Cenário Econômico Nacional – 11/12/2023

Cenário Econômico Nacional – 11/12/2023

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Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado ajusta projeções de inflação e câmbio para 2023 e 2024

Participantes do mercado consultados pelo Banco Central ajustaram ligeiramente suas projeções para a inflação e a taxa de câmbio deste ano e do próximo, mostrou na segunda-feira (04) a pesquisa semanal Focus.

Agora, economistas projetam alta de 4,54% do IPCA em 2023, contra 4,53% anteriormente. A revisão vem depois de dados da semana passada mostrarem que o IPCA-15, considerado prévia da inflação, acelerou a alta a 0,33% em novembro.

Para 2024, a expectativa de inflação também teve alta de 0,01 ponto percentual, a 3,92%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A menos de um mês do final do ano, os economistas também melhoraram ligeiramente suas apostas para o desempenho do real, passando a calcular a taxa de câmbio a 4,99 por dólar, ante 5,00 estimados na semana passada.

Para o fim de 2024, o dólar passou a ser calculado em 5,03 reais, contra 5,05 antes.

Não houve mudanças em relação à percepção para a política monetária, com a taxa básica de juros Selic ainda calculada em 11,75% ao final de 2023 e em 9,25% em 2024.

Já em relação à atividade, os economistas continuaram com a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,84% este ano e 1,50% em 2024.

Brasil registra déficit em conta corrente de US$ 230 milhões em outubro, diz Banco Central

O Brasil teve déficit em transações correntes de 230 milhões de dólares em outubro, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,62% do Produto Interno Bruto, informou o Banco Central.

A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas era de um saldo negativo de 399 milhões de dólares em outubro.

No mês, os investimentos diretos no país alcançaram 3,306 bilhões de dólares, contra 4,6 bilhões de dólares projetados na pesquisa.

Endividamento atinge 76,6% das famílias brasileiras, mostra CNC

Ainda que em trajetória de queda pelo quinto mês consecutivo, o endividamento ainda alcança cerca de 76,6% das famílias brasileiras, que têm dívidas a vencer em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e da casa. O percentual referente ao mês de novembro representa um recuo de 0,5% no número de endividados, em relação ao mês anterior.

Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A sensação de melhora nas condições econômicas do país, segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, pode estar por trás dessa queda. “O progresso do mercado de trabalho, mesmo em menor escala, com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, vem favorecendo os orçamentos domésticos, indicando que menos pessoas estão recorrendo ao crédito, pois estão conseguindo arcar com as dívidas correntes”, comentou.

O índice de famílias inadimplentes ficou em 29% e foi outro índice que apresentou queda em novembro. A redução é na comparação ao mês anterior, quando ficou em 29,7% e também ao mesmo mês do ano passado, de 30,3). De acordo com o economista-chefe da CNC e responsável pela pesquisa, Felipe Tavares, é o menor patamar desde junho de 2022.

Embora permaneça acima do nível de novembro do ano passado, que registrou 10,9%, o número de pessoas que relataram falta de condições para pagar dívidas de meses anteriores caiu para 12,5%, enquanto em outubro era 13%. “A queda, embora ainda pequena, traz um importante indício de eficácia do programa Desenrola”, avalia o economista.

PIB do Brasil mostra resiliência no 3º trimestre ao evitar retração, mas perde força

A economia brasileira permaneceu em território positivo no terceiro trimestre e contrariou expectativas de retração, com a resiliência de serviços compensando a pressão do setor agrícola e a queda dos investimentos, mas ainda assim marcou o resultado mais fraco desde o final de 2022 após mostrar força na primeira metade do ano.

A perda do dinamismo da atividade no segundo semestre já era esperada diante dos efeitos defasados dos juros altos e da dissipação do choque positivo da agricultura, que foi limitado ao primeiro trimestre e início do segundo.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou expansão de 0,1% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, marcando o terceiro trimestre seguido de expansão depois de queda de 0,1% nos últimos três meses do ano passado.

A taxa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contrariou a expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de uma queda de 0,2%.

No primeiro trimestre, a economia teve avanço de 1,4%, enfraquecendo a 1,0%% no segundo, em dados revisados pelo IBGE de altas de 1,8% e 0,9% informadas antes, respectivamente.

