Cenário Econômico Nacional – 18/12/2023

Cenário Econômico Nacional – 18/12/2023

Cenário Econômico Nacional – 18/12/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas reduzem projeção de inflação e dólar e esperam PIB maior

Economistas reduziram a projeção de inflação e dólar neste ano, enquanto elevaram do crescimento da atividade, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (11).

Os economistas consultados pelo BC cortaram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 de 4,54% para 4,51%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.

As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, foram elevadas de 3,92% para 3,93%. As de 2025 ficaram estáveis em 3,50%.

Os economistas mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros deste ano em 11,75%. As projeções para 2024 ficaram em 9,25% e as para 2025 em 8,50%.

Os economistas subiram as expectativas do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 de 2,84% para 2,92%.

Para 2024, as projeções do PIB passaram de 1,50% para 1,51% e as para 2025 foram elevadas de 1,90% para 2%.

Em relação ao dólar, as apostas para 2023 foram reduzidas de R$4,99 para R$4,95. As para 2024 caíram de R$5,03 para R$5,00, e para 2025, foram mantidas em R$5,10.

40% das estatais estaduais tiveram prejuízo em 2022, aponta Tesouro

Em 2022, 40% das estatais estaduais tiveram prejuízo, revela a 5ª edição do Raio X das empresas dos Estados brasileiros, painel divulgado pelo Tesouro Nacional com informações de 292 empresas controladas pelos governos regionais.

Foram 116 empresas que fecharam 2022 no vermelho, um avanço em relação a 2021, quando 37% das estatais, ou 112 companhias, tiveram resultado negativo.

“Ao se analisar especificamente as empresas não dependentes, tem-se que 29% delas tiveram perdas financeiras. Esse valor passa para 54% se considerarmos apenas as estatais dependentes”, diz o relatório do Tesouro.

O documento também traz a análise do resultado das estatais estaduais por segmento empresarial. O maior lucro em 2022 foi obtido pelas companhias do setor de energia, que auferiram R$ 9,5 bilhões.

Na sequência, os melhores resultados foram de saneamento, com lucro de R$ 7,5 bilhões e do setor financeiro, que ganhou R$ 3,2 bilhões.

Por outro lado, o pior resultado do período foi registrado pelo setor de transporte, com prejuízos de R$ 8,2 bilhões.

‘’Cabe destacar que esse setor é deficitário especialmente por causa das companhias de metrô’’, diz o documento. Outro setor com prejuízo foi o de Habitação e Urbanização, que teve cerca de R$ 222 milhões em perdas.

De acordo com o relatório, a quantidade de estatais dependentes com rentabilidade negativa (44%) é maior do que a das estatais não dependentes (27%). O Tesouro pondera que há diversos fatores que podem implicar nesse resultado.

“O fato de as estatais dependentes apresentarem piores resultados pode ser um indicativo de que, de modo geral, a gestão das estatais não dependentes é melhor. No entanto, uma outra explicação para esse resultado pode estar associada ao fato de que alguns setores de serviços essenciais são predominantemente dependentes e possuem a finalidade associada ao atendimento de políticas públicas e não de lucro”, diz o texto.

IPCA: Inflação ao consumidor sobe com impulso em alimentos

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,28% em novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A expectativa consensual indicava alta de 0,30% e, em outubro, o IPCA registrou acréscimo de 0,24%. Desta forma, a inflação em doze meses apresenta elevação de 4,68%, ante 4,82% imediatamente anteriores.

Segundo o instituto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis registraram elevação no mês passado. O grupo de alimentação e bebidas apresentou tanto a maior variação, com alta de 0,63%, quanto maior impacto.

Habitação teve elevação de 0,48% e transportes expansão de 0,27%. Por outro lado, comunicação recuou 0,50%.

Assim como na prévia, o IPCA-15, o subitem de destaque foi passagens aéreas, com valorização de 19,12%. Essa foi a maior contribuição de um subitem no IPCA de novembro.

