Cenário Econômico Internacional – 01/03/2024

Cenário Econômico Internacional – 01/03/2024

Cenário Econômico Internacional – 01/03/2024 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • Reunião financeira do G20 deixará de lado geopolítica e se concentrará na economia
  • Conferência da OMC destaca desafios comerciais globais e soluções colaborativas
  • “2023 foi o ano da IA, mas 2024 será o ano da IA eficiente”, afirma JPMorgan
  • Yellen diz que a economia global continua resiliente e elogia os EUA como impulsionadores do crescimento
  • Demanda global de GNL deverá aumentar em 2024 com impulso de China e Europa
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • FMI recomenda que Javier Milei proteja setores mais pobres da Argentina
  • Congresso dos EUA enfrenta série de desafios sobre financiamento, impeachment e ajuda externa
  • Sheinbaum, do México, mantém ampla vantagem na corrida à presidência, diz pesquisa
  • Mercado acionário europeu
  • PIB alemão será mais fraco em 2024 e terá contração no 1º trimestre
  • Meloni, da Itália, perde o controle da Sardenha em derrota eleitoral
  • BCE aguarda dados para decidir sobre cortes de juros, diz De Guindos
  • Índice de sentimento econômico da zona do euro cai a 95,4 em fevereiro
  • Mercado acionário na Ásia
  • Bancos chineses registram crescimento de 3,2% nos lucros em 2023
  • Inflação do Japão supera previsões, fim das taxas negativas está à vista
  • As exportações da Coreia do Sul provavelmente aumentaram pelo quinto mês em fevereiro
  • Autoridade do Banco Central japonês pede revisão da política monetária ultrafrouxa

Reunião financeira do G20 deixará de lado geopolítica e se concentrará na economia

Com seus países profundamente divididos em relação aos ataques de Israel a Gaza, as autoridades financeiras das principais economias do Grupo dos 20 estão prontas para deixar de lado a geopolítica e se concentrar em questões econômicas globais quando se reunirem em São Paulo nesta semana.

O Brasil, interessado em garantir uma sessão produtiva que chegue a um consenso sobre as principais prioridades econômicas, propôs uma declaração de encerramento muito mais curta do que nos últimos anos, uma medida já negociada com outros membros, de acordo com uma fonte do governo brasileiro e uma segunda fonte familiarizada com o esboço.

O Brasil é o atual presidente do G20.

A última versão, ainda em fase de finalização, menciona os riscos de fragmentação e conflitos globais em termos gerais, mas omite qualquer referência direta à invasão da Ucrânia pela Rússia ou à guerra entre Israel e Gaza, disseram as fontes.

As autoridades financeiras e os banqueiros centrais dos EUA, da China, da Rússia e das outras maiores economias do mundo se reunirão em São Paulo para analisar os desdobramentos econômicos globais em um momento de desaceleração do crescimento, crescentes pressões de cargas de dívidas recordes e temores de que a inflação ainda não possa ser controlada, o que está mantendo as taxas de juros altas.

No mês passado, o Fundo Monetário Internacional disse que a chance de um “pouso suave”, em que a inflação cai sem desencadear uma recessão global dolorosa, havia aumentado, mas alertou que o crescimento geral e o comércio global continuam abaixo da média histórica.

A invasão da Ucrânia pela Rússia, há quase exatamente dois anos, abalou o G20, expondo as falhas há muito existentes no grupo e frustrando os esforços das autoridades do G20 para chegar a um consenso sobre uma declaração final, ou comunicado, após suas reuniões.

Conferência da OMC destaca desafios comerciais globais e soluções colaborativas

A acessibilidade do sistema comercial global, a propriedade intelectual e a resolução de litígios ocupam o centro das atenções quando a 13ª conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio teve início em Abu Dhabi.  

O evento de quatro dias, com início em 26 de fevereiro, abordará essas questões no âmbito da OMC, contando com a participação de ministros do comércio e altos funcionários de todo o mundo, informou a Agência de Imprensa Saudita.

O evento reunirá 175 Estados membros, líderes do setor privado, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil.

O objetivo é colaborar na promoção de um sistema comercial mais eficiente, sustentável e inclusivo, melhorando simultaneamente a eficácia das políticas e programas comerciais.

