Cenário Econômico Nacional – 04/12/2023

Cenário Econômico Nacional – 04/12/2023

Cenário Econômico Nacional – 04/12/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas projetam IPCA e PIB menores em 2023

Economistas reduziram as projeções de inflação e crescimento da economia para este ano, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira, (27).

Os economistas consultados pelo BC reduziram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 de 4,55% para 4,53%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.

As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, foram mantidas em 3,91%, e as de 2025 em 3,50%.

Os economistas mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros deste ano em 11,75%. As projeções para 2024 ficaram em 9,25% e as para 2025 em 8,75%.

Os economistas revisaram para baixo as expectativas do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, que passou de 2,85% para 2,84%.

Para 2024, as projeções do PIB foram mantidas em 1,50% e as para 2025 em 1,93%.

Arrecadação federal soma R$ 215,6 bilhões em outubro

O governo federal arrecadou R$ 215,6 bilhões em outubro. Esse foi o maior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 1995. O valor representa uma alta real, que considera os valores corrigidos pela inflação, de 0,10% em relação a outubro de 2022.

O resultado ficou dentro das projeções dos economistas do mercado financeiro, que apontavam uma arrecadação de R$ 206,5 bilhões a R$ 217,4 bilhões.

De janeiro a outubro, o governo arrecadou R$ 1,93 trilhão, o que equivale a uma queda real de 0,68% em relação ao mesmo período de 2022.

A arrecadação do governo com o IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e com o CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) caiu R$ 38,5 bilhões no acumulado de 2023.

As receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 195,6 bilhões em outubro, com alta real de 0,71% em relação ao mesmo mês de 2022. Já as receitas administradas por outros órgãos totalizaram R$ 20 bilhões, com queda real de 0,52% ante o mesmo período do ano passado.

O resultado de outubro interrompeu uma sequência de 4 quedas mensais seguidas em relação ao mesmo mês do ano anterior. A arrecadação caiu 3,37% em junho, 4,20% em julho, 4,14% em agosto e 0,34% em setembro.

Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, disse que a melhora em relação aos meses anteriores se deve à melhora do ritmo de atividade econômica no fim do ano.

Oficialmente, o governo federal estima um déficit de R$ 177,4 bilhões em 2023, mas o governo espera que o “empoçamento” reduza o valor do saldo negativo para R$ 140,4 bilhões. O empoçamento é quando o recurso é autorizado no orçamento, mas não é executado. Ou seja, é uma espécie de gasto que não foi efetivado e que melhora o desempenho do resultado primário do governo.

O governo voltará a ter déficit nas contas depois de fechar 2022 com superávit de R$ 54 bilhões, o 1º saldo positivo em 9 ano.

Prévia da inflação: IPCA-15 sobe 0,33% em novembro, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país, subiu 0,33% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice teve aceleração de 0,12 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,21% para outubro. Em novembro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,53%.

Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,84% na janela de 12 meses. Já no ano de 2023, o acúmulo é de 4,30%.

O resultado veio um pouco acima das expectativas de mercado, que esperavam alta de 0,30% no índice em novembro.

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, oito tiveram altas na prévia de novembro. O principal impacto veio de Alimentação e bebidas, com ganho de 0,82% no mês.

Dentro da divisão de alimentos, destaque para a Alimentação no domicílio, que rompeu uma sequência de cinco quedas consecutivas e subiu 1,06% em novembro.

IGP-M acelera alta para 0,59% em novembro com impulso de commodities, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,59% em novembro, acelerando ante ganho de 0,50% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira, citando nova pressão do setor de commodities.

A expectativa em pesquisa da Reuters com analistas era de um avanço de 0,60%.

Em 12 meses, o IGP-M ainda tem queda de 3,46%, a menos intensa desde abril deste ano (-2,17%).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, acelerou a alta a 0,71% neste mês, contra 0,60% em outubro.

“Observou-se um incremento substancial nos preços de commodities componentes do índice ao produtor”, disse o coordenador dos índices de preço da FGV, André Braz, destacando os aumentos do farelo de soja (de 0,51% para 5,41%) e do café em grão (de -1,60% para 6,36%). Além disso, o subitem óleo diesel saltou 6,56% no período.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, avançou 0,42% em novembro, acima da alta de 0,27% do mês passado.