O professor de ciências econômicas da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio, Rubens Moura, avalia que os dados vieram conforme o esperado, sem grandes surpresas.

No entanto, o fator clima está atrapalhando um pouco os alimentos, em seu entendimento. “Temos terras muito férteis, nutritivas, mas precisamos de insumos e adubos que dão adensamento. Infelizmente com a guerra, o excedente exportado de Israel tem ficado menor, o que tem encarecido insumos agrícolas, atrapalhando a produção”.

Agora, com política monetária do Banco Central menos contracionista, diante do ciclo de cortes de juros, a tendência é de menor restrição ao consumo, acredita o professor. Com décimo terceiro e Natal em vista, as pessoas estão mais propensas a gastar dinheiro.

“O Banco Central visa o controle monetário e só está diminuindo os juros porque a inflação, do lado das famílias, está ficando mais controlada. Boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) é composta pelo consumo das famílias”, recorda.

Banco Central volta a cortar Selic em 0,50 ponto, a 11,75%, e prevê cortes equivalentes nas próximas reuniões

O Banco Central decidiu fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 11,75% ao ano, e afirmou que sua diretoria antevê cortes na mesma intensidade nas próximas reuniões.

Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) apresentou visão mais benigna sobre o ambiente externo do que a apontada na reunião anterior em novembro, também reforçando a trajetória de melhora do nível de preços no Brasil e dizendo pela primeira vez neste ano que os componentes menos voláteis da inflação estão se aproximando das metas.

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, informou o comunicado.

O documento destacou que o ambiente externo se mostra menos adverso, apesar de seguir volátil. Segundo o BC, essa percepção se deve a um arrefecimento dos juros de prazos mais longos nos Estados Unidos e de sinais incipientes de queda dos núcleos de inflação em diversos países.

“O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, afirmou o BC, poucas horas depois de o banco central dos EUA ter mantido a taxa básica de juros do país inalterada, conforme o esperado, mas projetado cortes para 2024.

No comunicado, o BC deixou inalterado seu balanço de riscos, com equilíbrio entre fatores que podem pressionar a inflação para cima ou para baixo, mas amenizou a avaliação de que o cenário internacional é mais incerto que o usual, passando a afirmar que a conjuntura “segue incerta”.

Economistas apontaram que o comunicado veio em linha com o esperado, mas apresentaram divergências sutis na interpretação.

Dívida Bruta do Governo Geral atingirá 75% do PIB em 2023, diz IFI

A IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão vinculado ao Senado Federal, publicou estimativa de que a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) atingirá 75% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2023. A projeção para 2024 é de que essa dívida avance para 78%.

Os apontamentos constam no 83º RAF (Relatório de Acompanhamento Fiscal), referente a dezembro de 2023.

O documento aponta que a média da Dívida Bruta entre os anos de 2025 e 2033 deve ficar em torno de 86,4%. A DBGG inclui os débitos do governo federal, dos governos estaduais e municipais e do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

“O superavit primário anual necessário para estabilizar a dívida permanece em 1,4% do PIB”, diz o relatório.

O documento ainda afirma que, “apesar de uma leve desaceleração no 3º trimestre”, a IFI mantém a projeção para o crescimento de 3% do PIB neste ano. Em 2024, a projeção de crescimento é de 1,2%.

Segundo a IFI, o ano de 2023 foi marcado pela transição de governos, por mudanças na orientação da política econômica e pela “reformulação do marco legal que rege o regime fiscal do país”.

O órgão diz ainda que a economia demonstrou um comportamento definido por algumas características. São elas:

  • queda da inflação em direção ao limite superior da meta inflacionária;
  • crescimento econômico acima das projeções anteriores;
  • redução na taxa básica de juros determinada pela autoridade monetária; e
  • um mercado de trabalho aquecido.

Lula faz balanço de governo e aconselha PT para eleição de 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou em Brasília, da abertura da Conferência Eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT), evento que debate as estratégias da legenda para as eleições municipais do ano que vem, quando serão definidos os prefeitos e vereadores de mais de 5,5 mil municípios do país.