Os participantes nesta edição da conferência pretendem aproveitar as conquistas da conferência ministerial anterior, realizada em Genebra, em junho de 2022. O evento testemunhou realizações no apoio à pesca, à segurança alimentar e ao comércio electrónico, acrescentou o relatório da SPA.

Fundada em 1995, a OMC atua como autoridade global que rege as regulamentações do comércio internacional. A sua conferência ministerial bienal funciona como a principal plataforma de tomada de decisões, reunindo ministros e altos funcionários de todos os países membros para avaliar, rever e melhorar os tratados que moldam o quadro comercial global. 

“2023 foi o ano da IA, mas 2024 será o ano da IA eficiente”, afirma JPMorgan

A inteligência artificial (IA) teve um ano de destaque em 2023, com uma adoção sem precedentes de suas capacidades gerativas, que simulam o raciocínio humano.

No entanto, esse avanço também trouxe desafios, como a alucinação, um fenômeno em que os modelos de IA produzem respostas imprecisas ou inventadas, limitando sua aplicação em larga escala.

Para superar esse problema, as empresas que desenvolvem esses modelos recorreram a um método eficaz: fornecer contexto aos modelos, geralmente extraído de dados brutos vetorizados e acessados durante a fase de geração da resposta (RAG), segundo analistas do JPMorgan em uma nota recente.

“A RAG se tornou um elemento crucial para maximizar o potencial dos LLMs [grandes modelos de linguagem], dando ao modelo o contexto necessário para usar, reduzindo a alucinação e mantendo respostas pertinentes à pergunta feita, e usando dados atualizados ou exclusivos que não foram usados no treinamento”, afirmaram os analistas.

Os analistas também destacaram que a OpenAI recomendou o uso de modelos menores e mais rápidos, como o “textembedding-003”, que custam 95% menos do que os modelos de incorporação.

Essa abordagem consiste em codificar e comprimir grandes volumes de texto para permitir a busca e a indexação em bancos de dados adaptados para funções de IA, como Q&A, pesquisa e mineração de dados.

Yellen diz que a economia global continua resiliente e elogia os EUA como impulsionadores do crescimento

O forte crescimento econômico dos EUA tem sido um “motor-chave” de um crescimento global melhor do que o esperado, disse a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, em entrevista coletiva, antes da reunião desta semana de autoridades financeiras do G20 em São Paulo.

Em excertos das suas observações divulgadas pelo Tesouro, Yellen disse que o Fundo Monetário Internacional e outros analistas projetaram uma desaceleração generalizada na economia global em 2023, o que não aconteceu.

Em vez disso, o crescimento atingiu 3,1%, superando as expectativas, e a inflação caiu, prevendo-se que os preços continuem a cair este ano em cerca de 80% das economias, disse ela.

“No futuro, continuamos conscientes dos riscos que as perspectivas globais enfrentam e continuamos a monitorizar cuidadosamente os desafios econômicos em certos países, mas a economia global permanece resiliente”, disse ela.

Yellen disse que a força econômica dos EUA sustentou o crescimento global, alimentado pelas políticas da administração Biden que apoiam as empresas duramente atingidas pela pandemia de Covid-19 e pelos investimentos na produção nacional, energia limpa e infraestruturas.

Demanda global de GNL deverá aumentar em 2024 com impulso de China e Europa

A demanda global de gás natural liquefeito (GNL) crescerá em 2024, com a China, principal comprador, de volta ao mercado e o consumo na Europa aumentando, disse um executivo da TotalEnergies.

“O GNL continuou a crescer, com a China de volta ao mercado, mas ainda não no nível de 2021”, disse o vice-presidente sênior de Exploração e Produção da Ásia-Pacífico da TotalEnergies, Thomas Maurisse, em uma conferência do setor.

“Com a Europa… é um mercado novo e grande, essa demanda ainda continuará a crescer. Ao mesmo tempo, novas capacidades não entrarão em operação em um prazo muito curto, portanto, continuarão a pressionar um pouco os preços e a volatilidade.”

Na semana passada, os preços spot do GNL na Ásia atingiram seus níveis mais baixos em quase três anos, já que a fraca demanda na Ásia e na Europa pesou sobre o mercado.

A queda nos preços incentivou os importadores de GNL de mercados como a China e a Índia a aumentar as compras spot.

