Cenário Econômico Nacional – 22/01/2024

Cenário Econômico Nacional – 22/01/2024

Cenário Econômico Nacional – 22/01/2024 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas reduzem projeção da inflação e dólar em 2024

Os economistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 de 3,90% para 3,87%. As estimativas para 2025 foram mantidas em 3,50%, iguais às de 2026.

Os economistas mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros Selic em 2024 em 9%, enquanto a de 2025 continua em 8,50%, igual em 2026.

Os economistas mantiveram as projeções do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 em 1,59% e as para 2025 e 2026 seguem em 2%.

Em relação ao dólar, as apostas para 2024 passaram de R$5 para R$4,95. Em 2025, a projeção segue em R$5, enquanto para 2026 caiu de R$5,10 para R$5,06.

Balança comercial tem superávit de US$ 1,391 bilhão na 2ª semana de janeiro

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,391 bilhão na segunda semana de janeiro (dias 8 a 14). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,212 bilhões e importações de US$ 4,822 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 3,496 bilhões.

Até a segunda semana do mês, a média diária das exportações registrou aumento de 31,6% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de US$ 70,7 milhões (43,9%) em Agropecuária; alta de US$ 134,37 milhões (55,6%) em Indústria Extrativa e aumento de US$ 120,54 milhões (19,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

Já as importações igualmente tiveram crescimento, de 4,6% no período, também na comparação pela média diária, com queda de US$ 2,35 milhões (-10,2%) em Agropecuária; recuo de US$ 13,14 milhões (-17,7%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 57,98 milhões (7%) em produtos da Indústria de Transformação.

IPC-S acelera a 0,49% na 2ª quadrissemana de janeiro, após 0,40% na 1ª prévia, diz FGV

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), da Fundação Getulio Vargas (FGV), acelerou de 0,40% na primeira quadrissemana de janeiro para 0,49% na segunda leitura do mês. Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,23% nos últimos 12 meses, ante 3,15% na leitura anterior.

No período, houve avanço em quatro das oito classes de despesas que compõem o indicador, com destaque para Educação, leitura e recreação (1,02% para 1,51%), puxado por cursos formais (1,66% para 3,35%).

Também houve acréscimos em Alimentação (1,34% para 1,62%), Saúde e cuidados pessoais (-0,08% para 0,10%) e Comunicação (-0,26% para -0,12%) puxados, respectivamente, por hortaliças e legumes (10,44% para 11,98%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-1,44% para -0,79%) e tarifa de telefone residencial (-2,03% para -1,19%).

Em contrapartida, houve decréscimos em Vestuário (0,66% para 0,25%), Habitação (0,17% para 0,07%), Transportes (-0,13% para -0,19%) e Despesas diversas (0,13% para 0,08%), sob os respectivos impactos de roupas masculinas (0,93% para 0,36%), taxa de água e esgoto residencial (0,90% para 0,54%), tarifa de táxi (5,63% para 0,56%) e conserto de bicicleta (0,20% para -0,09%).

As maiores influências para cima no IPC-S partiram de batata-inglesa (24,74% para 26,53%); curso de ensino fundamental (2,14% para 4,32%); tomate (9,59% para 12,27%); curso de ensino superior (1,24% para 2,48%) e banana-prata (15,28% para 16,33%).

Na outra ponta, puxaram o índice para baixo gasolina (-0,75% para -0,76%); aluguel residencial (-0,43% para -0,73%); xampu, condicionador e creme (-4,96% para -3,69%); etanol (-1,84% para -2,16%) e creme dental (-2,38% para -2,45%).

IGP-10 Desacelera para 0,42% em janeiro, Abaixo do Esperado

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,42% em janeiro, desacelerando ante os 0,62% de dezembro, informou na quarta-feira (17) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 12 meses, o índice acumula queda de 3,20%.

O dado veio um pouco abaixo da mediana de projeções captada pelo consenso LSEG, que esperava alta de 0,43% no mês.

Em janeiro de 2023, o índice teve variação de 0,05% no mês e acumulava elevação de 4,27% em 12 meses.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,42% em janeiro, quase a metade da variação de 0,81% do mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,46% em janeiro, ante 0,22% em dezembro.

