Cenário Econômico Internacional – 28/12/2023

Cenário Econômico Internacional – 28/12/2023

Cenário Econômico Internacional – 28/12/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Economia global deverá desacelerar ainda mais em 2024, apesar da diminuição das pressões, dizem analistas

A economia global abrandou, mas manteve-se resiliente, contornando o que muitos temiam que fosse uma recessão impulsionada pela inflação e pelos preços das matérias-primas este ano.

Embora se estime que o crescimento seja ainda mais lento em 2024, o pior talvez já tenha passado e os ventos contrários deverão diminuir, dizem os analistas.

Espera-se que as taxas de juro consistentemente elevadas baixem, embora a inflação, em tendência descendente, ainda não esteja no intervalo-alvo de 2% da maioria dos Bancos Centrais do mundo.

Muitos analistas esperam que a próxima grande medida de política monetária em 2024 por parte da Reserva Federal dos EUA seja um corte nas taxas, embora permaneçam divididos sobre quando é provável que a Fed reduza a sua taxa de referência e em quantos pontos base o regulador a irá baixar.

Embora a tendência de descida da inflação e das taxas seja um bom presságio para o crescimento no segundo semestre do próximo ano, permanecem riscos que podem prejudicar a dinâmica econômica.

As tensões geopolíticas, a saúde das economias dos EUA e da China, a volatilidade nos preços do petróleo, a crescente divergência de crescimento, os níveis de dívida global preocupantemente elevados e o custo crescente do clima estão entre os fatores que determinarão se a economia global terá uma aterragem suave no próximo ano.

Todo este ano foi definido por um crescimento moderado, pontilhado por choques geopolíticos e por uma crise bancária abrupta que ameaçou inviabilizar o crescimento. A continuação do aperto mais acentuado da política monetária em décadas para subjugar os preços ao consumidor também tirou o fôlego.

Taxas de juro e perspectivas econômicas globais: o que esperar em 2024

Espera-se que os Bancos Centrais comecem a reduzir as taxas diretoras em meados de 2024, mas é pouco provável que os cortes sejam tão acentuados como os aumentos feitos nos últimos meses, de acordo com vários economistas importantes.

A economia mundial teve um ano com uma série de ventos contrários devido a perturbações na cadeia de abastecimento e ao aumento da inflação, o que levou os Bancos Centrais a aumentarem as taxas de juro para níveis muito elevados.

Este ano foi também um ano de crescimento mais lento do que o esperado na China e dos seus impactos, bem como de baixa confiança geral.

Embora tenham havido melhorias em algumas destas áreas, alguns dos problemas estão a chegar a 2024, disse Ken Wattret, vice-presidente de economia global da S&P Global Market Intelligence, à Anadolu.

“A inflação está a descer a velocidades diferentes em diferentes países, mas a tendência geral é de descida. Estamos a aproximar-nos do ponto em que os Bancos Centrais começarão a baixar as taxas de juro e, esperançosamente, a maior parte dos aumentos das taxas de juro já ficou para trás”, disse ele.

Na semana passada, a Reserva Federal dos EUA manteve a sua taxa diretora inalterada, em linha com as expectativas, no intervalo mais elevado dos últimos 22 anos, entre 5,25% e 5,50%.

O Banco de Inglaterra também manteve a sua taxa diretora em 5,25%, enquanto o Banco Central Europeu também manteve as suas operações principais de refinanciamento, a facilidade permanente de cedência de liquidez e a facilidade permanente de depósito em 4,50%, 4,75% e 4,00%, respetivamente.

Dados recentes mostram que a tendência descendente se acelerou, com a inflação global a situar-se em 2,4% na área do euro, 3,1% nos EUA e 4,6% no Reino Unido.

Os Bancos Centrais, principalmente nas principais economias, afirmam que as taxas permanecerão mais altas por mais tempo para trazer a inflação de volta aos níveis-alvo de 2%.

“Isso é um equilíbrio. O que os Bancos Centrais estão a tentar conseguir é desacelerar as economias, mas sem exagerar no aperto, para não as levarem à recessão. Isso é muito difícil de conseguir”, disse Wattret. 

