentes, deverá crescer pelo menos 39% no National Bank e mais que dobrar no Bank of Montreal (BMO.TO), que adquiriu o credor americano Bank of the Oeste no início deste ano.

Espera-se que os lucros dos seis grandes bancos diminuam em média 3% em relação ao ano anterior, à medida que os PCLs sobem e o crescimento das receitas desacelera, projetou Mike Rizvanovic, analista da KBW. Ele reduziu sua previsão para os lucros do ano fiscal de 2024.

“Continuamos a ver um ambiente desafiador para o grupo rumo ao ano fiscal de 2024”, disse Rizvanovic, observando que PCLs mais elevados, um ciclo prolongado de renovação de hipotecas e o impacto das altas taxas de juros nos empréstimos ao consumidor reduziriam o crescimento do balanço.

Vendas de moradias novas nos EUA caem mais do que o esperado em outubro

As vendas de novas moradias unifamiliares nos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em outubro, provavelmente porque as taxas de hipoteca mais altas reduziram a acessibilidade, mas o setor continua sustentado por uma persistente escassez de imóveis antigos no mercado.

As vendas de moradias novas caíram 5,6% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 679.000 unidades, informou o Departamento de Comércio. O ritmo de vendas de setembro foi revisado para baixo, para 719.000 unidades, em relação às 759.000 informadas anteriormente.

Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas de moradias novas, que representam uma pequena parcela das vendas de casas nos EUA, cairiam para uma taxa de 723.000 unidades.

As vendas de casas novas são contadas no momento da assinatura de um contrato, o que as torna um indicador antecedente do mercado imobiliário. No entanto, elas podem ser voláteis em uma base mensal. As vendas aumentaram 17,7% em outubro na comparação anual.

O estoque de moradias usadas no mercado está quase 50% abaixo de seu nível pré-pandemia, de acordo com a Associação Nacional de Corretores de Imóveis, que na semana passada informou que as revendas de casas caíram para o nível mais baixo em 13 anos em outubro.

A maioria dos proprietários de imóveis tem taxas de hipoteca abaixo de 3%, o que faz com que muitos relutem em vender, aumentando a demanda por novas construções.

A taxa da popular hipoteca com taxa fixa de 30 anos saltou para uma média de 7,79% no final de outubro, o nível mais alto desde novembro de 2000, de acordo com dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac. As taxas hipotecárias subiram quando o Federal Reserve aumentou agressivamente a taxa de juros para combater a inflação.

Milei busca renovar política externa e renegociação com FMI em viagem a Washington

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, se reuniu com autoridades norte-americanas em Washington e sua equipe econômica se encontrou com autoridades do FMI, enquanto ele busca formular um plano para remodelar a política externa do país e tirar a economia da crise.

Milei disse aos jornalistas ao deixar a Casa Branca que sua reunião foi “excelente”. Entre os presentes estavam o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e Juan Gonzalez, diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional para o Hemisfério Ocidental.

“Conversamos sobre as condições econômicas e sociais na Argentina neste momento”, disse Milei em breves comentários antes de ser levado em seu carro oficial. Milei se alinhou com os valores ocidentais, disse mais tarde seu gabinete.

Milei, um libertário de extrema-direita que toma posse em 10 de dezembro, venceu as eleições este mês prometendo reformas radicais, como a dolarização e a austeridade “de choque”, para consertar a economia argentina. A inflação no país está perto de 150%, as reservas em moeda estrangeira estão no vermelho e uma recessão se aproxima.

Sua política externa, entretanto, é descaradamente pró-Estados Unidos e pró-Israel, com uma posição mais fria em relação aos principais parceiros comerciais, o Brasil e a China.

“Milei é um unicórnio, o líder de uma grande economia latino-americana que é ostensivamente pró-americano”, disse Benjamin Gedan, diretor do programa para a América Latina do grupo de reflexão Wilson Center, com sede em Washington.

Embora a nova equipe de Milei tenha procurado moderar as críticas anteriores à China e ao governo de esquerda do Brasil, a viagem aos EUA antes de sua posse ressalta suas prioridades.