IGP-M arrefece a 0,33% na 2ª prévia de janeiro, ante 0,78% na mesma leitura de dezembro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou a 0,33% na segunda prévia de janeiro, após subir 0,78% na mesma leitura de dezembro, informou na sexta-feira (19), a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Nas aberturas, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) arrefeceu de 1,07% em dezembro para 0,30% nesta medição. Por outro lado, houve aceleração no Índice de Preços ao Consumidor (0,07% para 0,43%) e no Índice Nacional de Custo da Construção (0,10% para 0,31%).

Papel da Fazenda é viabilizar que outros ministérios cumpram seus papéis, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o papel de sua pasta é viabilizar o cumprimento dos objetivos de outros ministérios.

A declaração foi dada em um evento em Itaquera, na zona leste de São Paulo, numa área que vai abrigar o empreendimento Copa do Povo, obra do Minha Casa Minha Vida (MCMV).

Também estavam presentes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, deputado federal Guilherme Boulos.

Em seu breve discurso, Haddad disse que o governo trabalha para melhorar os indicadores de emprego e inflação, aumentar o número de jovens em universidades, crianças na escola, médicos em postos de saúde, e acrescentou: “esse é o papel do Ministério da Fazenda, viabilizar que outros ministérios consigam cumprir seus objetivos”.

Haddad também acenou a Boulos ao dizer que, quando foi prefeito de São Paulo, o atual deputado foi um dos que sempre chamaram atenção à necessidade de moradias populares na periferia da cidade.

O ministro da Fazenda também aproveitou o discurso para ressaltar o pragmatismo do governo em decisões recentes.

Marina minimiza ausências do Brasil em Davos e destaca debate sobre transição de combustíveis

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participa nesta semana do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, minimizou na tarde de segunda-feira (15), a ausência de parte do governo brasileiro no encontro. A ministra também destacou que um dos grandes debates realizados com as economias presentes está relacionado à importância do fim da era dos combustíveis fósseis.

“Com certeza, a minha presença aqui tem a ver com esse desdobramento que precisa ser dado com as decisões que foram tomadas na (Cúpula do Clima das Nações Unidas) COP-28”, disse ela, em entrevista à GloboNews.

As decisões citadas dizem respeito ao documento aprovado por representantes de quase 200 países na COP-28 que cita a “transição” dos combustíveis fósseis.

Sobre as ausências do governo brasileiro, já que não compareceram ao evento o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e nem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Marina minimizou. “A representação é do governo”, disse, destacando o protagonismo de Lula no que diz respeito ao início do debate para a transição energética.

E destacou: “O alinhamento quem fez foi ele (Lula) quando disse que os países teriam que sair da dependência dos combustíveis fósseis. O Brasil é um produtor de petróleo e o presidente disse isso no seu discurso.”

Marina também afirmou que deverá encurtar sua viagem à Suíça, ficando mais dois dias e meio no evento, para depois voltar ao Brasil.

Democracia tem prevalecido na América Latina, diz Barroso

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Roberto Barroso, disse na quarta-feira (17) que, apesar de “dificuldades”, a democracia tem prevalecido na América Latina. Ele discursou no painel “Um momento chave para a América Latina” no Fórum Econômico Mundial de 2024, em Davos (Suíça).

“Apesar de todas as dificuldades institucionais, a democracia tem prevalecido na maior parte dos países”, afirmou. Segundo ele, o Brasil, o México, a Colômbia, a Argentina e o Chile “conseguiram preservar” as instituições democráticas “apesar de diversas dificuldades”. O ministro do STF não deu detalhes sobre quais foram essas adversidades.

Segundo Barroso, a América Latina oferece, hoje, potencialidades importantes para o mundo e tem capacidade de assumir um papel de liderança global nas questões ambientais. A região, afirmou o magistrado, tem diversidade, a maior quantidade de água potável do mundo e abriga a Amazônia.

O ministro do STF ainda declarou que os países da região vivem em paz, têm “fronteiras bem demarcadas” e não apresentam conflitos religiosos.

