Cenário Econômico Internacional – 15/12/2023

Cenário Econômico Internacional – 15/12/2023

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Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

ONU precisa de 46,4 bilhões de dólares para ajuda em 2024

As Nações Unidas disseram na segunda-feira (11) que precisavam de 46,4 bilhões de dólares no próximo ano para levar ajuda vital a cerca de 180 milhões de pessoas em circunstâncias desesperadas em todo o mundo.

A ONU disse que as perspectivas humanitárias globais para 2024 eram “sombrias”, com conflitos, emergências climáticas e economias em colapso “causando estragos” nos mais vulneráveis.

Embora a atenção global se concentre no conflito que assola a Faixa de Gaza, a ONU afirmou que o Médio Oriente alargado, o Sudão e o Afeganistão estão entre os pontos críticos que também necessitam de grandes operações de ajuda internacional.

Mas a dimensão do apelo anual e o número de pessoas que pretende atingir foram reduzidos em comparação com 2023, na sequência de uma diminuição nas doações.

“Os humanitários estão a salvar vidas, a combater a fome, a proteger as crianças, a combater epidemias e a fornecer abrigo e saneamento em muitos dos contextos mais desumanos do mundo”, disse o chefe da ajuda humanitária da ONU, Martin Griffiths, num comunicado.

“Mas o apoio necessário da comunidade internacional não está a acompanhar as necessidades”, disse ele.

O apelo de 2023 foi de 56,7 bilhões de dólares, mas recebeu apenas 35% desse montante, um dos piores défices de financiamento em anos. Permitiu que as agências da ONU prestassem assistência e proteção a 128 milhões de pessoas.

Faltando algumas semanas, 2023 será provavelmente o primeiro ano desde 2010 em que as doações humanitárias diminuíram em comparação com o ano anterior.

A ONU, portanto, reduziu desta vez o seu apelo para 46,4 bilhões de dólares e concentrar-se-á naqueles que mais necessitam.

Ao lançar a Visão Global Humanitária de 2024, Griffiths disse que a quantia era, no entanto, um “pedido enorme” e seria difícil de angariar, com muitos países doadores enfrentando as suas próprias crises de custo de vida.

Gopinath, do FMI, alerta que fragmentação da economia global pode reduzir PIB em 7%

A segunda autoridade mais importante do Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a fragmentação da economia global e as mudanças claras no comércio bilateral subjacente poderiam desencadear uma “nova Guerra Fria”, dada a guerra na Ucrânia e as tensões entre os Estados Unidos e a China.

A primeira vice-diretora administrativa do Fundo, Gita Gopinath, disse à Associação Econômica Internacional em Medellín, Colômbia, que as perdas poderiam chegar a 2,5% a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) global se a economia mundial se fragmentasse em dois blocos.

“Embora não haja sinais de um recuo generalizado da globalização, as falhas estão surgindo à medida que a fragmentação geoeconômica se torna cada vez mais uma realidade”, disse ela em comentários preparados. “Se a fragmentação se aprofundar, poderemos nos encontrar em uma nova Guerra Fria.”

Comércio global vai contrair 5% em 2023, diz órgão da ONU

O comércio global deverá sofrer uma contração de 5% em 2023 em comparação com o ano anterior, informou o órgão de comércio das Nações Unidas, com uma previsão geral pessimista para 2024.

Em sua Atualização do Comércio Global, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) projetou que o comércio este ano será de aproximadamente US$ 30,7 trilhões (R$ 151,68 trilhões).

O comércio de mercadorias deve sofrer uma contração de quase US$ 2 trilhões (R$ 9,88 trilhões) em 2023, ou 8%, mas o comércio de serviços deve aumentar cerca de US$ 500 bilhões (R$ 2,47 trilhões), ou 7%, de acordo com o órgão da ONU.

A Unctad atribuiu essa contração no comércio global, em parte, a um desempenho inferior das exportações dos países em desenvolvimento.

‘’O comércio global sofreu um declínio ao longo de 2023, influenciado principalmente pela diminuição da demanda nos países desenvolvidos, pelo baixo desempenho das economias do Leste Asiático e por uma queda nos preços das commodities’’, disse a Unctad.

“Esses fatores contribuíram coletivamente para uma notável contração no comércio de bens.”

A Unctad disse que a previsão para o comércio global em 2024 permaneceu “altamente incerta e geralmente pessimista”.

“Embora certos indicadores econômicos apontem para possíveis melhorias, prevê-se que as tensões geopolíticas persistentes, os altos níveis de endividamento e a fragilidade econômica generalizada exerçam influências negativas sobre os padrões do comércio global”, afirmou.

Países em desenvolvimento gastaram recorde de US$ 443,5 bilhões com serviço de dívida em 2022, diz Banco Mundial

Países em desenvolvimento gastaram quase meio trilhão de dólares para pagar o serviço de suas dívidas públicas ou com garantia pública em 2022, drenando recursos de setores criticamente necessários como saúde, educação e clima, e colocando países mais pobres em risco crescente de “cair em uma crise de dívida”, disse o Banco Mundial na quarta-feira (14).