Ele também prometeu não aderir ao grupo comercial dos Brics, liderado pela China. Esta é uma mudança drástica na abordagem do presidente Alberto Fernandez, de centro-esquerda, que visitou Moscou enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, preparava sua invasão da Ucrânia em fevereiro do ano passado. Fernandez voltou recentemente de uma visita a Pequim.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (27), as bolsas europeias fecharam mistas, em uma sessão que teve como destaque participação pública da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. A dirigente reforçou a necessidade de agir para levar a inflação de volta à meta de 2%, e indicou que a situação seria pior caso o BCE não houvesse reagido às altas de preços. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,28%, a 458,71 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,37%, a 7.265,49 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,39%, a 15.966,37 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,50, a 6.366,50 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,16%, a 9.954,50 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,37%, a 7.460,70 pontos.

Na terça-feira (28), as bolsas europeias fecharam mistas, em meio a ponderações sobre política monetária no Reino Unido e na zona do euro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,30%, a 457,04 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,21%, a 7.250,13 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,16%, a 15.992,67 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,13%, a 6.438,31 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,68%, a 10.003,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,07%, a 7.455,24 pontos.

Na quarta-feira (29), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, após o arrefecimento da inflação na Alemanha fortalecer expectativa por relaxamento monetário na região. Londres, no entanto, terminou o pregão no vermelho, em parte penalizada pela volatilidade do petróleo e riscos no setor financeiro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,45%, a 459,10 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,24%, a 7.267,64 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,09%, a 16.166,45 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,02%, a 6.439,50 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,59%, a 10.062,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,43%, a 7.423,46 pontos.

Na quinta-feira (30), as bolsas europeias fecharam em alta, depois de novos números terem mostrado que a inflação na zona euro atingiu o nível mais baixo em mais de dois anos em novembro. Apesar da economia francesa ter contraído inesperadamente no último trimestre. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,59%, a 461,83 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,67%, a 7.316,64 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,40%, a 16.230,31 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,38%, a 6.464,10 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,024%, a 10.065,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,35%, a 7.449,09 pontos.

Presidente do Banco Central britânico diz que levar inflação a 2% será “trabalho árduo”

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, disse que reduzir a inflação para a meta de 2% do Banco Central será um “trabalho árduo”, já que a maior parte de sua queda recente se deve à reversão do salto nos custos de energia do ano passado.

“O restante tem que ser feito pela política econômica e pela política monetária”, disse Bailey em uma entrevista ao site ChronicleLive publicada na segunda-feira (27).

“E a política monetária está operando no que chamo de forma restritiva no momento, ela está restringindo a economia. A segunda metade, de lá para 2%, é um trabalho árduo e, obviamente, não queremos ver mais danos.”

O BoE manteve as taxas no patamar atual pela segunda reunião consecutiva no início deste mês, após 14 aumentos seguidos para combater uma inflação que atingiu um pico de 11% há pouco mais de um ano, antes de cair para 4,6% em outubro.

As últimas previsões do Banco Central mostram expectativa de que a inflação retorne a 2% somente no final de 2025.

Bailey reconheceu o impacto das taxas de juros mais altas sobre as famílias, causado pelo aumento das hipotecas e dos aluguéis. Mas ele repetiu sua mensagem de que era muito cedo para o BoE pensar em reduzir os custos dos empréstimos.

“Estou muito consciente da posição dos menos favorecidos“, disse ele ao ChronicleLive.

“Mas temos que reduzir (a inflação) para 2% e é por isso que tenho recuado ultimamente contra as suposições de que estamos falando em cortar as taxas de juros ou de que estaremos cortando os juros em um futuro próximo, porque é muito cedo para ter essa discussão.”

Atualmente, os mercados financeiros estão precificando um primeiro corte de juros pelo BoE em setembro do próximo ano.

Putin aprova grande aumento de gastos militares no Orçamento da Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, deu sua aprovação oficial a um aumento significativo nas despesas militares, que terão cerca de 30% dos gastos fiscais direcionados às Forças Armadas do país em 2024, ao assinar planos orçamentários preliminares transformando-os em lei.

Moscou destina cada vez mais recursos para prosseguir com a guerra na Ucrânia. Os gastos com Defesa e Segurança combinados devem atingir cerca de 40% de todas as despesas orçamentárias no próximo ano.

