Cenário Econômico Nacional – 18/10/2021

Cenário Econômico Nacional – 18/10/2021

Cenário Econômico Nacional – 18/10/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Gasolina sobe 0,4% e gás de cozinha chega a R$ 135 após reajuste da Petrobras
  • Banco Central está atento a efeitos secundários da inflação e comprometido com meta em 2022, diz diretora
  • Guedes viaja aos EUA para reuniões do FMI e esclarecimento sobre offshore não ocorrerá esta semana
  • Guedes diz que mudança de estrutura regulatória atraiu US$ 100 bilhões em compromissos de investimentos
  • Após disparada em abril, preços dos medicamentos para hospitais têm 4º mês seguido de queda
  • Alta dos alimentos e da inflação é global, mas disparada é pior no Brasil
  • Frete rodoviário sobe 1,58% no Brasil em agosto enquanto diesel dispara, aponta FreteBras
  • Brasil está melhor posicionado que no passado para retirada de estímulos no mundo, diz Serra, do BC
  • Brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos este ano
  • ‘Prévia’ do PIB do Banco Central indica retração de 0,15% em agosto
  • TSE inicia processo de testes de segurança das urnas eletrônicas
  • Toffoli arquiva pedidos de investigação contra Guedes e Campos Neto sobre offshores
  • Questionado sobre crise hídrica, Bolsonaro diz que ligou para São Pedro
  • Lewandowski nega ação de senadores que pedia agendamento de sabatina de Mendonça
  • Lira diz não ver condições para impeachment de Bolsonaro neste momento
  • Promotores e procuradores fazem protestos contra a PEC que altera conselho do MP
  • Sem acordo, Câmara adia mais uma vez votação de PEC que altera conselho do MP
  • Governo diz ao STF que vai enviar ao Congresso proposta que eleva recursos para o Censo
  • Bolsonaro autoriza presença temporária de forças dos EUA no país para exercício militar
  • Lira diz que Câmara vota precatórios até quinta-feira (21) e defende mudança em ICMS
  • Embraer Fecha Acordo com NetJets para Venda de Até 100 Aviões
  • Gol prevê prejuízo para 3º tri e espera elevar capacidade em 30% até dezembro
  • Bares e restaurantes querem recontratar, mas falta mão de obra qualificada
  • Pequenos negócios de confecção de roupas têm grande potencial para exportação, aponta estudo
  • Metalúrgicos rejeitam proposta da GM e mantêm greve em São Caetano
  • Setor de serviços cresce 0,5% em agosto e tem 5ª alta seguida
  • Tenda soma R$ 633,9 milhões em lançamentos no trimestre; queda anual de 35,7%
  • Vendas da indústria de materiais de construção têm 3ª queda mensal consecutiva
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Gasolina sobe 0,4% e gás de cozinha chega a R$ 135 após reajuste da Petrobras

O gás de cozinha já custa mais caro para o consumidor, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) referente à semana de 3 a 9 de outubro, após o aumento de preço pela Petrobras (SA:PETR4), anunciado na última sexta-feira (08). O impacto, porém, ainda não foi total, já que o reajuste passou a valer nas refinarias da estatal apenas no sábado, 9, último dia de coleta dos dados pela ANP.

Segundo a agência, o botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) chega a custar R$ 135 e a média geral do preço passou de R$ 98,47 para R$ 98,67. Desde março deste ano, o combustível já subiu cerca de 90%. O preço mais alto (R$ 135) é encontrado no município de Sinop/MT e o mais baixo (R$ 74,00) em Saquarema/RJ.

A gasolina, também reajustada no sábado (09) pela estatal, subiu em média 0,4% nos postos, com preços variando de R$ 4,690 (Cascavel/PR) a R$ 7,249 (Bagé/RS). No ano, a gasolina registra alta de 57,3%.

Após 95 dias sem reajuste, a Petrobras voltou a anunciar aumento de preço para o GLP em 7,2%. A gasolina foi reajustada no mesmo porcentual e, na terça-feira anterior, revisou o valor do óleo diesel em 9%.

Banco Central está atento a efeitos secundários da inflação e comprometido com meta em 2022, diz diretora

A diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos​ do Banco Central, Fernanda Guardado, reiterou na segunda-feira (11) que a autarquia está comprometida com a entrega da inflação na meta em 2022 e também atenta aos efeitos secundários da inflação no país.

Ao participar de reunião anual do Institute of International Finance (IIF), Guardado avaliou que o preço de serviços no Brasil está em processo de realinhamento, mas que mesmo assim a taxa anualizada ainda está em patamar considerado baixo.

Sobre a expressiva alta de preços na economia, ela disse que a inflação foi impactada por itens voláteis como alimentos e preços de energia, que tendem a ser mais temporários, embora estejam demorando mais para ceder.

Guedes viaja aos EUA para reuniões do FMI e esclarecimento sobre offshore não ocorrerá esta semana

O ministro da Economia, Paulo Guedes, passará esta semana nos Estados Unidos, viajando na segunda-feira (11) para Washington onde participará da Reunião Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, além de encontros de ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais do G20.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Economia, os compromissos de Guedes irão até quinta, com seu retorno previsto para sexta-feira.

Com isso, o ministro não deverá comparecer ao plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (13), para prestar esclarecimentos sobre conta offshore em um paraíso fiscal, contrariando indicação dada pelo líder do governo na Casa, deputado Ricardo Barros (PP-PR), de que isso aconteceria.

O requerimento de convocação de Guedes foi aprovado com amplo apoio, inclusive de partidos da base aliada ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

Uma fonte da Câmara com conhecimento direto do assunto informou, em condição de anonimato, que a ida do ministro não tem data agendada por enquanto e não ocorrerá esta semana.

Na sexta-feira (08), Guedes defendeu que todos os seus investimentos foram devidamente declarados antes que assumisse cargo no governo e que são legais. O ministro disse ainda que muito barulho estava sendo feito em torno do caso, e que enxergava motivação política para tanto com a aproximação das eleições presidenciais.