Em seu mais recente relatório sobre a dívida internacional, o banco disse que os pagamentos do serviço da dívida, incluindo principal e juros, aumentaram 5% para um recorde de 443,5 bilhões de dólares em relação ao ano anterior, em meio à maior alta das taxas de juros globais em quatro décadas. O banco disse que os pagamentos poderiam aumentar 10% no período 2023-2024.

Os 75 países mais pobres foram os mais atingidos, segundo o relatório, que está em seu 50º ano. Os pagamentos do serviço da dívida pública externa desses países atingiram um recorde de 88,9 bilhões de dólares em 2022 e devem aumentar 40% no período 2023-2024. Somente os pagamentos de juros quadruplicaram desde 2012, chegando a 23,6 bilhões de dólares, segundo o relatório.

“Esta é a década do ajuste de contas”, disse o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, em uma entrevista à Reuters. “Os níveis recordes de endividamento e as altas taxas de juros colocaram muitos países em um caminho para a crise”, disse ele, alertando que a continuidade das altas taxas de juros levará mais países em desenvolvimento a se endividarem.

Gill disse a repórteres que os custos elevados do serviço da dívida, os altos encargos da dívida e a desaceleração do crescimento em muitos países levantaram preocupações sobre uma nova crise da dívida e o risco de contágio, mas disse não ver esse risco como “iminente”.

Ele disse que a situação permanecerá difícil para os países em desenvolvimento, com a experiência passada indicando que as taxas de juros provavelmente não baixarão “tão cedo”, especialmente porque os choques de oferta podem elevar a inflação novamente com rapidez.

Economia mundial à beira da “segunda guerra fria”, alerta funcionário do FMI

A economia mundial está à beira de uma segunda guerra fria que poderá “aniquilar” o progresso alcançado desde o colapso da União Soviética, alertou um alto funcionário do Fundo Monetário Internacional.

Gita Gopinath, a primeira diretora-geral adjunta do FMI, disse que a fragmentação acelerada da economia mundial em blocos de poder regionais, centrados nos EUA e na China, corre o risco de destruir biliões de dólares na produção global.

“Se entrarmos na Segunda Guerra Fria, conhecendo os custos, poderemos não ver uma destruição econômica mutuamente assegurada. Mas poderíamos ver uma aniquilação dos ganhos do comércio aberto”, disse ela.

Advertindo que o mundo se encontrava num “ponto de viragem” à medida que aumentavam as tensões entre as nações mais poderosas do planeta, Gopinath instou os governos a recuarem do abismo e a trabalharem em conjunto em prioridades econômicas partilhadas sempre que possível.

A sua intervenção ocorre num contexto de abrandamento do comércio internacional desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, que inflamou tensões pré-existentes entre os EUA e as nações europeias, no Oeste, e a China e a Rússia, no Leste.

“Embora não haja sinais de um recuo generalizado da globalização, estão a surgir linhas de ruptura à medida que a fragmentação geoeconômica é cada vez mais uma realidade. Se a fragmentação se aprofundar, poderemos encontrar-nos numa nova guerra fria”, disse ela.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (11), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, e renovaram os maiores níveis do ano, com investidores na expectativa por relevantes catalisadores de mercado nesta semana, incluindo leituras de inflação e a reunião de política monetária do Federal Reserve, que influenciarão fortemente as expectativas de investidores sobre a trajetória da taxa de juros. O índice Dow Jones teve alta de 0,43%, a 36.404,93 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,39%, a 4.622,44 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,20%, a 14.432,49 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, depois que dados de inflação pouco alteraram as opiniões do mercado sobre quando o Federal Reserve cortará os juros, enquanto investidores aguardavam a última decisão de política monetária do ano do Banco Central dos EUA na quarta-feira (13). O índice Dow Jones teve alta de 0,48%, a 36.577,94 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,46%, a 4.643,70 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,70%, a 14.533,40 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, apoiadas pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar os juros em até 150 pontos-base em 2024 e seguindo falas do presidente do Banco Central norte-americano, Jerome Powell, de que as discussões sobre relaxamento monetário já iniciaram. O índice Dow Jones teve alta de 1,40%, a 37.090,24 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,37%, a 4.707,09 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,38%, a 14.733,96 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com a gigante da tecnologia Apple registrando máxima recorde, um dia depois de o Federal Reserve indicar o fim de sua agressiva campanha de aumento dos juros e sinalizar que os custos dos empréstimos serão menores no próximo ano. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava alta de 0,29%, a 37.196,92 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,35%, a 4.723,54 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,21%, a 14.765,00 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 08.12.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (08) cotado a R$ 4,9295 com alta de 0,42%. Após ter fôlego renovado pela resiliência do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que lançou dúvidas sobre a probabilidade do Federal Reserve (Fed) iniciar cortes de juros ainda no primeiro trimestre de 2024.

Na segunda-feira (11) – O dólar à vista registrou alta de 0,15%, cotado a R$ 4,9368 na venda. Na esteira do avanço da moeda norte-americana no exterior e com investidores à espera de dados de inflação e decisões de política monetária ao longo da semana. O dólar oscilou entre R$ 4,9599 na máxima e R$ 4,9292 na mínima.