“A inflação ao consumidor avançou sob influência de fatores climáticos que impactaram negativamente a oferta de alimentos in natura”, disse Braz, chamando a atenção para os saltos da cebola (de -5,20% para 38,53%) e da batata-inglesa (de -5,40% para 20,94%).

Empregados batem recorde no Brasil e taxa de desemprego cai a 7,6% no trimestre até outubro

O número de trabalhadores ocupados no Brasil atingiu um recorde de mais de 100 milhões no trimestre até outubro, levando a taxa de desemprego a cair a 7,6% e bater o menor nível desde o início de 2015, com aumento da renda.

Em um mercado de trabalho que segue resiliente no país, o resultado mostrou queda frente aos três meses imediatamente anteriores, até julho, quando a taxa havia ficado em 7,9%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A leitura da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) também mostrou recuo ante os 8,3% vistos no mesmo período do ano anterior, marcando a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%.

O resultado ainda ficou um pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de uma taxa de 7,7%.

“Temos um aumento não só quantitativo no mercado de trabalho, mas também qualitativo, puxado pela formalidade e ampliação da renda”, destacou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

“O momento do mercado é de crescimento sustentado de aumento de trabalhadores, é algo sólido. Estamos diante de um cenário de recuperação da economia, e isso aparece no mercado de trabalho inevitavelmente”, completou.

Depois de um primeiro semestre de atividade econômica melhor do que o esperado, o mercado de trabalho brasileiro mostrou-se aquecido e a taxa de desemprego permanece em patamares baixos. Embora ela ainda possa registrar alta diante da esperada desaceleração da atividade econômica e dos efeitos defasados da política monetária restritiva, não é esperado um salto significativo.

“Olhando à frente, entendemos que os efeitos defasados da política monetária contribuirão para uma desaceleração da atividade econômica e um consequente aumento da taxa de desemprego, que ainda resistirá em patamares historicamente baixos por mais um bom tempo”, avaliou o PicPay em nota.

No trimestre até outubro, o total de ocupados no país chegou a 100,206 milhões, o maior contingente desde o início da série histórica, no primeiro trimestre de 2012. Houve aumento de 0,9% na comparação com os três meses até julho e de 0,5% sobre o mesmo período do ano anterior.

Já o número de desempregados caiu 3,1% sobre o trimestre imediatamente anterior, a 8,259 milhões de pessoas, marcando ainda uma queda de 8,5% na base anual.

Pacheco defende elevação de idade mínima e mandato para o STF

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a elevação da idade mínima ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), além da fixação de um período para o mandato. As declarações foram feitas em evento da Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), em São Paulo.

“Outra mudança possível e que já tem uma Proposta de Emenda à Constituição nesse sentido, é a questão de mandato de ministro do Supremo Tribunal Federal, com elevação da idade mínima de ingresso. Hoje são 35 anos e poderia ser elevar essa idade mínima e fixar um mandato para os ministros”, afirmou Pacheco.

O senador citou a PEC 16/2019, de autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que estabelece que os ministros do STF poderão ter um mandato de 8 anos, sem direito a recondução.

O texto também determina prazos para indicação de ministros, aprovação do nome pela maioria absoluta no Senado Federal e sua nomeação.

Atualmente, o texto está em análise na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa Alta.

“Considero que, assim como tantos outros países do mundo adotam essa sistemática, pode ser também uma sistemática muito positiva para o Brasil”, disse o presidente do Senado.

Pacheco disse que suas declarações são de cunho pessoal e “não vincula o colegiado do Senado Federal, que evidentemente, no momento oportuno, vai apreciar essa questão do mandato de ministro do Supremo”.

A declaração do presidente do Senado Federal pode causar mais atrito entre o Legislativo e o Judiciário. Isso porque, em 22 de novembro, a Casa aprovou a PEC 8/2021, que limita decisões monocráticas no STF. Foram 52 votos favoráveis e 18 contrários em ambos os turnos. A proposta agora vai à Câmara dos Deputados.

Lula chega à Arábia Saudita em último giro internacional do ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na manhã desta terça-feira (28) a Riade, capital da Arábia Saudita, no primeiro estágio de sua visita ao Oriente Médio.

Lula terá um encontro ainda na terça-feira (28) com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro do país, Mohammed Bin Salman Al-Saud. A reunião está prevista para 12h15 (horário de Brasília).