As atividades comerciais aumentaram em meio aos preços baixos, disse o vice-presidente de marketing e comércio de GNL da Petronas, Shamsairi M Ibrahim, à margem da conferência.

“Isso já começou na China”, disse ele, acrescentando que haverá mais oportunidades de compra para compradores sensíveis a preços na Ásia.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (26), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com o foco mudando após o movimento de alta da semana passada, alimentado pela demanda por papéis relacionados à inteligência artificial (IA), para os próximos dados econômicos, que podem afetar o momento do esperado corte da taxa de juros do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve queda de 0,16%, a 39.069,23 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,38%, a 5.069,53 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,13%, a 15.976,25 pontos.

Na terça-feira (27), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, antes da inflação e de outros dados econômicos que podem deixar mais claro o possível momento de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve. O índice Dow Jones teve queda de 0,25%, a 38.972,41 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,17%, a 5.078,18 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,37%, a 16.035,30 pontos.

Na quarta-feira (28), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, véspera da divulgação de um índice importante sobre a inflação dos EUA que pode influenciar fortemente as expectativas sobre o momento de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve. O índice Dow Jones teve queda de 0,06%, a 38.949,02 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,17%, a 5.069,76 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,55%, a 15.947,74 pontos.

Na quinta-feira (29), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, uma vez que um indicador-chave de inflação ficou em linha com as estimativas, aumentando as esperanças de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve no primeiro semestre do ano. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,22%, a 38.862,02 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,095%, a 5.074,56 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,32%, a 15.999,47 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 23.02.24 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (23) cotado a R$ 4,9924 com alta de 0,8%. Pela terceira sessão consecutiva, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de exportadores de commodities, numa sessão marcada pela baixa firme do petróleo no exterior e pela perspectiva de que o Federal Reserve corte juros apenas em junho ou depois disso.

Na segunda-feira (26) – O dólar à vista registrou queda de 0,09%, cotado a R$ 4,9618 na venda. Em um dia sem referências fortes para as cotações e de sinais divergentes para a moeda norte-americana no exterior. O dólar oscilou entre R$ 4,9711 na máxima e R$ 4,9516 na mínima.

Na terça-feira (27) – O dólar à vista registrou queda de 0,97%, cotado a R$ 4,9329 na venda. Com as cotações reagindo ao avanço das commodities no exterior, em especial o minério de ferro, e com os investidores ajustando posições antes da divulgação de dados importantes da economia norte-americana no restante da semana. O dólar oscilou entre R$ 4,9799 na máxima e R$ 4,9284 na mínima.

Na quarta-feira (28) – O dólar à vista registrou alta de 0,74%, cotado a R$ 4,9694 na venda. Acompanhando o avanço quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, em sessão marcada pela fuga dos investidores de ativos de maior risco e pela expectativa antes da divulgação de novos dados de inflação nos Estados Unidos, na quinta-feira (29). O dólar oscilou entre R$ 4,9755 na máxima e R$ 4,9430 na mínima.

Na quinta-feira (29) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,7% cotado a R$ 4,9726 na venda. Mas ainda assim perdeu fôlego frente às máximas do dia após dados de inflação dos Estados Unidos amplamente em linha com o esperado.

FMI recomenda que Javier Milei proteja setores mais pobres da Argentina

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou que o presidente da Argentina, Javier Milei, proteja os setores sociais mais pobres do país, enquanto avança com suas reformas econômicas ultraliberais e busca reduzir o déficit fiscal a zero.

“As medidas concretas adotadas para cumprir com a âncora fiscal devem ser calibradas para garantir que a assistência social continue sendo prestada e que o peso não recaia totalmente sobre os grupos mais pobres”, declarou a subdiretora do FMI, Gita Gopinath, em uma entrevista ao jornal La Nación publicada neste domingo, 25.

A Argentina mantém com o FMI um programa de crédito de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 219 bilhões) e a funcionária visitou o país para avaliar seu progresso pessoalmente e se reunir com Milei e membros de seu governo, mas também com economistas, sindicalistas e representantes de organizações sociais que demandam mais ajuda estatal.

O governo enfrentou, nos dois meses e meio de gestão, uma desvalorização de 50% da moeda, a completa liberalização de preços, desregulamentações e cortes drásticos para alcançar o déficit fiscal zero ainda neste ano, como principal remédio para conter uma inflação de 254,2% e reverter uma pobreza de mais de 50%.