Na terça-feira (12) – O dólar à vista registrou alta de 0,59%, cotado a R$ 4,9659 na venda. Impulsionado pelo movimento tradicional de compra de moeda no fim de ano no Brasil, em um dia marcado por dados de inflação nos Estados Unidos, que ficaram perto da expectativa do mercado. O dólar oscilou entre R$ 4,9734 na máxima e R$ 4,9229 na mínima.

Na quarta-feira (13) – O dólar à vista registrou queda de 0,97%, cotado a R$ 4,9177 na venda. A decisão de política monetária do Federal Reserve, que não alterou sua taxa de juros, mas divulgou novas projeções de cortes para 2024, definiu o recuo firme do dólar à vista ante o real, em movimento que acompanhou a virada da moeda norte-americana para o negativo também no exterior. O dólar oscilou entre R$ 4,9769 na máxima e R$ 4,9152 na mínima.

Na quinta-feira (14) – Por volta das 13h30, o dólar operava em queda de 0,59% cotado a R$ 4,8894 na venda. Com investidores ainda repercutindo a indicação do Federal Reserve de que os juros podem começar a cair no ano que vem, enquanto a decisão de política monetária do Banco Central do Brasil apontou para manutenção do ritmo de corte da Selic.

Milei alerta para inevitável choque econômico na Argentina em discurso de posse

O economista liberal argentino Javier Milei tomou posse no domingo (10) alertando em seu discurso de posse que ele não tem alternativa a não ser um choque fiscal agudo e doloroso para resolver a pior crise econômica do país em décadas, com a inflação caminhando para 200%.

“Não há alternativa a um ajuste de choque”, disse ele nos degraus do Congresso depois de assumir o bastão e a faixa presidencial, com multidões de apoiadores aplaudindo, apesar de Milei ter dito que a economia iria piorar no curto prazo. “Não há dinheiro.”

Milei, 53 anos, um ex-comentarista de TV que alcançou a fama com tiradas cheias de palavrões contra seus rivais, a China e o papa, está substituindo o líder peronista Alberto Fernández, cujo governo foi atormentado por falhas em controlar o aumento dos preços.

“O governo passado nos colocou no caminho da hiperinflação”, disse Milei. “Faremos tudo o que pudermos para evitar tal catástrofe.”

Embora o discurso tenha sido leve em detalhes, ele disse que as principais medidas incluiriam um ajuste fiscal equivalente a 5% do PIB do país através de cortes que, segundo ele, recairiam “no Estado e não no setor privado”.

Goldman Sachs projeta 2 cortes de juros pelo Fed em 2024, a partir do 3° trimestre

O Goldman Sachs agora projeta dois cortes de juros pelo Federal Reserve no próximo ano, adiantando sua expectativa para a primeira redução para o terceiro trimestre, citando o arrefecimento da inflação.

O Goldman Sachs havia previsto anteriormente que o Fed começaria a cortar as taxas em dezembro do ano que vem.

Dois cortes implicariam em uma taxa básica de juros de 4,875% até o final de 2024, em comparação com previsão anterior de 5,13%.

Embora dados de sexta-feira tenham mostrado um mercado de trabalho mais forte do que o esperado nos Estados Unidos, os operadores apostam que o Fed ainda continuará com os cortes de juros no próximo ano em meio à queda dos preços. Eles esperam que o primeiro corte ocorra em março.

“O crescimento saudável e os dados do mercado de trabalho sugerem que os cortes de juros não são iminentes. Mas as melhores notícias sobre a inflação sugerem que os cortes de normalização poderiam ocorrer um pouco antes”, disse o economista Jan Hatzius, do Goldman Sachs, em uma nota datada de 10 de dezembro.

Dados de inflação do mês passado mostraram que os preços ao consumidor dos EUA ficaram inalterados em outubro, já que os norte-americanos pagaram menos pela gasolina, e o aumento anual do núcleo da inflação foi o menor em dois anos.

O Goldman Sachs acredita que alguns participantes podem “incluir mais cortes do que antes em resposta às notícias sobre a inflação, mas outros podem se conter para evitar incentivar o mercado a precificar muitos cortes cedo demais”

Fed sinaliza fim das altas dos juros e prevê taxas mais baixas em 2024

O Federal Reserve manteve a taxa básica de juros inalterada e sinalizou em novas projeções econômicas que o aperto histórico da política monetária dos Estados Unidos promovido ao longo dos últimos dois anos está no fim e que 2024 terá custos mais baixos de empréstimos.

Em um novo comunicado de política monetária, as autoridades do Banco Central dos EUA levaram em conta explicitamente o fato de que a inflação “diminuiu no último ano” e disseram que observarão a economia para ver se “algum” aumento adicional dos juros será necessário, o que implica diretamente que, após meses de aperto monetário agressivo e uma tendência de aumento da taxa básica, talvez não seja necessário aumentá-las novamente.