Os dois vão discutir possibilidades de investimentos sauditas no Brasil e um aumento do comércio entre os países, que atingiu o recorde de US$ 8,2 bilhões em 2022.

Empresas brasileiras também têm planos para diversificar seus investimentos em território saudita.

Atrair investimentos para o Brasil, aliás, será uma das principais prioridades do presidente nas visitas à Arábia Saudita e ao Catar, para onde Lula embarca na quarta-feira (29).

Os sauditas já demonstraram interesse em investir nas áreas de energia renovável e proteína animal no Brasil. Mas o governo brasileiro também quer promover oportunidades para investimento nas obras de infraestrutura do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

Senado aprova adesão da Bolívia ao Mercosul

O plenário do Senado aprovou o texto do protocolo de adesão da Bolívia ao Mercosul, dando seu aval à integração do país sul-americano ao bloco.

O projeto de decreto legislativo, que já passou pela Câmara e pelo Senado, agora segue para promulgação.

A inclusão da Bolívia no Mercosul resulta da aprovação do protocolo de adesão do Estado Plurinacional da Bolívia ao Mercosul, celebrado em Brasília em 17 de julho de 2015.

O texto aprovado pelos senadores destaca que o ingresso da Bolívia, com uma população de mais de 12 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 41 bilhões de dólares, além de relevantes reservas de gás, lítio e outros minerais estratégicos, ao bloco pode dar impulso à integração regional e propiciar abertura de mercado a empresas brasileiras.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também tem reiterado sua intenção de concluir o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia ainda neste ano, apesar dos desafios decorrentes da nova legislação de desmatamento europeia e das solicitações de ajustes pelo governo brasileiro, especialmente em relação a compras governamentais.

As perspectivas para a conclusão do acordo comercial ganharam ainda um novo capítulo com a eleição do ultraliberal Javier Milei, crítico ferrenho do Mercosul, como presidente da Argentina.

PL pede cassação de deputado André Janones, aliado de Lula, por acusação de “rachadinha”

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, entrou com um pedido de cassação do mandato do deputado federal André Janones (Avante-MG), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por suspeita de apropriação indevida dos salários de funcionários do seu gabinete da Câmara, a chamada “rachadinha”.

O pedido do PL, apresentado à Mesa Diretora da Câmara, será encaminhado ao Conselho de Ética da Casa, a quem caberá decidir sobre o andamento do caso.

“A conduta do representado não pode ser tolerada. Validar este tipo de atitude, ilícita e antiética, corresponderia, ao fim e ao cabo, a aceitar o abuso no exercício do mandato eletivo, em total desprestígio ao Parlamento brasileiro”, disse a representação, assinada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Segundo reportagem do portal Metrópoles, um áudio atribuído a Janones mostraria o deputado cobrando em uma reunião na Câmara, em 2019, que os funcionários de seu gabinete destinassem parte dos salários para cobrir despesas de campanha.

“Eu não me corromper significa não ceder à corrupção. Por exemplo, tem algumas pessoas aqui, que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito. Perdi 675 mil reais na campanha e elas vão ganhar mais para isso”, teria dito Janones, segundo o áudio atribuído a ele.

Janones, que foi um importante aliado de Lula durante a campanha presidencial do ano passado para se contrapor à atuação de bolsonaristas nas redes sociais, negou qualquer conduta ilegal em entrevistas e postagens nas redes sociais.

“Hoje saiu uma matéria, que está sendo espalhada pela extrema-direita, que me acusa de rachadinha, coisa que eu nunca fiz. Pra isso eles usaram uma gravação clandestina e criminosa, um áudio retirado de contexto e para tentar me imputar um crime que eu jamais cometi”, disse.

“Aproveito para solicitar que o conteúdo criminosamente gravado seja disponibilizado na integra e não edições manipuladas, postada quase simultaneamente por todas as lideranças de extrema-direita”, reforçou ele no X, antigo Twitter.

Governo vai seguir metas fiscais “obstinadamente”, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai seguir “obstinadamente” as metas fiscais, dentre elas, a de zerar o déficit primário em 2024. Ele concedeu entrevista a jornalistas em viagem ao Qatar.

