Cenário Econômico Nacional – 15/01/2024

Cenário Econômico Nacional – 15/01/2024

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Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado melhora projeção para PIB em 2024 e vê inflação abaixo do teto da meta em 2023

O mercado melhorou sua perspectiva para a economia este ano e confirmou a expectativa de que a inflação encerrou 2023 abaixo do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira (08) pelo Banco Central.

De acordo com o levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, o IPCA deve ter encerrado 2023 com alta de 4,47%, 0,01 ponto percentual a mais do que o esperado na semana anterior. Com isso, a inflação ficaria dentro da faixa estipulada como objetivo para o ano passado.

O IBGE divulga na quinta-feira (11) o dado de dezembro e de 2023 do IPCA. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para 2024 a inflação seguiu sendo calculada em 3,90%, com as projeções de alta de 3,50% para o IPCA em 2025 e 2026 também mantidas.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), os especialistas consultados seguem prevendo um crescimento de 2,92% em 2023, mas melhoraram sua conta para este ano em 0,07 ponto, a 1,59%.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve terminar 2024 em 9,0%, sem alterações em relação ao levantamento anterior.

Depois de cortar a Selic quatro vezes em 0,5 ponto percentual, levando-a ao patamar atual de 11,75%, o Comitê de Política Monetária do BC volta a se reunir no final deste mês para deliberar sobre a política monetária.

Indicador Antecedente de Emprego do Brasil avança em dezembro, mas FGV ainda vê incertezas

O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil avançou em dezembro e chegou ao maior patamar em cinco meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira (08), embora tenha reforçado a percepção de incerteza sobre a trajetória do mercado de trabalho.

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, subiu 2,3 pontos em dezembro, para 77,3 pontos, maior nível desde julho de 2023 (78,0 pontos).

Seis de sete componentes do indicador avançaram no mês passado, com a maior influência positiva vindo de Tendência dos Negócios da Indústria, que contribuiu com 1,3 ponto para o resultado geral. Outros destaques positivos foram os indicadores Emprego Local Futuro do Consumidor, Situação Atual dos Negócios da Indústria e o item Serviços.

No entanto, “ainda é cedo para comemorar o resultado, principalmente pelo patamar que o indicador se encontra”, disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.

“O ritmo para 2024 ainda está em aberto e vai depender muito de como a atividade econômica vai reagir ao longo do ano. Para manter a trajetória positiva e aumentar as expectativas sobre contratação, são necessários sinais claros de retomada e redução de incerteza no país.”

Os dados mais recentes do IBGE, referentes a novembro, mostraram que a taxa de desemprego no Brasil caiu nos três meses encerrados no mês retrasado para 7,5%, marcando o patamar mais baixo para qualquer trimestre móvel desde o início de 2015, com novo recorde no número de pessoas ocupadas.

Condições monetárias mais frouxas tendem a reduzir o aperto do crédito para a população e, consequentemente, impulsionar a economia e o emprego. No entanto, há uma defasagem temporal entre as decisões de política monetária e seu efeito prático.

A taxa Selic está atualmente em 11,75%, após quatro reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual nos juros pelo Banco Central.

Bancos encerram transações via DOC e TEC na próxima 2ª feira

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disse que as instituições financeiras deixarão de oferecer DOC (Documento de Ordem de Crédito) para pessoas físicas e jurídicas no dia 15 de janeiro.

A TEC (Transferência Especial de Crédito) também será descontinuada. Segundo a entidade, os bancos terão 29 de fevereiro como o prazo final para processar os 2 tipos de transações. O valor máximo que pode ser feito em cada uma das operações é R$ 4.999,99.

“Tanto a TEC quando o DOC, deixaram de ser a 1ª opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos. Os clientes têm dado preferência ao Pix, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.

Brasileiros tiraram R$ 87,8 bilhões da caderneta de poupança em 2023, diz balanço do Banco Central

As retiradas de recursos das cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 87,8 bilhões em todo ano de 2023, informou o Banco Central.

A saída de valores da poupança em 2023, apesar de alta, foi menor que a do ano anterior, quando mais de R$ 100 bilhões deixaram a modalidade de investimentos.

Com a retirada de recursos da poupança no último ano, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou queda para R$ 983 bilhões. Em dezembro de 2022, o volume total somou R$ 999 bilhões.

A retirada de recursos da caderneta de poupança acontece em um cenário de juros ainda relativamente altos, apesar de quatro quedas seguidas na Selic, para o patamar atual de 11,75% ao ano.

Inflação do Brasil fecha 2023 a 4,62%, menor nível anual desde 2020

A inflação oficial do Brasil fechou 2023 a 4,62%, o menor nível anual desde 2020. A taxa é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado.