Uma quase unanimidade de 17 dos 19 formuladores de política monetária do Fed projeta que a taxa básica estará mais baixa até o final de 2024 do que está agora, com a projeção mediana mostrando a taxa em queda de 0,75 ponto percentual da atual faixa de 5,25% a 5,50%. Nenhuma autoridade prevê custos de empréstimos mais altos até o final do próximo ano.

Em uma coletiva de imprensa após o final da reunião de política monetária de dois dias, o chair do Fed, Jerome Powell, destacou a incerteza das perspectivas e disse que não pode descartar definitivamente neste momento juros mais altos à frente, mesmo com as autoridades projetando corte da taxa.

“Embora acreditemos que nossa taxa de juros esteja no pico do ciclo de aperto monetário ou perto dele, a economia surpreendeu analistas”, afirmou Powell. Devido à natureza imprevisível da economia, ele disse que, embora as autoridades do Fed “não veem como provável que seja apropriado elevar ainda mais a taxa de juros, elas também não querem tirar a possibilidade da mesa”, caso seja necessário.

As projeções mais recentes também mostraram que os formuladores de política monetária consideram que os riscos para a inflação e o emprego, os dois pilares do mandato duplo do Fed, estão se equilibrando melhor.

Para uma instituição que tem relutado em declarar vitória sobre a inflação, que subiu no ano passado para o maior nível em 40 anos, as projeções atualizadas e a nova declaração marcam uma mudança notável no tom e na perspectiva.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (11), as bolsas europeias fecharam mistas, com os investidores se preparando para uma leitura de inflação nos Estados Unidos e decisões sobre juros dos principais Bancos Centrais globais, enquanto a fraqueza nos preços dos metais derrubava as mineradoras. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,30%, a 473,70 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,33%, a 7.551,53 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,21%, a 16.794,43 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,90%, a 6.507,78 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,25%, a 10.198,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,13%, a 7.544,89 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas europeias fecharam em queda, depois de perderem o ímpeto ao longo do dia após a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA e na véspera da decisão do Federal Reserve, em semana em que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também publicam decisões de juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,21%, a 472,72 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,11%, a 7.543,55 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,02%, a 16.791,74 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,23%, a 6.427,78 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,80%, a 10.116,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,03% a 7.542,77 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas europeias fecharam mistas, revertendo ganhos da manhã, em compasso de espera pelas decisões monetárias do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,05%, a 472,46 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,16%, a 7.531,22 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,15%, a 16.766,05 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,45%, a 6.456,88 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,16%, a 10.101,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,08%, a 7.548,44 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, com os investidores reagindo positivamente ao sinal da Reserva Federal dos EUA de que ocorrerão cortes nas taxas de juro no próximo ano. As ações do setor de mineração saltaram 3% para liderar os ganhos, uma vez que quase todos os setores e principais bolsas terminaram em território positivo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,93%, a 476,86 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,66%, a 7.581,30 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,027%, a 16.761,59 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,75%, a 6.505,56 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,75%, a 10.171,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,33%, a 7.648,98 pontos.

Crescimento salarial no Reino Unido desacelera, mas Banco da Inglaterra mantém taxas altas

O crescimento salarial britânico desacelerou ao máximo em quase dois anos, mostraram dados oficiais, mas os salários provavelmente ainda estão subindo rápido demais para que o Banco da Inglaterra relaxe sua postura dura contra cortes nas taxas de juros.

Juntamente com outros sinais de arrefecimento do calor inflacionista no mercado de trabalho, os rendimentos excluindo bónus foram 7,3% mais elevados nos três meses até outubro do que no ano anterior, face a uma taxa de crescimento de 7,8% nos três meses até setembro.

A queda foi a mais acentuada desde os três meses até novembro de 2021, disse o Escritório de Estatísticas Nacionais. Economistas consultados pela Reuters previam um crescimento salarial de 7,4%.

“Embora o crescimento anual dos rendimentos permaneça elevado em termos de caixa, há alguns sinais de que a pressão salarial poderá estar a diminuir em geral”, disse Darren Morgan, diretor de estatísticas econômicas do ONS.

A economia britânica está estagnada e alguns analistas dizem que poderá entrar numa recessão superficial nos próximos meses, semelhante ao risco enfrentado por outras nações europeias.

Mas muitos empregadores estão a ter dificuldades para preencher as vagas depois de a força de trabalho britânica ter contraído acentuadamente durante a pandemia e devido às restrições pós-Brexit aos trabalhadores da União Europeia.

“Os dados salariais estão agora claramente a mover-se na direção certa do ponto de vista do Comitê de Política Monetária”, disse Martin Beck, principal conselheiro econômico dos analistas do EY ITEM Club.

“Mas dado que o crescimento salarial anual ainda está a funcionar a mais do dobro do ritmo que seria consistente com a meta de inflação de 2% do Banco de Inglaterra, é provável que o MPC mantenha a sua mensagem de ‘alto por mais tempo’ por algum tempo. ainda.”