Natal em Gaza teve mais de cem mortos e 50 ataques israelenses, diz ONU

A ONU denunciou, na terça-feira (26), o impacto de mais de 50 ataques realizados entre os dias 24 e 25 de dezembro sobre a população civil de Gaza.

Desde a véspera do Natal, mais de 100 palestinos foram mortos. “Estamos seriamente preocupados com o contínuo bombardeio da Faixa de Gaza Média pelas forças israelenses”, disse o Escritório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos. No total, o número de mortes desde o dia 7 de outubro chega a quase 21 mil pessoas em Gaza.

De acordo com a ONU, a Força Aérea Israelense teria realizado os mais de 50 ataques “em Middle Gaza nos dias 24 e 25 de dezembro, inclusive em três campos de refugiados, Al Bureij, Al-Nuseirat e Al-Maghazi”.

“Dois ataques atingiram sete edifícios residenciais no campo de Al-Maghazi, matando cerca de 86 palestinos e ferindo muitos outros”, disse.

“Acredita-se que um número desconhecido de pessoas ainda esteja preso sob os escombros”, alertou.

Luta contra a inflação é uma maratona, não um ‘sprint’, diz diretora do FMI

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, voltou a enfatizar na terça-feira (26), a importância de não se abrir a guarda no combate à inflação. Em um post no X, antigo Twitter, ela destacou um estudo desenvolvido pelo FMI que aborda 100 choques inflacionários ocorridos desde os anos 1970 e que “fornece dicas valiosas para os formuladores de políticas hoje”.

“Combater a inflação é uma maratona, não um ‘sprint'”, comentou Kristalina Georgieva, acrescentando que o retorno da inflação à meta é essencial para restaurar a estabilidade macroeconômica e o crescimento mais forte.

Os comentários de Kristalina Georgieva ocorrem num momento em que o mercado pressiona os grandes Bancos Centrais do mundo a iniciar um novo ciclo de afrouxamento monetário em 2024 e os dirigentes de Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) começam a sinalizar que tal cenário está sendo considerado.

PIB global deve crescer 2,7% em 2024 e 3,0% em 2025, projeta OCDE

A economia global deve ter um desempenho similar entre os anos de 2023 e 2025, de acordo com o mais recente relatório de perspectivas econômicas divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O crescimento do PIB global está projetado em 2,9% para este ano, seguido de um ligeiro abrandamento, para 2,7% em 2024, e uma melhoria para 3,0% em 2025.

As estimativas da OCDE apontam que a Ásia deve continuar a ser responsável pela maior parte do crescimento global entre 2024 e 2025, tal como aconteceu em 2023.

Para o Brasil, a projeção de um crescimento de 1,8% no ano que vem e de uma alta de 2,0% do PIB em 2025.

A organização também prevê que a inflação dos preços no consumidor continue a diminuir gradualmente, regressando às metas perseguidas pelos Bancos Centrais na maioria das economias até 2025, à medida que as pressões sobre os custos diminuem. A estimativa é que o CPI nos países da OCDE diminua de 7,0% em 2023 para 5,2%, em 2024, e para 3,8%. em 2025.

O crescimento do PIB nos Estados Unidos está previsto em 2,4% em 2023, antes de abrandar para 1,5% em 2024, e depois aumentar ligeiramente para 1,7% em 2025, à medida que se espera uma flexibilização da política monetária pelo Federal Reserve.

Na área do euro, que sofreu os efeitos do choque de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o crescimento do PIB está previsto em 0,6% em 2023, antes de subir para 0,9% em 2024 e depois para 1,5% em 2025.

A projeção para a China é de uma taxa de 5,2% este ano, caindo para 4,7% em 2024 e para 4,2% em 2025, devido às tensões contínuas no setor imobiliário e às elevadas taxas de poupança das famílias.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (25), sem operações nas bolsas devido ao Natal.

Na terça-feira (26), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com as crescentes apostas de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve elevando o sentimento dos investidores após o feriado de Natal. O índice Dow Jones teve alta de 0,43%, a 37.545,33 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,42%, a 4.774,75 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,54%, a 15.074,57 pontos.