Os gastos com Defesa devem aumentar em quase 70% em 2024 em relação a 2023.

A Rússia tem uma meta ambiciosa de receita para 2024 de 35,1 trilhões de rublos (391,2 bilhões de dólares) no próximo ano, um aumento estimado de 22,3% em relação ao ano anterior, com base em suposições de altas nos preços de petróleo.

Analistas afirmam que o governo poderá ser forçado a aumentar impostos sobre as empresas caso essas previsões se mostrem otimistas.

Os planos orçamentários já haviam sido aprovados em ambas as Casas do Parlamento, a Duma e o Conselho da Federação. 

Aumentos de juros do BCE não estão necessariamente encerrados, diz Nagel

O Banco Central Europeu pode precisar aumentar novamente os juros se as perspectivas de inflação piorarem, e o banco não deve se apressar em flexibilizar a política monetária muito rapidamente após o conjunto mais acentuado de aumentos de taxa já registrado, disse o chefe do Bundesbank, Joachim Nagel.

O BCE sinalizou taxas inalteradas por vários trimestres à frente e os investidores agora estão precificando cortes no início de 2024, o que levou conservadores como Nagel a contestar essas apostas, mesmo que as perspectivas de inflação sejam “animadoras”.

“Isso não significa necessariamente que o atual ciclo de aumentos tenha terminado”, disse Nagel, uma voz influente no Conselho do BCE, que define as taxas, em um discurso no Chipre.

“É claro que, se as perspectivas de inflação piorarem, talvez tenhamos que aumentar os juros novamente.”

Uma surpresa para baixo, ou seja, que o crescimento dos preços retorne à meta de 2% do BCE mais rápido do que o previsto, é “muito menos provável”, portanto, é prematuro até mesmo especular sobre cortes nas taxas, disse Nagel.

Os mercados agora veem cerca de 95 pontos-base de cortes de juros no próximo ano, com a primeira redução prevista para abril, um cronograma que foi contestado por várias autoridades de política monetária.

Nagel disse que o crescimento se recuperará no próximo ano, que o crescimento dos salários ainda é robusto e que o efeito desinflacionário da queda dos preços da energia se dissipou.

Em vez de afrouxar a política monetária, Nagel, na verdade, defendeu um aperto maior por meio de um balanço patrimonial “significativamente” menor.

A flexibilização da política monetária só deve ocorrer quando a inflação estiver, sem dúvida, voltando para 2% e, mesmo assim, seria melhor errar agindo tarde demais do que cedo demais, disse ele.

Economia da França tem contração no 3º trimestre

A economia da França registrou contração de 0,1% no terceiro trimestre do ano, segundo dados revisados do INSEE divulgados na quinta-feira (30), enquanto a inflação de novembro diminuiu mais do que o esperado.

A contribuição da formação bruta de capital fixo, uma medida de investimento, para a produção nacional da França foi revisada consideravelmente para baixo, enquanto a contribuição da demanda interna também desacelerou para 0,2 ponto, informou o INSEE.

O escritório de estatísticas disse que a contribuição do comércio externo, de -0,4 ponto, também teve um impacto negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) durante o terceiro trimestre, já que as importações cresceram.

Em novembro, a inflação preliminar harmonizada para comparação com a UE foi de 3,8% em relação ao ano anterior, abaixo da expectativa em uma pesquisa da Reuters com 19 economistas de 4,1%. A inflação caiu de 4,5% em outubro, ajudada pela diminuição da pressão sobre os preços da energia e do setor de serviços.

Os preços dos alimentos subiram 7,6% em novembro, em comparação com 7,8% em outubro, enquanto o aumento dos preços da energia desacelerou para 3,1%, depois de registrar alta de 5,2% no mês passado.

Em relação ao mês anterior, os preços caíram 0,2%, já que a queda dos preços de transporte e energia compensou o aumento mensal dos alimentos, especialmente dos produtos frescos.

Apesar da inesperada contração econômica, o governo manteve sua previsão de crescimento de 1% para 2023.