Sentimento dos investidores alemães melhora em dezembro, mostra ZEW

O sentimento dos investidores alemães melhorou em dezembro, informou o instituto de pesquisa econômica ZEW na terça-feira (12), com aumento das expectativas de um corte na taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) no médio prazo.

O instituto relatou um aumento em seu índice de sentimento econômico para 12,8 pontos em dezembro, de 9,8 pontos em novembro, superando as expectativas dos analistas consultados pela Reuters de uma ligeira queda para 8,8 pontos.

A avaliação que mede a situação atual na Alemanha também aumentou ligeiramente em dezembro, para -77,1, de -79,8 no mês anterior.

“Apesar da atual crise orçamentária, a avaliação da situação e as expectativas econômicas para a Alemanha mais uma vez melhoraram ligeiramente”, disse o presidente do ZEW, Achim Wambach.

“Isso se deve ao fato de que a parcela de entrevistados que esperam cortes nas taxas de juros pelo BCE no médio prazo dobrou”, acrescentou Wambach.

Itália vê alta de 5% em exportações para América Latina em 2024

A Itália projeta que suas exportações para as maiores economias da América Latina cresçam cerca de 5% em 2024, mesmo com o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul ainda em discussão.

As remessas das empresas italianas para o Brasil, segundo estimativas da agência local de crédito à exportação Sace, devem crescer 4,5% em 2024 em relação ao ano anterior, para um recorde de 5,3 bilhões de euros, enquanto as exportações para o México saltariam 5,5%, a 6,4 bilhões de euros.

A agência acredita que o impulso de reindustrialização do Brasil representará uma oportunidade para as empresas venderem mais maquinário após uma queda nas exportações na última década, enquanto as iniciativas favoráveis ao meio-ambiente relacionadas à transição energética também são vistas como uma oportunidade.

O crescimento das exportações pode ser mais acentuado se a União Europeia e o Mercosul finalizarem um acordo comercial negociado há décadas. Itália e Alemanha estão entre as principais economias da UE que expressaram apoio ao acordo, enquanto a França é contra.

“Em relação a esse acordo (Mercosul-UE), óbvio que ele seria muito bom”, disse Pauline Sebok, chefe da Sace para as Américas, à Reuters, ressaltando que as empresas frequentemente reclamam das barreiras tributárias que enfrentam no Brasil.

Maquinário representa a maior parte das exportações italianas para o Brasil, mas perdeu terreno na última década devido à desaceleração da produção industrial brasileira.

Orbán diz não às negociações de adesão da Ucrânia à UE antes do confronto da cimeira

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, deixou claro ao chegar a uma cúpula de alto risco da União Europeia que bloquearia as negociações de adesão à UE com a Ucrânia, posicionando-se firmemente contra a opinião de outros líderes da UE.

Orbán está a bloquear as negociações de adesão à UE e a conceder 50 bilhões de euros (54 bilhões de dólares) em ajuda financeira a Kiev a partir do orçamento da UE, para grande exasperação dos seus parceiros da UE num momento crucial para a Ucrânia.

A cimeira ocorre depois de uma contra-ofensiva ucraniana não ter conseguido grandes ganhos e com a administração Biden até agora incapaz de obter um pacote de ajuda de 60 bilhões de dólares para Kiev através do Congresso.

“Não há razão para negociar a adesão da Ucrânia agora”, disse Orbán ao chegar à cimeira de Bruxelas.

“Temos que voltar mais tarde, voltar a essa questão quando (as pré-condições forem) cumpridas pelos ucranianos”, disse ele.

Ele também mencionou uma eleição para o Parlamento Europeu em junho próximo, dizendo que o bloco deveria “comportar-se democraticamente” e aguardar um novo consenso político que surgiria, sinalizando potencialmente um atraso de meses para qualquer início de negociações sobre a Ucrânia.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (11), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, investidores avaliavam números da inflação da China, que chegaram a pesar em parte do dia em Xangai, mas esta bolsa retomou fôlego durante o pregão e terminou em alta, com ganhos também em Tóquio. O índice Xangai teve alta de 0,74%, a 2.991,44 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,50%, a 32.791,80 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,81%, a 16.201,49 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,59%, a 3.419,45 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, expectativas de estímulo na China beneficiaram o mercado acionário local, enquanto em Tóquio o quadro foi mais contido, com expectativa por decisões importantes de política monetária na semana, inclusive a do Federal Reserve), na quarta-feira (13). O índice Xangai teve alta de 0,40%, a 3.003,44 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,16%, a 32.843,70 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,07%, a 16.374,50 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,21%, a 3.426,80 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, uma vez que as mensagens da Conferência Central de Trabalho Econômico, com foco na redução dos riscos, mas sem novos estímulos ao setor imobiliário, falharam em entusiasmar os investidores. As ações asiáticas em geral permaneceram fracas enquanto os investidores aguardavam a decisão do Federal Reserve sobre a política monetária dos Estados Unidos. O índice Xangai teve queda de 1,15%, a 2.968,76 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,25%, a 32.926,35 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,89%, a 16.228,75 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,67%, a 3.369,60 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, devolvendo os ganhos obtidos no início do pregão uma vez que dados de crédito mostraram que a demanda doméstica permaneceu fraca, enquanto o mercado de Hong Kong acompanhou a alta dos mercados globais devido ao tom dovish do Federal Reserve. O índice Xangai teve queda de 0,33%, a 2.958,99 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,73%, a 32.686,25 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,07%, a 16.402,19 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,52%, a 3.351,96 pontos.