Na quarta-feira (27), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, com o S&P 500 se aproximando de uma máxima histórica devido às perspectivas de cortes nos juros pelo Federal Reserve. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava alta de 0,12%, a 37.589,94 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,027%, a 4.773,45 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,059%, a 15.065,74 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 22.12.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (22) cotado a R$ 4,8606 com queda de 0,54%. Fechando a última semana completa do ano com perda superior a 1%, em um dia em que a moeda norte-americana também cedia no exterior, após a divulgação de dados favoráveis sobre a inflação dos Estados Unidos.

Na segunda-feira (25) – Sem cotações devido ao Natal.

Na terça-feira (26) – O dólar à vista registrou queda de 0,79%, cotado a R$ 4,8220 na venda. Em sintonia com a queda da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em um dia marcado pela alta firme de commodities como petróleo e minério de ferro e pela liquidez reduzida após o Natal. O dólar oscilou entre R$ 4,8608 na máxima e R$ 4,8175 na mínima.

Na quarta-feira (27) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,07% cotado a R$ 4,8259 na venda. Na esteira do recuo da moeda norte-americana também no exterior, mas a divisa se recuperou ainda na primeira hora de negócios e passou a registrar leves ganhos, com o mercado no Brasil à espera de novas medidas econômicas a serem anunciadas até o fim da semana.

Milei convoca sessões extraordinárias do Congresso argentino para acelerar reformas

O presidente argentino, Javier Milei, emitiu um decreto convocando sessões extraordinárias para acelerar as reformas, restabelecer o imposto sobre salários abolido pelo governo anterior e modernizar o processo eleitoral.

Milei, que assumiu o cargo no início de dezembro, enviou o decreto ao legislativo no final da sexta-feira para que os projetos de lei sejam discutidos de 26 de dezembro a 31 de janeiro. O Congresso está em recesso, com as próximas sessões agendadas para março.

No início desta semana, Milei propôs mais de 300 medidas para desregulamentar a economia da Argentina, incluindo a eliminação de controles de preços e da burocracia para ajudar a promover a atividade industrial.

Milei, um economista libertário que entrou para a política há cerca de quatro anos, disse que deseja reduzir drasticamente o tamanho do governo e eliminar o déficit fiscal.

A Argentina está atolada em uma crise econômica prolongada, com inflação de três dígitos, reservas negativas, rápida desvalorização do peso e mais de 40% da população vivendo na pobreza.

Economista prevê crash histórico da economia e dos mercados dos EUA em 2024

Enquanto a maioria dos economistas projeta um pouso suave para a economia dos EUA, beneficiada por um corte nas taxas de juros do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2024, outros têm uma visão bem mais sombria, prevendo que o ano de 2024 será marcado por um crash histórico da economia e dos mercados.

Esse é especialmente o caso de Harry Dent, economista especializado em consumo, que emitiu um alerta alarmante sobre a economia americana para o próximo ano durante sua participação em um programa da Fox Business.

“Desde 2009, a emissão de dinheiro e os déficits são 100% artificiais e sem precedentes: 27 trilhões de dólares em 15 anos, para ser exato”, afirmou Dent, acrescentando: “Isso é sem precedentes, 100% artificial, o que significa que estamos em uma situação perigosa”.

Ele continuou anunciando que “acredita que 2024 será o ano em que testemunharemos o colapso mais significativo de nossas vidas”.

“Precisamos voltar ao normal e enviar uma mensagem aos Bancos Centrais”, disse ele. “Eu não acho que vamos aprender essa lição. Eu não acho que veremos outra bolha em nossas vidas”.

Mais especificamente, Dent acredita que os mercados americanos estão atualmente em uma bolha que começou no final de 2021, durante a pandemia de Covid-19, e sugeriu que seu estouro terá consequências catastróficas:

“As coisas não voltarão ao normal em alguns anos. Talvez nunca mais vejamos esses níveis. E este crash não será uma correção”, declarou ele, evocando uma crise da magnitude da Grande Depressão dos anos 30, que poderia começar a se manifestar em maio, segundo ele.

O crescimento econômico moderado do Canadá mantém vivas as apostas de corte de taxas no início de 2024

A fraqueza da economia canadense continuou pelo terceiro mês consecutivo em outubro e uma previsão modesta de crescimento para novembro apoiará ainda mais a aposta dos investidores em um corte nas taxas de juros no primeiro trimestre do próximo ano, disseram economistas.

