Cenário Econômico Internacional – 08/12/2023

Cenário Econômico Internacional – 08/12/2023

Cenário Econômico Internacional – 08/12/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

A economia mundial irá desacelerar no próximo ano devido à inflação, taxas elevadas e guerra

A economia global, que se revelou surpreendentemente resiliente este ano, deverá desacelerar no próximo ano sob a pressão das guerras, da inflação ainda elevada e da continuação das altas taxas de juro.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, com sede em Paris, estimou que o crescimento internacional desaceleraria para 2,7% em 2024, ante um ritmo esperado de 2,9% este ano. Isso representaria o crescimento mais lento em um ano civil desde o ano pandêmico de 2020.

Apesar das perspectivas mais sombrias, a organização “projeta que as recessões serão evitadas em quase todo o lado”, disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, numa conferência de imprensa.

No entanto, acrescentou, há riscos de que a inflação permaneça persistentemente elevada e de que o conflito Israel-Hamas e a guerra da Rússia na Ucrânia possam afetar os preços das matérias-primas, como o petróleo ou os cereais.

Um fator-chave para o abrandamento é que a OCDE espera que as duas maiores economias do mundo, os Estados Unidos e a China, desacelerem no próximo ano. Prevê-se que a economia dos EUA cresça apenas 1,5% em 2024, face aos 2,4% em 2023, à medida que os aumentos das taxas de juro da Reserva Federal, 11 deles desde março de 2022, continuam a restringir o crescimento. As taxas mais elevadas da Fed tornaram os empréstimos muito mais caros para os consumidores e as empresas e, no processo, ajudaram a abrandar a inflação desde o seu pico de quatro décadas em 2022. A OCDE prevê que a inflação nos EUA caia de 3,9% este ano para 2,8% em 2024 e 2,2% em 2025, um pouco acima do nível-alvo de 2% do Fed.

2024 será um ano de moderação na economia global

A economia global vem atravessando neste ano os desafios de uma inflação persistente e uma moderação nas perspectivas de crescimento. Mas o crescimento global mostrou-se mais resiliente do que se esperava, devendo terminar o ano com uma taxa de 2,9% ou 3,0% segundo, respectivamente, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e o FMI (Fundo Monetário Internacional) em suas projeções mais recentes.

Com diferenças. O crescimento do PIB permaneceu elevado em relação às expectativas nos Estados Unidos e em muitas economias produtoras de commodities. O conjunto de economias emergentes e em desenvolvimento vem exibindo uma expansão em patamar próximo ao anterior à pandemia.

O Japão, a única grande economia avançada que ainda não restringiu a política monetária, também registrou um crescimento acima da tendência desde 2022, apesar do ritmo de expansão da produção ter diminuído no 3º trimestre.

Por sua vez, a zona do euro cresceu só 0,1% no ano até ao 3º trimestre e vários países registraram quedas durante o mesmo período, especialmente na Europa Central e Oriental. Os preços mais altos de energia a partir da invasão da Ucrânia pela Rússia tiveram efeitos recessivos.

Já o crescimento na China atravessou volatilidade desde a reabertura pós-covid-zero no início do ano, num contexto de fragilidade e choque patrimonial no setor imobiliário. A implementação de uma vasta gama de medidas para apoiar a atividade ajudou na estabilização no 3º trimestre.

A resiliência do crescimento, onde ocorreu, surpreendeu por conta do aperto em políticas monetárias e nas condições financeiras para reduzir inflação. Na margem, contudo, há sinais claros de arrefecimento do ritmo macroeconômico, até porque os efeitos daquele aperto ainda estão se desdobrando.

ONU diz que Israel intensifica guerra e soma 11 mortos por hora em Gaza

Num levantamento divulgado, as agências da ONU revelam que, prestes a completar 60 dias de conflitos, a Faixa de Gaza vive uma intensificação dos combates, o fim da trégua e uma situação na qual 85% da população já não vivem em suas residências, quase 1,9 milhão de pessoas. Trata-se, para a OMS, da “hora mais sombria da humanidade”.

Para usar os poucos banheiros, a população precisa entrar em filas que chegam a durar horas. Em média, existe uma latrina em funcionamento para cada 400 pessoas.

Os dados oficiais indicam que quase 16 mil mortos já foram registrados, com 349 apenas nas últimas 24 horas entre palestinos e três soldados israelenses. 60% dos mortos são mulheres e crianças. “A guerra contra as crianças voltou”, denunciou James Elder, porta-voz da Unicef.

Os bombardeios israelenses por ar, terra e mar em Gaza, bem como as operações terrestres e os combates se intensificaram significativamente, enquanto os grupos armados palestinos continuaram a disparar foguetes contra Israel.

Inflação global dos preços dos alimentos diminuirá no próximo ano

A expectativa para o próximo ano traz alguma perspectiva de alívio para a inflação dos alimentos, conforme indicado em um relatório do Rabobank. Os preços de commodities essenciais, como açúcar, café, milho e soja, estão previstos para diminuir, ajustando-se à oferta que se eleva após três anos de aumento consecutivos.