PIB do Japão no 3º trimestre registra declínio maior do que estimativas com queda do consumo

A economia do Japão teve uma queda maior do que a estimada inicialmente no terceiro trimestre, mostraram dados revisados, enquanto o setor doméstico enfrentou problemas crescentes, dificultando os esforços do Banco Central para eliminar gradualmente sua política monetária ultrafrouxa.

Os gastos dos consumidores e das empresas encolheram, reduzindo o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre. Dados separados mostraram que os salários reais e os gastos das famílias continuaram caindo em outubro à medida a inflação prolongada desencorajou os compradores.

“É provável que a fraqueza do consumo pessoal continue em um futuro próximo, já que a renda real disponível deve estender seu declínio, o que é visto como um fator para o consumo lento”, disse Kota Suzuki, economista da Daiwa Securities.

A economia teve uma perda anualizada de 2,9% no trimestre julho-setembro, segundo os dados revisados do Escritório do Gabinete, mais do que a contração de 2,1% estimada anteriormente e as previsões do mercado para um declínio revisado de 2,0%.

O consumo privado, que representa mais da metade da economia, caiu 0,2% em julho-setembro, em comparação com um desempenho praticamente estável na estimativa inicial.

Dados separados mostraram que os salários reais ajustados pela inflação caíram 2,3% em relação ao ano anterior em outubro, marcando o 19º mês consecutivo de queda, embora mais lenta do que a queda de 2,9% em setembro, de acordo com o Ministério do Trabalho.

Embora os salários nominais tenham aumentado 1,5%, a inflação de mais de 3% eliminou o crescimento salarial em termos reais, o que é visto como um indicador do poder de compra dos consumidores. Com a renda estagnada, os gastos das famílias diminuíram 2,5% em outubro em relação ao ano anterior, caindo por oito meses consecutivos, segundo dados do Ministério de Assuntos Internos.

O Banco do Japão tem enfatizado que precisa manter os juros ultrabaixos até que a inflação sustentável de 2%, junto de aumentos salariais, esteja à vista. A perspectiva salarial do próximo ano será crucial para determinar se os preços estão no caminho certo, disse o presidente do Banco Central, Kazuo Ueda.

Preços ao consumidor da China caem no ritmo mais rápido em 3 anos e deflação nas fábricas se aprofunda

Os preços ao consumidor da China caíram no ritmo mais rápido em três anos em novembro, enquanto a deflação nos portões das fábricas se aprofundou, indicando o aumento das pressões deflacionárias, conforme a fraca demanda doméstica lança dúvidas sobre a recuperação econômica.

O índice de preços ao consumidor chinês caiu 0,5% tanto em base anual quanto em comparação com outubro, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas.

Esse resultado foi mais baixo do que a mediana das previsões em uma pesquisa da Reuters de quedas de 0,1% tanto no ano quanto no mês. O declínio anual do IPC foi o mais acentuado desde novembro de 2020.

Os números se somam aos recentes dados mistos de comércio e pesquisas de manufatura que mantiveram vivos os pedidos de mais apoio político para sustentar o crescimento.

Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit, disse que os dados seriam alarmantes para as autoridades de política monetária e citou três fatores principais por trás disso: a queda dos preços globais de energia, o desvanecimento do boom das viagens de inverno e um excesso crônico de oferta.

“A pressão de baixa continuará a aumentar em 2024, uma vez que as incorporadoras e os governos locais continuarão a desalavancar e o crescimento global deverá arrefecer”, disse Xu.

O índice de preços ao produtor caiu 3,0% em relação ao ano anterior, contra uma queda de 2,6% em outubro, marcando o 14º mês consecutivo de declínio e o mais rápido desde agosto. Os economistas haviam previsto uma queda de 2,8% em novembro.

A economia da China tem enfrentado vários ventos contrários este ano, incluindo o aumento da dívida do governo local, um mercado imobiliário em dificuldades e uma demanda morna no país e no exterior. Os consumidores chineses, em especial, têm evitado gastar, cautelosos com as incertezas da recuperação econômica.

Ganjar, candidato à presidência da Indonésia, visa a base para angariar apoio

Ganjar Pranowo, candidato à presidência da Indonésia, enfrenta uma batalha difícil contra rivais antes das eleições de fevereiro, mas está depositando suas esperanças em uma intensa campanha popular para aumentar suas perspectivas.

A apenas dois meses da votação de 14 de fevereiro, pesquisas de opinião mostram que Ganjar, um dos primeiros favoritos, está perdendo popularidade, enquanto o ministro da Defesa e ex-general Prabowo Subianto lidera uma vantagem de 20 pontos.