“Apesar da surpresa, não estou convencido que os números alteram o cenário de atividade fraca. Olhando os dados de oferta de forma desagregada, o recuo dos investimentos e das importações, pela ótica da demanda, me fazem crer que os dados são mais condizentes com um cenário de PIB fraco”, avaliou Nicolas Borsoi, economista-chefe da corretora Nova Futura.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, o PIB teve alta de 2,0%, contra expectativa de 1,9% nessa base de comparação.

O PIB opera agora 7,2% acima do nível pré-pandemia, no quarto trimestre de 2019.

No terceiro trimestre, os dados do PIB mostram que tanto indústria quanto serviços, setor que responde por cerca de 67% da economia do país, cresceram 0,6%, indicando resiliência da economia. No caso de serviços, foi o terceiro trimestre seguido de ganhos.

IGP-DI tem alta de 0,50% em novembro com pressão no atacado e alívio ao consumidor

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) moderou ligeiramente a alta para 0,50% em novembro, ante 0,51% no mês anterior, com arrefecimento da inflação ao consumidor, mas manutenção das pressões no atacado, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,58%, e levou o índice a reduzir a mostrar queda acumulada em 12 meses de 3,62%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,63% em novembro, contra alta de 0,57% no mês anterior.

“A inflação ao produtor avançou em resposta ao comportamento dos preços de commodities importantes, com destaque para o minério de ferro (de 2,81% para 3,07%), óleo diesel (de 2,33% para 4,14%) e farelo de soja (de 1,72% para 5,60%)”, disse André Braz, coordenador dos índices de preços.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, desacelerou a alta para 0,27% em novembro, de 0,45% em outubro.

As principais contribuições para este movimento partiram dos itens passagem aérea (24,87% para 6,56%), gasolina (-0,61% para -2,22%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,50% para -1,19%), roupas (0,12% para -0,27%) e tarifa de telefone residencial (-0,30% para -0,50%).

Na ponta oposta, as maiores influências inflacionárias partiram dos itens hortaliças e legumes (0,88% para 6,01%), serviços bancários (0,12% para 2,19%) e aluguel residencial (-0,83% para 0,62%).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,07% em novembro, ante ganho de 0,20% no mês anterior.

O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.

Congressistas da oposição convocam atos contra indicação de Dino

Congressistas de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocaram para 10 de dezembro um ato contra a indicação do ministro Flávio Dino (Justiça) ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Deputados federais como André Fernandes (PL-CE), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP) publicaram vídeo em que afirmam que a presença do governista na Suprema Corte traria inseguranças jurídicas para o Brasil.

O vídeo, gravado pelos políticos para divulgar a manifestação, menciona Cleriston Pereira da Cunha, apelidado de Clezão. Preso por envolvimento nos atos do 8 de janeiro, ele teve um mal súbito e morreu no Centro Penitenciário da Papuda, em Brasília. A mulher dele também participa do vídeo vestindo uma camisa com a bandeira do Brasil.

Os deputados e senadores dizem que o objetivo é fazer um movimento pacífico nas ruas em todo o Brasil. Em Brasília, o ato será realizado na Esplanada dos Ministérios, às 10h.

“Diga não a um comunista no STF”, disse o pastor Silas Malafaia no vídeo de divulgação do ato.

Lula oficializou a indicação de Dino ao Tribunal na 2ª feira (27.set). Se aprovado pelos senadores, o ministro ocupará a vaga deixada por Rosa Weber, que se aposentou em setembro.

Dino precisa ser aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado, em sessão a ser realizada em 13 de dezembro, e depois pelos senadores em plenário. Ambas as votações são secretas. O senador Weverton (PDT-MA), relator da indicação do ministro, disse na 3ª feira (28.nov) que a indicação deve ter no mínimo 50 votos favoráveis, 9 a mais que os 41 necessários.

Barroso quer implementar uso de IA no Judiciário

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Roberto Barroso, afirmou ter encomendado 3 programas a empresas de tecnologia que poderão “revolucionar” o Judiciário brasileiro. A declaração foi dada durante o 17º Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em Salvador.