“Mantenho minhas previsões de crescimento. Teremos um crescimento positivo este ano e um maior em 2024 do que em 2023”, disse o ministro da Economia, Bruno Le Maire, na rádio francesa, acrescentando que estava mantendo sua previsão de expansão de 1,4% no próximo ano.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam em queda, uma vez que dados mostraram que os lucros das empresas industriais chinesas cresceram em um ritmo mais lento em outubro. Outras ações asiáticas também caíram antes de dados de inflação dos Estados Unidos e da Europa. O índice Xangai teve queda de 0,30%, a 3.031,70 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,53%, a 33.447,67 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,20%, a 17.525,06 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,74%, a 3.511,94 pontos.

Na terça-feira (28), as bolsas asiáticas fecharam mistas, ações ligadas ao setor de tecnologia e a alimentos e bebidas estiveram sob pressão. O índice Xangai teve alta de 0,23%, a 3.038,55 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,12%, a 33.408,39 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,98%, a 17.354,14 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,19%, a 3.518,52 pontos.

Na quarta-feira (29), as bolsas asiáticas fecharam em queda, a gigante de entrega de alimentos Meituan apresentou uma perspectiva cautelosa para o quarto trimestre, o que aumentou as preocupações com a recuperação dos gastos dos consumidores chineses. O índice Xangai teve queda de 0,56%, a 3.021,69 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,26%, a 33.321,22 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,08%, a 16.993,44 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,86%, a 3.488,31 pontos.

Na quinta-feira (30), as bolsas asiáticas fecharam em alta, apesar de dados pouco animadores sobre a indústria e com os investidores pedindo mais medidas de flexibilização. O mercado de Hong Kong se recuperou após ter atingido a mínima de um ano. O índice Xangai teve alta de 0,26%, a 3.029,67 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,50%, a 33.486,89 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,29%, a 17.042,88 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,23%, a 3.496,20 pontos.

Mercado monetário da China mostra sinais de escassez de liquidez no final do mês

As condições de caixa no mercado monetário da China mostraram sinais de aperto na segunda-feira (27), à medida que os participantes do mercado ficaram cautelosos em relação à demanda no final do mês e um recente aperto de liquidez permaneceu fresco na memória.

Apesar das novas injeções de liquidez por parte do Banco Central para acalmar o mercado, traders e analistas disseram que os custos dos empréstimos para os fundos que poderiam ajudar as instituições financeiras, especialmente as não bancárias, a superar o período crítico do final do mês, permaneceram elevados.

O preço dos acordos de referência de sete dias negociados no mercado interbancário atingiu uma alta de 2,8% na segunda-feira, o nível mais alto desde 31 de outubro. Enquanto isso, o custo do empréstimo desses acordos para instituições financeiras não bancárias foi de cerca de 3,5%, segundo comerciantes.

“O dinheiro que pode ajudar a cobrir o final do mês tem um viés restritivo e é caro para quem não é banco”, disse um trader de um banco chinês.

Alguns traders também disseram que o sentimento geral era cauteloso devido em grande parte aos temores de outra crise de caixa.

A procura rotineira de dinheiro no final do mês no sistema bancário da China transformou-se numa confusão em 31 de outubro que empurrou as taxas de financiamento de curto prazo para 50% em alguns casos, um incidente que levou as autoridades a investigar.

“O mercado monetário interbancário agora depende fortemente de recompras reversas, e a disposição dos bancos em emprestar aos seus pares é baixa, e este pode ser um dos fatores que desencadeia flutuações nos custos de financiamento no final do mês”, Liu Yu, analista da GF Valores Mobiliários.

Indicador de tendência de preços do Japão bate recorde

Uma medida-chave da tendência de inflação do Japão acelerou para 2,2% em outubro, mostraram dados na terça-feira (28), marcando um novo recorde de alta em um sinal de ampliação da pressão sobre os preços que aumenta os argumentos para que o Banco Central desacelere. seu enorme estímulo monetário.

Os dados somam-se aos recentes sinais crescentes de que as perspectivas de aumentos salariais sustentados estão a estimular as empresas a aumentar os preços dos seus serviços, uma tendência que o Banco Central vê como um pré-requisito para acabar com as taxas de juro ultrabaixas.