Em reportagem que integra o projeto Pandora Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, a revista piauí informou que Guedes tem uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, aberta em 2014 com a quantia de 9,55 milhões de dólares.

A posse de uma empresa no exterior não é ilegal desde que declarada à Receita Federal ou ao Banco Central, o que o ministro já havia dito ter feito, via assessoria de imprensa e depois através de seus advogados.

Mas o episódio levantou questionamentos acerca de conflitos de interesses, já que o Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe que autoridades invistam “em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por uma decisão, ou política governamental” em razão do cargo ocupado e pelo fato de possuírem informação privilegiada.

Guedes diz que mudança de estrutura regulatória atraiu US$ 100 bilhões em compromissos de investimentos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na terça-feira (12) que a mudança da estrutura regulatória já garantiu ao país compromissos de investimento de mais de 100 bilhões de dólares em áreas como petróleo, gás natural e energia renovável.

A partir de agora, disse ele em entrevista à CNN Internacional, o desafio é transformar a recuperação cíclica em uma recuperação baseada no investimento.

“Como estamos mudando a estrutura regulatória, já recebemos compromissos de investimento de mais de 100 bilhões de dólares. O Brasil agora é a maior fronteira de investimento do mundo”, disse o ministro em entrevista em inglês, citando a independência do Banco Central, estruturas regulatórias para petróleo, gás e eletricidade.

“O grande desafio agora que estamos enfrentando é como transformar a recuperação cíclica da Covid com base em transferências diretas de renda e consumo sustentável. Queremos transformar isso em recuperação baseada em investimento, esse é o grande desafio que tenho”, completou o ministro.

Questionado se o Brasil fez a escolha certa na pandemia ao tentar manter empregos e a economia aberta ao custo de vidas, Guedes chamou isso de “ruído político”.

“Não acho que o Brasil fez uma escolha. O contrário, nossa escolha foi preservar vidas em primeiro lugar, por isso gastamos 10,5% do PIB em transferências diretas de renda para pessoas pobres para que pudessem manter o distanciamento social”, afirmou.

No ano passado, o governo gastou 293,1 bilhões de reais no pagamento do auxílio emergencial e, neste ano, a expectativa é de direcionar 64,9 bilhões de reais aos beneficiários.

“Há muito ruído político dizendo que fizemos a escolha errada, e é o contrário. Fizemos a escolha correta, preservamos vidas, praticamos o distanciamento social”, completou ele, dando como exemplo o fato de ter ficado em Brasília trabalhando em vez de voltar para sua casa no Rio de Janeiro.

“É o contrário, fizemos a escolha certa, preservamos vidas, protegemos empresas. Toda informação tem sinais e ruídos, os sinais que damos é exatamente que estamos praticando distanciamento social, por isso o PIB caiu, por isso o desemprego avançou”, completou.

Em termos absolutos, o Brasil é o segundo país com maior número de óbitos pela doença, ultrapassando a marca das 600 mil mortes, atrás somente dos Estados Unidos, e o terceiro em contagem de casos, abaixo de EUA e Índia.

Guedes voltou a ressaltar que a economia brasileira está se recuperando com força, afirmando que a vacinação em massa está avançando rápido e que isso permite o retorno seguro ao trabalho.

“Há evidências de que nossas respostas políticas foram efetivas, porque preservamos um terço dos empregos formais com nossos programas de preservação de empregos”, disse Guedes.

Questionado ainda sobre o caso Pandora Papers, o ministro reiterou que não fez nada de errado. A denúncia sobre empresa offshore do ministro foi feita em reportagens com base no vazamento de documentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

Guedes ainda destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou pedidos de investigação contra ele referentes ao caso.

Após disparada em abril, preços dos medicamentos para hospitais têm 4º mês seguido de queda

Os preços dos medicamentos aos hospitais no Brasil registraram queda de 1,31% em setembro, em relação a agosto, acumulando o quarto mês seguido de recuo, informou o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pela Bionexo.

Apesar do recuo nos últimos quatro meses, o IPM-H acumula alta de 8,49% em 2021 e de 9,15% nos últimos 12 meses. Em abril, auge da segunda onda da Covid-19, o índice marcou uma alta de 10,53%.

‘’Com o aumento da incerteza e a consequente depreciação da moeda brasileira, o custo de aquisição de medicamentos, de insumos da indústria e de transporte de produtos também se tornou mais elevado’’, disse a Fipe.

O levamento mostrou que o resultado de setembro foi influenciado pela variação negativa registrada em medicamentos para: sistema nervoso (-5,69%), sangue e órgãos hematopoiéticos (-2,14%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (-2,06%), aparelho cardiovascular (-1,48%), agentes antineoplásicos (-0,69%), aparelho respiratório (-0,59%) e aparelho digestivo/metabolismo (-0,31%).

Em contraposição, os remédios que aumentaram de preço foram os destinados para: sistema hormonal (+2,67%), aparelho geniturinário (+0,93%), órgãos sensitivos (+0,66%), sistema musculoesquelético (+0,20%) e anti-infecciosos gerais (+0,01%).

Comparativamente, a variação mensal do IPM-H foi superada pelo comportamento do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) (-0,64%), pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) (+1,16%) e da taxa média de câmbio (+0,53%) no período.

Alta dos alimentos e da inflação é global, mas disparada é pior no Brasil

Os preços dos alimentos sobem no mundo inteiro e ajudam a impulsionar a inflação global. O Brasil não só não escapa desse movimento como a disparada é pior aqui, por uma série de fatores, como a alta do dólar. Uma pesquisa da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostrou que a inflação média esperada para o final de 2021 nos países do G20 é de 3,7%. Para o Brasil, a previsão de alta de preços é quase o dobro, de 7,2%, atrás só da Argentina (47%) e da Turquia (17,8%).

Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) costuma minimizar a questão interna e atribuir a alta de preços apenas a um contexto global. Na semana passada, Bolsonaro relativizou a crise ao dizer que a alta de preços acontece em todo o mundo. Ao comparar preços de produtos no Brasil e em outros países, como os Estados Unidos, afirmou.

Em setembro, o índice de alimentos da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) alcançou média de 130 pontos, alta de 1,5 ponto (1,2%) em relação a agosto e de 32,1 pontos (32,8%) em comparação com o mesmo mês de 2020. O resultado mensal, segundo a FAO, é o nível mais alto em uma década e foi impulsionado, em grande parte, pelos preços mais altos da maioria dos cereais e óleos vegetais.

No entanto, no Brasil, o impacto tem sido pior, em função de vários outros fatores. Os alimentos acumulam alta de 14,66% em 12 meses, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com destaque para açúcar (44%), óleo de soja (32%) e carnes (25%).

André Braz, economista do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), explica que os preços dos alimentos subiram no Brasil em função da valorização de muitos deles nos mercados internacionais. “O mundo está aquecendo, e os preços do milho, da soja e do trigo subiram muito em Bolsas internacionais, como commodities importantes.”

Outro fator que justifica o aumento é a disparada do dólar. A moeda norte-americana subiu 29,33% em 2020 e já acumula alta de 6,33% neste ano, sendo vendido acima de R$ 5,50.

Frete rodoviário sobe 1,58% no Brasil em agosto enquanto diesel dispara, aponta FreteBras

O valor do frete para transportes rodoviários de cargas no Brasil teve um aumento de 1,58% em agosto, ante o mesmo mês do ano passado, enquanto o preço do diesel subiu 37,25 na mesma comparação, mostraram dados publicados pela FreteBras na quinta-feira (14).

Segundo o índice de preços da plataforma de transporte de cargas, que atua no segmento de relações entre transportadoras e caminhoneiros, o preço médio do frete no Brasil em agosto foi de 0,98 real por quilômetro por eixo.

A região Norte apresentou o quilômetro por eixo mais alto em agosto (1,04 real), seguida por Nordeste (0,99 real) e Centro-Oeste (0,98 real). Os valores de fretes mais baixos foram registrados no Sul e no Sudeste, ambos com 0,97 real.

O maior aumento no preço do frete entre agosto deste ano e o mesmo mês de 2020 foi na região Sul do país (+2,07%). Neste período, a maior demanda por caminhoneiros para o escoamento da produção de grãos na região gerou um impacto ligeiramente positivo no preço do frete.

Já a principal queda no período foi registrada no Norte (-4,84%). “Em agosto, tivemos em nossa plataforma 43% mais caminhoneiros disponíveis do que fretes na região Norte e isso fez com que o mercado pagasse mais barato para realizar os transportes”, disse em nota o diretor de Operações da FreteBras, Bruno Hacad.

Na comparação com julho, a maior alta do preço do frete foi registrada no Centro-Oeste, de 1,95%. “Isso aconteceu muito em função da crise hídrica que acarretou a paralisação da hidrovia Tietê-Paraná e também o declínio das estimativas da produção nos Estados da região”, afirmou o diretor.

“Assim, para o transporte de grãos do percurso Centro-Oeste até Sudeste, os produtores tiveram que usar como alternativa o modal rodoviário, que é dois terços mais caro que o hidroviário”, acrescentou.

A região Nordeste, por sua vez, registrou a maior queda na comparação mensal, já que entre julho e agosto o valor do transporte rodoviário por quilômetro rodado ficou 3,27% mais baixo. Houve um aumento de quase 6% de veículos registrados na plataforma na região, ajudando a puxar para baixo o valor do frete, explicou a FreteBras.

Na análise setorial, o índice da FreteBras constatou que os fretes do setor do agronegócio foram os mais altos registrados em agosto, sendo fixados em 1,02 real por km rodado por eixo.

Em segundo lugar, os fretes de produtos industrializados chegaram ao valor médio de 0,97 real. A terceira posição é ocupada pelos fretes de insumos para construção, que ficaram em 0,96 por km.

O levantamento, acrescentou a companhia, tem como base o fluxo de dados de sua plataforma, que conta com mais de 580 mil caminhoneiros cadastrados e 14 mil empresas assinantes. Foram analisados também os preços de combustíveis publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Brasil está melhor posicionado que no passado para retirada de estímulos no mundo, diz Serra, do BC

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, avaliou na quinta-feira (14) que o Brasil está em posição melhor do que em outras crises para o momento de retirada de estímulos à economia global no pós-Covid.

Ao participar de congresso sobre gestão de riscos organizado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Serra disse que o cenário internacional é desafiador, mas ponderou que o Brasil está “bem colocado”.

Isso acontece, segundo o diretor, pelo fato de o país não ter no momento volume grande de recursos de estrangeiros alocado internamente. Ele também pontuou que a conta corrente está próxima do equilíbrio.

Além disso, Serra falou sobre a alíquota efetiva de compulsório. De acordo com ele, esta é hoje por volta da metade do que era em 2019. Destacou que é possível “almejar bastante mais dessa agenda”, mas que o processo tem que ser seguro.

Ele reforçou que o aprimoramento das linhas financeiras de liquidez e a redução estrutural dos recolhimentos compulsórios já estavam na agenda institucional do BC antes mesmo da crise de coronavírus, e são medidas intimamente ligadas.

Serra disse que a partir de 16 de novembro será colocado de pé projeto mais estruturante para Linha Financeira de Liquidez (LFL). De acordo com ele, será mais eficiente em termos de tecnologia do que a medida nessa direção instituída durante a crise do coronavírus (LTEL-LFG).

Brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos este ano

Os brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos desde o início deste ano. O valor foi atingido na quarta-feira (13), segundo cálculo do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No ano passado, marca só foi atingida em 22 de dezembro.

O valor corresponde ao total pago para a União, estados e municípios na forma de impostos, taxas, multas e contribuições.