As eleições do próximo ano na terceira maior democracia do mundo ocorrem num momento em que os analistas alertam para um retrocesso democrático e um regresso ao patrocínio dos velhos tempos e à política dinástica.

Enquanto Prabowo, 72 anos, projeta nas redes sociais a imagem de um avô fofo e amante de gatos, com uma queda pela dança javanesa, Ganjar, 55 anos, diz que está focado em uma campanha mais significativa, de homem do povo.

“Também tenho truques, mas acreditem, não estou a dar-vos nada barato”, disse ele à Reuters na quarta-feira, na sua primeira entrevista à imprensa estrangeira desde que anunciou a sua candidatura.

Iniciando a sua campanha na região mais oriental da Papua no mês passado, o enérgico ex-governador de cabelos grisalhos tem atravessado desde então o vasto arquipélago de mais de 270 milhões de pessoas.

“Nossa força é seguir em frente, conhecer pessoas e empregar todos os recursos que temos”, disse ele.

Premiê do Japão pede que Banco Central preste atenção ao foco do governo em acabar com deflação

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, pediu que o Banco Central do país leve em conta as prioridades do governo, como tirar a economia permanentemente da deflação, ao tomar decisões de política monetária.

A declaração foi feita antes da reunião de política monetária do Banco do Japão na próxima semana, na qual se espera que a autoridade não faça grandes mudanças em suas configurações monetárias ultrafrouxas.

Kishida disse que o governo está tomando várias medidas para eliminar a prática de longa data das empresas de priorizar os cortes de custos em detrimento da inovação e alcançar um ciclo no qual as altas nos preços sejam acompanhadas por aumentos salariais sustentados.

“Decisões específicas de política monetária devem ser tomadas pelo Banco do Japão. Mas, ao orientar a política, espero que o Banco Central leve em consideração as metas do governo”, disse ele em uma coletiva de imprensa quando perguntado sobre as expectativas do mercado de que o Banco Central possa acabar em breve com os juros ultrabaixos.

Kishida também disse que o governo e o Banco do Japão concordam com a necessidade de colocar o país em uma trajetória de crescimento sustentado e ver a inflação atingir de forma estável a meta de 2% da autoridade monetária.

Com a inflação excedendo sua meta de 2% há mais de um ano, o Banco do Japão vem preparando o terreno para eliminar gradualmente seu estímulo monetário maciço, como por exemplo afrouxando seu controle sobre os rendimentos dos títulos.

Moody’s eleva classificação de crédito de Omã para Ba1, com perspectiva estável

A melhoria adicional no peso da dívida de Omã levou a Moody’s Investors Service, com sede nos EUA, a melhorar a sua classificação de crédito pela segunda vez consecutiva este ano, de “Ba2” para “Ba1”.

A elevação na classificação é atribuída a melhorias nas métricas de acessibilidade da dívida, de acordo com um comunicado.

Esta mudança positiva resulta principalmente de restrições de gastos e da utilização de receitas adicionais na redução da dívida pública.

Isto reflete que a adesão do governo à prudência fiscal e à sua priorização dos reembolsos da dívida aumenta a probabilidade de que as melhorias nas métricas da dívida sejam persistentes e prolongadas no médio prazo.

No entanto, a Moody’s alterou a sua perspectiva sobre o país do Golfo, de positiva para estável.

Além disso, a Moody’s prevê uma redução da dívida pública para menos de 38 por cento do produto interno bruto até ao final de 2023.

Além disso, a Moody’s espera um excedente de cerca de 3,5% do PIB em 2023, juntamente com um excedente da balança corrente de 2% do PIB no mesmo ano.

Outras projeções envolvem preços médios do petróleo entre 80 e 85 dólares por barril em 2024 e 2025, respectivamente.

Em maio, os ratings de emissor e de longo prazo seniores sem garantia de Omã foram elevados pela Moody’s Investors Service de “Ba3” para “Ba2”, acompanhados por uma perspectiva positiva esperada.

A mudança nessa altura refletiu os avanços no peso da dívida do país e nas métricas de acessibilidade da dívida em 2022, impulsionados por um aumento substancial nas receitas do petróleo e do gás.

Dubai reúne ativos em novo fundo para investir no exterior

Dubai transferirá ações de algumas de suas maiores empresas para um novo fundo de investimento, com o objetivo de reforçar a estabilidade financeira do emirado, investindo internamente e internacionalmente.

Dubai tornou-se uma das cidades de crescimento mais rápido do mundo, com um mercado imobiliário que cresceu desde a crise financeira global, ajudado pela procura russa e por uma rápida recuperação econômica da pandemia, auxiliada por regras de residência mais flexíveis.

O fundo deterá ações da Autoridade de Eletricidade e Água de Dubai, da operadora de rodovias Salik, da Dubai Taxi e de outras empresas estatais, informou o Dubai Media Office.

O fundo terá a responsabilidade de investir fundos governamentais, excedentes e reservas gerais, afirmou o Gabinete num comunicado, acrescentando que se concentraria em investimentos em ações e obrigações e exploraria perspectivas tanto nacionais como estrangeiras.