O aumento homólogo de 2,2% na taxa de inflação mediana ponderada, que é observada de perto como um indicador sobre se os aumentos de preços estão a alargar-se, seguiu-se a um ganho de 2,0% em setembro. Foi o aumento mais rápido desde que dados comparáveis ​​foram disponibilizados em 2001, mostraram dados do Banco do Japão (BOJ).

Os dados estarão entre os fatores que o Banco do Japão irá analisar na sua próxima reunião de definição de políticas, nos dias 18 e 19 de dezembro.

O Banco do Japão continua a ser uma pessoa atípica global, tendo mantido uma política ultra-frouxa, mesmo quando os principais Bancos Centrais de outros países aumentaram agressivamente as taxas de juro para combater a inflação galopante.

Embora o núcleo da inflação ao consumidor tenha excedido o seu objetivo durante mais de um ano, o Banco do Japão comprometeu-se a manter taxas de juro extremamente baixas até que o seu objetivo de inflação de 2% possa ser alcançado de forma sustentada, apoiado por um consumo sólido e aumentos salariais.

Sri Lanka chega a um acordo de reestruturação da dívida com países credores, diz fonte governamental

O Sri Lanka foi informado de que um acordo de reestruturação da dívida com os países credores foi alcançado, mas ainda não recebeu uma carta de confirmação do comitê oficial de credores, disse uma fonte do governo à Reuters na quarta-feira (29).

O Sri Lanka, atolado na sua pior crise financeira em décadas, tem tentado chegar a acordos de reestruturação com os credores desde o ano passado, tendo sido forçado a deixar de pagar a sua dívida externa em maio de 2022, depois de as suas reservas cambiais terem diminuído para mínimos históricos.

“O Sri Lanka foi informado de um acordo”, disse a fonte, que não quis ser identificada. “Está confirmado que um acordo foi alcançado com os credores bilaterais, mas ainda estamos aguardando uma carta oficial. Esperamos isso em breve.”

O gabinete do presidente do Sri Lanka e o Ministério das Finanças não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

O Japão co-preside o comitê oficial de credores, juntamente com a França e a Índia. A China é o maior credor bilateral do Sri Lanka e é um observador no grupo, evitando aderir ao grupo como membro formal.

Não houve reação imediata dos credores bilaterais.

O acordo surge cerca de um mês depois de a nação insular, altamente endividada, ter chegado a um acordo com o Banco de Exportação e Importação da China (EXIM), cobrindo cerca de 4,2 bilhões de dólares em dívida pendente.

O acordo EXIM ajudará o Sri Lanka a aprovar a primeira revisão de um resgate do Fundo Monetário Internacional (MF) e a garantir uma segunda parcela de financiamento do FMI de cerca de 334 milhões de dólares, afirmou o Ministério das Finanças.

Contração da indústria China se aprofunda em novembro, mostra PMI oficial

A atividade industrial da China encolheu pelo segundo mês consecutivo em novembro e em um ritmo mais rápido, sugerindo que mais estímulos serão necessários para sustentar o crescimento econômico e restaurar a confiança de que as autoridades podem dar suporte ao setor.

Economistas melhoraram suas previsões para a segunda maior economia do mundo depois de dados do terceiro trimestre melhores do que o esperado, mas apesar de uma série de medidas de apoio o sentimento negativo entre os gerentes de fábrica parece ter se consolidado diante da fraqueza da demanda interna e externa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial para a indústria caiu para 49,4 em novembro, de 49,5 em outubro, segundo dados da Agência Nacional de Estatística divulgados na quinta-feira (30), contra previsão de economistas de 49,7. A marca de 50 pontos separa contração de expansão.

“O mercado doméstico não pode compensar as perdas na Europa e nos Estados Unidos. Os dados mostram que as fábricas estão produzindo menos e contratando menos pessoas”, disse Dan Wang, economista-chefe do Hang Seng Bank China.

“(Os dados) também podem mostrar uma perda de confiança na política do governo”, acrescentou, alertando que é improvável que a atividade das fábricas melhore tão cedo, já que outros problemas econômicos dominam. “A prioridade agora é claramente conter o risco da dívida dos governos locais e o risco representado pelos bancos regionais.”

O subíndice de novos pedidos contraiu pelo segundo mês consecutivo, enquanto que o componente de novas encomendas de exportação estendeu seu declínio pelo nono mês.