Os dados mais recentes divulgados pelo Statistics Canada mostraram que a economia canadense permaneceu inalterada em outubro, enquanto analistas consultados pela Reuters previam um aumento mensal de 0,2%. O PIB de setembro foi revisto em baixa para crescimento zero, a partir de um relatório inicial de crescimento de 0,1%.

O último grande lançamento de dados no Canadá para 2023 pinta um quadro de uma economia vacilante sob o impacto dos 10 aumentos das taxas do Banco do Canadá (BoC) entre março de 2022 e julho, que levaram a taxa de juros de referência para um máximo de 22 anos de 5 %. O PIB diminuiu inesperadamente no terceiro trimestre e o Banco Central espera que o crescimento permaneça fraco durante alguns trimestres.

Embora o Banco Central tenha afirmado que é demasiado cedo para prever cortes nas taxas, os mercados monetários esperam que as taxas de juro comecem a descer em abril.

Após os dados, os mercados monetários ainda prevêem cerca de 25% de probabilidade de um corte nas taxas em janeiro e 50% de probabilidade de uma mudança em março. Um corte está totalmente descontado para abril.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (25), sem operações nas bolsas devido ao feriado de Natal.

Na terça-feira (26), sem operações na bolsa devido ao feriado de Natal.

Na quarta-feira (27), as bolsas europeias fecharam mistas, no início da última semana de negociações de 2023, com os principais índices em todo o mundo oscilando perto de máximos recordes. Energia e tecnologia foram os setores líderes, ganhando cerca de 0,7% e 0,6%, respetivamente. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,13%, a 478,23 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,034%, a 7.566,22 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,13%, a 16.728,15 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,10%, a 6.415,83 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,11%, a 10.123,40 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,38%, a 7.726,66 pontos.

BCE tem longo caminho a percorrer antes de atingir meta de inflação de 2%, diz Schnabel

O Banco Central Europeu ainda tem um longo caminho a percorrer antes de reduzir a inflação para sua meta de 2%, disse Isabel Schnabel, autoridade do BCE, em uma entrevista publicada nesta sexta-feira, apontando riscos como o conflito no Mar Vermelho, que interrompe a cadeia de suprimentos.

“Ainda temos um caminho a percorrer e veremos o quanto será difícil a famosa última milha”, disse Schnabel ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

Rússia elimina imposto de importação sobre até 140 mil toneladas de frango em 2024

A Rússia eliminará impostos de importação de até 140 mil toneladas de frango congelado em 2024, informou neste sábado o governo, com o intuito de aumentar a oferta interna do produto e evitar uma elevação nos preços.

O presidente do país, Vladimir Putin, que tentará a reeleição em março, fez um raro pedido de desculpas na semana passada a um aposentado que reclamou a ele do aumento dos preços do ovo e do frango durante uma sessão de perguntas e respostas transmitida pela televisão.

O governo também isentará 1,2 bilhão de ovos de imposto de importação no primeiro semestre do ano que vem para tentar conter os preços, que subiram mais de 50% neste ano, prejudicando as pessoas de menor renda.

O gabinete de estatísticas informou na quarta-feira que o preço do ovo subiu 4,62% na semana de 18 de dezembro, e 4,55% na semana anterior. A inflação ao consumidor anualizada está em 7,48%, muito acima da meta do Banco Central russo, que é de 4%.

Suécia aproxima-se da OTAN após votação na comissão parlamentar turca

A comissão de relações exteriores do parlamento turco aprovou na terça-feira (26) a proposta de adesão da Suécia à OTAN, em um passo fundamental para a ampliação do bloco ocidental, após 19 meses de atrasos nos quais Ancara exigiu concessões relacionadas à segurança de Estocolmo.

A comissão, controlada pelo Partido AK, do presidente Tayyip Erdogan, votou a favor da candidatura, que a Suécia fez no ano passado face à invasão da Ucrânia pela Rússia, após cerca de quatro horas de debate, incluindo conversações sobre outros assuntos. A votação da proposta foi adiada após um debate anterior em 16 de novembro.

O próximo passo é uma votação na assembleia geral do parlamento, onde o partido de Erdogan também detém a maioria. Também se espera que seja aprovado em uma votação que poderá ser realizada dentro de semanas. Erdogan assinaria então a lei, concluindo um processo que frustrou alguns dos aliados de Ancara e testou os seus laços ocidentais.