O banco aponta que a demanda por alimentos permanecerá fraca, à medida que os consumidores enfrentam desafios econômicos, incluindo a alta inflação geral e as taxas de juros. Contudo, nem todos os preços dos alimentos básicos seguirão a mesma tendência. O Rabobank antecipa que o trigo enfrentará seu quinto déficit consecutivo devido a condições climáticas adversas e possíveis restrições às exportações russas.

Carlos Mera, chefe de commodities agrícolas do Rabobank, destaca que embora não seja uma tarefa fácil, as perspectivas mais positivas para a maioria das commodities devem resultar, em boa parte dos países, em uma redução nos preços dos alimentos nas mesas dos consumidores.

As projeções do Rabobank incluem um recorde de 6,8 milhões de sacos de café de bages em 2024/25, impulsionado pela melhoria da produção no Brasil e na Colômbia, enquanto o açúcar deverá diminuir devido às condições aprimoradas na Tailândia.

O banco também prevê um recorde de produção de soja no Brasil, totalizando 163 milhões de toneladas. No entanto, em relação ao trigo, o Rabobank adverte que a produção na Argentina e na Austrália provavelmente terá um desempenho inferior nos próximos meses, enquanto a persistente guerra na Ucrânia contribuirá para um encolhimento do superávit exportável no próximo ano. Além disso, questões persistem sobre possíveis restrições à exportação de trigo russo, mesmo com uma safra prevista acima de 87 milhões de toneladas.

Os benefícios de acelerar a transição climática superam os custos

Garantir um futuro com menos emissões de carbono não é apenas necessário, mas também bom para a economia, de acordo com os mais recentes cenários climáticos da Rede para uma Ecologização do Sistema Financeiro, um grupo de 127 Bancos Centrais e supervisores financeiros que trabalham para gerir os riscos climáticos e impulsionar o investimento verde.

Os dados do NGFS surgem no momento em que os líderes mundiais se reúnem no Dubai para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, ou COP28, para chegar a um acordo sobre como evitar o sobreaquecimento do planeta.

Como mostra o Gráfico da Semana, fazer uma transição ordenada para emissões líquidas zero até 2050 poderá resultar num produto interno bruto global 7% superior ao das políticas atuais.

Este ano será o mais quente já registrado, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Embora as temperaturas estejam a aumentar de forma desigual em todo o mundo, em média estão 1,2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

Os riscos econômicos e financeiros também estão a aumentar. Os modelos NGFS mostram que as secas e as ondas de calor são a maior fonte de risco em todas as regiões. Especificamente, os países da Europa e da Ásia estão mais expostos às ondas de calor, enquanto os países de África, da América do Norte e do Médio Oriente são os mais vulneráveis ​​às secas.

A transição para uma economia de baixo carbono terá impactos negativos sobre a procura devido ao aumento dos preços do carbono e dos custos da energia. Mas estes podem ser parcialmente compensados ​​através da reciclagem das receitas do carbono em investimento governamental e de impostos mais baixos sobre o emprego. Mais importante ainda, a redução das emissões reduzirá os impactos físicos das alterações climáticas, o que reduz os custos macroeconômicos.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (04), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, interrompendo sequência de altas da semana passada, com investidores cautelosos antes de dados de emprego dos EUA previstos para esta semana que poderão alterar expectativas de que o Federal Reserve irá reduzir a taxa de juros no início do próximo ano. O índice Dow Jones teve queda de 0,11%, a 36.204,44 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,54%, a 4.569,78 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,84%, a 14.185,49 pontos.

Na terça-feira (05), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, depois que novos dados sobre emprego dos Estados Unidos reforçaram apostas de que o Federal Reserve reduzirá a taxa de juros já em março. O índice Dow Jones teve queda de 0,22%, a 36.124,56 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,06%, a 4.567,18 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,31%, a 14.229,91 pontos.

Na quarta-feira (06), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, pressionadas por papéis de megacapitalização e de energia, à medida que sinais de abrandamento do mercado de trabalho norte-americano reforçaram expectativas de que o Federal Reserve poderá começar a cortar a taxa de juros no início do próximo ano. O índice Dow Jones teve queda de 0,19% a 36.054,43 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,39%, a 4.549,34 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,58% a 14.146,71 pontos.

Na quinta-feira (07), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, impulsionadas por um aumento nas ações da Alphabet, enquanto os investidores aguardavam dados mensais de emprego nos Estados Unidos para obter pistas sobre os movimentos do Federal Reserve. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,028%, a 36.044,28 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,47%, a 4.570,80 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,82%, a 14.263,22 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 01.12.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (01) cotado a R$ 4,8807 com queda de 0,70%. Em sessão na qual as perspectivas de menor aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed) foram reforçadas. Indicadores reforçaram um quadro de desaceleração da economia norte-americana.