Segundo a ACSP, a alta da inflação e a melhora da economia explicam a antecipação em quase 70 dias da marca de R$ 2 trilhões alcançada neste ano.

“A retomada da atividade econômica, devido ao avanço da vacinação, é um dos principais fatores que levaram ao aumento do valor pago em impostos”, afirmou Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da Associação Comercial de São Paulo.

O impostômetro foi criado em 2005 e busca estimar o valor total de impostos, taxas, contribuições e multas que a população brasileira paga para a União, os estados e os municípios.

‘Prévia’ do PIB do Banco Central indica retração de 0,15% em agosto

Após dois meses de alta, o nível de atividade da economia brasileira registrou retração em agosto, de acordo com informações divulgadas na sexta-feira (15) pelo Banco Central.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 0,15% em agosto, na comparação com o mês anterior. O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Na comparação com agosto do ano passado, informou o Banco Central, o indicador do nível de atividade da instituição teve crescimento de 4,74%.

Ainda de acordo com o Banco Central:

  • No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, o índice de atividade econômica registrou expansão de 6,41% – sem ajuste sazonal.
  • Já em 12 meses até agosto de 2021, houve alta de 3,99% – também sem ajuste sazonal.

O indicador do nível de atividade é divulgado em meio à melhora da economia, com a redução do distanciamento social, fruto do avanço do processo de vacinação em massa.

Porém, a inflação alta, o risco fiscal (incerteza sobre o patamar de gastos públicos em 2022 por conta do programa social e das eleições) e tensões políticas têm freado a expansão econômica.

Além disso, a crise hídrica, que atinge o Brasil, também afeta a economia em várias frentes e torna ainda mais frágil a expectativa de uma recuperação robusta da atividade econômica.

TSE inicia processo de testes de segurança das urnas eletrônicas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu na segunda-feira (11) a primeira etapa da fase de testes de segurança das urnas eletrônicas com a permissão do público de inspecionar os chamados códigos-fonte do sistema.

A corte decidiu antecipar os atos preparatórios para as eleições gerais de 2022 em meio a ataques que o tribunal vinha sofrendo nos últimos meses do presidente Jair Bolsonaro e de apoiadores que apontavam, sem provas, que o atual sistema de votação é passível de fraudes.

Nesta segunda, segundo o TSE, os participantes pré-inscritos na fase dos testes podem realizar a inspeção nos códigos-fonte dos sistemas eleitorais. Ao todo, o tribunal recebeu a inscrição de 39 investigadores.

Os participantes terão um espaço preparado para o trabalho, na sede do TSE, em Brasília, inclusive com o custeio de passagens e diárias pelo tribunal.

Conforme o tribunal, o código-fonte de um software é um conjunto de arquivos de texto contendo todas as instruções que devem ser executadas, expressas de forma ordenada numa linguagem de programação. Essas instruções determinam o que um programa de computador deve fazer, o que ele deve apresentar e como ele deve se comportar. No caso das urnas eletrônicas, operacionalizar o registro do voto dos eleitores.

Recentemente, após pedido de sugestão ao governo, o TSE integrou um representante das Forças Armadas para fazer parte do comitê que vai acompanhar todo o processo eleitoral.

Bolsonaro, que chegou a colocar em xeque as urnas eletrônicas e ameaçou com a não realização das eleições no próximo ano, passou a dizer, nas últimas semanas, depois desse movimento do TSE, que não teria porque duvidar do sistema de votação.

O presidente defendeu a adoção do voto impresso para urnas eletrônicas, proposta que foi rejeitada pelo plenário da Câmara no início de agosto.

Toffoli arquiva pedidos de investigação contra Guedes e Campos Neto sobre offshores

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli arquivou pedidos de investigação contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que, segundo denúncias, mantêm empresas offshore em paraíso fiscal.

Nas decisões, uma em resposta a notícia-crime protocolada pelo senador e líder da Oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e outra em resposta a ação movida pela Associação Brasileira de Economistas Pela Democracia (Abed) e outros, Toffoli argumenta que cabe apenas à Procuradoria-Geral da República (PGR) a prerrogativa de mover ação penal contra autoridades com foro privilegiado.

“Em hipóteses como a presente, portanto, em respeito ao sistema acusatório, não há como o Judiciário substituir a atividade ministerial exercendo juízo valorativo sobre fatos alegadamente criminosos, atribuição exclusiva do Parquet, tampouco cabe ao Judiciário que ‘solicite a abertura de investigação’ como constou na inicial”, diz o ministro, em uma das decisões, datada de sexta-feira (08).

“O requerente pode apresentar a notícia-crime diretamente à Procuradoria-Geral da República, não cabendo ao Judiciário imiscuir-se na atuação daquele órgão ou substituir o cidadão nesse encaminhamento. Consideradas essas premissas, não há qualquer providência a ser adotada na seara judicial”, afirma o ministro.

A denúncia das offshores de Guedes e Campos Neto, entre outras autoridades mundiais, foi divulgado no último fim de semana, em reportagens do caso Pandora Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (CICJ), uma rede de repórteres e organizações de mídia sediada em Washington.

No início da semana, a PGR já havia informado que haverá uma Notícia de Fato, espécie de averiguação inicial do caso em que ainda não se aponta qualquer indício de cometimento de crime por parte de qualquer autoridade.

Segundo a assessoria do órgão, o procedimento vai apurar se autoridades brasileiras teriam mantido contas com algum indício de irregularidade em paraísos fiscais e se, em tese, haveria limitação a essa atividade em função dos cargos que ocupam.

Questionado sobre crise hídrica, Bolsonaro diz que ligou para São Pedro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira (11) que não dá para fazer milagre no enfrentamento aos atuais problemas do país, como a crise hídrica e a inflação, mas em tom de brincadeira disse que ligou para São Pedro.