O chefe da Comissão, Fuat Oktay, minimizou as expectativas de uma votação rápida na assembleia geral, dizendo aos repórteres no parlamento que o presidente do parlamento decidiria o momento.

A recessão no Reino Unido pode estar em curso após a economia encolher no terceiro trimestre

A economia britânica pode estar em recessão, de acordo com dados que mostraram que ela encolheu entre julho e setembro, logo depois que o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, tomou a rara medida de sugerir que o Banco da Inglaterra poderia cortar as taxas de juros para aumentar a economia. crescimento.

O produto interno bruto (PIB) contraiu 0,1% no terceiro trimestre, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS).

Anteriormente, havia estimado que a economia permanecia inalterada em relação aos três meses anteriores e os economistas consultados pela Reuters esperavam, em sua maioria, outra leitura inalterada.

Da mesma forma, estima-se agora que o PIB do segundo trimestre tenha permanecido estável, uma redução em relação à estimativa anterior de crescimento de 0,2%.

No entanto, houve alguns sinais mais otimistas sobre a economia em dados separados também publicados na sexta-feira, que mostraram que as vendas no varejo em novembro saltaram muito mais do que o esperado, aumentando 1,3% em relação a outubro, impulsionadas pelas vendas com desconto.

O aumento nos volumes de vendas no varejo refletiu grandes descontos durante as promoções de vendas da Black Friday. As vendas caíram nos três meses até novembro e ainda estavam abaixo dos níveis pré-pandemia, disse o escritório de estatísticas.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (25), sem operações nas bolsas devido ao Natal.

Na terça-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, devido às fortes vendas de ações relacionadas com tecnologia e chips de computador, à medida que renasciam as preocupações com as tensões comerciais com os EUA e outros países ocidentais. O índice Xangai teve queda de 0,68%, a 2.898,88 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,16%, a 33.305,85 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,69%, a 16.340,41 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,68%, a 3.324,79 pontos.

Na quarta-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após dados positivos de lucro industrial da China e em meio à recuperação de ações de videogames em Hong Kong. O índice Xangai teve alta de 0,54%, a 2.914,61 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,13%, a 33.861,24 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,74%, a 16.624,84 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,35%, a 3.336,36 pontos.

Mercado chinês pode surpreender positivamente em 2024, segundo gestor

A bolsa chinesa frustrou as expectativas dos investidores nos últimos três anos, com o MSCI China tendo perdido mais da metade do seu valor, ao cair de 12.000 pontos, no início de 2021, para 5.600, em dezembro de 2023. Um desempenho ruim que persistiu mesmo após o fim da pandemia, em contraste com a maioria das outras economias que vivenciaram um boom no consumo após a reabertura pós-covid.

No entanto, segundo Wenli Zheng, gestor do fundo T. Rowe Price Funds SICAV – China Evolution Equity da T. Rowe Price, a desaceleração de Pequim pode ser apenas uma fase cíclica, com as empresas chinesas prontas para conquistar novas fatias de mercado a nível global e, consequentemente, oferecer oportunidades interessantes para os investidores.

Durante a pandemia, analisa Zheng, “os balanços de muitos países se ampliaram substancialmente. Em contrapartida, o governo chinês não forneceu estímulos expressivos ao consumo, mas está passando por uma importante fase de desalavancagem financeira”.

Isso é melhor refletido no problemático setor imobiliário chinês. “A cadeia de fornecimento imobiliária responde por mais de 20% do PIB chinês. No entanto”, explica o analista, “desde o início de 2021, o volume de transações imobiliárias caiu de 30% a 40% em relação ao seu pico e voltou aos níveis vistos pela última vez há uma década. As novas construções iniciadas recuaram 60% em relação ao pico”. Tudo isso representou um entrave significativo para a economia.

As exportações, outro motor de crescimento para a China no período 2020-2022, diminuíram este ano, diante da retração do cenário econômico global. As tensões comerciais entre Pequim e Washington, que começaram em 2018, contribuíram para isso, “com a fatia da China nas importações dos EUA caindo de mais de 20% para menos de 15%”, lembra o especialista. Contudo, em nível global, a fatia de exportações da China continuou a crescer, à medida que os exportadores chineses ganharam mais espaço nos mercados emergentes.