Na segunda-feira (04) – O dólar à vista registrou alta de 1,39%, cotado a R$ 4,9487 na venda. O avanço dos rendimentos dos Treasuries definiu a alta firme do dólar em todo o mundo, inclusive no Brasil, onde a divisa norte-americana subiu mais de 1% ante o real, com parte dos investidores aproveitando a sessão para realizar lucros antes da bateria de dados desta semana. O dólar oscilou entre R$ 4,9532 na máxima e R$ 4,8902 na mínima.

Na terça-feira (05) – O dólar à vista registrou queda de 0,45%, cotado a R$ 4,9256 na venda. Com alguns agentes do mercado aproveitando as cotações mais elevadas para vender moeda, em um dia marcado por dados fracos do mercado de trabalho norte-americano e pela surpresa positiva com o PIB do Brasil. O dólar oscilou entre R$ 4,9672 na máxima e R$ 4,9246 na mínima.

Na quarta-feira (06) – O dólar à vista registrou queda de 0,48%, cotado a R$ 4,9019 na venda. após novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos reforçarem a percepção de que o Federal Reserve poderá cortar seus juros já em março de 2024. O dólar oscilou entre R$ 4,9216 na máxima e R$ 4,8886 na mínima.

Na quinta-feira (07) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,20% cotado a R$ 4,9117 na venda. Uma vez que investidores aguardavam um relatório de emprego norte-americano crucial para determinar a trajetória de juros do Federal Reserve, enquanto avaliavam as perspectivas da política monetária japonesa.

Economia dos EUA pode estar pior do que parece, alerta Macquarie

Apesar do otimismo de que a economia americana conseguirá evitar uma recessão e fazer um “pouso suave”, muitos analistas veem sinais de que a situação é mais preocupante do que os indicadores econômicos sugerem.

Nesse sentido, chama a atenção um estudo publicado esta semana pela Macquarie, que aponta para um indicador preocupante, que não emitia um alerta tão forte desde antes da crise de 2008.

Trata-se da diferença entre o crescimento do PIB e o do Rendimento Interno Bruto.

O estudo destaca que o PIB americano cresceu 5,2% no terceiro trimestre, mas o Rendimento Interno Bruto não acompanhou esse ritmo, de modo que a diferença entre os dois indicadores é a maior desde 2007.

Vale lembrar que o PIB mede o valor total da produção na economia, enquanto o RIB mede o total pago pela produção, o que poderia explicar por que os americanos estão insatisfeitos com a economia, apesar do forte crescimento do PIB, segundo a Macquarie.

Isso indica “um crescimento de renda real abaixo da tendência, ou até mesmo uma recessão”, alertam os estrategistas, considerando também a queda na poupança das famílias.

“Isso não é um bom sinal para o consumo futuro”, acrescentam.

De fato, a Macquarie teme uma desaceleração iminente, devido à estagnação do consumo, que afeta o crescimento e empurra a economia americana para a beira da recessão.

Milei anuncia Luis Petri como novo ministro da Defesa

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou que Luis Petri será seu ministro da Defesa a partir de 10 de dezembro, dia da posse do novo governo argentino.

O advogado foi candidato a vice-presidente da Argentina pela chapa de Patricia Bullrich, da coligação Juntos por el Cambio, que terminou em 3º lugar na disputa. “Dessa maneira, a fórmula completa do Juntos por el Cambio foi integrada no governo da La Libertad Avanza”, afirmou o gabinete de Milei em comunicado.

Petri, 46 anos, nasceu em San Martín, cidade na província de Mendoza. É formado em direito pela Universidad Nacional del Litoral.

Ele foi deputado provincial de 2006 a 2013 e deputado nacional de 2013 a 2021. Nas eleições de 2023, concorreu nas primárias como pré-candidato para o governo de Mendoza, mas foi derrotado por Alfredo Cornejo. Depois, concorreu como vice de Bullrich à presidência.

Bullrich ficou em 3º lugar no 1º turno, realizado em 22 de outubro, e declarou apoio a Milei no 2º turno. No governo do presidente eleito, ela assumirá o comando do Ministério da Segurança, que também comandou durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri.

Segundo a mídia argentina, o nome de Petri foi sugerido por Bullrich. A nomeação de ambos para os ministérios de Defesa e Segurança da Argentina representou uma perda de influência de Victoria Villarruel, vice-presidente eleita. Isso porque, durante as eleições, Milei afirmou que sua companheira de chapa seria a responsável por indicar os nomes de quem comandaria os órgãos.

Colômbia precisa cortar gastos em US$ 5,7 bilhões para atender ao comitê de regras fiscais de 2024

A Colômbia precisará cortar gastos em 2024 em 23 trilhões de pesos, cerca de 5,75 bilhões de dólares, para cumprir sua regra fiscal, disse um comitê nesta terça-feira, em meio à incerteza sobre se alguns fluxos de renda se materializarão e outros serão cancelados.