Cerca de 2,5 mil militantes, dirigentes partidários e políticos compareceram ao auditório de um centro de convenções, incluindo ministros do governo, governadores, a primeira-dama Janja Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Em discurso que durou cerca de 50 minutos, Lula disse que os resultados das ações do governo ainda vão aparecer e projetou que, no ano que vem, a disputa eleitoral deverá repetir uma polarização ideológica similar a que ocorreu nas eleições de 2022.

“90% das coisas que anunciamos ainda não brotaram”, disse Lula, ao destacar que é preciso que as pessoas continuem cobrando e pedindo mais. “Agora, a economia vai crescer no mínimo 3%. Os empregos, nós vamos chegar a 2 milhões. É muito? Não, é pouco. Eu quero mais. E vocês têm que querer mais. Nunca se contentem com o que a gente faz. Peçam mais. Quanto mais reivindicação, mais a gente tem coragem e motivação de fazer as coisas”, completou.

Sobre as eleições municipais em 2024, Lula afirmou que a polarização deverá voltar e ser encarada sem medo, de forma competitiva. “A gente vai ter que mostrar que nós queremos exercitar a democracia, vamos fazer as eleições mais competitivas possíveis, mas a gente não vai ter medo de ninguém.”

O presidente fez uma defesa enfática da democracia, ao citar os últimos quatro anos e as ameaças de ruptura democrática. “A democracia é um valor fundamental, não é uma coisa qualquer. Aprendemos a amar o que é democracia, que é viver democraticamente na adversidade conviver com os diferentes, aprender a respeitar, a não ser negacionista”.

Ele também disse que vai participar da campanha em 2024, visitando algumas cidades, fora do horário de trabalho na Presidência da República.

Valor do STF não pode ser aferido em pesquisa, diz Barroso

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Roberto Barroso, declarou em entrevista à CNN que “o valor de um tribunal não pode ser aferido em pesquisa de opinião”. A fala se deu depois de divulgação de pesquisa Datafolha que concluiu que a reprovação do Supremo chegou a 38%.

Barroso disse que a missão do STF é interpretar a Constituição Federal e que esse caminho, com frequência, desagrada “grupos poderosos”.

“Sejam grupos econômicos, seja o governo, sejam ambientalistas, sejam agricultores ou sejam indígenas. O arranjo constitucional brasileiro faz com que cheguem ao Judiciário as questões mais divisivas da sociedade brasileira. E nós precisamos decidi-las”, declarou.

O presidente do STF também disse que, considerando a quantidade de casos debatidos na Corte, a rejeição é “até modesta” e que não o preocupa.

Segundo ele, um dos papéis do Judiciário é proteger minorias. Afirmou que “cumprir com a Constituição significa desagradar algum grupo econômico” e que ele não se impressiona com o dado.

“Boa parte desses 38% decorrem da incompreensão. Se as pessoas entendessem, acho que teríamos uns 90% de aprovação”, disse.

Relator da LDO desiste de incluir receitas do Sistema S no Orçamento da União

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2024, deputado Danilo Forte (União-CE), anunciou a desistência de manter em seu parecer trecho que “ampliava a transparência sobre o orçamento, hoje obscuro, do Sistema S”, com a inclusão das receitas das entidades no Orçamento da União.

O relator afirmou que tomou a decisão após acordo de líderes do Congresso, apelos das bancadas do governo, PT e PSOL, e ainda diante do calendário exíguo para a votação da proposta, já que o Congresso encerra seus trabalhos no fim da próxima semana para entrar em recesso.

Forte havia previsto em um relatório preliminar que essas receitas passariam a ser incluídas no Orçamento, o que poderia dificultar o planejamento de despesas do governo em 2024, já que os recursos destinados a essa finalidade consumiriam espaço no já apertado limite de gastos do ano, relatou uma fonte da equipe econômica. O relator não concordava com a avaliação.