A inflação também fechou dentro do intervalo permitido pela meta de inflação, que era de 3,25% em 2023 com tolerância de até 4,75%. A última vez que a taxa global ficou dentro do permitido foi há 3 anos, em 2020. Superou o teto da meta em 2021 e em 2022.

A taxa anualizada ficou acima de 4,75% em 4 dos 12 meses de 2023: janeiro (5,77%), fevereiro (5,60), setembro (5,19%) e outubro (4,82%).

O mercado financeiro aposta em inflação de 3,9% em 2024 e de 3,5% em 2025.

A inflação desacelerou nos primeiros meses da pandemia de Covid-19. A taxa anual saiu de 4,31% em dezembro de 2019 para 1,88% em junho de 2020. Depois, acelerou por 18 meses consecutivos, até novembro de 2021.

A taxa cedeu em dezembro de 2022, mas voltou a subir por mais 4 meses, até atingir o pico de 12,13% em abril de 2022, o maior patamar do ciclo inflacionário recente.

A inflação terminou 2022 a 5,79%. Registrou o mínimo anual de 2023 em junho, quando foi de 3,16%. Terminou o ano abaixo do teto da meta de 4,75%.

A meta de inflação é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é composto pelo presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

É responsabilidade do Banco Central controlar a inflação. Portanto, quando a taxa fica fora do intervalo permitido, a autoridade monetária precisa enviar uma carta pública ao Ministério da Fazenda com as explicações. Sob Campos Neto, o BC divulgou duas: em 2021 e em 2022.

O centro da meta tem caído progressivamente desde 2018, quando era de 4,5%. Recua anualmente 0,25 ponto percentual.

Lira não irá ao ato do 8 de Janeiro convocado por Lula

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não comparecerá na 2ª feira (08) ao evento de 1 ano do 8 de Janeiro organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao Poder360, a equipe de comunicação do congressista disse que o motivo são problemas de saúde em sua família em Alagoas.

O evento será realizado no Salão Negro do Congresso Nacional, com a presença de Lula, outros presidentes dos Poderes, congressistas, governadores, autoridades e representantes da sociedade civil. A cerimônia espera cerca de 500 pessoas e terá o hino nacional cantado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Políticos de oposição planejam esvaziar o evento. Oito governadores não comparecerão à cerimônia. Entre eles, está o chefe do Estado mais populoso do Brasil: Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os chefes do Executivo do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ainda não definiram se vão. Os 3 são aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, também não irá por estar de férias. Celina Leão (vice-governadora) vai em seu lugar. Na época dos atos, Ibaneis foi afastado temporariamente do cargo de governador por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Pouco mais de 2 meses depois, o ministro determinou sua volta ao cargo.

Os 38 ministros de Lula foram convidados e devem ir. Em discurso no início da 4ª reunião ministerial, em 20 de dezembro de 2023, o presidente classificou os ataques como uma “tentativa de golpe” contra a democracia. Pediu que todos os ministros de seu governo participassem do evento.

Cerca de 2.000 policiais militares do Distrito Federal estarão a postos para ajudar na segurança da Esplanada dos Ministérios durante o dia. Haverá também o reforço com 250 homens da Força Nacional, segundo informou na 5ª feira (4.jan), o ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.

Possibilidade de Marta Suplicy retornar ao PT incomoda ala do partido

A possível volta de Marta Suplicy ao Partido dos Trabalhadores (PT) incomoda uma ala do partido que até hoje não aceitou o voto dela favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Integrante do Diretório Nacional do PT, Valter Pomar, acusou Marta de traição e cobrou que a possibilidade de retorno vá à votação no partido.

“Senadora eleita pelo PT, Marta traiu seu eleitorado e seu Partido, votando a favor do golpe contra Dilma. Desconheço que ela tenha feito alguma autocrítica a respeito. E, em qualquer caso, não vejo porque trazer de volta para casa quem praticou tamanha violência”, divulgou em texto a outros petistas.

A manifestação pública representa o pensamento de uma ala do PT considerada anti-Marta Suplicy.

Em 2016, Marta já havia migrado para o MDB. Como senadora, apoiou o impeachment na votação que confirmou o afastamento definitivo de Dilma.

A ex-prefeita é a aposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para vice de Guilherme Boulos (PSOL). A campanha à prefeitura paulista conta com envolvimento direto de Lula.

Ricardo Nunes coloca ex-embaixadora para substituir Marta em secretaria de SP

A ex-embaixadora do Brasil na Malásia e na Costa do Marfim Maria Auxiliadora Figueiredo foi nomeada por Ricardo Nunes (MDB) para chefiar a Secretaria de Relações Internacionais após a saída de Marta Suplicy.