O Comitê Independente de Regras Fiscais Autônomas (CARF) afirmou num comunicado que o país cumprirá a sua regra fiscal, uma medida de 2011 que impõe restrições políticas para bloquear a deterioração das finanças públicas, com um déficit de 4,4% do produto interno bruto em 2023.

Mas há riscos para o próximo ano, disse.

O pagamento de cerca de 15 trilhões de pesos, cerca de US$ 3,75 bilhões, ganhos pelo país em processos judiciais contra empresas e indivíduos está em dúvida, disse o comitê.

E o rendimento planeado de cerca de 1,7 bilhões de dólares, incluído numa reforma fiscal apoiada pelo governo do Presidente de esquerda Gustavo Petro, não se concretizará, depois de o Tribunal Constitucional ter derrubado no mês passado a proibição de as empresas extrativas deduzirem royalties dos seus rendimentos tributáveis.

Os riscos levarão o déficit fiscal de 2024 dos 74,1 bilhões de pesos previstos pelo governo nas suas metas fiscais semestrais para 85,7 bilhões de pesos, cerca de 5,1% do PIB, disse o comitê.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (04), as bolsas europeias fecharam mistas, prejudicadas pelos preços fracos das commodities, depois que o índice europeu de referência registrou fortes ganhos na semana passada diante do aumento das apostas de cortes nas taxas de juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,09%, a 465,77 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,18%, a 7.332,59 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,04%, a 16.404,76 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,69%, a 6.572,24 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,37%, a 10.178,30 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,22%, a 7.512,96 pontos.

Na terça-feira (05), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, com Londres destoando, em sessão marcada pela divulgação de dados econômicos da zona do euro e do Reino Unido. A bolsa de Frankfurt bateu máximas históricas, na esteira também de falas da dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Isabel Schnabel, que destacou melhora na inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,38%, a 467,54 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,74%, a 7.386,99 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,78%, a 16.533,11 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,06%, a 6.576,12 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,59%, a 10.238,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,31%, a 7489,84 pontos.

Na quarta-feira (06), as bolsas europeias fecharam em alta, em meio ao alívio nos juros de títulos públicos, após dados econômicos terem na região terem fornecido novos sinais que sugerem um Banco Central Europeu (BCE) em posição para cortar juros no ano que vem. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,52%, a 470,06 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,66%, a 7.435,99 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,75%, a 16.656,44 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,51%, a 6.609,90 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,19%, a 10.258,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,34%, a 7.515,38 pontos.

Na quinta-feira (07), as bolsas europeias fecharam mistas, e lutaram para contrariar a tendência de queda nos mercados globais, à medida que o sentimento azedava devido aos receios sobre o crescimento econômico chinês, a política monetária japonesa e uma recente recuperação nas ações que poderia ser exagerada. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,15%, a 469,35 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,0038%, a 7.436,27 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,013%, a 16.654,24 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,02%, a 6.542,30 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,02%, a 10.153,60 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,027%, a 7.517,41 pontos.

Confiança do investidor da zona do euro melhora, mas recuperação é difícil, mostra pesquisa

A confiança dos investidores na zona do euro melhorou no início de dezembro pelo terceiro mês consecutivo, embora permaneça incerto se esse foi o início de uma reversão da tendência de longo prazo, mostrou uma pesquisa na segunda-feira (04).

O índice da Sentix para a zona do euro subiu para -16,8 pontos em dezembro, de -18,6 em novembro, ficando aquém da leitura de -16,4 prevista em uma pesquisa da Reuters com analistas.

O diretor-executivo da Sentix, Manfred Huebner, disse que a Alemanha teve dificuldades para acompanhar até mesmo essas melhorias moderadas, com as expectativas da maior economia da zona do euro consistentemente baixas.

O subíndice de expectativas futuras na zona do euro também registrou sua terceira recuperação mensal em dezembro, embora tenha permanecido em território negativo, passando de -10,0 no mês anterior para -9,8.

“Até o momento, não há sinais de uma nova recuperação em nenhuma região”, disse Huebner. “Oportunidades para isso podem surgir no início do ano”, acrescentou ele, apontando para desenvolvimentos positivos nas perspectivas de inflação.

A pesquisa com 1.245 investidores foi realizada entre 30 de novembro e 2 de dezembro.

Espanha ainda vê maneiras de fechar acordo UE-Mercosul até fim do ano

A Espanha, que ocupa a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, ainda vê maneiras de fechar o acordo comercial entre o bloco europeu e o Mercosul até o fim do ano, disse uma fonte do Ministério da Economia espanhol.

“Há janelas de oportunidade para chegar a uma conclusão bem-sucedida, inclusive antes de 31 de dezembro, e continuamos esperançosos de que isso possa ser feito antes dessa data”, disse a fonte.

A UE e o Mercosul, que vêm negociando um acordo há quase 25 anos, não conseguirão concluí-lo nesta semana, conforme previsto, depois que o novo governo da Argentina disse que precisava aprovar questões pendentes.