“Por se tratarem de recursos parafiscais, os recursos apenas constariam do Orçamento da União, não havendo impacto no arcabouço fiscal ou no esforço de atingir a meta de resultado primário”, disse o deputado em nota.

O Sistema S é composto por entidades administradas por confederações empresariais que não têm vinculação operacional com o governo, sendo classificadas como privadas. As instituições, como o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Social do Comércio (SESC), oferecem qualificação profissional, pesquisa, lazer e cultura.

Essas entidades são financiadas por meio de uma contribuição compulsória que incide sobre a folha salarial das companhias de cada setor. Os recursos são arrecadados pela Receita Federal e posteriormente distribuídos às instituições.

O Sistema S já foi alvo de disputas no passado. A gestão Jair Bolsonaro, por exemplo, prometeu cortar recursos destinados a essa finalidade, mas, diante do forte lobby contrário das entidades sobre o Congresso, o plano acabou não prosperando.

Plenário do Senado aprova indicação de Dino ao STF e de Gonet à PGR

Após horas de dupla sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o plenário do Senado aprovou as indicações de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Até então ministro da Justiça e Segurança Pública, Dino foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber, que se aposentou.

Ele foi aprovado com 47 votos favoráveis, 31 contrários e 2 abstenções, eram necessários pelo menos 41 votos para autorizá-lo como mais novo ministro da suprema corte. Ministros do governo Lula que são senadores licenciados deixaram seus cargos para assumirem seus mandatos e votarem a favor de Dino.

O placar se assemelha à votação de um outro nome ao Supremo, o ministro André Mendonça, indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, foram 47 votos a favor e 32 contrários.

Gonet, que atua como vice-procurador-geral eleitoral interino, foi indicado para um mandato de 2 anos à frente do Ministério Público Federal. Sua indicação foi aprovada com folga, com 65 votos a favor, 11 contrários e 1 abstenção.

Durante a sabatina na CCJ, Dino argumentou que não é estranha a presença de políticos em supremas cortes tanto no Brasil quanto em outros países e fez questão de ressaltar que, se virasse ministro do STF, atuaria de forma imparcial e sem coloração política. “Todas as togas são da mesma cor”, destacou.

Questionado mais de uma vez sobre como se comportaria em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, de campo político oposto ao seu, Dino afirmou que não irá confundir, caso aprovado pelo Senado, a sua atuação político-partidária com o exercício da magistratura.

Acordo com Lira para liberação de emendas abre caminho para votações da agenda econômica

Um acordo do governo com o Congresso destravou a votação da medida provisória 1185, que regulamenta subvenções, e também deve assegurar a apreciação do restante da pauta econômica até a semana que vem, em troca da derrubada de um veto do arcabouço fiscal que limita o pagamento das emendas orçamentárias de comissão, disseram à Reuters duas fontes governistas.

O governo concordou com a derrubada do veto ao trecho do arcabouço fiscal que permitia o contingenciamento das emendas de comissão em troca das aprovações da MP das subvenções em comissão mista, da lei sobre apostas esportivas online, da reforma tributária e da criação de um abono para alunos que completarem o ensino médio, de acordo com as fontes.

Em troca, os parlamentares, que resistiam à MP das subvenções, aprovaram o texto na comissão mista. Regimentalmente, a votação não poderia acontecer enquanto o Congresso estivesse em sessão, mas, de acordo com uma fonte do Legislativo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), bancou o acordo para liberar a votação.

Depois do acordo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda chamou os líderes na Casa para tentar votar a reforma tributária em plenário também nesta quinta-feira, em mais uma tentativa de acelerar as votações. O Congresso entra em recesso na próxima semana.

O acordo foi fechado na noite de quarta-feira entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de um almoço dos três com o presidente da Câmara.

Lira levou ao governo duas questões que estavam dificultando a negociação dos deputados na votação da 1185 pela comissão mista. A primeira era a liberação de emendas parlamentares, mas nos últimos dois dias o governo liberou 10 bilhões de reais em emendas que ainda estavam previstos no Orçamento de 2023.