A ex-prefeita de São Paulo e agora ex-secretária de Nunes negocia para ser vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) para a prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de outubro. Marta, que atualmente está sem partido, deve retornar ao PT.

Diplomata aposentada do Itamaraty, Maria Auxiliadora ocupou funções em Brasília e também em Abidjã e Kuala Lumpur, capitais da Costa do Marfim e da Malásia.

Nas últimas eleições, Auxiliadora compôs a chapa de Aldo Rebelo, candidato a senador por São Paulo pelo PDT.

A diplomata era a primeira suplente da chapa de Rebelo para o Senado. A população paulista, no entanto, elegeu Marcos Pontes (PL), que foi escolhido por Jair Bolsonaro (PL) e derrotou, inclusive, Edson Aparecido (MDB), atual secretário municipal de Governo da gestão Ricardo Nunes, na disputa de 2022.

A substituta de Marta assume o cargo no dia em que completa 74 anos. Ela nasceu em Areado, no sul de Minas Gerais.

Secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia é demitido

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Pereira da Cruz, foi demitido na quinta-feira (11) Ele ocupava o cargo desde março de 2023. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.

Efrain será substituído por Arthur Valério. Valério foi consultor-geral da União durante todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e atuava como consultor jurídico do ministério desde março de 2023.

O nome de Efrain não era consenso dentro do governo quando de sua nomeação para a secretaria-executiva de Minas e Energia. Ele foi indicado pelo ministro Alexandre Silveira.

Em outubro do ano passado, a Comissão de Ética Pública da Presidência instaurou um procedimento para investigar uma denúncia de “suposto desvio, falta de transparência e imprecisões na agenda pública” de Efrain, referente a julho de 2022, quando era diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O processo continua em andamento.

Em 2022, Efrain Cruz era o preferido de diversos senadores para o cargo de diretor-geral da Aneel, mas acabou sendo preterido por decisão do então ministro de Minas e Energia, Bento de Albuquerque.

Efrain foi diretor da agência reguladora de 2018 a 2022. Ele também é representante do governo no Conselho de Administração da Petrobras.

Eduardo Suplicy quer prévias para definição de vice de Boulos em SP

O deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) avaliou que uma prévia entre filiados do PT para definir o candidato a vice na candidatura de Guilherme Boulos (Psol) a prefeito de São Paulo nas eleições deste ano fortaleceria a chapa.

Tenho ouvido muitas vozes dentro do PT dizendo que seria interessante ser debatido e votado o candidato ou candidata a vice.

A pessoa escolhida, seja a Marta ou outra, teria maior força para dar ao Boulos, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo. Marta Suplicy aceitou o convite Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para retornar ao PT e ser vice na chapa de Guilherme Boulos.

Brasil tem exportações recordes de commodities em 2023, de petróleo a carnes

O Brasil registrou exportações recordes em 2023 para várias commodities, como petróleo, soja, milho, farelo de soja, açúcar, carne bovina e de frango, em meio a produções recordes e firme demanda externa, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Os números de dezembro também ressaltaram uma exportação mensal recorde de minério de ferro do país, com 39,65 milhões de toneladas, alta de 24% ante o mesmo mês do ano anterior, enquanto no ano os embarques desta commodity tiveram o maior volume em cinco anos.

As exportações de commodities deram impulso importante para o resultado recorde do superávit comercial brasileiro em 2023, com quase 100 bilhões de dólares.

Em 2023, as exportações de soja, principal produto de exportação do Brasil, confirmaram recorde, somando de 101,9 milhões de toneladas, alta de 29,4%, com receitas de 53,2 bilhões de dólares (+14,4).

Já os embarques de petróleo brasileiro em 2023 totalizaram um recorde de 81,8 milhões de toneladas, em linha com o avanço da produção do Brasil no pré-sal, com crescimento de 19,1%. O faturamento com as vendas externas do produto somou 42,5 bilhões de dólares, praticamente estável ante 2022.

Em 2023, os embarques de minério de ferro do Brasil alcançaram 378,5 milhões de toneladas, alta anual de 10% e o maior patamar desde as 389,8 milhões de toneladas registradas em 2018, antes do desastre com uma barragem da Vale em Brumadinho (MG), em 2019, o que impactou a produção da mineradora.

No ano passado, o Brasil exportou 31,4 milhões de toneladas de açúcar, um novo recorde com alta de 15% ante 2022, apagando máxima histórica registrada em 2020.