Líder do PSD de Portugal aposta em cortes de impostos para vencer eleições antecipadas

O principal candidato de Portugal ao cargo de primeiro-ministro, Luís Montenegro, espera que sua promessa de cortes de impostos para a classe média, os jovens, e as empresas ganhe votos suficientes para que seu Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, garanta a maioria em uma eleição antecipada no dia 10 de março.

Montenegro, de 50 anos, disse à Reuters que também tem certeza de que o colapso do governo no mês passado, após uma série de escândalos da antiga gestão de maioria socialista de centro-esquerda, o favoreceria, com seus apoiadores habituais respondendo nas urnas. O partido rival também ainda não elegeu um novo líder após a renúncia do primeiro-ministro António Costa.

A maioria das pesquisas de opinião colocam o PSD, de Montenegro, lado a lado com o Partido Socialista, e muitos analistas temem um impasse pós-eleitoral, pois duvidam que o partido de centro-direita consiga conquistar uma maioria parlamentar funcional sem o apoio do partido de extrema-direita CHEGA.

Mas isso não diminui o ânimo de Montenegro e, em uma entrevista na sede do PSD, no elegante bairro da Lapa, em Lisboa, descartou qualquer forma de dependência do partido populista e anti-establishment para governar.

“Em primeiro lugar, estou lutando para obter uma maioria absoluta para dar ao país um governo estável… Não vou formar um governo baseado no apoio político, governamental ou parlamentar do Chega”, disse. “É inconcebível para mim.”

O advogado de formação e antigo salva-vidas está no comando do PSD desde maio de 2022.

“Estamos claramente crescendo, determinados a ter uma grande vitória no dia 10 de março”, disse, acrescentando que também vê formas de governar sem maioria absoluta, apoiada caso a caso por outros partidos que não o Chega.

Montenegro disse que a sua proposta de redução da carga tributária recorde iria de mãos dadas com a política de contas públicas equilibradas que o país manteve depois de quase falir em 2011, e deveria reanimar o crescimento econômico.

A inflação da Turquia sobe para o seu nível mais alto este ano

A taxa de inflação anual da Turquia subiu para 61,98% em novembro, mostraram dados, seu nível mais alto neste ano, mas um pouco abaixo das expectativas, sinalizando que um ciclo agressivo de aumento das taxas pode estar começando a esfriar a demanda.

Mês a mês, a inflação dos preços ao consumidor foi de 3,28%, de acordo com o Instituto de Estatística Turco, menos do que uma previsão de 3,9% numa pesquisa da Reuters.

Esperava-se que a inflação anual tivesse subido para 63% em novembro, antes de terminar o ano em 67 por cento, mostrou a sondagem. Os aumentos de preços atingem um pico em maio entre 70-75%, antes de caírem devido ao ciclo de aperto monetário que está a diminuir.

Os dados “aumentam a evidência de que as pressões inflacionistas na economia continuam a arrefecer”, disse Liam Peach, economista sénior para mercados emergentes da Capital Economics.

“O ciclo de aperto monetário provavelmente terminará com um aumento final das taxas de juros no final deste mês”, escreveu ele.

Em outubro, a inflação anual caiu pela primeira vez em três meses para 61,36%.

A inflação disparou após uma crise cambial no final de 2021 e atingiu o pico de 24 anos de 85,51% em outubro do ano passado. Este ano, a lira perdeu até agora cerca de 35% do seu valor, agravando a crise do custo de vida dos turcos.

O IPC mensal foi impulsionado por um salto de 11% nos custos relacionados com a habitação em novembro, enquanto os custos de vestuário e transporte permaneceram quase estáveis, mostraram os dados.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (04), as bolsas asiáticas fecharam em queda, uma vez que dados econômicos apontaram para uma desaceleração na dinâmica do crescimento. Gigantes da tecnologia listadas em Hong Kong caíram pela quinta sessão consecutiva, recuando 1,9%. O índice Xangai teve queda de 0,29%, a 3.022,91 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,60%, a 33.231,27 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,09%, a 16.646,05 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,65%, a 3.460,14 pontos.

Na terça-feira (05), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com perda de mais de 1,5% em Xangai e de mais de 1% em Tóquio. Temores sobre o crescimento da China influíram, mesmo após medidas recentes do governo para apoiar o quadro. O índice Xangai teve queda de 1,67%, a 2.972,30 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,37%, a 32.775,82 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,91%, a 16.327,86 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,90%, a 3.394,26 pontos.

Na quarta-feira (06), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, uma vez que os mercados reagiram ao corte da Moody’s na perspectiva de crédito da China em um momento de preocupações crescentes sobre a recuperação da economia. O índice Xangai teve queda de 0,11%, a 2.968,93 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 2,04%, a 33.445,90 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,83%, a 16.463,26 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,16%, a 3.399,60 pontos.