“É preciso confiar desconfiando da inteligência artificial. Ela ainda não atende às demandas mínimas com a precisão que nós precisamos. Ainda assim eu fiz 3 encomendas às empresas de tecnologia. Fizemos uma chamada pública e chegaram mais de 30 ofertas das demandas feitas”, disse.

O 1º programa solicitado busca resumir o processo judicial: o fato relevante, sentenças de 1º e 2º grau e as razões do recurso apresentado. “Tudo sob supervisão judicial e o juiz é sempre responsável”, afirmou Barroso.

O presidente da Suprema Corte falou que a ideia é que o juiz receba o processo completo, com todos os volumes, mas também as informações resumidas pelo sistema.

Barroso falou que as empresas se comprometeram a entregar esse programa. Porém, disse ser “cético” de que a proposta irá atender às expectativas necessárias.

Ainda segundo o presidente do STF, o 2º programa é um estilo de ChatGPT que possa ser alimentado com as jurisprudências da Suprema Corte, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e demais tribunais do país.

A ideia é que o desenvolvedor seja capaz “diante do caso, de oferecer uma proposta de solução” com base nas informações disponibilizadas.

“Eu sei que é polêmico. Porém, a gente não tem como fugir, em uma Justiça massificada, de tentarmos maximizar o uso das tecnologias. Se der certo, bem. Se não der, a gente abandona. Mas a gente tem que tentar”, afirmou.

Já a 3ª solicitação feita por Barroso é de um sistema de base de dados comum para todo o Judiciário do país. A ideia não é implementar um novo PJe (Processo Judicial Eletrônico), mas “criar uma interface única, independentemente do sistema que esteja operando”.

Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprova Plano Plurianual 2024-2027

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o projeto do Plano Plurianual (PPA) para o período de 2024 a 2027, que precisa, agora, ser analisado em sessão conjunta do Congresso Nacional.

Elaborado por determinação constitucional, o PPA traz diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para orientar a elaboração das leis orçamentárias anuais.

O texto encaminhado pelo governo ao Congresso estima, por exemplo, dispêndios globais de 13,3 trilhões de reais para os quatro anos, excluindo-se desse valor operações especiais como refinanciamento e serviços da dívida (interna e externa), transferências constitucionais a Estados e Municípios, cumprimento de sentenças judiciais, remuneração de agentes financeiros, reserva de contingência e outras.

Segundo a Agência Câmara de Notícias, o relator da proposta, deputado Bohn Gass (PT-RS), apresentou complementação de voto e incluiu no texto, a pedido do governo, uma revisão das metas de emissão de gases de efeito estufa, de forma a atualizar essas metas ao pactuados pelo Brasil na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Clima.

Na quarta-feira (06) a CMO deve se reunir para a apresentação do relatório de Receitas ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024.

Sabesp: Tarcisio diz à CNN que privatização é vitória “do bom senso e da vanguarda”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse à CNN que a aprovação do projeto de lei que privatiza a Sabesp “é uma vitória do bom senso e da vanguarda”.

“Vitória do bom senso, da vanguarda. Faremos o maior investimento da história em saneamento básico”, disse Tarcísio à CNN.

Ele também falou que “os parlamentares entenderam que temos um bom modelo, que trará a universalização para SP”.

O projeto foi aprovado acima da margem prevista pelo Palácio dos Bandeirantes. Foram 62 votos a favor e um contrário.

Na segunda-feira (04), interlocutores do governador disseram prever algo entre 55 e 60 votos.

Aprovação de Lula cai e avaliação negativa do governo sobe, diz Ipec

A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oscilou 2 pontos para baixo em dezembro, a 38%, enquanto a avaliação negativa subiu 5 pontos percentuais, apontou pesquisa Ipec.

Na rodada anterior, em setembro, 40% dos entrevistados consideravam a gestão Lula “ótima” ou “boa”, enquanto 25% a avaliavam como “ruim” ou “péssima”. Os que desaprovam a gestão agora foram a 30%.

No quesito “maneira de governar” do presidente, a aprovação apresentou uma queda de 5 pontos percentuais, passando de 56% na pesquisa anterior para 51% na atual. A desaprovação oscilou de 39% para 43%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

A sondagem levantou a percepção dos entrevistados sobre a situação econômica. Para 39%, ela está melhor do que esperavam; 23% avaliam que está igual; 36% responderam que está pior e 2% não souberam responder.