As exportações de milho confirmaram um recorde anual de 55,9 milhões de toneladas, com alta de 29,4%, enquanto os embarques de carnes bovina e de aves, notadamente frango, tiveram máximas histórias em volumes também em 2023.

No caso da carne bovina, o setor superou 2 milhões de toneladas pela primeira vez em um ano, ainda que o faturamento tenha ficado 19,6% abaixo do ano passado. Nas aves, os embarques somaram cerca de 4,8 milhões de toneladas, com alta de 8,4%.

No farelo de soja, a exportação atingiu 23,3 milhões de toneladas, avanço anual de 11%.

Faturamento do varejo em dezembro sobe 1,1% sobre um ano antes, diz Cielo

As vendas no varejo nacional descontada a inflação subiram 1,1% em dezembro ante o mesmo mês de 2022, afirmou na terça-feira (9) a empresa de meios de pagamento Cielo, citando seu indicador ICVA.

A companhia afirmou ainda que em 2023 o faturamento do setor caiu 0,6%, também sem considerar a inflação.

Incluindo a inflação, as vendas do varejo nacional cresceram 4,3% em dezembro na comparação anual e 3,5% em todo 2023.

Considerando apenas o quarto trimestre, as vendas do varejo caíram 0,7%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo trimestre de 2022. Em termos nominais, houve crescimento de 2,6%, informou a Cielo.

O ICVA acompanha mensalmente vendas em 18 setores do varejo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. O levantamento envolve quase um milhão de varejistas credenciados à Cielo, afirma a companhia.

Especificamente no período de sete dias até o Natal, as vendas de lojas online subiram 2,4% sobre o mesmo período de 2022, enquanto o varejo físico teve expansão de 1%, informou a Cielo no final do ano passado.

Produção de veículos recuou 1,9% em 2023, diz Anfavea

A produção de veículos automotores recuou 1,9% em 2023. Foram 2,33 milhões de unidades fabricadas no consolidado do ano ante 2,36 milhões em 2022. Os dados são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

A produção de veículos leves cresceu 1,3% no ano passado, mas a fabricação de veículos pesados recuou 37,5%. Segundo a Anfavea, os custos elevados das novas tecnologias de controle de emissões, principalmente em caminhões, foi a principal razão para esse resultado.

A montadoras fecharam o ano em baixa, com uma queda de 15,2% na produção de dezembro. As fábricas colocaram no mercado 172 mil automóveis. Em novembro foram 203 mil.

Em relação às vendas, dezembro registrou o melhor resultado mensal em 4 anos, com um total de 249 mil veículos vendidos e uma média diária de 12.400 unidades. A Anfavea justificou esse resultado pela promoção de veículos eletrificados antes da retomada do imposto de importação.

O ano de 2023 consolidou o México como principal parceiro comercial de exportações de veículos brasileiros. As vendas para o país norte-americano tiveram alta de 51% em 2023 e superou a Argentina pela 1ª vez na história. “De cada 3 veículos exportados pelo Brasil, 1 foi para o México”, disse a Anfavea.

Exportações de carne bovina caem 17,15% na receita em 2023, diz associação

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) informou que a receita das exportações totais de carne bovina caiu 17,15% em 2023, na comparação com o ano anterior.

As vendas no mercado global somaram US$ 10,845 bilhões no ano passado, ante saldo de US$ 13,09 bilhões em 2022.

O volume, por outro lado, apresentou avanço de 8,15%, com a exportação de 2.536 milhões de toneladas em 2023 contra 2.345 milhões de toneladas em 2022.

Os números foram compilados com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

De acordo com a associação, o tombo na receita foi provocado por preços médios menores praticados nos principais países importadores.

Para a China, responsável por metade das exportações de carne bovina do Brasil, a queda foi de 25,43% em 2023, para US$ 4.761 por tonelada, frente ao ano anterior, enquanto para os Estados Unidos, segundo maior parceiro no setor, o recuo foi ainda maior, de 38%, para US$ 3.121 por tonelada.

“No geral, o preço médio da carne bovina exportada pelo Brasil em 2023 foi de US$ 4.277/ton., em comparação com os US$ 5.583/ton. obtidos em 2022”, informou a Abrafrigo.

O mês com maior volume de exportação foi dezembro, quando foram enviadas para outros países 282.513 toneladas, num crescimento de 52% em relação ao mesmo mês de 2022.

Fecomercio aponta alta de 7% nas vendas do comércio na região em 2023

A Fecomercio SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) estima que o varejo das regiões de São Carlos e Araraquara cresceu 7% em 2023, na comparação com o ano anterior. Os números são apresentados em prévia de balanço anual.

O faturamento estimado ao longo do último ano pode ter atingido a marca de R$ 34,7 bilhões, a maior cifra desde o início da série história, em 2008.