O ministro do STF disse que, “sem negligenciar problemas crônicos” que afetam a região e “precisam ser enfrentados”, a América Latina oferece “grandes” oportunidades que podem ser bem exploradas caso se encontre o caminho certo.

Tebet nega que Orçamento de 2024 tenha sido elaborado com receitas superestimadas

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, negou que o Orçamento deste ano tenha sido elaborado com receitas superestimadas. Ela ponderou, no entanto, que a peça orçamentária usou como base propostas que estavam em análise no Congresso no ano passado, e que o Planejamento está fazendo o levantamento sobre os textos finais aprovados para fechar o número final.

Segundo a ministra, a estimativa de receita apresentada pelo Ministério da Fazenda era “razoável” e “plausível” até julho e por isso foi incluída no projeto de lei orçamentária.

“No que se refere àquilo que foi apresentado até o dia 31 de julho para nós e que consta no Orçamento, o ministério checou uma a uma as receitas apresentadas pelo Ministério da Fazenda e vimos que era plausível e, portanto, colocamos no Orçamento”, disse, na chegada à vice-presidência para uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Tebet afirmou, ainda, que o governo está analisando possíveis vetos à Lei Orçamentária Anual (LOA). O prazo para sanção se encerra em 22 de janeiro.

De acordo com a ministra, somente após analisar o conteúdo dos projetos aprovados pelo Congresso no ano passado é que será possível ter um quadro mais efetivo sobre as receitas deste ano. “Agora é a hora de fazer o levantamento de todas as medidas que foram aprovadas pelo Congresso Nacional, que foram enviadas pelo Executivo. Nós sabemos que não foram aprovadas na inteireza, ou seja, do jeito que nós queríamos, mas isso faz parte da democracia, o Congresso tem a liberdade de fazer as alterações que entende nos projetos de iniciativa do Executivo”, afirmou.

A partir disso é que será possível “fazer o levantamento uma por uma das medidas, quais são as receitas que nós efetivamente vamos conseguir levantar”, disse a ministra. “Quando essa estimativa de receita foi da Fazenda para o Ministério do Planejamento, nós estávamos diante de votações no Congresso Nacional que não haviam sido encerradas, por exemplo a desoneração, mas também outras medidas que foram aprovadas pelo Congresso, mas com algumas alterações. Toda vez que o Congresso faz alteração, ele mexe nessa balança”, afirmou, acrescentando que, no caso, o Legislativo “mexeu para menos” a arrecadação.

O Tribunal de Contas da União (TCU) endossou os alertas sobre a possibilidade de o Orçamento de 2024 conter receita “superestimada”, o que colocaria em risco a meta de déficit zero, além de apontar para a necessidade de o governo rever para baixo o crescimento das despesas primárias, tendo em vista que a sustentabilidade da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) não deve ser alcançada nos próximos dez anos.

Marta confirma filiação ao PT para 2 de fevereiro e espera Lula e Haddad na cerimônia

O diretório paulistano do Partido dos Trabalhadores decidiu que a cerimônia de filiação de Marta Suplicy à sigla será dia 2 de fevereiro, por volta das 18h. O local ainda não foi definido, e segue em estudo pelo grupo. A assessoria de Marta confirmou a data e reiterou a expectativa pelas presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que comporá com Marta a chapa à Prefeitura de São Paulo, já confirmou que estará presente.

De acordo com informações do diretório, a lista dos presentes ainda não foi fechada, mas o evento contará com muitas lideranças municipais e nacionais do PT. A data foi escolhida estrategicamente, pois é antes do aniversário de fundação do partido, 10 de fevereiro, e do carnaval, o que não deixa o ato muito distante.

Após mais de 30 anos de filiação ao PT, Marta Suplicy rompeu com o partido em 2015 em meio aos casos de corrupção. Após saída, a ex-prefeita foi para o MDB e teve uma rápida passagem pelo Solidariedade. Hoje, ela não é filiada a nenhuma legenda.

Marta se encontrou com Lula no dia 8 de janeiro e aceitou retornar ao PT para compor como vice na chapa do pré-candidato Guilherme Boulos (Psol). Depois da decisão, ela foi exonerada da função de secretária de Relações Internacionais da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que deve ser o principal oponente do ex-líder o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) nesta corrida eleitoral.