Haddad também comemorou a aprovação no Senado na 4ª feira (29.nov) do projeto de lei que busca aumentar a tributação de offshore e de fundos exclusivos no Brasil, com poucos cotistas, os chamados “super-ricos”. O texto vai à sanção presidencial.

Questionado sobre a possibilidade de as medidas não serem suficientes para alcançar as metas fiscal, Haddad disse que, “se não der para alcançar”, o governo tomará outras medidas.

Haddad afirmou ainda que o projeto que taxa apostas esportivas, das empresas “bets”, deve ser votado na próxima semana no Senado. Ele tem conversado com o presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também está no Qatar, para tratar do cronograma.

Segundo o ministro da Fazenda, as medidas ajudam a equilibrar as contas públicas. “Nós temos que perseguir essa meta obstinadamente, porque o Brasil pode ser o país com melhores condições de investimento sustentável no mundo, tanto do ponto de vista social quanto do ponto de vista ambiental”, disse.

Haddad também citou a instalação da comissão mista da MP (medida provisória) 1.185, que trata sobre as subvenções do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Defendeu que a proposta corrige uma “distorção absurda” no sistema tributário, que beneficia grandes empresas a não pagarem tributos federais. Sobre o projeto que muda regras do JCP (juros sobre capital próprio), Haddad afirmou que a aprovação ainda em 2023 seria “ótima”.

“Tudo isso são correções provocadas nos últimos anos que minou a base fiscal do Estado brasileiro. São grupos de interesse que se apropriaram do Orçamento público, prejudicando a população, Estados e municípios e a União, que acaba tendo que arcar com estes custos”, afirmou.

Após meses de negociações, Americanas acorda com credores capitalização de R$ 24 bilhões

Após meses de negociações, a Americanas fechou um acordo com credores em torno do plano de recuperação judicial, em mais um passo para a execução das medidas previstas.

A companhia receberá uma capitalização de R$ 24 bilhões, dividida entre recursos dos acionistas de referência e a conversão de dívida pelos bancos credores, e prevê que após a implementação do plano, sua dívida bruta cairá para R$ 1,875 bilhão. No final de 2022, dado mais recente, a dívida bruta da empresa era de R$ 37,331 bilhões.

O acordo, firmado na segunda-feira (27), foi aceito por titulares de mais de 35% da dívida da companhia, excluídos os créditos intercompany (credores apoiadores). A rede varejista afirma que outros credores que participam das negociações indicaram interesse, de forma não-vinculante, em apoiar o plano, e que conduzem processos internos de aprovação para entrar no acordo assinado hoje.

As negociações se estenderam ao longo do fim de semana, como havia antecipado o Estadão/Broadcast na sexta-feira (24). Bancos como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e BV sinalizaram de maneira informal concordar com os termos de acordo, e outros analisavam internamente questões jurídicas, embora também fossem favoráveis à aprovação. Havia uma expectativa de fechar o acordo no domingo, mas a negociação acabou se estendendo para esta segunda. O acordo ainda depende de aprovação em assembleia geral de credores (AGC), convocada para 19 de dezembro.

O acordo prevê que as partes darão suporte às iniciativas de reestruturação da Americanas previstas no plano, como a capitalização, e que votarão a favor do plano de recuperação judicial da companhia na AGC. Além disso, também faz com que as partes se comprometam em participar do aumento de capital da empresa e a não tomar medidas contrárias aos termos do acordo ou às transações do plano.

Indústria química terá déficit de US$ 47 bilhões em 2023, diz Abiquim

A Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) calculou que o setor terminará 2023 com déficit de US$ 47 bilhões a partir de dados de outubro deste ano. O valor é o 2º maior saldo negativo da história. Os dados constam em relatório.

A entidade creditou a baixa na indústria química às “importações impulsionadas por preços predatórios de origens asiáticas”. Segundo a Abiquim, as importações de produtos químicos somaram US$ 52 bilhões, enquanto as exportações ficaram em US$ 12,2 bilhões até outubro. Houve, portanto, uma perda de US$ 39,9 bilhões no setor no período.

Como consequência, a indústria registrou a menor taxa de produtividade em 30 anos, segundo a Abiquim.

“[Isso se dá] em razão da ocupação desses mercados por produtos asiáticos com competitividade artificialmente sustentada em insumos e matérias-primas russas adquiridos por tais países com preços favorecidos em razão da guerra no leste europeu e pela intensificação das dificuldades conjunturais econômicas e cambiais da Argentina”, afirmou o relatório.