Gita Gopinath considerou “importante garantir que se mantenha o valor real das aposentadorias e da assistência social”. “Que as aposentadorias e a assistência social acompanhem o ritmo da inflação”, disse.

Ela opinou que “a economia herdada por este governo estava à beira de uma crise e exigia uma ação audaciosa e decisiva para afastá-la do precipício” e que já foram adotadas algumas medidas de alívio social, “mas serão necessárias mais, para garantir que a redução do déficit fiscal não recaia sobre os segmentos vulneráveis da sociedade”.

Congresso dos EUA enfrenta série de desafios sobre financiamento, impeachment e ajuda externa

O Congresso dos Estados Unidos entra em uma nova semana de caos político na segunda-feira (26), à medida que os parlamentares buscam evitar uma paralisação parcial do governo em apenas cinco dias e se encaminham para o julgamento da principal autoridade de fronteira do governo do presidente Joe Biden.

A Câmara dos Deputados, de maioria republicana, também está tentando encontrar um caminho para ajudar os aliados Ucrânia, Israel e Taiwan, e planeja ouvir o depoimento a portas fechadas de Hunter Biden, filho do presidente, em uma investigação de impeachment que até agora não conseguiu encontrar evidências de irregularidades por parte do mandatário.

O Congresso tem se caracterizado pelos atritos e prioridades confusas dos republicanos ao longo do último ano, ainda mais desde que o candidato republicano à Presidência, Donald Trump, minou um acordo bipartidário sobre a fronteira no Senado e agora deseja que a ajuda dos EUA a seus aliados seja estendida como empréstimos.

Quase dois meses se passaram desde que o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, e o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, concordaram com um nível de gastos discricionários de 1,59 trilhão de dólares para o ano fiscal que começou em 1º de outubro.

Desde então, o Congresso não conseguiu dar continuidade à legislação detalhada que colocaria esse acordo em vigor.

Essa disfunção ofuscou as disputas partidárias entre republicanos e democratas, com os membros linha-dura agora formando seu próprio partido de oposição dentro das fileiras republicanas.

As principais agências de recomendação de risco afirmam que a repetição das disputas está afetando a capacidade de crédito de um país cuja dívida ultrapassou 34 trilhões de dólares.

No mais recente sinal de uma maioria republicana ingovernável na Câmara, alguns membros extremistas estão ameaçando destituir Johnson do cargo de presidente da Câmara caso o líder permita a votação do projeto de lei de ajuda externa de 95 bilhões de dólares que foi aprovado no Senado com apoio bipartidário.

Sheinbaum, do México, mantém ampla vantagem na corrida à presidência, diz pesquisa

A ex-prefeita da Cidade do México e candidata do partido governista Claudia Sheinbaum mantém uma vantagem confortável na corrida pela presidência do México, mostrou uma pesquisa de opinião nesta segunda-feira, dias antes do início oficial das campanhas para a votação de 2 de junho.

Uma pesquisa de 15 a 21 de fevereiro com 1.000 mexicanos realizada pelo pesquisador Buendia & Márquez para o jornal El Universal deu a Sheinbaum, que representa o movimento esquerdista de Regeneração Nacional (MORENA), 59% de apoio em uma disputa a três com seus rivais mais próximos.

Sheinbaum, 61 anos, é um aliado próximo do presidente Andrés Manuel López Obrador, cujos índices de aprovação continuam altos. Segundo a lei mexicana, os presidentes só podem cumprir um mandato de seis anos.

O candidato da coligação da oposição, Xochitl Galvez, ficou atrás com 36%, enquanto Jorge Alvarez, um congressista pouco conhecido que representa o partido de centro-esquerda Movimento dos Cidadãos (MC), obteve 5% de apoio. A pesquisa teve margem de erro de mais ou menos 3,5 pontos percentuais.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (26), as bolsas europeias fecharam mistas, após as recentes máximas históricas do Stoxx 600, com investidores à espera de novos dados de inflação dos EUA, nos próximos dias. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,37%, a 495,43 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,46%, a 7.929,82 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,02%, a 17.423,23 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,00%, a 6.179,67 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,08%, a 10.138,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,29%, a 7.684,30 pontos.