“Estamos na maior crise hidrológica dos últimos 90 anos, todo mundo estava sofrendo com isso, inflação veio atrás, energia cara, agora isso tudo veio daquela política que vocês apoiavam da imprensa, fique em casa, a economia a gente vê depois”, justificou Bolsonaro, criticando mais uma vez ações de prefeitos e governadores que buscaram conter o coronavírus.

Segundo Bolsonaro, muita gente apoiou essa política. “Não dá para fazer milagre”, emendou.

Questionado para falar sobre a crise hídrica, o presidente respondeu, sob risos dos apoiadores: “Eu liguei para São Pedro”.

Lewandowski nega ação de senadores que pedia agendamento de sabatina de Mendonça

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski arquivou mandado de segurança apresentado por senadores pedindo ao tribunal que determinasse o agendamento da sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma cadeira na Suprema Corte.

Para o ministro do STF, trata-se de uma questão interna do Senado, motivo pelo qual não cabe ao Judiciário entrar no assunto. Além disso, Lewandowski considerou que os senadores que impetraram a ação não teriam o poder de fazê-la por não deterem o direito líquido e certo.

“De modo a não pairarem maiores dúvidas, registro abaixo os dispositivos da Carta Magna que regem a matéria, a partir dos quais é possível constatar que a escolha, aprovação e nomeação de integrante da Suprema Corte resulta de um ato político-administrativo complexo, fruto da atuação combinada, e exclusiva, do Executivo e do Legislativo, sem qualquer intromissão do Judiciário”, argumenta o ministro do STF na decisão.

“A jurisprudência desta Suprema Corte, em observância ao princípio constitucional da separação dos Poderes, é firme no sentido de que as decisões do Congresso Nacional levadas a efeito com fundamento em normas regimentais possuem natureza interna corporis, sendo, portanto, infensas à revisão judicial”, acrescentou.

O mandado de segurança foi apresentado em meados de setembro pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) para obrigar o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a marcar reunião de sabatina de Mendonça.

O nome do indicado sofre resistências na Casa, inclusive por parte de Alcolumbre. Ainda assim, Mendonça, que foi ministro da Justiça e Segurança Pública e advogado-geral da União do governo Bolsonaro, reuniu-se com senadores e fez tentativas por sua conta para viabilizar seu nome. Tudo isso em um momento em que o governo enfrenta um ambiente desfavorável no Senado.

Lira diz não ver condições para impeachment de Bolsonaro neste momento

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na quarta-feira (13) estar “absolutamente tranquilo e convencido” que não há condições para se instaurar um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro neste momento.

“Estou absolutamente tranquilo e convencido de que não há nenhum tipo de condição política e muitas vezes jurídica de se fazer uma aferição de um processo de impeachment neste momento no país”, disse ele, em entrevista à CNN Rádio.

O presidente da Câmara, que foi eleito para o cargo com o apoio de Bolsonaro, afirmou ainda que discussão sobre impeachment tem de ser séria e não pode ser casuística, citando o fato de “parlamentares isolados”, segundo ele, terem recorrido ao Supremo Tribunal Federal a fim de tentar que a corte fixe prazo para que analisasse os pedidos de impeachment que aguardam deliberação.

Bolsonaro, que está sem partido desde que rompeu com o PSL em 2019 no primeiro ano de seu mandato, cogita ingressar no PP, partido de Lira, para concorrer à reeleição no próximo ano.

Promotores e procuradores fazem protestos contra a PEC que altera conselho do MP

Promotores e procuradores articulam, a partir de quarta-feira (13), atos em 18 capitais contra a PEC que altera a composição e as atribuições do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Há protestos previstos em Aracaju, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Macapá, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória. As manifestações são organizadas pelas associações regionais de classe, sob a coordenação da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).

“É um duro golpe na independência dos membros do Ministério Público. E, sem independência, não vamos poder combater a criminalidade, o crime organizado, a corrupção ou defender o patrimônio público”, afirma promotor Manoel Murrieta, presidente da Conamp.

O CNMP, ou “Conselhão”, é responsável por fiscalizar a conduta de membros do Ministério Público. A proposta que tramita na Câmara dos Deputados atinge tanto a composição do colegiado quanto a própria função do órgão.

Conselhos Superiores dos Ministérios Públicos estaduais, que hoje são eleitos pela classe, passam a ser compostos por membros indicados diretamente pelo procurador-geral de Justiça do Estado. Internamente, a proposta foi lida como uma resposta da classe política a investigações contra a corrupção.

Membros do MP temem que as mudanças em discussão abram caminho para a manipulação de processos administrativos contra o trabalho de promotores e procuradores.

Sem acordo, Câmara adia mais uma vez votação de PEC que altera conselho do MP

A Câmara dos Deputados adiou na quinta-feira (14) mais uma vez a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia o número de indicados e a influência do Congresso no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Nesta quinta, o relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), apresentou uma nova versão do texto, buscando viabilizar a votação, mas a falta de apoio levou o presidente da Câmara, Arthur Lira, a propor o adiamento da votação para a próxima terça.

“Esta presidência informa que nós hoje terminaríamos a discussão da matéria e marcaríamos a votação para terça-feira, dia mais adequado, talvez, já com plenário completo, possa facilitar a discussão e torná-la mais democrática”, afirmou Lira.

Atualmente, o Congresso indica dois conselheiros. O relatório inicial previa aumentar esse número para quatro, o que já foi criticado por procuradores. No novo parecer, Magalhães ampliou o número para cinco e ainda aumentou de 14 para 17 o número total de integrantes do CNMP, contemplando o Ministério Público Militar.

O relator também retirou do texto a possibilidade de o CNMP, por meio de procedimentos não disciplinares, rever ou desconstituir atos que constituam violação de dever funcional dos membros, após a devida apuração em procedimento disciplinar, ou, em procedimento próprio de controle.

Pelo novo texto, serão revisados apenas atos administrativos após apuração em processo disciplinar. Apesar da mudança neste ponto, procuradores e promotores continuam se queixando da abrangência da redação, que não delimita o que será considerado ato administrativo e, por isso, pode dar margem a punições diversas.