Quando é questionada a perspectiva sobre a economia daqui a seis meses, 45% consideram que ela estará melhor. Outros 19% responderam que ela estará igual, e 30% disseram que estará pior. Cinco por cento não souberam responder.

A pesquisa foi realizada entre os dias 1 e 5 de dezembro.

Indústria química deve encerrar 2023 com queda no faturamento de 16%, diz associação

A indústria química brasileira deve ter faturamento líquido de R$ 834,9 bilhões em 2023. O valor representa uma queda de 16% em comparação com 2022, quando o faturamento foi de R$ 993,6 bilhões.

Os dados estimados para 2023 foram divulgados pela Associação Brasileira de Indústrias Químicas (Abiquim) no relatório “O Desempenho da Indústria Química Brasileira”.

Em dólares, a queda seria de 13%, com o faturamento líquido passando de US$ 194 bilhões para US$ 167,4 bilhões de um ano para o outro.

Os segmentos com piores resultados foram os de fertilizantes, com recuo de 28,6%, e produtos químicos de uso industrial, com queda 27,5%.

A indústria química brasileira é a 6ª maior do mundo, de acordo com a Abiquim, sendo responsável por 3,4% do PIB total em 2022 e por 11% do PIB industrial.

Micro e pequenas empresas são as maiores empregadoras do país

Um estudo do Sebrae elaborado com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apontou que 71% das 1,78 milhão de vagas de trabalho criadas em 2023 tiveram como origem as micro e pequenas empresas. O levantamento mostra que essas empresas geraram 1,26 milhão de postos de trabalho, enquanto as médias e grandes geraram 372,4 mil vagas, o que equivale a cerca de 21% do total de empregos.

No mês de outubro, de acordo com o Sebrae, as micro e pequenas empresas geraram 124,1 mil vagas, do total de pouco mais de 190 mil postos de trabalho. O número representa 65,2% do saldo líquido de contratações efetuadas. Enquanto as médias e grandes empresas foram responsáveis por 69,8 mil novas vagas, equivalente a 36,7% do saldo.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números mostram, mais uma vez, a força do pequeno negócio e a importância desse segmento para a economia.

“São os empreendedores de pequeno porte que têm sustentado o país. São as pessoas que acordam todas as manhãs e fazem o Brasil se movimentar, distribuindo renda, proporcionando inclusão social e a transformação das vidas de bairros e municípios, em todas as regiões. Pela primeira vez na história o Brasil registrou a marca de 100 milhões pessoas ocupadas. E temos uma das menores taxa de desemprego de 7,6%”.

Setor de serviços do Brasil cresce em novembro no ritmo mais rápido em 5 meses, mostra PMI

O setor de serviços brasileiro cresceu pelo segundo mês seguido e no ritmo mais rápido em cinco meses, graças a altas sustentadas nas vendas e na produção diante da resiliência da demanda, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O PMI compilado pela S&P Global avançou em novembro a 51,2, de 51,0 no mês anterior, marcando a melhor leitura desde junho. O nível de 50 separa crescimento de contração.

Os dados de novembro mostraram um segundo aumento mensal nos novos negócios, o que os participantes da pesquisa atribuíram à melhora das condições da demanda e a eventos locais. Embora a taxa de crescimento tenha sido mais fraca do que em outubro, foi a segunda mais forte desde junho.

Os esforços para avançar com novos contratos, iniciativas de reestruturação e condições melhores da demanda ajudaram nas contratações entre as empresas de serviços, e o nível de emprego aumentou mais rápido do que em outubro.

O cenário para a inflação no setor foi misto. Os custos dos insumos subiram a uma das taxas mais fracas em mais de três anos, mas houve alta mais forte nos preços de venda.

Houve relatos de custos mais altos de energia, alimentos, de mão de obra, gasolina e material para reformas. Os fornecedores brasileiros repassaram os custos adicionais aos clientes e elevaram os preços cobrados em novembro, levando a taxa de inflação a uma máxima de cinco meses.