Na terça-feira (27), as bolsas europeias fecharam mistas, em meio a reações a balanços corporativos da região. O desempenho da Bolsa de Frankfurt se sobressaiu, após um indicador apontar ligeira melhora na confiança do consumidor alemão. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,18%, a 496,33 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,23%, a 7.948,40 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,76%, a 17.556,49 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,65%, a 6.220,07 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,24%, a 10.113,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,02%, a 7.683,02 pontos.

Na quarta-feira (28), as bolsas europeias fecharam mistas, uma vez que uma série de balanços corporativos pessimistas prejudicou o humor do mercado, enquanto investidores globais se prepararam para os dados cruciais sobre a inflação da zona do euro e dos Estados Unidos nesta semana, para obter novas pistas sobre o futuro dos juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,35%, a 494,59 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,08%, a 7.954,39 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,25%, a 17.601,22 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,44%, a 6.192,90 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,45%, a 10.068,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,76%, a 7.624,98 pontos.

Na quinta-feira (29), as bolsas europeias fecharam mistas, impulsionadas por relatórios de lucros otimistas, enquanto as bolsas alemãs atingiram novos recordes depois de as primeiras leituras terem mostrado que a inflação caiu em vários estados economicamente importantes do país. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,12%, a 495,20 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,34%, a 7.927,43 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,44%, a 17.678,19 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,56%, a 6.157,96 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,67%, a 10.001,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,066%, a 7.630,02 pontos.

PIB alemão será mais fraco em 2024 e terá contração no 1º trimestre

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha será mais fraco em 2024 do que o esperado anteriormente, demonstrando uma recuperação atrasada e gradual, afirmou o presidente do Banco Central alemão, Joachim Nagel, enquanto apresentava o relatório anual do Bundesbank.

De acordo com ele, as exportações alemãs devem crescer neste ano à medida que a demanda por bens retorna, os gastos das famílias devem se beneficiar dos salários reais mais altos, enquanto um mercado de trabalho estável e um forte avanço salarial significarão que as pessoas terão efetivamente mais dinheiro disponível.

Nagel acredita que o conjunto desses fatores será responsável por apoiar a economia ao longo do ano, após uma contração leve no primeiro trimestre de 2024, resultado da cautela sobre gastos domésticos e da queda recente e significativa da demanda industrial externa.

Meloni, da Itália, perde o controle da Sardenha em derrota eleitoral

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, sofreu seu primeiro revés eleitoral significativo desde que assumiu o cargo em 2022, mostraram resultados na terça-feira (27), com seu bloco de direita perdendo poder na ilha mediterrânea da Sardenha.

Alessandra Todde, membro do Movimento 5 Estrelas, de tendência esquerdista, apoiado pelo Partido Democrata (PD), obteve 45,4% dos votos nas eleições de domingo, superando Paolo Truzzu, candidato escolhido a dedo por Meloni, que obteve 45,0%.

Com algumas cédulas ainda a serem contadas, Truzzu admitiu a derrota enquanto Todde comemorava a vitória ao lado da chefe do PD, Elly Schlein, e do ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte, que lidera o 5 Estrelas. “Os ventos estão mudando”, disse Schlein.

Todde, ex-subsecretária da indústria e empresária de sucesso, será a primeira mulher presidente da ilha e a primeira presidente de qualquer região do Movimento 5 Estrelas.

BCE aguarda dados para decidir sobre cortes de juros, diz De Guindos

A inflação na zona do euro deve cair ainda mais, mas o Banco Central Europeu precisa de mais dados antes de começar a cortar os juros, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, na quarta-feira (28).

O BCE tem mantido os juros em um nível recorde desde setembro e tem rechaçado de forma consistente conversas sobre cortes, argumentando que o crescimento dos salários ainda é muito rápido para que possa começar a afrouxar a política monetária restritiva.

“O processo de desinflação continuará…, assim que nossas projeções indicarem que os dados que recebemos, tanto sobre a inflação geral quanto sobre o núcleo, mostram que estamos nos aproximando de 2%, então a direção da política monetária mudará”, disse De Guindos à emissora de TV espanhola Antena 3.