Na quinta-feira (07), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com Tóquio em baixa de quase 2%. Em Xangai, por outro lado, o quadro terminou bem próximo da estabilidade. A balança comercial da China, com números em geral modestos, esteve em foco na região. O índice Xangai teve queda de 0,09%, a 2.966,21 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,76%, a 32.858,31 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,71%, a 16.345,89 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,24%, a 3.391,28 pontos.

Indústria da China tem expansão inesperada em novembro, mostra PMI do Caixin

A atividade industrial da China expandiu inesperadamente em novembro diante do aumento das encomendas, segundo uma pesquisa privada, mas a demanda externa lenta continua a pesar.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial do Caixin/S&P Global subiu para 50,7 em novembro, em comparação com a leitura de 49,5 em outubro, marcando a expansão mais rápida em três meses e superando as previsões dos analistas de 49,8. A marca de 50 pontos separa crescimento de contração.

O setor industrial está lutando para se recuperar, com o PMI oficial mostrando retração pelo segundo mês na quinta-feira, apesar de o crescimento econômico da China ter sido melhor do que o esperado no terceiro trimestre.

As pesquisas oficial e da Caixin têm amostras diferentes, com o PMI da Caixin concentrando-se nas empresas voltadas para a exportação e nas pequenas e médias empresas da região costeira do país.

“A economia está funcionando em ritmos diferentes entre os setores, embora esperemos que a postura de política econômica permaneça proativa, o que ajudará a sustentar o impulso geral de crescimento nos próximos trimestres”, disseram economistas do HSBC.

Os dados foram sustentados pelo aumento mais rápido desde junho nos novos pedidos recebidos pelos produtores de bens chineses em novembro.

Os proprietários de fábricas, portanto, expandiram sua produção e atividade de compras, com os dois subíndices voltando a crescer em novembro, depois das contrações em outubro.

A segunda maior economia do mundo apresentou uma recuperação pós-pandemia fraca, pressionada por uma desaceleração do setor imobiliário, riscos de dívidas de governos locais e crescimento global lento. O governo lançou uma série de medidas este ano para sustentar o crescimento.

Banco Central das Filipinas diz manter política rígida apesar da redução da inflação

O Banco Central das Filipinas disse na terça-feira (05) que é necessário manter as configurações de política monetária “suficientemente rígidas” e que está pronto para tomar novas medidas, destacando sua cautela em relação à inflação, apesar de uma desaceleração no ritmo dos aumentos.

O índice de preços ao consumidor subiu 4,1% em novembro, a taxa de crescimento mais baixa desde março de 2022 e menos do que os 4,3% previstos numa sondagem da Reuters. A inflação foi de 4,9% em outubro.

Os dados da Autoridade Estatística das Filipinas também mostraram uma inflação alimentar de 5,8% em novembro, o aumento anual mais lento desde maio de 2022. Embora os preços do arroz tenham aumentado de 13,2% para 15,8%, registaram-se descidas no custo dos vegetais.

“O Conselho Monetário considera necessário manter as definições de política monetária suficientemente restritivas até que uma tendência descendente sustentada da inflação se torne evidente”, afirmou o Bangko Sentral ng Pilipinas num comunicado.

A inflação média acumulada no ano foi de 6,2%, ainda muito acima da meta do Banco Central de 2% a 4% para o ano.

O Banco Central disse que está preparado para tomar as medidas adequadas, conforme necessário, para trazer a inflação de volta ao seu intervalo-alvo, acrescentando que o equilíbrio dos riscos nas perspectivas de inflação ainda se inclina significativamente para cima.

A inflação subjacente, que exclui os custos voláteis dos alimentos e da energia, situou-se em 4,7% em novembro, contra 5,3% no mês anterior.

Rakuten do Japão levantará até US$ 433 milhões com nova venda de unidade bancária

O Rakuten Group disse na quarta-feira (06) que planeja vender uma grande participação no Rakuten Bank (5838.T) para investidores estrangeiros, seu mais recente esforço de arrecadação de fundos enquanto a empresa japonesa enfrenta pesadas dívidas e perdas em sua unidade de rede móvel.

A venda prevista de 25,5 milhões de ações equivale a pouco menos de 15% do banco online, segundo dados do LSEG.

As ações terão preços entre 2.400 e 2.500 ienes cada, de acordo com uma fonte, compreendendo um desconto de 8,7% a 12,3% no preço de fechamento de quarta-feira de 2.738 ienes e arrecadando um máximo de 63,8 bilhões de ienes (US$ 433 milhões).

O grupo de comércio eletrônico e serviços financeiros disse que usaria os recursos para pagar títulos antecipadamente, uma vez que estava comprometido em reduzir a dívida que rende juros. Atingido por custos crescentes para construir a sua rede móvel, tem quase 800 bilhões de ienes (5,4 bilhões de dólares) em resgates de títulos com vencimento antes do final de 2025.