Ueda, do Banco Central japonês, sinaliza chance de mudança de política, progresso na meta de preços

O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse na segunda-feira (26) que a probabilidade de atingir a meta de inflação do Banco Central estava “aumentando gradualmente” e que consideraria mudar a política se as perspectivas de atingir a meta de 2% de forma sustentável aumentassem “suficientemente”.

Embora as empresas estejam se tornando mais abertas a aumentar os salários e os preços, a chave é se os salários continuarão a subir no próximo ano e levarão a novos aumentos nos preços dos serviços, disse Ueda.

“Se o ciclo virtuoso entre salários e preços se intensificar e a probabilidade de atingirmos nossa meta de preços de forma sustentável e estável aumentar o suficiente, provavelmente consideraremos a possibilidade de mudar a política”, disse Ueda, oferecendo o sinal mais claro até o momento da chance de acabar com a política monetária ultraflexível.

Ueda disse que o BC não havia decidido sobre um momento específico para mudar a postura monetária mais frouxa de qualquer Banco Central importante, devido às incertezas sobre a evolução econômica e do mercado.

“Examinaremos cuidadosamente a evolução econômica, bem como o comportamento de fixação de preços e salários das empresas e, assim, decidiremos sobre a política monetária futura de forma apropriada”, disse ele.

A linguagem diferiu um pouco da frase usual de Ueda, que pedia a necessidade de manter “pacientemente” a política ultraflexível por enquanto.

O mercado de títulos do governo japonês ignorou as falas de Ueda, com os rendimentos caindo à medida que o BC realizava uma operação regular de compra de títulos em toda a curva.

Com a inflação excedendo a meta há mais de um ano, muitos participantes do mercado esperam que o BC eleve as taxas de juros de curto prazo para fora do território negativo no próximo ano, com alguns apostando em taxas mais altas já em janeiro.

Ueda disse que a experiência prolongada do Japão com inflação baixa e crescimento estagnado dos salários provavelmente aumentou as percepções do público de que os preços e os salários permaneceriam em torno de zero.

Segundo ele, mudar essas percepções e criar um ciclo no qual os salários e os preços aumentem paralelamente traria benefícios, como a alocação mais eficiente da mão de obra.

Governo tailandês deve aumentar ainda mais os gastos no ano fiscal de 2025

A Tailândia está planejando um déficit orçamentário maior de 713 bilhões de baht (20,71 bilhões de dólares) para o ano fiscal de 2025 e gastos maiores de 3,6 trilhões de baht naquele ano, disse o governo, em um plano que veria um aumento. nos gastos nos próximos dois anos.

O governo prevê um crescimento do PIB de 3,6% em 2025, afirmou num comunicado datado de 26 de dezembro, dia em que os planos foram aprovados pelo gabinete sem serem divulgados de forma completa e proativa. O ano fiscal de 2025 começa em 1º de outubro de 2024.

“O governo ainda precisa de um orçamento deficitário de curto prazo para apoiar a expansão econômica contínua e a estabilidade”, afirmou o governo.

O plano prevê uma inflação de 1,5-2,5% em 2025, afirmou, e um rácio da dívida pública em relação ao PIB de 63,73% no final do ano fiscal de 2025.

O plano orçamental de 2025 aumentaria os gastos dos 3,48 bilhões de baht planeados para o ano fiscal de 2024, quando os gastos também deverão aumentar a partir de 2023.

Candidato presidencial da Indonésia, Prabowo, consolida liderança nas pesquisas

O ministro da Defesa e candidato presidencial da Indonésia, Prabowo Subianto, consolidou sua liderança nas pesquisas depois que os candidatos participaram de debates televisionados antes do iminente dia 14 de fevereiro.

Uma pesquisa de 23 a 24 de dezembro divulgada pelo Indikator Politik Indonesia mostrou que Prabowo, que concorre com o filho de 36 anos do presidente Joko Widodo, Gibran Rakabuming Raka, garantiria 46,7% dos votos.

O Indikator colocou o ex-governador de Java Central, Ganjar Pranowo, como seu oponente mais próximo, com 24,5% dos votos, enquanto o ex-governador de Jacarta, Anies Baswedan, teve o apoio de 21% dos entrevistados.