A confiança dos fornecedores de serviços brasileiros permaneceu positiva em novembro, com 54% dos participantes prevendo níveis mais altos de atividade ao longo dos próximos 12 meses. No entanto, havia preocupações entre alguns relacionadas a políticas públicas e taxas de inadimplência.

Mesmo com alta do e-commerce, 75% dos consumidores devem buscar lojas físicas para compras de Natal, diz CNDL

A tradição dos presentes de Natal deve levar mais de 132,9 milhões de brasileiros às compras neste ano. Entre os locais preferidos dos consumidores para adquirir os presentes, 76% são lojas físicas, com destaque para lojas de departamento (38%) e shoppings (31%).

Entre os que vão comprar pela internet, 78% querem utilizar sites, principalmente os internacionais, como Shopee, Shein, Alibaba e Amazon. Os aplicativos devem ser buscados por 70% desses consumidores; já as vendas pelo Instagram, 19%.

Os consumidores pretendem gastar, em média, R$ 138 com cada presente, e comprar entre três e quatro produtos. O resultado esperado é de uma movimentação varejista de R$ 74,6 bilhões na economia do país.

A previsão é de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas.

“A gente percebe que a cada dia a gente tem um consumidor mais multicanal, aquele consumidor que não centraliza as compras em um tipo de loja, e ele transita com uma certa naturalidade entre lojas físicas e lojas virtuais”, afirmou Daniel Sakamoto, gerente Executivo da CNDL.

Um exemplo citado por Sakamoto é do consumidor que realiza a pesquisa de preços na internet e depois realiza a compra na loja física para evitar custo ou demora com o frete do produto.

“E temos o contrário: aquele consumidor que vai na loja física, olha, pega, experimenta os produtos, depois volta pra casa e compra online, buscando condições de pagamento melhores ou custos menores”, completou o gerente.

Anfavea projeta aumento de 4,7% na produção de veículos em 2024

A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) projeta um crescimento de 4,7% na produção de veículos em 2024. A associação de montadoras estima que o país irá produzir 2,47 milhões de automotores no ano que vem, aproximadamente 110 mil unidades a mais que 2023.

Segundo a entidade, a produção de veículos leves (carros, motos, vans e picapes) deve crescer 3,3% e passar dos 2,23 milhões de 2023 para 2,31 milhões em 2024. Já os veículos pesados (ônibus e caminhões) terão um aumento mais expressivo, de 30,1% e deverá alcançar 160 mil unidades.

Em conversa com jornalistas, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que esse crescimento na produção de veículos pesados representará uma recuperação desse segmento, que teve um ano abaixo da média histórica de produção.

Leite explicou que a determinação do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) para alterar as taxas de controle de emissões de carbono do patamar P7 para o P8. Essa mudança fez com que as montadoras paralisassem a fabricação de caminhões para vender seus estoques com a tecnologia antiga e iniciar um novo ciclo de produção.

“O ano de 2023 foi marcado por uma baixa na produção de caminhões, isso principalmente em função da alteração do Proconve, então acabou-se vendendo alguns caminhões que estavam em estoque com a tecnologia antiga e com custo mais acessível, então a produção ficou parada enquanto se desovava os estoques”, disse Márcio.

O presidente da Anfavea também declarou que o Brasil pode alcançar a marca de 3 milhões de veículos produzidos no país em aproximadamente 4 anos. Segundo o executivo, o setor automobilístico brasileiro vem apresentando crescimento anualmente e as sinalizações de baixa de taxa de juros podem impulsionar ainda mais esses dados.

SELIC

O time de economistas do Citi está mais conservador do que o consenso de mercado sobre até onde vai o ciclo de queda da Selic. Enquanto a mediana do boletim Focus aponta para um recuo até 9,25%, com alguns analistas chegando a falar em algo na casa dos 8%, o banco norte-americano acredita que a taxa básica de juros não volta ao patamar de um dígito, parando em 10%.

Leonardo Porto, economista-chefe do Citi no Brasil, explica que a postura mais conservadora da instituição se deve a basicamente três fatores. O primeiro deles está relacionado ao cenário externo.

“O juro global ainda vai ficar um bom tempo acima do patamar pré-pandemia, e isso restringe a capacidade do BC de cortar juros”, disse Porto, que notou que as taxas dos Treasuries estavam em 2,5% antes da pandemia e agora estão um pouco acima de 4%.