Os problemas da unidade também fizeram com que a Rakuten registrasse 13 trimestres consecutivos de perdas operacionais.

Índia planeja desestimular produção de etanol para priorizar oferta de açúcar

A Índia está planejando desencorajar o desvio de açúcar para a produção de etanol como parte dos esforços para garantir suprimentos suficientes do adoçante no mercado local, disseram fontes do governo e do comércio.

A menor destinação para o etanol ajudará o segundo maior produtor de açúcar do mundo a garantir ofertas do adoçante, uma vez que a produção deverá cair devido a chuvas abaixo do normal nos principais Estados produtores.

O governo poderia pedir às usinas que não usassem produtos da moagem de cana como o melaço “B-heavy” (com alto nível de sacarose) para produzir etanol, disseram eles.

Os varejistas de combustível da Índia compram etanol das usinas de açúcar para misturar com a gasolina e estavam pagando um preço mais alto pelo combustível.

“Depois de avaliar a situação da oferta e da demanda, o comitê de ministros decidiu se concentrar na produção de açúcar este ano”, disse uma das fontes do governo que não quis se identificar, de acordo com as regras oficiais.

O governo permitirá que as usinas produzam etanol somente a partir do melaço “C-heavy”, um subproduto da cana que quase não contém açúcar, disse o segundo funcionário do governo.

As novas diretrizes para a aquisição de etanol no ano comercial de 2023/24, que começou em 1º de novembro, serão finalizadas em breve e as empresas de comercialização de petróleo provavelmente honrarão os contratos já concedidos, disse a primeira fonte.

A medida do governo é um revés para o setor, que investiu bilhões de dólares nos últimos cinco anos para aumentar a capacidade de produção de etanol, disse uma autoridade sênior do setor que não quis se identificar.

Arábia Saudita investirá US$ 100 milhões para impulsionar seu setor de aviação

A Arábia Saudita planeja investir US$ 100 milhões para atender 356 milhões de passageiros para impulsionar ainda mais seus esforços turísticos e estratégia de aviação em linha com a Visão 2030, de acordo com o presidente da Autoridade Geral de Aviação Civil do Reino.

Abdulaziz Al-Duailej fez esta revelação na 15ª Conferência Internacional sobre Negociações de Serviços Aéreos, organizada pela Organização da Aviação Civil Internacional em Riade, no domingo (03). O evento, organizado pela GACA, continuará até 7 de dezembro.

Enfatizando a natureza abrangente da estratégia, Al-Duailej forneceu informações sobre a abordagem multifacetada.

Ele disse: “Nosso objetivo é desenvolver e atualizar todos os setores da aviação, incluindo companhias aéreas sauditas, serviços de logística, serviços de carga e outros serviços de apoio”.

Esta injeção financeira sublinha a dedicação da Arábia Saudita em tornar-se um ator proeminente na arena da aviação global.

Al-Duailej articulou os objetivos estratégicos: “Estamos a construir uma rede aérea integrada com Riade e Jeddah como hubs estratégicos e centrais.”

Ele delineou planos para estabelecer conexões internacionais com 250 destinos até 2030.

Esta abordagem prospectiva visa posicionar a Arábia Saudita como líder na indústria da aviação, promovendo a conectividade global e o crescimento econômico.

Emir do Catar pede à ONU que force Israel a negociar para acabar com a guerra do Hamas

O Catar está pressionando por um fim abrangente da guerra em Gaza e está trabalhando para reparar um acordo de trégua fracassado entre Israel e o Hamas, disse seu emir na terça-feira (05).

“Estamos constantemente a trabalhar para renovar (a trégua) e para aliviar o fardo do nosso povo na Faixa de Gaza, mas as tréguas não são uma alternativa para um cessar-fogo abrangente”, disse o Xeque Tamim bin Hamad al-Thani num discurso aos líderes do Golfo. reunidos na capital do Catar, Doha.

O Catar, onde estão baseados vários líderes políticos do Hamas, tem liderado negociações entre Israel e o grupo militante palestino.

Essas negociações levaram a uma trégua que durou sete dias antes do recomeço das hostilidades na sexta-feira (01). Durante a trégua, o Hamas libertou dezenas de reféns detidos em Gaza em troca de centenas de prisioneiros palestinianos, e Israel permitiu que a ajuda humanitária fluísse para o enclave costeiro.

Israel ordenou no sábado que uma equipe de negociação do serviço de inteligência Mossad que estava em Doha voltasse para casa.

O Xeque Tamim apelou ao Conselho de Segurança da ONU para forçar Israel a regressar à mesa de negociações sobre a guerra em Gaza, dizendo que a inação da comunidade internacional em travar o conflito era “vergonhosa”.

Riade e Doha assinam vários acordos em vários setores

A Arábia Saudita e o Qatar assinaram vários acordos e memorandos de entendimento à medida que ambas as nações continuam a fortalecer o seu relacionamento.