“Dubai tem uma situação fiscal muito mais forte”, disse Tarek Fadlallah, executivo-chefe da Nomura Asset Management no Oriente Médio.

Os fundos soberanos do Golfo estão a gastar dinheiro no país e no estrangeiro, utilizando receitas provenientes dos preços mais elevados do petróleo para diversificar as suas economias, afastando-as dos hidrocarbonetos.

Fitch mantém classificações neutras para o setor bancário islâmico no CCG

A Fitch Ratings, sediada nos EUA, manteve uma perspectiva neutra para os bancos islâmicos na região do Conselho de Cooperação do Golfo para 2024, graças aos elevados preços do petróleo e às taxas de lucro.

No seu relatório divulgado em 12 de dezembro, a Fitch afirmou que os bancos islâmicos na região poderão testemunhar uma rentabilidade sólida no próximo ano e que as reservas de capital deverão permanecer adequadas para contrariar os riscos.

“Espera-se que o crescimento do financiamento seja razoável e superior ao dos bancos convencionais. A qualidade dos ativos deve permanecer estável apesar das taxas de lucro mais elevadas”, afirmou a Fitch no relatório.

A agência de notação de crédito previu mais consolidação no setor bancário islâmico na Europa, Médio Oriente e África.

“Esperamos mais consolidação à medida que os bancos islâmicos continuam a consolidar as suas posições. No CCG e na Jordânia, a quota de mercado dos ativos do setor dos bancos islâmicos variou entre 85% e 16%, sendo provável que o crescimento ultrapasse os bancos convencionais em 2024”, acrescentou a agência de classificação.

A Fitch observou ainda que os bancos islâmicos mais pequenos, com franquias e poder de fixação de preços mais fracos, custos de financiamento mais elevados e reservas de capital mais reduzidas, sentirão o calor em 2024.

Citando o exemplo recente da aquisição do Ahli United Bank pela Kuwait Finance House, a agência de classificação de crédito disse que novas fusões e aquisições poderiam criar líderes bancários regionais em 2024.

O relatório observou que a maioria das perspectivas são estáveis ​​para os bancos islâmicos na região.

Emirados Árabes Unidos e Austrália devem assinar acordo de cooperação comercial econômica

Os EAU concordaram em iniciar negociações com a Austrália para estabelecer um acordo de parceria econômica abrangente, de acordo com o seu ministro do comércio exterior.

Thani bin Ahmed Al-Zeyoudi anunciou num comunicado no X, anteriormente conhecido como Twitter, que o país está preparado para melhorar a sua rede comercial global, fortalecendo os seus laços com a Austrália.

Este desenvolvimento faz parte da expansão estratégica do programa abrangente de parceria econômica dos EAU.

Al-Zeyoudi enfatizou a importância da Austrália como um aliado econômico fundamental. Ele observou que o compromisso do país com a abertura do comércio e o cumprimento das regras internacionais fazem dele um parceiro ideal.

O esforço faz parte da agenda mais ampla dos EAU para aumentar as suas relações econômicas e comerciais à escala global.

O ministro destacou o crescimento do comércio bilateral não petrolífero entre os EAU e a Austrália, que aumentou 28% em 2022, atingindo 4,5 bilhões de dólares.

Ele antecipa que a futura parceria fortalecerá ainda mais os laços econômicos entre as duas nações. O foco será na redução de tarifas, na melhoria da acessibilidade ao mercado e na promoção de oportunidades de investimento.

A estratégia dos EAU para duplicar o seu comércio externo e expandir a sua economia nacional até 2030 envolve a criação de acordos de parceria econômica abrangentes com os principais mercados globais.

Até à data, os EAU assinaram com sucesso tais acordos com a Índia, Turquia, Indonésia, Camboja e Geórgia.

Guerra em Gaza atinge economias árabes vizinhas e pode reduzir PIB em 2,3%, diz estudo da ONU

O custo econômico da guerra entre Israel e Hamas em Gaza para os vizinhos árabes Líbano, Egito e Jordânia pode subir para pelo menos 10 bilhões de dólares este ano e empurrar mais de 230 mil pessoas para a pobreza, de acordo com um estudo da ONU.

A guerra surgiu num momento em que os três países árabes enfrentam uma luta com pressões fiscais, crescimento lento e desemprego acentuado, e dissuadiu o investimento tão necessário, bem como atingiu o consumo e o comércio. O Líbano está numa profunda crise econômica.

O estudo, encomendado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, afirma que o custo do conflito para os três estados em termos de perda de PIB pode ascender a 10,3 mil milhões de dólares ou 2,3%, e poderá duplicar se durar mais seis meses.

“Este é um impacto enorme”, disse Abdallah Al Dardari, secretário-geral adjunto da ONU e diretor do Escritório Regional para os Estados Árabes (RBAS) do PNUD, que lidera o estudo, à Reuters.

“A crise foi uma bomba numa situação regional já frágil. Azedou o sentimento com o medo do que poderia acontecer e para onde as coisas estão indo”, disse ele.

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15/12/2023