Uma pesquisa da Kompas este mês deu a Prabowo 39,3% dos votos e colocou Anies como seu oponente mais próximo com 16,7%, seguido por Ganjar com 15,3%.

A pesquisa do Indikator foi realizada após debates televisionados entre os candidatos presidenciais em 12 de dezembro e os candidatos a vice-presidente em 22 de dezembro.

Uma decisão do tribunal constitucional do país, em outubro deste ano, abriu caminho para que Gibran concorresse às eleições, levantando preocupações generalizadas sobre o aprofundamento da política dinástica na terceira maior democracia do mundo.

Durante o debate televisivo, Gibran defendeu a agenda econômica do seu pai, especialmente o desenvolvimento da nova capital.

Mais três debates são esperados antes da eleição.

Volume comercial da Arábia Saudita em outubro aumenta 7%, para US$ 47,45 bilhões

O volume de comércio da Arábia Saudita em outubro aumentou cerca de 7%, para SR178 bilhões (US$ 47,45 bilhões), em comparação com SR167 bilhões em setembro, de acordo com dados do governo.

A Autoridade Geral de Estatística informou que as exportações totais de mercadorias em outubro registaram um ligeiro aumento de SR15 milhões ou 0,01% em comparação com o mês anterior.

No entanto, as exportações globais de mercadorias em outubro diminuíram 17,4% para SR104,3 bilhões, em comparação com SR126,2 bilhões no mesmo mês do ano passado.

“Esta diminuição teve origem principalmente nas exportações de petróleo, que caíram SR18,4 bilhões ou 18,3% no mesmo período”, afirmou o relatório GASTAT.

Além disso, a participação do petróleo nas exportações totais diminuiu para 78,9% em outubro, face a 79,7% no mesmo mês do ano passado.

Da mesma forma, as exportações não petrolíferas, incluindo as reexportações, diminuíram 13,9% para SR22 bilhões em outubro, contra SR25,6 bilhões no mesmo período do ano anterior.

Os produtos das indústrias químicas e afins, uma categoria crucial nos bens de exportação não petrolíferos, registaram um declínio anual de 31,9% em outubro, para SR6,96 bilhões, comandando 31,6% dos bens de exportação não petrolíferos.

As exportações de produtos de plástico e borracha diminuíram 6,9%, para SR6,02 bilhões, detendo 27,3% do bolo total.

O PIB do Bahrein aumentou 2,45% no terceiro trimestre, impulsionado pelo setor não petrolífero

O setor não petrolífero do Bahrein impulsionou um aumento de 2,45% no produto interno bruto do país durante o terceiro trimestre de 2023, de acordo com a Autoridade de Informação e Governo Eletrônico.

As estimativas das contas nacionais emitidas pela autoridade destacaram que o aumento de 2,45% ocorre a preços constantes, revelando outro aumento de 1,09% do PIB a preços correntes durante o terceiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022.

De acordo com a autoridade, este crescimento notável é atribuído a um aumento anual de 4,48% no setor não petrolífero a preços constantes e a um aumento correspondente de 4,81% a preços correntes.

Durante o terceiro trimestre de 2023, o PIB a preços constantes atingiu 3,38 milhões de dirhams do Bahrein (1,2 milhões de dólares), marcando um aumento em relação aos 3,30 milhões de dirhams no mesmo período de 2022. 

A autoridade destacou o papel desempenhado pelas sociedades financeiras, constituindo um dos maiores contribuintes para o PIB real com 18,08%, seguida de perto pela indústria transformadora, que contribuiu com 13,85% para o crescimento global.

As estimativas preliminares das contas nacionais sublinham ainda mais o crescimento dinâmico dos principais setores não petrolíferos anualmente.

Na liderança está a atividade hoteleira e de restauração, com uma taxa de crescimento de 9,36%, seguida de perto pelas sociedades financeiras com uma taxa de crescimento de 8,36% a preços constantes.

O Bahrein registou uma taxa de crescimento real do PIB de 2% no primeiro trimestre de 2023, alimentada por um aumento de 3,5% no setor não petrolífero.