O nome de Marta foi aprovado pela Executiva Municipal do PT, que realizou um encontro na terça-feira (16). Na ocasião, também ficou decidido que não haverá prévias para a escolha de quem vai compor a chapa, ideia aventada pelo deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-marido de Marta.

Setor de serviços do Brasil volta a crescer em novembro após 3 meses de perdas

O setor de serviços brasileiro registrou alta no volume em novembro, voltando a crescer depois de três meses de perdas, ainda que um pouco abaixo do esperado.

O volume de serviços teve em novembro alta de 0,4% na comparação com o mês anterior, depois de acumular perdas de 2,2% nos três meses anteriores. O setor ainda recuou 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os resultados, divulgados na terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram um pouco mais fracos do que o esperado em pesquisa da Reuters, alta de 0,5% na base mensal e recuo de 0,2% na comparação anual.

A caminho de finalizar um ano de altos de baixos e sem conseguir definir tendência, marcando uma desaceleração no segundo semestre, o setor de serviços está 10,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 2,6% abaixo de dezembro de 2022, ponto mais alto da série histórica.

Se de um lado os serviços se favoreceram da resiliência do mercado de trabalho e da queda da inflação, de outro ainda sofreu com os impactos defasados da política monetária restritiva, que encarece o crédito.

O Banco Central já reduziu a taxa básica Selic a 11,75% ano, depois de quatro cortes seguidos de 0,5 ponto percentual, e deve adotar novo movimento pela mesma magnitude quando voltar a se reunir no final do mês.

De acordo com o IBGE, em novembro três das cinco atividades pesquisadas tiveram aumento no volume: outros serviços (3,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (2,2%).

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, outros serviços foram impulsionados especialmente pelo aumento da receita das empresas de uso do dinheiro digital, como as de máquinas eletrônicas de cartões de crédito e débito.

“Essa atividade não só impactou o resultado de outros serviços como também posicionou o setor de serviços como um todo no campo positivo”, diz o pesquisador.

Confiança do Empresário Industrial cresce em janeiro, mostra CNI

O empresário industrial começou o ano mais otimista, segundo pesquisa divulgada na segunda-feira (15), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) atingiu 53,2 pontos em janeiro de 2024 ante 51,0 pontos registrados em dezembro do ano passado, alta de 2,2 pontos. O Icei varia de zero a 100, sendo que valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança e acima, apontam confiança.

O resultado, segundo a economista da CNI Larissa Nocko, demonstra que a indústria começou o ano com a confiança mais intensa e disseminada. “Tipicamente, nos meses de janeiro, a confiança registra um patamar mais alto que em relação ao restante do ano, mas vale destacar que o índice começou o ano 4,6 pontos acima de janeiro de 2023”, afirma.

Compõem o Icei um indicador que mede a percepção da indústria sobre as condições atuais e outro que mede as expectativas futuras.

Com relação às condições atuais, o indicador avançou 1,5 ponto, para 48,3 pontos. A CNI destaca que, por estar abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o índice mostra percepção de piora em relação aos últimos seis meses.

“Embora a avaliação dos empresários com relação às condições atuais de uma forma geral seja negativa, a avaliação com relação às próprias empresas deixou o campo negativo, ao passar para 50,2 pontos”, destaca a entidade.

A pesquisa revela que o Índice de Expectativas subiu 2,6 pontos, para 55,7 pontos, mostrando otimismo da indústria para os próximos seis meses. As expectativas sobre a economia brasileira nos próximos 6 meses deixaram o campo pessimista de dezembro de 2023 para janeiro.

O documento mostra que o índice de expectativas relativo à economia do País subiu de 46,3 pontos para 50,1 pontos no período.

Para a pesquisa, foram entrevistadas 1.271 empresas, entre os dias 4 e 10 de janeiro.

Seis das 8 atividades do varejo sobem em novembro ante outubro, mostra IBGE

Seis das oito atividades que integram o comércio varejista registraram ganhos nas vendas em novembro ante outubro, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os Combustíveis e lubrificantes avançaram 1%, enquanto os Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo subiram 0,1%.