Governo diz ao STF que vai enviar ao Congresso proposta que eleva recursos para o Censo

O governo federal informou ao Supremo Tribunal Federal na quinta-feira (14) que o Ministério da Economia vai enviar ao Congresso um pedido para ampliar os recursos para o Censo Demográfico em 2022.

Com isso, segundo a AGU, será garantida a reserva de cerca de R$ 2,3 bilhões para a realização da pesquisa no ano que vem.

A mudança de posição do governo ocorre após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmar ao Supremo que essa é a verba necessária para a pesquisa. No projeto do Orçamento de 2022, o governo incluiu uma previsão menor, de R$ 2 bilhões.

Inicialmente, a Advocacia-Geral da União chegou a afirmar ao STF que não era possível afirmar, neste momento, que os R$ 2 bilhões seriam insuficientes para concluir o levantamento nacional. O órgão mudou o posicionamento na quinta (14).

“A União, neste ato representada por seus advogados infra-assinados, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, em atenção às informações prestadas pelo IBGE, nos autos da ação cível originária em epígrafe, informar que, consoante ofício anexo, a União, por intermédio do Ministério da Economia, ‘procederá ao encaminhamento de ofício ao Congresso Nacional, com pedido de ampliação do orçamento do IBGE, no valor de R$ 292.907.087,00 (duzentos e noventa e dois milhões, novecentos e sete mil e oitenta e sete reais), mediante emenda ao PLOA-2022′”, diz o documento.

Bolsonaro autoriza presença temporária de forças dos EUA no país para exercício militar

O presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto em que autoriza o ingresso e a permanência temporária de militares dos Estados Unidos no território brasileiro para a realização de um exercício conjunto com o Exército de 28 de novembro a 18 de dezembro de 2021, na região do Vale do Paraíba, no trecho entre os municípios de Resende (RJ) e de Lorena (SP).

Os exercícios combinados das forças militares dos dois países, chamados de CORE (Combined Operations and Rotation Exercises), foram concebidos durante conferência bilateral realizada entre Brasil e EUA em outubro do ano passado, com o objetivo de incrementar a cooperação entre os dois Exércitos, conforme comunicado da Secretaria-Geral da Presidência.

O primeiro exercício foi realizado entre janeiro e março deste ano, em Fort Polk, no Estado norte-americano da Louisiana, e a previsão é que as manobras conjuntas ocorram todos os anos até 2028.

“Ressalte-se que iniciativas como esta se inserem no contexto do Acordo Bilateral entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América sobre Cooperação em Matéria de Defesa, firmado em Washington, em 12 de abril de 2010, e promulgado pelo Decreto nº 8.609, de 18 de dezembro de 2015”, destacou a nota da Presidência.

O Ministério da Defesa, por meio do Comando do Exército, é a instituição responsável pela organização e execução do chamado Exercício de adestramento CORE 21.

Lira diz que Câmara vota precatórios até quinta-feira (21) e defende mudança em ICMS

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na sexta-feira (15) que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera a regra do pagamento dos precatórios deverá ir à votação em plenário da Casa até a quinta-feira da próxima semana.

Segundo Lira, a proposta está bem consolidada, deve ser votada pela comissão especial da Câmara na terça-feira e em plenário na quarta ou quinta-feira.

Em entrevista à GloboNews, o parlamentar defendeu o projeto que altera a forma de tributação do ICMS sobre combustíveis aprovado pela Câmara esta semana e defendeu que os governadores tenham sensibilidade de permitir o avanço do texto no Senado.

Para Lira, não se pode ficar na letargia de não se fazer nada em relação à alta dos combustíveis. Ele afirmou que é justo que Estados que estão em situação fiscal muito boa não percam arrecadação, mas deixem de ganhar geometricamente.

“Não é correto que governadores já afirmem que mudança do ICMS vai tirar arrecadação”, disse ele.

“Não é justo que consumidor seja prejudicado neste momento”, reforçou, dizendo que não é possível mexer na cotação do dólar ou no preço internacional do barril do petróleo, fatores que tem contribuído para a alta dos combustíveis.

O texto aprovado pela Câmara prevê um percentual fixo de ICMS sobre os combustíveis por um ano a fim de evitar as flutuações do imposto.

Embraer Fecha Acordo com NetJets para Venda de Até 100 Aviões

A Embraer anunciou na segunda-feira (11), que fechou um novo contrato com a NetJets para a venda de até 100 aeronaves adicionais, totalizando mais de US$ 1,2 bilhão. O acordo prevê que a NetJets começará a receber o modelo Phenom 300E da nova encomenda no segundo trimestre de 2023, para operação nos Estados Unidos e Europa.

Em nota à imprensa, a fabricante brasileira lembra que o primeiro acordo de compra da NetJets, assinado em 2010, contemplou 50 pedidos firmes para os jatos executivos Phenom 300 mais opções de até 75 aeronaves adicionais.

“Estamos contentes por termos assinado este acordo significativo com a NetJets, um parceiro estratégico que tem sido parte importante do sucesso da Embraer por mais de uma década”, destaca na nota o presidente e CEO da Embraer Aviação Executiva, Michael Amalfitano.

Bares e restaurantes querem recontratar, mas falta mão de obra qualificada

Pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que quase três em cada quatro estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar (72%) trabalha hoje com menos funcionários do que antes da pandemia. A boa notícia é que 31% deles pretendem recontratar nos próximos três meses.

Para a parte das empresas que está contratando, surge uma nova dificuldade no horizonte. Uma em cada cinco (20%) diz estar com dificuldade para recrutar mão de obra. Os cargos mais qualificados são os que têm menos oferta de profissionais, quase metade dos que tentam contratar um cozinheiro, por exemplo, relataram problemas para encontrar alguém preparado para assumir a função.