Em 10 de novembro, o governo federal decidiu subir o imposto de importação de produtos químicos como uma forma de fortalecer a indústria nacional do setor. A decisão foi da Gecex-Camex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior).

O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia diminuído em 10% o imposto de importação de 73 produtos químicos em 2022. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por outro lado, diz que a medida teve impactos negativos para a indústria nacional por conta do aumento das importações do setor e da “forte variação de preços”.

Percepção sobre situação atual piora e confiança de serviços do Brasil cai em novembro pela 4ª vez

A confiança do setor de serviços do Brasil caiu em novembro pela quarta vez seguida uma vez que pioraram as avaliações em relação à demanda e à situação atual dos negócios, mostraram os dados divulgados na quarta-feira (29) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,9 ponto em novembro, para 94,4 pontos.

“A queda foi bastante disseminada entre os segmentos do setor. A tendência de queda na taxa de juros e de redução do endividamento das famílias ainda não se reflete em uma reaceleração no setor, que ainda dependerá da melhora da confiança dos consumidores e da continuidade do bom momento do mercado de trabalho”, disse Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

O Banco Central iniciou um ciclo de corte de juros que tirou a taxa básica Selic do pico de 13,75% para o nível atual de 12,25%, nível que ainda restringe a atividade.

“Os empresários ainda demonstram cautela frente ao cenário macroeconômico desafiador”, completou Pacini.

A FGV informou que a queda do ICS resultou da piora das avaliações sobre a situação atual.

O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, recuou 2,2 pontos, para 97,1 pontos, menor nível desde maio deste ano.

Esse resultado foi influenciado principalmente pela piora na percepção sobre o indicador de volume da demanda atual, que caiu 3,8 pontos, para 95,9; e do indicador de situação atual dos negócios, que cedeu 0,7 ponto, para 98,2.

Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, subiu 0,6 ponto, para 92, após três quedas consecutivas.

Faturamento líquido total do setor de máquinas cai 4,8% em outubro, aponta Abimaq

O faturamento líquido total do setor de máquinas e equipamentos brasileiro caiu 4,8% em outubro, na comparação com setembro, segundo apontou a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Na comparação com outubro do ano passado, o faturamento líquido total da indústria caiu 12,1%.

No acumulado de janeiro a outubro, o faturamento do setor caiu 9,8% e no acumulado em 12 meses, houve queda de 9,9%.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos fabricados no Brasil em outubro caiu 9,2% na comparação com setembro. Na comparação com outubro do ano passado, o consumo aparente de máquinas e equipamentos recuou 19,1%.

De janeiro a outubro, o consumo aparente de máquinas e equipamentos registrou queda de 10,4% e no acumulado de 12 meses o recuo foi de 9,8%.

O consumo aparente de bens industriais é definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações.

O número de trabalhadores na indústria brasileira de máquinas e equipamentos cresceu 0,1% na margem em outubro. Já em relação a outubro de 2022 houve queda de 1,9%.

No acumulado do ano até outubro, houve recuo de 0,4% no emprego, enquanto nos últimos 12 meses, houve alta de 0,1%, informou a Abimaq.

Alta dos preços ao produtor no Brasil acelera a 1,11% em outubro, diz IBGE

Os preços ao produtor no Brasil passaram a subir 1,11% em outubro, marcando o terceiro mês seguido de altas, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) vem mostrando aceleração da alta depois de avanços de 0,75% em agosto e de 1,06% em setembro.

O resultado de outubro levou o índice acumulado em 12 meses a uma queda de 6,13%, de deflação de 7,97% no mês anterior.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 14 registraram variações positivas, as maiores variações foram em bebidas (6,12%), indústrias extrativas (5,26%), outros equipamentos de transporte (2,19%) e alimentos (2,00%).

Já as maiores influências vieram de alimentos (0,48 ponto percentual), indústrias extrativas (0,26 p.p.), bebidas (0,15 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,10 p.p.).