Houve avanço de 3% de Tecidos, vestuário e calçados e alta de 4,5% de Móveis e eletrodomésticos. Os Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registraram recuo de 1,6% em novembro.

Livros, jornais, revistas e papelaria caíram 1,5%. Nos Equipamentos e material para escritório informática e comunicação houve avanço de 18,6%, e em Outros artigos de uso pessoal e doméstico houve alta de 1%.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de material de construção, de veículos e de atacado alimentício, o segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou avanço de 4%, enquanto Material de construção subiu 0,4%.

Com a reformulação periódica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), o desempenho do varejo ampliado com ajuste sazonal inclui os dados do atacado alimentício, nova atividade investigada. No entanto, ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal.

O IBGE explica que é necessário ter uma série histórica mais longa para ter uma base de dados consistente para as divulgações ajustadas sazonalmente.

Brasil retoma ritmo pré-pandemia e recebe 5,9 milhões de turistas em 2023

O Brasil recebeu 5,9 milhões de turistas internacionais em 2023. Os dados foram divulgados pela Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) na quinta-feira (18) em balanço anual de visitantes estrangeiros. Segundo a autarquia, ligada ao Ministério do Turismo, o turismo no país retomou os patamares pré-pandemia.

Em 2023, 5.908.341 estrangeiros visitaram o Brasil. Houve alta de 62,7% ante 2022. Entretanto, o número do ano passado ainda é 7% menores do que aqueles registrados antes da pandemia da covid, que começou em 2020. Em 2019, 6,3 milhões de pessoas de outros países visitaram o Brasil.

“Estamos muito perto de alcançar os números pré-pandemia e com o conjunto de ações e programas que o Ministério do Turismo vem estabelecendo no campo da estruturação e da promoção dos destinos vamos superar, em 2024, o número de turistas internacionais em 2019”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino.

De acordo com a Embratur, o turismo injetou R$ 31 bilhões à economia brasileira em 2023, dos quais R$ 3 bilhões foram em novembro –o que é 13,3% maior do que o registrado no mesmo mês de 2011, até então o melhor período desde 1995.

Os argentinos foram a nacionalidade que mais visitou o Brasil em 2023, com 1,9 milhão de pessoas. Os estadunidenses foram o 2º maior grupo, com 668,5 mil turistas. É seguido pelo Chile, que não entrava no top 3 desde 2018. O Brasil recebeu 458,5 mil chilenos no ano passado.

Setor da tecnologia mantém demissões em massa apesar de “ano da eficiência”

O “Ano da Eficiência” do setor de tecnologia pode ter acabado, mas as recentes demissões em massa no Google e na Amazon sinalizaram que as empresas continuarão cortando empregos em 2024, à medida que seguem investindo pesado em inteligência artificial generativa.

Analistas e especialistas do setor acreditam que as demissões em massa serão menores e mais direcionadas este ano, já que as empresas que estão correndo atrás na corrida da IA têm maior probabilidade de tomar essas medidas para compensarem os bilhões de dólares que estão gastando em tecnologia.

A Alphabet sugeriu isso na semana passada, dizendo que planeja investir em suas “maiores prioridades”, já que a controladora do Google demitiu cerca de mil funcionários em várias divisões, inclusive na unidade de assistente de voz e na equipe responsável pelo celular Pixel e pelo dispositivo Fitbit.

Até mesmo a área de publicidade do Google não foi poupada, com notícia publicada na terça-feira (16) que afirma que centenas de empregos estavam sendo cortados na unidade.

A Amazon.com demitiu várias centenas de funcionários em suas operações de streaming e estúdios de cinema na semana passada. Centenas de postos de trabalho também foram cortados na plataforma de transmissão de vídeo ao vivo do grupo, Twitch, e na unidade de audiolivros Audible, de acordo com relatos da mídia.

No geral, as empresas de tecnologia demitiram mais de 7.500 funcionários até agora em janeiro, de acordo com o site de acompanhamento do setor Layoffs.fyi.

“Nenhuma empresa quer ser deixada para trás pela revolução da IA e todas elas estão se certificando de que têm esses recursos e os estão priorizando, mesmo quando isso ocorre às custas de outras iniciativas”, disse Gil Luria, analista da DA Davidson & Co.