O Portal da Transparência, site governamental que acompanha a execução orçamentária, mostra que o volume de pagamento de emendas parlamentares em 2023 já superou o que foi liberado em cada um dos quatro anos da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, com mais de 20 bilhões de reais.

A segunda questão era a liberação das emendas de comissão. Um veto do governo em artigo do arcabouço fiscal excluiu esse tipo de emenda, as chamadas RP8, do mesmo regime de liberação das emendas de bancadas e das emendas individuais, que ficaram de fora dos riscos de contingenciamento. Segundo Lira, essa diferenciação incomodou os parlamentares.

Com Black Friday, pequenos negócios faturam R$ 412 milhões em novembro

Influenciado pela Black Friday, os pequenos negócios brasileiros faturaram R$ 411,5 milhões em vendas on-line em novembro. O resultado representa um aumento de 32% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da plataforma de comércio eletrônico Nuvemshop.

A empresa diz que o crescimento na receita se deve à estratégia de fazer promoções não somente no dia da Black Friday, mas também ao longo de todo o mês.

“A Black November surgiu como uma alternativa para evitar a alta concorrência da Black Friday, aumentando a duração das promoções, o que permite adquirir novos clientes e fidelizar cada vez mais os que já compram da loja, alavancando ainda mais o faturamento”, disse Luiz Natal, gerente de desenvolvimento da Nuvemshop, em comunicado à imprensa.

Os Estados que mais venderam no período se concentram na região Sudeste. São Paulo (R$ 197,0 milhões), Minas Gerais (R$ 42,5 milhões), Rio de Janeiro (R$ 32,5 milhões) encabeçam a lista. Em seguida, estão Santa Catarina (R$ 29,0 milhões) e Ceará (R$ 22,5 milhões).

Sobre as opções de pagamento, o cartão de crédito se destaca com 50% dos meios utilizados. O Pix fica em 2º lugar com 40% de participação.

“Na análise, foram consideradas as vendas realizadas durante todo o mês de novembro da base de lojistas brasileiros da Nuvemshop”, diz a plataforma sobre a metodologia do levantamento.

Alta temporada do turismo deve movimentar R$ 155 bilhões no Brasil

O setor do turismo deve faturar na alta temporada, entre novembro deste ano e fevereiro de 2024, R$ 155,87 bilhões, segundo revela pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade diz que esse valor representa aumento real de 5,6%, em relação ao mesmo período da última temporada, sendo a maior movimentação financeira do setor desde o início do levantamento, em 2012.

O turismo foi um dos setores mais impactados pela crise sanitária de 2020 – covid-19. Após um encolhimento de 36,7% naquele ano, o setor vem avançando gradativamente: 22,2% em 2021 e 39,9% no ano passado. No acumulado de 2023 até setembro, o faturamento real do setor avançou 7,9%, segundo o Índice de Atividades Turísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, contribuem para essa recuperação o aumento real de salários, a redução dos juros ao consumidor e a estabilização dos preços. “O otimismo que os números da pesquisa apresentam indica não apenas uma recuperação econômica do turismo, mas também a confiança renovada dos consumidores, impulsionando o mercado de viagens e contribuindo para a geração de empregos em diversas áreas relacionadas ao setor”, afirmou, em nota, Tadros.

Segundo ele, os indicativos positivos para a alta temporada sinalizam a capacidade de inovação e adaptação do setor do turismo, “que está se fortalecendo e se preparando para um período de crescimento consistente”.

O número de passageiros transportados por aviões, um indicador chave da atividade turística, continua em expansão. No terceiro trimestre de 2023, a quantidade de passageiros em voos nacionais atingiu 24,25 milhões, igual ao volume registrado no mesmo período de 2019.

Após a eliminação de 469,8 mil postos formais nos sete primeiros meses de 2020 por conta da pandemia de Covid-19, o mercado de trabalho no turismo começou uma recuperação gradual. Desde então, foram criadas 612 mil novas vagas. Agora, para esta alta temporada, a CNC estima a criação de 85.795 postos, o maior volume desde 2014.