Estes acordos, que deverão melhorar as relações comerciais e econômicas entre a Arábia Saudita e o Qatar, foram assinados durante a 44ª Cimeira do Conselho de Cooperação do Golfo, em Doha.

O fundo soberano da Arábia Saudita e a Autoridade de Investimentos do Qatar assinaram um memorando de entendimento para acelerar os investimentos no setor da energia e das infraestruturas, de acordo com um relatório da Agência de Notícias do Qatar.

Outro memorando de entendimento foi assinado entre a Autoridade Governamental Digital da Arábia Saudita e o Ministério das Comunicações e Tecnologia da Informação do Qatar para promover a cooperação entre as duas nações no domínio da governação digital.

O Instituto de Estudos Diplomáticos Príncipe Saud Al-Faisal da Arábia Saudita assinou um memorando de entendimento adicional com o Instituto Diplomático do Ministério das Relações Exteriores do Qatar para cooperar no campo da formação diplomática.

O Banco Central Saudita, também conhecido como SAMA, assinou um memorando de entendimento com o seu homólogo no Qatar para cooperação entre instituições financeiras.

Outro acordo foi assinado entre a Autoridade Saudita para a Propriedade Intelectual e o Ministério do Comércio e Indústria do Qatar para continuar a colaborar no domínio da propriedade intelectual.

Um acordo de cooperação adicional foi assinado entre a Autoridade de Radiodifusão Saudita e a Qatar Media Corporation para desenvolver relações nas indústrias de rádio e televisão.

Os dois países também assinaram um memorando de entendimento para cooperação nas áreas esportivas.

No dia 4 de dezembro, os ministros das Relações Exteriores do Catar e da Arábia Saudita realizaram uma reunião em Doha para desenvolver as relações bilaterais.

As atividades não petrolíferas da Arábia Saudita aumentam 3,5% no terceiro trimestre

As atividades não petrolíferas da Arábia Saudita aumentaram 3,5% no terceiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior, à medida que o Reino diversifica constantemente a sua economia longe do petróleo, mostraram dados oficiais.

De acordo com um relatório divulgado pela Autoridade Geral de Estatística, as não atividades do Reino também aumentaram 0,4% no terceiro trimestre em comparação com o trimestre anterior deste ano. 

O fortalecimento do sector privado não petrolífero é crucial para a Arábia Saudita, alinhando-se com os objetivos delineados na Visão 2030, à medida que o Reino continua a diversificar a sua economia. 

No entanto, o relatório observou que o produto interno bruto real da Arábia Saudita diminuiu 4,4% em termos anuais no terceiro trimestre e 3,2% em comparação com o trimestre anterior.

Esta descida é atribuída a uma diminuição de 17% nas atividades petrolíferas durante o terceiro trimestre, na sequência da decisão do Reino, em alinhamento com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, de reduzir a produção de petróleo.

Para esta redução contribuiu o compromisso de corte de produção em 500 mil barris por dia, iniciado em abril e prolongado até dezembro de 2024.

Além disso, a Arábia Saudita prometeu um corte extra de 1 milhão de bpd em julho, tendo o Ministério da Energia anunciado em novembro que este corte suplementar continuaria até ao final de dezembro de 2023.

Líbano reclama ao Conselho de Segurança sobre o ataque de Israel ao exército libanês

O bombardeio israelense contra um prédio residencial na cidade fronteiriça libanesa de Mays Al-Jabal matou uma pessoa e feriu outras duas.

Após uma noite de violência, a praça pública de Mays Al-Jabal parecia uma zona de guerra. A cidade e seus arredores foram bombardeados implacavelmente durante horas, estendendo-se até altas horas da noite. As proximidades do Hospital Mays Al-Jabal sofreram intensos bombardeios de artilharia. O exército israelense usou artilharia e projéteis de fósforo proibidos internacionalmente.

Da noite de terça-feira (05) até a manhã de quarta-feira (06), o Hezbollah lançou 14 operações militares contra instalações militares israelenses. As ações foram em resposta a um ataque aéreo israelita que resultou na morte de um soldado do exército libanês e no ferimento de outros três num centro militar na zona fronteiriça de Al-Adisa.

O Ministério das Relações Exteriores da França expressou seu pesar na quarta-feira pelo ataque israelense que ceifou a vida de um soldado libanês. Sublinhou “a necessidade de todas as partes exercerem a máxima contenção para evitar a eclosão de um conflito regional”.

O ministro interino das Relações Exteriores libanês, Abdallah Bou Habib, disse que “instruiu a missão libanesa nas Nações Unidas a apresentar uma nova queixa ao Conselho de Segurança contra Israel em resposta ao ataque de Israel ao exército libanês, o que causou o martírio de um soldado e a lesão de outros.”

Na queixa, Bou Habib afirmou que “Israel está violando ativamente a soberania do Líbano e atacando-o em terra, mar e ar, ao mesmo tempo que se abstém de implementar resoluções internacionais, especialmente a Resolução 425”.

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Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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08/12/2023