SELIC

O cenário econômico para o ano de 2024 aponta para uma tendência de queda nas taxas de juros em nível global. Embora o Brasil tenha iniciado seu ciclo de redução em 2023, será ao longo de 2024 que teremos uma visão mais clara sobre até que ponto a Taxa Selic poderá diminuir.

Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, a taxa básica de juros, definida em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

O comitê informou que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (22), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 9,00%, ante 9,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

Na primeira prévia de janeiro, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma queda de 0,67%, seguindo a tendência de diminuição observada em dezembro, quando o índice caiu 0,26%.

Pela sua análise consistente e abrangente do mercado, o IGP-M permanece como uma referência sólida para previsões econômicas. As expectativas para 2024, apesar do recuo inicial, continuam estáveis.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (22), a projeção para o IGP-M ficou em 4,04%, ante 4,08% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A expectativa para a inflação de 2024 caiu no Relatório de Mercado Focus divulgado na segunda-feira (15). A projeção passou de 3,90% para 3,87%. Um mês antes, a mediana era de 3,93%. Para 2025, que também está no foco da política monetária, a projeção seguiu em 3,50%, pela 25ª semana seguida.

Considerando as 68 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,83% para 3,85%. Para 2025, por sua vez, a projeção de alta é de 3,50%, considerando 65 atualizações no período.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (22), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 3,86%, ante 3,87% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

As informações do RAF 84 indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer em torno de 3%, patamar superior às projeções iniciais e as expectativas do mercado e da IFI. “A desaceleração da inflação para patamar próximo do limite superior da meta inflacionária, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrando uma variação de 4,62%, permitiu que o Banco Central iniciasse um ciclo de queda da taxa de juros, ainda em postura contracionista, dadas as ainda elevadas taxas de juros real”, ressalta o relatório.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (22), a projeção para o PIB ficou em 1,60%, ante 1,59% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (15), o Ibovespa fechou em alta, com a diminuição das perdas do petróleo permitindo uma recuperação de papéis ligados a commodities, em um pregão com liquidez reduzida devido a feriado nos Estados Unidos. O índice Ibovespa teve alta de 0,41%, a 131.520,91 pontos. O volume financeiro somou R$ 12,3 bilhões.

Na terça-feira (16), o Ibovespa fechou em queda, perdendo o patamar dos 130 mil pontos, diante de um cenário de aversão a risco nos mercados globais em meio a dúvidas sobre o início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos. O índice Ibovespa teve queda de 1,69 %, a 129.294,04 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,5 bilhões.

Na quarta-feira (17), o Ibovespa fechou em queda, renovando mínimas em cerca de um mês, em movimento ditado particularmente pelo declínio da Vale, com os futuros do minério de ferro na Ásia pressionados por dados mostrando uma recuperação econômica irregular na China, principal consumidor da commodity. O índice Ibovespa teve queda de 0,6%, a 128.523,83 pontos. O volume financeiro somou R$ 43,7 bilhões.

Na quinta-feira (18), o Ibovespa fechou em queda, descolado das bolsas norte-americanas e da alta de commodities como minério de ferro e petróleo, em nova sessão de avanço nos rendimentos dos Treasuries diante de revisões em perspectivas sobre cortes de juros nos Estados Unidos. O índice Ibovespa teve queda de 0,94%, a 127.315,74 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,8 bilhões.

Na sexta-feira (19), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 0,38%, a 126.832,18 pontos. Em dia de vencimento de opções sobre ações na B3 (BVMF:B3SA3), mas a tentativa de recuperação era frágil conforme permanecem os ajustes de expectativas relacionadas à política monetária norte-americana. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,25%, a 127.635,65 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,5 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (19), por volta das 12h00, o dólar registrava queda de 0,04%, cotado a R$ 4,9284 na venda. Com investidores realizando lucros, mas a moeda norte-americana caminhava para alta semanal já que persistia na cena internacional uma moderação nas apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (19) cotado a R$ 4,9268, mas ainda assim acumulou ganho consistente na semana, em meio ao movimento global de redução das apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros já em março.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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22/01/2024