A próxima reunião do BCE será em 7 de março, quando também serão apresentadas novas projeções econômicas, vistas como um provável gatilho para ao menos uma discussão sobre cortes de juros nos meses seguintes.

“Se os dados confirmarem o que eu estava dizendo antes, o Conselho do Banco Central Europeu mudará o nível da taxa de juros”, disse De Guindos.

De Guindos alertou contra a pressão de um aumento nos salários, embora a evolução da produtividade ainda esteja contida na Europa, provocando uma alta nos custos das empresas. Parte desses custos está sendo absorvida, no entanto, por seus lucros, disse ele.

Índice de sentimento econômico da zona do euro cai a 95,4 em fevereiro

O índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, recuou para 95,4 pontos em fevereiro, ante 96,1 pontos em janeiro, segundo pesquisa divulgada pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE). O dado de janeiro foi levemente revisado para baixo, de 96,2 pontos originalmente.

O resultado de fevereiro contrariou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço do índice a 96,7 pontos.

Apenas a confiança do consumidor avançou de -16,1 pontos em janeiro para -15,5 pontos em fevereiro, confirmando a leitura preliminar, enquanto a da indústria caiu de -9,3 para -9,5 pontos no mesmo período e a de serviços diminuiu de 8,4 para 6 pontos.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com a de Tóquio renovando máxima histórica e a de Xangai interrompendo uma longa sequência de ganhos. O índice Xangai teve queda de 0,93%, a 2.977,02 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,35%, a 39.233,71 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,54%, a 16.634,74 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,04%, a 3.453,36 pontos.

Na terça-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com as empresas de inteligência artificial (IA) liderando os ganhos, ajudadas pelo boom da IA nos Estados Unidos, enquanto os investidores aguardavam novos sinais de medidas na próxima reunião parlamentar do governo. O índice Xangai teve alta de 1,29%, a 3.015,48 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,015%, a 39.239,52 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,94%, a 16.790,80 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,20%, a 3.494,79 pontos.

Na quarta-feira (28), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em meio a preocupações renovadas com o combalido setor imobiliário chinês. O índice Xangai teve queda de 1,91%, a 2.957,85 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,08%, a 39.208,03 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,51%, a 16.536,85 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,27%, a 3.450,26 pontos.

Na quinta-feira (29), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com algumas demonstrando cautela antes de novos dados de inflação dos EUA e as chinesas avançando após mais iniciativas de Pequim para sustentar os mercados locais. O índice Xangai teve alta de 1,94%, a 3.015,17 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,11%, a 39.166,19 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,15%, a 16.511,44 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,91%, a 3.516,08 pontos.

Bancos chineses registram crescimento de 3,2% nos lucros em 2023

Os bancos comerciais da China relataram um crescimento de lucro de 3,2% em 2023, mostraram dados do órgão regulador bancário do país.

Os lucros líquidos dos credores comerciais atingiram 2,4 trilhões de yuans (US$ 338 bilhões), de acordo com a Administração Nacional de Regulamentação Financeira.

O índice de adequação de capital dos credores (excluindo agências bancárias estrangeiras) era de 15,06% no final de dezembro do ano passado, um aumento de 0,29 ponto percentual em comparação ao 3º trimestre do mesmo ano.

O índice de empréstimos improdutivos dos bancos comerciais ficou em 1,59% no final do 4º trimestre de 2023, menos 0,02 ponto percentual do que no final de setembro.

Os dados também mostraram que os ativos totais do setor bancário chinês atingiram 417,3 trilhões de yuans (US$ 57 trilhões) no final do ano passado, alta de 9,9% ano a ano.

Inflação do Japão supera previsões, fim das taxas negativas está à vista

O núcleo da inflação ao consumidor do Japão desacelerou pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, mas superou as previsões e manteve-se na meta de 2% do Banco Central, mantendo vivas as expectativas de que as taxas de juros negativas serão encerradas em abril.

O ganho de 2,0% no núcleo do índice de preços ao consumidor (IPC) foi mais lento do que o aumento de 2,3% em dezembro, mostraram dados do Ministério de Assuntos Internos e Comunicações nesta terça-feira, ressaltando as opiniões de que a diminuição da inflação impulsionada pelos custos das importações de commodities poderia aliviar a dor do aumento do custo de vida.