Na avaliação dos consultados, pela ordem, os cargos mais difíceis hoje são cozinheiros, gerentes e chefe. Depois vêm especialistas (como sushiman), garçons e auxiliares de cozinha.

“Este é um fenômeno que deve se intensificar com a retomada. Outros setores também relatam dificuldades parecidas, principalmente nos grandes centros. Muitos trabalhadores demitidos durante a pandemia se mudaram ou encontraram uma nova forma de renda – não à toa, o número de MEIs (microempreendedores individuais) cresceu muito nos últimos 18 meses”, diz o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.

De acordo com o levantamento, 58% dizem ainda precisar fazer ajustes no quadro de empregados, em função do encerramento do benefício emergencial para suspensão de contratos ou redução de jornada, que ajudou a manter empregos durante a crise. Para 27% destes, isso significa ter de fazer novas demissões e, para 21%, adiar reformas e melhorias.

Outro ponto de atenção para o setor é o grande número de empresas com pagamentos em atraso (56%), o que dificulta a retomada. Dos estabelecimentos que responderam que estão no Simples (88%), mais da metade (51%) deve ao menos uma parcela. E a retomada ainda não começou para todos os bares e restaurantes: 35% disseram ainda ter trabalhado com prejuízo em agosto, índice que se manteve quase estável em relação a julho (37%).

“Mais da metade das empresas (53%) afirmou ter feito faturamento maior em agosto de 2021 em relação a agosto de 2020, mas o número não impressiona, já que é fundamental observar que nesta época, ano passado, as restrições em função da pandemia eram muito mais severas”, diz Solmucci.

Segundo ele, os ajustes na gestão, a maior automação e a adoção de novos canais (como o delivery) permitiram a essas empresas chegar até aqui. “Mas agora é preciso redobrar os esforços e olhar com atenção para os problemas que podem atravancar a retomada, como a questão das dívidas, principalmente os impostos atrasados”, completa.

Pequenos negócios de confecção de roupas têm grande potencial para exportação, aponta estudo

As micro e pequenas empresas do setor de confecção de roupas e acessórios são as que mais têm potencial para exportar seus produtos, segundo estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“São negócios que possuem produtos com características territoriais muito fortes, que trazem a marca Brasil e suas diversidades, que despontam como oportunidades em potencial e que devem começar a analisar as possibilidades de exportação e a se preparem para ampliarem as suas fronteiras”, afirma Carlos Melles, presidente do Sebrae.

Em 2019, o setor de confecção de roupas e acessórios contava com mais de 42 mil micro e pequenas empresas, responsáveis por quase 370 mil postos de trabalho formal, de acordo com o estudo.

A pesquisa mostra que as oportunidades de exportação estão, principalmente, em 18 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Em 2019, o Brasil ocupava a 27º posição na lista dos maiores exportadores mundiais, segundo ranking da Organização Mundial do Comércio (OMC). Naquele ano, as exportações do país alcançaram aproximadamente US$ 221,1 bilhões, com queda de 4,6% na comparação com 2018. Em 2020, as exportações do país registraram nova contração de 5,4%, totalizando o valor de US$ 209,2 bilhões.

O estudo ressalta que esses números correspondem a um panorama geral, com a principal atuação de grandes empresas, muitas multinacionais. Portanto, não representam padrões de atuação e acesso a mercados que possam ser facilmente adotados por micro e pequenas empresas.

“Cabe conhecer e analisar peculiaridades do ambiente de negócios pertinentes às micro e pequenas empresas, e identificar, em nível geográfico estadual, os setores que apresentam estrutura produtiva e que, apesar de ainda exportarem de forma tímida, possuem características que despontam como oportunidades em potencial”, aponta o estudo.

Metalúrgicos rejeitam proposta da GM e mantêm greve em São Caetano

Trabalhadores da GM de São Caetano rejeitaram novamente na quarta-feira (13) contraproposta parcial apresentada pela empresa ao sindicado na última sexta-feira (08). Com isso, decidem, por unanimidade, manter a greve, que agora está à espera de julgamento pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região.

A empresa havia aceitado, em questões econômicas, reajuste de 10,42% relativo ao INPC acumulado nos últimos 12 meses, pagamento da diferença salarial retroativa a 1º de setembro, entre outros itens, e manutenção das cláusulas do acordo coletivo de trabalho vigente. Exceto a cláusula 42, que assegura estabilidade aos empregados portadores de doenças ocupacionais e, ainda, em relação ao valor do vale-alimentação, que vão a julgamento hoje às 15h, no TRT.

Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, parabenizou os trabalhadores da GM pelo resultado da assembleia. “Quero parabenizar pela organização e unidade na defesa dos seus justos e legítimos interesses. O que revela de sua parte organização e elevado nível de consciência. Afinal, está em jogo a sua sobrevivência e isso fala mais alto na hora de se tomar decisão. Principalmente no que diz respeito à cláusula 42 da qual o sindicato também não abre mão”, afirmou o sindicalista.

Setor de serviços cresce 0,5% em agosto e tem 5ª alta seguida

O volume de serviços prestados no Brasil avançou 0,5% em agosto, na comparação com julho, apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da quinta alta mensal seguida.

Já na comparação com agosto de 2020, o crescimento foi de 16,7%.

A alta do mês foi puxada pelo avanço dos serviços de alojamento e alimentação (4,5%), e de transporte aéreo (7,4%).

Com o resultado, o setor está 4,6% acima do patamar pré-pandemia, alcançando o nível mais elevado desde novembro de 2015.

“Apesar do crescimento, o setor ainda está 7,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014”, destacou o IBGE.

O resultado veio dentro do esperado. A mediana das estimativas de 20 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data apontava taxa de crescimento de 0,5% em agosto. As projeções variam de estabilidade a alta de 2,2%.

Segundo o IBGE, a recuperação do setor tem sido impulsionada pela redução das perdas dos serviços de caráter mais presencial em função do avanço da vacinação e aumento da mobilidade da população.