De acordo com o Ministério das Finanças e da Economia Nacional do Bahrein, o aumento trimestral médio do PIB não petrolífero anual atingiu cerca de 5,7% desde a implementação do seu plano de recuperação econômica em outubro de 2021.

Índice da indústria manufatureira do Egito cai cerca de 4% em outubro

O índice da indústria transformadora do Egipto registou uma queda mensal de 3,98% em outubro, refletindo uma diminuição na produção de aparelhos elétricos e médicos, mostraram os dados oficiais.

Os dados preliminares da Agência Central de Mobilização Pública e Estatísticas mostraram uma descida no índice global de produção das indústrias transformadoras e extrativas, excluindo petróleo bruto e produtos petrolíferos. O índice situou-se em 96,70 em outubro, abaixo dos 100,71 em setembro.

Os dados CAPMAS indicaram um declínio na produção da indústria de eletrodomésticos, com o índice caindo para 110,56 em outubro, de 112,51 no mês anterior. Esta diminuição de 1,73% deveu-se à escassez de matérias-primas necessárias, que foi citada como a principal razão para esta recessão.

A indústria farmacêutica, química e de medicamentos também diminuiu, com o índice a atingir 112,44 em outubro, abaixo dos 115,50 em setembro, refletindo uma diminuição de 2,65 por cento, alinhando-se com as exigências do mercado.

No entanto, o índice das indústrias de materiais e produtos químicos atingiu 76,56 em outubro, face a 73,45 no mês anterior, refletindo um aumento de 4,23%. Este aumento deveu-se à procura do mercado por estes produtos.

Porto de Dammam, na Arábia Saudita, terá zona logística integrada

O Porto King Abdulaziz em Dammam terá em breve uma zona logística integrada, já que a Autoridade Portuária Saudita e a MEDLOG lançaram a pedra fundamental para o projeto.

A autoridade portuária, conhecida como Mawani e a MEDLOG, o braço logístico da Mediterranean Shipping Co., verão a zona logística integrada sendo construída com um valor de investimento superior a SR150 milhões (US$ 40,01 milhões), informou a Agência de Imprensa Saudita.

Omar Hariri, presidente de Mawani, disse que o lançamento da pedra fundamental da nova zona logística está alinhado com o objetivo da autoridade de desenvolver um setor marítimo sustentável e próspero.

Ele observou ainda que esta etapa também contribuirá para os objetivos delineados na Estratégia Nacional de Transporte e Logística da Arábia Saudita, que visa transformar o Reino num centro logístico global.

A guerra em Gaza vai durar meses, diz Israel, à medida que aumentam os temores de propagação do conflito

A guerra de Israel contra o Hamas durará meses, disse o chefe militar de Israel, já que uma série de incidentes fora da Faixa de Gaza destacou o risco de o conflito se espalhar.

O Chefe do Estado-Maior de Israel, Herzi Halevi, disse aos repórteres em um comunicado televisionado na terça-feira, da fronteira de Gaza, que a guerra continuaria “por muitos meses”.

“Não existem soluções mágicas, não existem atalhos para desmantelar uma organização terrorista, apenas combates determinados e persistentes”, disse Halevi. “Também alcançaremos a liderança do Hamas, quer demore uma semana, quer demore meses.”

As ações israelitas intensificaram-se perto do Natal, particularmente numa área central, a sul da hidrovia sazonal que corta a Faixa de Gaza. O exército israelense disse aos civis para deixarem a área, embora muitos afirmassem que não havia mais nenhum lugar seguro para onde ir.

“Estamos seriamente preocupados com o contínuo bombardeamento do centro de Gaza pelas forças israelitas, que custou a vida a mais de 100 palestinianos desde a véspera de Natal”, disse o porta-voz do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU, Seif Magango.

“As forças israelenses devem tomar todas as medidas disponíveis para proteger os civis. Os avisos e as ordens de evacuação não os isentam de toda a gama das suas obrigações de direito humanitário internacional.”

Israel está determinado a destruir o Hamas, apesar dos apelos globais para um cessar-fogo na guerra que já dura 11 semanas.

Desde que o Hamas matou 1.200 pessoas e capturou 240 reféns em 7 de outubro, no dia mais mortal da história de Israel, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, respondeu com um ataque que devastou grande parte da Faixa de Gaza governada pelo Hamas.

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28/12/2023