Em outro sinal preocupante, o vasto setor de serviços contraiu pela primeira vez em 12 meses. O PMI não manufatureiro, que inclui serviços e construção, diminuiu de 50,6 no mês anterior para 50,2 em novembro.

A economia da China tem lutado este ano em sua recuperação pós-pandemia, prejudicada por uma crise cada vez mais profunda no mercado imobiliário, riscos de dívidas de governos locais, crescimento global lento e tensões geopolíticas.

O lucro líquido dos bancos sauditas no terceiro trimestre cresceu 3,7%, atingindo US$ 4,8 bilhões

O setor bancário da Arábia Saudita viu um aumento trimestral de 3,74% no lucro líquido agregado no terceiro trimestre de 2023, atingindo SR18,03 bilhões (US$ 4,8 bilhões) de SR17,38 no trimestre anterior, de acordo com um relatório recente.

No seu último relatório, a empresa global de serviços profissionais Alvarez & Marsal destacou que o rendimento operacional dos bancos sauditas aumentou 2,9% em termos trimestrais, impulsionado principalmente por um crescimento de 3,8% na margem financeira.

Contudo, um ligeiro declínio no rendimento não essencial, de 0,5%, compensou parcialmente estes ganhos. A redução dos encargos por imparidade em 17,9% em termos trimestrais também desempenhou um papel fundamental no reforço do crescimento do lucro líquido.

Foi observada uma melhoria notável no rácio empréstimos/depósitos, que aumentou 2,3% em termos trimestrais, atingindo 98,4%, o mais elevado em quatro anos.

Este aumento foi sustentado por um crescimento robusto dos empréstimos e adiantamentos, ultrapassando o aumento dos depósitos.

O retorno sobre o capital próprio dos bancos sauditas também melhorou 70 pontos base em termos trimestrais, atingindo 16,4%, enquanto o retorno sobre os ativos permaneceu estável em 2%.

Observou-se uma trajetória de crescimento moderada tanto na mobilização de empréstimos como de depósitos, com os empréstimos e adiantamentos a expandirem-se 2,9% em termos trimestrais, ultrapassando o crescimento dos depósitos, que se situou em 0,5%.

As principais tendências para o terceiro trimestre de 2023 mostraram os empréstimos empresariais e grossistas como o principal impulsionador de um aumento trimestral de 2,9% nos empréstimos e adiantamentos. 

Iraque vê risco de conflito regional se a guerra em Gaza recomeçar

O Iraque vê um risco de conflito regional se a atual trégua em Gaza não se transformar num cessar-fogo permanente, disse o conselheiro de relações exteriores do primeiro-ministro iraquiano, enquanto os mediadores procuravam uma extensão da trégua temporária de quatro dias entre Israel e o Hamas.

O bombardeamento devastador de Israel sobre Gaza, em resposta ao ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, atraiu grupos armados alinhados com o Irão na região, incluindo o Hezbollah libanês e várias facções iraquianas, que organizaram ataques quase diários contra as forças israelitas e norte-americanas.

Mas não houve relatos de ataques às forças dos EUA no Iraque ou na Síria desde que Israel e o Hamas iniciaram uma trégua de quatro dias na semana passada, que deveria expirar na segunda-feira, em comparação com mais de 70 nas semanas anteriores.

Algumas das principais facções armadas iraquianas por trás dos ataques recentes, incluindo Kataib Sayyid Al-Shuhada e Kataeb Hezbollah, anunciaram que respeitarão o cessar-fogo em Gaza, mas indicaram que retomariam os ataques se este terminar.

Eles também afirmaram em declarações que ainda procuram a eventual expulsão das forças dos EUA no Iraque. Há cerca de 2.500 soldados norte-americanos numa missão que os EUA dizem ser para aconselhar e ajudar as forças iraquianas que lutam contra os remanescentes do Estado Islâmico.

“Toda a região está à beira de um conflito devastador que pode incluir todos, e a extensão da sua expansão ou como controlá-la e detê-la não é conhecida”, disse Farhad Alaadin, conselheiro de relações exteriores do primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia Al- Sudanês.