Já os outros dois fatores estão ligados ao ambiente doméstico: a ociosidade da economia está menor, com uma taxa de desemprego de 7,8%, bem abaixo dos 11,7% do pré-pandemia, e há pressões de salários que podem fazer a taxa de inflação ter dificuldade para ficar abaixo de 4%, enquanto o centro da meta do BC no horizonte relevante (2024 e 2025) é de 3%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (11), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 11,75%, ante 11,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,59% em novembro. No mês de outubro passado o índice variou para mais 0,50%. De um mês para outro, observa-se um ligeiro aumento no índice. O desempenho do índice no acumulado do ano é de -3,89% e nos últimos 12 meses de -3,46%, refletindo as variações negativas de meses anteriores dos períodos.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (11), a projeção para o IGP-M ficou em -3,46%, ante -3,46% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A prévia da inflação oficial, o IPCA-15, teve variação positiva de 0,33% em novembro, com resultado marcado pela alta da alimentação, que apresentava deflação anteriormente. Além disso, no segmento de transportes, as passagens aéreas dispararam dois dígitos, segundo o IBGE, enquanto a gasolina apresentou diminuição.

Enquanto a alta nos preços vinha preocupando nos últimos anos, as tendências são mais benignas a partir de agora, com os efeitos da política monetária. Essa é a visão de economistas consultados pelo Investing.com Brasil, que indicam que o cenário corrobora a continuidade de cortes de juros pela autoridade monetária brasileira.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (11), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 4,51%, ante 4,54% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A economia brasileira se manteve estável e cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior. Os dados do PIB foram divulgados na manhã de terça-feira (5) pelo IBGE.

Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o PIB cresceu 2%. Já no acumulado nos quatro trimestres encerrados em setembro de 2023, o crescimento foi de 3,1% (quando comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores). O acumulado do ano (janeiro a setembro) apresentou alta de 3,2%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (11), a projeção para o PIB ficou em 2,92%, ante 2,84% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (04), o Ibovespa fechou em queda, pressionado por movimentos de realização de lucros após renovar máximas desde 2021 na última sessão, com as ações da Gol capitaneando as perdas após a companhia aérea contratar uma consultoria para a revisão de sua estrutura de capital. O índice Ibovespa teve queda de 1,08%, a 126.802,79 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,6 bilhões.

Na terça-feira (05), o Ibovespa fechou em alta, uma vez que a queda das ações da Vale após previsões para 2024 minou a repercussão positiva a dados do PIB do terceiro, que mostraram resiliência no consumo das famílias, beneficiando particularmente ações de empresas de varejo. O índice Ibovespa teve alta de 0,08%, a 126.903,25 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,3 bilhões.

Na quarta-feira (06), o Ibovespa fechou em queda, com Petrobras respondendo pela maior pressão negativa, em meio ao forte declínio do petróleo no exterior, enquanto a fraqueza em Wall Street endossou movimentos de realização de lucros na bolsa paulista, apesar de nova queda nos rendimentos dos Treasuries. O índice Ibovespa teve queda de 1,01%, a 125.622,65 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,7 bilhões.

Na quinta-feira (07), o Ibovespa fechou em alta, com ações de empresas sensíveis a juros entre os destaques positivos, em um pregão marcado por viés de baixa nas taxas dos contratos de DI, enquanto Sabesp recuou após mais um avanço em direção à privatização da maior empresa de saneamento do país. O índice Ibovespa teve alta de 0,31%, a 126.009,57 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,6 bilhões.

Na sexta-feira (08), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,25%, a 126.329,90 pontos. Após a divulgação de dados de emprego dos Estados Unidos relativos ao mês de novembro. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,86%, a 127.093,57 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,8 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (08), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,12%, cotado a R$ 4,9155 na venda. Mostrando alguma instabilidade depois que um relatório de emprego norte-americano visto como crucial para a trajetória de política monetária do Federal Reserve veio mais forte do que o esperado.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (08) cotado a R$ 4,9295, com as cotações reagindo a dados fortes do mercado de trabalho norte-americano que fizeram investidores reduzirem as apostas de que o Federal Reserve cortará juros já a partir de março.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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