“Esta sequência de três meses com resultados positivos da indústria vem após seis meses seguidos de queda. De agosto a outubro, a alta acumulada é de 2,96%. Apesar disso, o IPP ainda não foi capaz de reverter os resultados negativos nos índices de longo prazo”, disse Murilo Alvim, analista do IPP no IBGE.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

SELIC

Em novo parecer sobre a trajetória da taxa básica de juros, a Selic, analistas do Goldman Sachs reiteraram que as projeções seguem inalteradas após os dados de inflação divulgados recentemente.

Tal como o consenso de mercado, a casa espera que a Taxa Selic feche este ano em um patamar de 11,75%, projeção que se mantém há 16 semanas inalterada pelo consenso do mercado financeiro, refletido no Boletim Focus.

“Para o final de 2024, as expectativas de inflação ainda estão 91 pontos base acima da meta e para 2025/26 permanecem presos 50 pontos base acima da meta de inflação de 3% no ponto médio, o que provavelmente reflete a expectativa de que o governo não cumprirá nas metas fiscais anunciadas”, disse o Goldman Sachs.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (04), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 11,75%, ante 11,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,59% em novembro, acelerando ante ganho de 0,50% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira (29).

A expectativa em pesquisa da Reuters com analistas era de um avanço de 0,60%.

Usado para reajustar contratos de aluguel, o IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (04), a projeção para o IGP-M ficou em -3,46%, ante -3,54% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, voltou a acelerar em novembro e subiu 0,33% no mês, após ter registrado alta de 0,21% em outubro, informou na terça-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em outubro de 2022, a taxa tinha ficado em 0,53%.

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,84%, ante os 5,5% observados nos 12 meses até outubro. No ano, o indicador acumula alta de 4,30%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (04), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 4,54%, ante 4,53% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Boletim Focus divulgado na segunda-feira (27), pelo Banco Central trouxe leve redução na projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A mediana para a alta da atividade em 2023 passou de 2,85% para 2,84%, contra 2,89% há um mês. Considerando apenas as 31 respostas nos últimos cinco dias úteis a estimativa para o PIB no fim de 2023 seguiu em 2,84%.

Para 2024, o Relatório Focus trouxe estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, que continuou em 1,50% na semana, mesmo patamar de um mês atrás. Considerando as 30 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 também foi mantida em 1,50%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (04), a projeção para o PIB ficou em 2,84%, ante 2,84% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (27), o Ibovespa fechou em alta, ultrapassando os 126 mil pontos na máxima da sessão, o que não acontecia desde meados de 2021, com Vale respondendo pela principal contribuição positiva. Além do avanço do minério e do petróleo, o dia foi de agenda relativamente esvaziada, com poucos catalisadores para os negócios. O índice Ibovespa teve alta de 0,95%, a 125.957,06 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,1 bilhões.

Na terça-feira (28), o Ibovespa fechou em alta, renovando máxima intradia desde meados de 2021, perto dos 127 mil pontos, com B3 entre as principais contribuições positivas, assim como os papéis da Petrobras. O índice Ibovespa teve alta de 0,64%, a 126.538,32 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,9 bilhões.

Na quarta-feira (29), o Ibovespa fechou em queda, após superar 127 mil pontos pela primeira vez desde 2021, em meio a movimentos de realização de lucros, mas ainda caminha para o melhor desempenho mensal em três anos, apoiado na expectativa de que o Federal Reserve encerrou o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos. O índice Ibovespa teve queda de 0,29%, a 126.165,64 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,3 bilhões.

Na quinta-feira (30), o Ibovespa fechou em alta, renovando máximas desde 2021, e confirmou o melhor desempenho mensal em três anos, que teve como principal suporte o retorno dos estrangeiros à bolsa paulista, em meio a perspectivas de que acabou o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos. O índice Ibovespa teve alta de 0,92%, a 127.331,12 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,8 bilhões.

Na sexta-feira (01), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 0,49%, a 126.704,08 pontos. Numa pequena correção após o índice acumular ganhos expressivos em novembro. Agentes econômicos aguardam as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,67%, a 128.184,91 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,8 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (01), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,21%, cotado a R$ 4,9254 na venda. Em meio a expectativas por fala do chair do Federal Reserve, que pode oferecer sua visão sobre as apostas do mercado de que o banco central norte-americano já terminou de elevar os juros e pode cortá-los na primeira metade do ano que vem.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (01) cotado a R$ 4,8807, após comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre a inflação nos Estados Unidos, que foram considerados amenos pelo mercado financeiro.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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04/12/2023