No entanto, o ganho superou a mediana das previsões do mercado de um aumento de 1,8%, reafirmando as expectativas de que grandes empresas oferecerão aumentos salariais pesados nas negociações salariais entre trabalhadores e patrões em 13 de março, o que abriria caminho para que o Banco do Japão encerrasse as taxas de juros negativas em março ou abril.

“O IPC de janeiro deixa em aberto a possibilidade de o Banco do Japão aumentar sua taxa de política monetária na reunião de março, se os resultados preliminares do Shunto, que serão divulgados alguns dias antes da reunião, forem animadores”, disse Marcel Thieliant, da Capital Economics, referindo-se ao nome japonês para as negociações salariais.

“Ainda consideramos mais provável um aumento em abril”, acrescentou Thieliant. “Por um lado, a inflação saltará bem acima de 2% em fevereiro, com o início dos efeitos de base do lançamento dos subsídios à energia há um ano, o que permitiria ao Banco contar uma história mais convincente de que a inflação continua forte”, acrescentou.

As exportações da Coreia do Sul provavelmente aumentaram pelo quinto mês em fevereiro

As exportações da Coreia do Sul provavelmente aumentaram em fevereiro pelo quinto mês consecutivo, lideradas pelos embarques de chips, mostrou uma pesquisa da Reuters, na qual analistas disseram que um crescimento muito mais lento neste mês seria em grande parte devido a efeitos de calendário desfavoráveis.

As exportações da quarta maior economia da Ásia deverão ter aumentado 1,9% em fevereiro em relação ao ano anterior, de acordo com a estimativa mediana de 22 economistas no inquérito realizado entre 22 e 27 de fevereiro.

Isto segue-se a um salto de 18,0% em janeiro, que foi o mais rápido desde Maio de 2022. Os dados da Coreia do Sul são frequentemente distorcidos em janeiro e fevereiro, devido a diferenças de tempo nos feriados do Ano Novo Lunar.

Houve menos dias úteis em fevereiro deste ano do que no ano passado, porque o período de férias do Ano Novo Lunar foi adiado de janeiro para fevereiro.

“A tendência de melhoria das exportações, liderada pelas exportações de semicondutores, é considerada contínua”, disse Park Sang-hyun, economista da HI Investment Securities.

“Há sinais de recuperação nos embarques para a região da Grande China, o que é outro sinal positivo”, disse Park.

As exportações da Coreia do Sul começaram a aumentar lentamente a partir de outubro de 2023, após uma recessão que durou um ano, principalmente devido à melhoria da procura de semicondutores, levando a um crescimento econômico desigual.

Autoridade do Banco Central japonês pede revisão da política monetária ultrafrouxa

Hajime Takata, membro do conselho do Banco do Japão (BOJ, na sigla em inglês), disse que o banco central deve considerar a revisão de sua política monetária ultrafrouxa, incluindo a saída das taxas de juros negativas e o fim do controle de rendimento dos títulos.

As medidas que devem ser consideradas incluem a saída do controle da curva de rendimento, das taxas de juros negativas e um ajuste no compromisso do BOJ de continuar expandindo sua base monetária até que a inflação ultrapasse 2% de forma estável, disse ele em um discurso na quinta-feira (29).

“É necessário considerar uma resposta ágil e flexível, inclusive sobre como sair ou mudar a marcha da atual política monetária extremamente acomodatícia”, acrescentou.

“Embora existam algumas incertezas econômicas, sinto que finalmente estamos vendo perspectivas de atingir nossa meta de inflação de 2%”, disse Takata, apontando para sinais crescentes de mudança na prática de longa data das empresas de renunciar a aumentos de salários e preços.

Participantes do mercado interpretaram seus comentários como sinalização de uma forte chance de que uma reversão da política ultrafrouxa seja iminente.

“Seu comentário foi feito em um passo em direção à saída do estímulo monetário. Os participantes do mercado o reconheceram como ‘hawkish’ (agressivo contra a inflação), o que levou o iene a se fortalecer”, disse Tsuyoshi Ueno, economista sênior do NLI Research Institute.

No entanto, mais tarde, Takata modificou seu comentário anterior em uma coletiva de imprensa.

Perguntado sobre se as taxas negativas deveriam ser encerradas em março, Takata disse que ainda não havia se decidido.

Fontes de pesquisa: CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

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01/03/2024