O aumento, ressalta a Fecomercio SP, se deu sobre base forte. Em 2022, o comércio cresceu 8,8% em faturamento na comparação com 2021. Os números finais serão apresentados em março.

Atividades em expansão

O levantamento da entidade mostra que 6 das 9 atividades devem registrar crescimento. Os maiores destaques são os supermercados, lojas de vestuários e calçados e concessionárias de veículos.

Os segmentos de autopeças e acessórios, farmácias e perfumarias também indicam o resultado mais relevante desde 2008.

Outro destaque positivo é a atividade de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, que voltarão a crescer após dois anos consecutivos de queda.

Devem apresentar desempenho negativo as lojas de materiais de construção, que teve um ano histórico em 2022 em termos de faturamento, e “outras atividades”, grupo predominado pela venda de combustíveis. Lojas de móveis e decoração devem ter redução nas vendas de 2023.

SELIC

Segundo Boletim Focus divulgado na segunda-feira (08), a estimativa para a taxa de juros, a Selic, segue em 9,00% ao final deste ano. Para 2025, o mercado espera que a taxa de juros termine em 8,50%, mesma projeção da semana anterior. Já para 2026, a expectativa é de que a Selic também fique em 8,50%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (15), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 9,00%, ante 9,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,67% na primeira prévia de janeiro, vindo de baixa de 0,26% na mesma leitura do mês anterior e de avanço 0,74% no encerramento dele, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (15), a projeção para o IGP-M ficou em 4,08%, ante 4,06% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Sobre o IPCA, principal indicador de inflação, a estimativa do boletim Focus é que termine 2024 em 3,90%, mesma projeção da semana passada, porém menor do que das últimas quatro semanas (3,93%).

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (15), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 3,87%, ante 3,90% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Banco Mundial divulgou um relatório na terça-feira (09), no qual eleva a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o ano de 2024. No entanto, a expansão do PIB brasileiro para 2025 foi levemente reduzida. Anteriormente, o Banco Mundial esperava uma expansão de 2,4% para o PIB brasileiro no próximo ano. O desempenho acima do esperado em boa parte de 2023 foi citado como um dos motivos para esta nova revisão positivo. No documento, o Banco Mundial apontou que o PIB de 2023 cresceu 3,1%, uma expansão bem maior do que a previsão anterior, que era de 1,2%. Esse aumento foi impulsionado pelos bons resultados na produção agrícola, no consumo privado e nas exportações nos três primeiros trimestres do ano passado.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (15), a projeção para o PIB ficou em 1,59%, ante 1,59% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (08), o Ibovespa fechou em alta, em sessão na qual manteve margem de variação estreita do início ao meio da tarde, bem perto da estabilidade. O índice Ibovespa teve alta de 0,31%, a 132.426,54 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,9 bilhões.

Na terça-feira (09), o Ibovespa fechou em queda, pressionado por recuo de papéis ligados a commodities e bancos, em dia de agenda econômica esvaziada e com investidores ainda em compasso de espera pelos dados de inflação nos Estados Unidos nesta semana. O índice Ibovespa teve queda de 0,74%, a 131.446,59 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,6 bilhões.

Na quarta-feira (10), o Ibovespa fechou em queda, perdendo o patamar dos 131 mil pontos, com pressão negativa dos papéis de empresas ligadas a commodities, na contramão do desempenho positivo dos principais índices acionários em Wall Street. O índice Ibovespa teve queda de 0,46%, a 130.841,09 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,6 bilhões.

Na quinta-feira (11), o Ibovespa fechou em queda, perdendo o patamar dos 131 mil pontos, com pressão negativa dos papéis de empresas ligadas a commodities, na contramão do desempenho positivo dos principais índices acionários em Wall Street. O índice Ibovespa teve queda de 0,15 %, a 130.648,75 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,4 bilhões.

Na sexta-feira (12), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,11%, a 130.791,31 pontos. A valorização forte do petróleo no exterior se junta à percepção de que o Federal Reserve começará a cortar o juro básico em março levam o Ibovespa de volta aos 131 mil pontos. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,26%, a 130.987,67 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,4 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (12), por volta das 12h00, o dólar registrava queda de 0,45%, cotado a R$ 4,8526 na venda. Após dados mostrarem uma inflação ao produtor mais baixa do que o esperado nos Estados Unidos, com investidores também de olho no salto do petróleo em meio a aumento das tensões no Oriente Médio.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (12) cotado a R$ 4,8568, com as cotações voltando para a faixa de 4,85 reais em reação aos novos dados de inflação dos EUA, que elevaram as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros já em março.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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