Justiça aprova recuperação judicial da operadora da Starbucks no Brasil

A SouthRock afirmou que o Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou o pedido de recuperação judicial da companhia, que opera a rede de cafeteria Starbucks no Brasil.

“Com essa importante decisão, a companhia dará sequência ao processo de reestruturação de suas operações, já iniciado com o apoio de consultores externos e stakeholders, que tem como objetivo proteger as marcas que representa, os Partners (colaboradores), os consumidores e as suas lojas”, afirmou em comunicado enviado à Reuters.

“Esta decisão estratégica tem como objetivo ajustar o modelo de negócio à atual realidade econômica e reforça o compromisso da SouthRock em defender a sua missão e seus valores, enquanto entra em uma nova fase de desafios.”

A companhia disse que os compromissos assumidos com os seus credores serão respeitados, seguindo as etapas, determinações e prazos legais para o desenvolvimento do processo e aprovação do plano de recuperação judicial.

A SouthRock também disse estar totalmente dedicada a tomar todas as medidas legais cabíveis para agilizar a conclusão de cada uma das fases processuais.

A SouthRock afirmou que, enquanto os ajustes estruturais são implementados e as etapas legais da RJ são seguidas, as marcas de seu portfólio (TGI Fridays e B.A.R. – Brazil Airport Restaurants, além de Starbucks), seguem operando normalmente.

Balança comercial terá queda de exportação e mais importações, diz AEB

Uma previsão da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) para a balança comercial em 2024, divulgada na quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, registra queda das exportações de 0,6%, somando US$ 334,517 bilhões, contra US$ 336,532 bilhões estimados para 2023.

Em relação às importações, a projeção é de aumento de 0,62%, com US$ 241,745 bilhões em 2024 contra US$ 240,345 bilhões calculados para este ano. O superávit deverá atingir US$ 92,772 bilhões no próximo ano, queda de 3,5% em comparação aos US$ 96,187 bilhões esperados para 2023.

O presidente da AEB, José Augusto de Castro, afirmou à Agência Brasil que o mercado internacional está muito calmo, sem quedas nem elevações bruscas de preços.

“Há uma calmaria total. Também as variações dos produtos este ano, em relação a 2022, foram muito pequenas. E 2024 sinaliza, pelo menos neste momento, que deve ficar mais ou menos assim”. Castro avalia, entretanto, que no segundo semestre do próximo ano podem surgir novos fatos com reflexo nos preços.

Ele se referiu a algum fato político ou econômico que poderá ocorrer e afetar o cenário atual de tranquilidade no comércio. A seguir, indicou que o conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas não teve impacto nenhum.

“É como se o mercado estivesse aceitando tudo passivamente. Nada acontece que possa modificar o comércio”, opinou. Contudo, admitiu que fatores podem resultar em alterações, “como mudanças geopolíticas envolvendo China, Estados Unidos e Rússia. Mas, por ora, não são suficientes para impactar o comércio mundial”, acrescentou.

Setor de seguros estima crescimento de 11,7% em 2024

As seguradoras estimam um crescimento do setor de 11,7% em 2024. A expectativa é de que a participação na economia brasileira atinja 6,2% no próximo ano, alta de 0,1 p.p (ponto percentual) em relação a 2022.

As projeções são da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização). O presidente da entidade, Dyogo Oliveira, apresentou os dados em São Paulo.

A estimativa considera um cenário em que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresça 2,5% em 2024. Segundo a CNseg, os seguros rurais devem apresentar uma alta de 23,1%, o que representa um avanço de 18,1 pontos percentuais em relação a 2023.

A expectativa, portanto, é de que o segmento rural ajude a impulsionar o setor. Também há projeção de crescimento para a parte de automóveis (16,1%) e crédito e garantia (20%) no próximo ano.