“O setor de serviços mantém sua trajetória de recuperação em agosto, sobretudo nos serviços considerados não presenciais, mas também nos presenciais, com o avanço da vacinação e o aumento da mobilidade das pessoas. Desde junho do ano passado, o setor acumula 14 taxas positivas e somente uma negativa, registrada em março, quando algumas atividades consideradas não essenciais foram fechadas por determinação de governos locais em meio ao avanço da segunda onda do coronavírus”, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Tenda soma R$ 633,9 milhões em lançamentos no trimestre; queda anual de 35,7%

A Tenda registrou R$ 633,9 milhões em valor geral de vendas (VGV) de lançamentos no terceiro trimestre de 2021, queda de 35,7% ante o mesmo período de 2020. Segundo a prévia operacional da empresa, divulgada na quinta-feira (14), a companhia lançou 11 empreendimentos entre julho e setembro.

Por outro lado, as vendas líquidas do terceiro trimestre tiveram alta anual de 3,8%, atingindo R$ 770 milhões. A velocidade de vendas (VSO) líquida foi de 33% no período, alta de 0,7 ponto porcentual na mesma base de comparação.

Os distratos sobre as vendas brutas finalizaram em 16,3% no trimestre (R$ 149,7 milhões), aumento de 5,1 pontos porcentuais em relação ao terceiro trimestre de 2020. O banco de terrenos totalizou R$ 12,2 bilhões, com avanço anual de 13%.

Vendas da indústria de materiais de construção têm 3ª queda mensal consecutiva

Após as vendas de materiais de construção terem disparado nos meses subsequentes à chegada da Covid-19, o setor está experimentando um esfriamento. As vendas da indústria em setembro caíram 0,7% na comparação com agosto, o que representa a terceira redução mensal consecutiva. Na comparação com setembro do ano passado, houve baixa de 3,7%. Os dados são Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

A queda na atividade na comparação anual já era esperada, segundo o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, por conta da base de comparação mais alta. As vendas de materiais no segundo semestre do ano passado tiveram um cresceram rapidamente, sustentada pela concessão do auxílio emergencial e pelo interesse da população e reformar as moradias, já que estavam passando mais tempo em casa.

Por outro lado, a redução das vendas na comparação com os meses imediatamente anteriores é um fato novo. Na visão de Navarro, isso pode estar relacionado ao movimento inverso: com o avanço da vacinação, as pessoas têm saído mais de casa e gastado mais com outros bens e serviços que estavam reprimidos.

A pesquisa da Abramat mostrou ainda que as vendas tiveram alta de 15,2% no acumulado de janeiro a setembro de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. A associação espera que o setor feche 2021 com alta de 8%.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O Banco Central está muito confortável com o ritmo de aperto monetário que adotou, disse na quinta-feira (15) a diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos​ da autarquia, Fernanda Guardado, em referência à alta de 1 ponto nos juros básicos que foi aplicada nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

O BC tem sinalizado que deverá novamente subir os juros nesta magnitude na próxima reunião do Copom, que acontece no fim deste mês. Atualmente, a Selic está em 6,25% ao ano.

“Não está fora da mesa (a adoção de uma mudança), mas estamos muito confortáveis no momento com o ritmo que escolhemos. Estamos muito confiantes que esse ritmo, nossas ações, nosso ciclo serão suficientes”, disse ela.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 8,25%, ante 8,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), a projeção para o IGP-M ficou em 17,50%, ante 17,60% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 8,69%, ante 8,59 apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), A projeção para o PIB ficou em 5,01%, ante 5,04% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (11), o Ibovespa fechou em queda, a influência negativa das bolsas de Nova York e os temores de crise no mercado imobiliário chinês prevaleceram no Ibovespa, que fechou no vermelho na segunda-feira (11), ofuscando os ganhos das ações de empresas de commodities. O índice Ibovespa teve queda de 0,58%, a 112.180,48 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,6 bilhões.

Na terça-feira (12), sem operações, devido ao feriado.

Na quarta-feira (13), o Ibovespa fechou em alta, o pós-feriado foi positivo para o Ibovespa apesar da cautela vista em boa parte da sessão em Nova York, com os investidores monitorando bem de perto sinais sobre a inflação e o ritmo de atividade global. O índice Ibovespa teve alta de 1,14%, a 113.455,92 pontos. O volume financeiro somou R$ 66 bilhões.

Na quinta-feira (14), o Ibovespa fechou em queda, leitura ambivalente sobre aprovação de projeto na Câmara referente ao ICMS de combustíveis contribuiu para que os investidores modulassem o apetite por risco observado na quarta na B3, e nem mesmo a sinalização do governo de que Petrobras pode ser objeto de privatização teve força para animar o mercado. O índice Ibovespa teve queda de 0,24%, a 113.185,48 pontos. O volume financeiro somou R$ 32 bilhões.

Na sexta-feira (15), por volta das 13h41, o índice Ibovespa operava em alta de 1,12%, a 114.452,33 pontos. O principal índice de ações brasileiras seguia o otimismo das bolsas globais e superava os 114 mil pontos, apoiado também em eventos domésticos pontuais, como a disparada das ações do GPA e da recuperação ampla nos setores de metais, celulose e bancário. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 1,29%, fechando a 114.647,99 pontos. O volume financeiro somou 31,1 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (15), por volta das 13h55, o dólar registrava queda de 1,25%, cotado a R$ 5,447 na venda. Após injeções grandes e seguidas de liquidez no mercado futuro pelo Banco Central, via leilões novos de swap cambial, e diante da queda do dólar no exterior ante outros pares emergentes do real, depois dos fortes dados de varejo norte-americano em setembro.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (15) cotado a R$ 5,4547, o ambiente externo de apetite ao risco, com alta das Bolsas em Nova York, e o efeito cumulativo das intervenções do Banco Central minaram o fôlego do dólar no mercado doméstico de câmbio.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Yahoo! Finanças

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
18/10/2021