“Por esta razão, vemos qualquer cessar-fogo no conflito como benéfico e importante nesta fase, primeiro para o povo da Palestina e de Gaza e para todos os países da região, incluindo o Iraque”, disse ele à Reuters.

Catar registra superávit comercial de mais de US$ 5 bilhões em outubro, apesar da queda nas exportações

O Catar relatou uma balança comercial de mercadorias estrangeiras positiva em outubro de 2023, com um superávit de quase 19 bilhões de riais do Catar (US$ 5,13 bilhões).

Os dados recentes da Autoridade de Planeamento e Estatística revelaram que as exportações de bens durante o mês totalizaram cerca de 29,1 bilhões de riais, indicando uma diminuição de 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Entretanto, as importações de bens em outubro de 2023 ascenderam a cerca de 10,1 bilhões de riais, mostrando uma diminuição de 22,1% em termos anuais.

O excedente global representou uma diminuição de cerca de 6,1 bilhões de riais, ou 24,2%, em comparação com o período correspondente em 2022.

A diminuição anual nas exportações totais em outubro foi atribuída principalmente à redução das exportações de gases de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos, no valor de aproximadamente 16,4 bilhões de riais, uma queda de 35,7%.

As exportações de óleos petrolíferos e brutos aumentaram 18,1%, atingindo 6,4 bilhões de riais, e os óleos petrolíferos e óleos de minerais betuminosos, que não são brutos, aumentaram 8,7%, atingindo 2,4 bilhões de riais.

Em outubro de 2023, a China emergiu como o principal destino das exportações do Qatar, representando quase 6,1 bilhões de riais ou 21% do total, seguida pela Índia com quase 3,5 bilhões de riais e pela Coreia do Sul com cerca de 2,5 bilhões de riais. 

O principal grupo de commodities importadas durante o período foram “turbojatos, turbo-hélices e outras turbinas a gás; partes dele”, com 600 milhões de riais, refletindo um aumento de 19,2%.

Ministério da Energia da Arábia Saudita obtém excelência global e reconhecimento de qualidade   

O Ministério da Energia da Arábia Saudita obteve um prestigiado reconhecimento global pela excelência e qualidade institucional. 

O ministério alcançou o segundo nível de acreditação institucional da Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade e garantiu o quarto nível no Modelo de Maturidade de Gestão de Projetos, Programas e Portfólios da Axelos, passando por avaliações conduzidas por avaliadores internacionais credenciados.  

Estas avaliações examinaram os percursos empresariais e as metodologias do ministério, alinhando-os com padrões de excelência reconhecidos mundialmente.  

Esta acreditação reflete o compromisso do ministério com o seu plano estratégico para melhorar as operações institucionais e estabelecer um quadro unificado de excelência e qualidade, beneficiando em última análise as suas partes interessadas, informou a Agência de Imprensa Saudita.

Israel e Hamas prolongam trégua em Gaza por um dia em acordo de última hora

Israel e o Hamas chegaram a um acordo de última hora n quinta-feira (30) para estender seu cessar-fogo pelo sétimo dia, e Washington disse esperar que a trégua possa ser estendida ainda mais para libertar mais reféns e permitir que a ajuda chegue. Gaza.

A trégua permitiu a entrada de parte da ajuda humanitária em Gaza, depois de grande parte do território costeiro de 2,3 milhões de pessoas ter sido reduzido a terreno baldio devido a sete semanas de bombardeamentos israelitas em retaliação ao ataque mortal perpetrado por militantes do Hamas em 7 de outubro.

No entanto, um tiroteio mortal em Jerusalém foi um forte lembrete do potencial de propagação da violência.

Israel, que exigiu que o Hamas libertasse pelo menos 10 reféns por dia para manter o cessar-fogo, disse que recebeu no último minuto uma lista daqueles que seriam libertados na quinta-feira (30), o que lhe permitiu cancelar os planos de retomar os combates ao amanhecer.

“À luz dos esforços dos mediadores para continuar o processo de libertação dos reféns e sujeito aos termos do quadro, a pausa operacional continuará”, disseram os militares israelitas num comunicado, divulgado minutos antes da data prevista para a trégua expirar, em 05:00 GMT.

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Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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01/12/2023