A CNseg afirma que o mercado segurador cresceu 10,4% em 2023 e que deve registrar faturamento de R$ 663 bilhões.

SELIC

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, na quarta-feira (13), reduzir a taxa básica de juros, a taxa Selic, em 0,5 ponto percentual, de 12,25% ao ano para 11,75% ao ano.

Este foi o quarto corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto deste ano. A decisão foi unânime.

Em 11,75%, a taxa chegou ao menor nível desde o início de março de 2022 – quando estava em 10,75% ao ano.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 11,75%, ante 11,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,26% na primeira prévia de dezembro, vindo de baixa 0,27% na mesma leitura do mês anterior e de elevação de 0,59% no encerramento dele, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), a projeção para o IGP-M ficou em -3,46%, ante -3,46% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,28% em novembro, segundo dados divulgados na terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Neste mês, o destaque foi o grupo de Alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (0,63%) e o maior impacto (0,13 ponto percentual) no índice geral. No mês anterior, o IPCA havia fechado com alta de 0,24%. Em novembro de 2022, teve alta de 0,41%.

Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,68% na janela de 12 meses. No ano, acumula alta de 4,04%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 4,49%, ante 4,51% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta uma expansão da economia brasileira de 1,7% em 2024. Para este ano, a entidade espera que o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) cresça 3%, o mesmo percentual do ano passado. As previsões estão no Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024 divulgado na quinta-feira (14) em Brasília.

“O resultado é positivo, mas o crescimento de 2023 não dá início a um novo ciclo de desenvolvimento”, avalia a entidade em nota. Ainda de acordo com a CNI, isso se deve porque “o PIB atual foi construído sobre fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do PIB da agropecuária, e com queda dos investimentos produtivos”.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), a projeção para o PIB ficou em 2,92%, ante 2,92% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (11), o Ibovespa fechou em queda, refletindo ajustes de posições, com agentes financeiros se preparando para eventos relevantes na semana, com destaque para as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, principalmente os sinais sobre os próximos movimentos. O índice Ibovespa teve queda de 0,14%, a 126.916,41 pontos. O volume financeiro somou R$ 16,3 bilhões.

Na terça-feira (12), o Ibovespa fechou em queda, pressionado particularmente pelo declínio de Petrobras, na esteira do tombo do petróleo, com agentes financeiros também repercutindo dados de inflação à espera de decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. O índice Ibovespa teve queda de 0,4%, a 126.403,03 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,7 bilhões.

Na quarta-feira (13), o Ibovespa fechou em alta, e renovou máximas desde meados de 2021 após o Federal Reserve sinalizar que o aperto histórico da política monetária nos Estados Unidos chegou ao fim e cortes devem ocorrer em 2024. O índice Ibovespa teve alta de 2,42%, a 129.465,08 pontos. O volume financeiro somou R$ 44,5 bilhões.

Na quinta-feira (14), o Ibovespa fechou em alta, renovando máximas históricas, ainda embalado pela perspectiva de queda de juros nos Estados Unidos no próximo ano e manutenção no ritmo de afrouxamento monetário no Brasil. O índice Ibovespa teve alta de 1,06%, a 130.842,09 pontos. O volume financeiro somou R$ 34,2 bilhões.

Na sexta-feira (15), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 0,15%, a 130.640,71 pontos. O último pregão da semana na B3 ainda é marcado pelo vencimento de opções sobre ações. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,49%, a 130.197,10 pontos. O volume financeiro somou R$ 31 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (15), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,29%, cotado a R$ 4,9285 na venda. Recuperando-se de quedas recentes e zerando suas perdas semanais, mesmo depois que cresceram as esperanças de que o Federal Reserve começará a cortar os juros no primeiro trimestre do ano que vem.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (15) cotado a R$ 4,9367, acompanhando tendência mais geral de avanço da moeda norte-americana no exterior após a divulgação de dados econômicos fracos na China e na Europa e comentários de uma autoridade do Federal Reserve que esfriaram as expectativas de corte de juros nos EUA.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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18/12/2023